A família Olimpiano e suas nações - Parte 1 escrita por Anne Claksa


Capítulo 13
Poseidon e Anfitrite, de novo: País de Gales - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá
Nesta parte 1, a filha de Poseidon se tornou adulta e agora ele está livre para ficar com seu amor. Dará certo? Bom, pelo título vocês já imaginam o que vai acontecer.
Espero que gostem e boa leitura :)



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A pequena Elisabeth cresceu e se tornou deusa da Inglaterra. Elisabeth é uma mistura de Poseidon e Anfitrite, tem cabelos loiros como Poseidon, os olhos castanhos de Anfititrite, tem o rosto redondo como a mãe, mas os formatos de nariz e boca são de Poseidon. O temperamento, para a infelicidade de Poseidon, é igual ao da mãe. Elisabeth reclamava de quase tudo, só não reclamava em navegar, a paixão pelos mares herdou do pai, ela gosta de ir nos navios sentindo a brisa do mar. Com Elisabeth crescida, Poseidon poderia finalmente voltar para a Escócia e cair nos braços de Amimone outra vez, ela ainda estava brava com ele, mas isso não o impede de tentar a reconquistar. Ele estava no quarto, arrumando as malas, quando Elisabeth entrou no quarto.

— Com licença, pai.

— Oi Beth, pode entrar.

— Vejo que está arrumando as malas. Você vai mesmo voltar para a Escócia?

— Vou. — Poseidon percebeu que Elisabeth ficou triste e consolou a filha. — Mas sempre que puder, te visito e cuido da Inglaterra.

— Quando for para a Escócia, vai se esquecer de mim e da mamãe.

— De sua mãe, não vou esquecer, pois, ela me deu você, jamais vou esquecer de você, é minha filha, meu anjinho e eu te amo desde o dia em que você nasceu.

— Mas entre mim e Stela, o senhor prefere a Stela, que é sua filha com seu grande amor.

— Elisabeth, pare de dizer besteiras, não tenho preferência nenhuma. Você e Stela são minhas filhas e amo muito vocês duas.

— Não é o que parece. Você vive mimando a Stela, me lembro bem, nós íamos navegar juntos, mas quando soube que a Stela adoeceu, foi correndo para a visitar, eu tinha apenas 10 anos e fui trocada por uma velha.

— Não gosto quando você fala assim da sua irmã.

— Ela não é a minha irmã, não tem a mesma mãe que eu.

— Chega Elisabeth. Para mim, você e Stela são e sempre serão irmãs. Lamento muito que tenha ficado com o temperamento de sua mãe.

Elisabeth estava com lágrimas nos olhos, Poseidon abraçou a filha.

— Não fique assim, desculpa pelo modo com que falei com você. Quero que saiba que a amo filha, do fundo do meu coração e se quiser pode vir me visitar na Escócia, estarei de braços abertos para te receber.

— Obrigada, pai. Mas eu na Escócia?

— Ai Elisabeth! — Poseidon riu.

Elisabeth e Poseidon saíram do quarto abraçados, se despediram uma última vez com um abraço apertado, quando ouviram uma voz dizer:

— Já ia ir embora sem se despedir de mim, Poseidon?

Poseidon revirou os olhos e disse:

— Claro que não Anfitrite, eu ia pedir para te chamar, pois, você estava ocupada escolhendo vestidos, se maquiando e preferi não incomodar.

— Ora, queria estar bem apresentável para me despedir de você, Popo.

— Popo? — Elisabeth riu.

— Não me venha com apelidos carinhosos, sabe que detesto ser chamado de Popo, fica muito estranho.

— Está bem, Poseidon.

Poseidon se despediu de Anfitrite e entrou na carruagem, estava feliz, finalmente vai voltar para os braços de sua amada Amimone, imaginando a noite de amor que teria com ela, após tantos anos longe. Quando chegou à Escócia, o coração de Poseidon pulava de alegria em ver como a Escócia se desenvolveu. Stela viu o pai se aproximando de casa, avisou Amimone e saiu correndo para o encontrar.

— Pai. — Disse Stela abraçando Poseidon.

— Stela, que saudades. Vejo que cuidou muito bem da Escócia, se desenvolveu muito.

— Também senti saudades, pai.

— Oi, Poseidon. — Disse Amimone.

Poseidon se encantou com Amimone, ela usava um vestido azul escuro, os cabelos estavam presos com um coque. Continuava muito bonita, mas Amimone estava diferente, estava mais fria e Poseidon percebeu isso.

— Oi Amimone, você está muito bonita. Vi como a nossa Escócia cresceu.

— Obrigada, o mercado da Escócia se desenvolveu bem, méritos da Stela.

— Bom, vou deixar minhas coisas em nosso quarto, depois vou tomar um banho e...

— Nosso quarto? Quer dizer meu quarto. E se pensa que vai dormir na mesma cama que eu, esqueça, sabia da sua vinda e mandei preparar o quarto de hóspedes para você. Podes ficar aqui, afinal de contas a casa é sua, você a construiu, não vou impedi-lo de ficar aqui. Stela vamos? Os compradores de cavalos nos esperam.

— Sim, mãe. — Disse Stela sem jeito, ela abraçou o pai. — Vou tentar falar com ela.

Stela e Amimone foram para Glasgow ver os vendedores de cavalo. Enquanto isso, Poseidon ficou na casa pensando em como Amimone mudou, nem parece aquela doce e gentil moça que viu na estalagem. Está fria, séria, ele pensou “a culpa é minha, não devia ter a magoado, mas não sabia que ia mudar tanto assim”. Ele foi até o quarto de hóspedes, deixou suas malas, tomou um banho e se encaminhou para o quarto que um dia foi dele e de Amimone. Quando entrou se recordou de quando ele se declarou e ela o aceitou, da primeira noite que passara ali com Amimone, eles se amaram carinhosamente, naquela noite eles conceberam Stela. Também se lembrou dos momentos que passou ali. Do primeiro e quase desastrado banho que deu em Stela, da cerimônia de fundação da Escócia, das manhãs em que acordava com o sorriso de Amimone, momentos bons, que agora vão ficar na memória. Logo anoiteceu, Amimone e Stela retornam para casa, Poseidon as esperava.

— Demoraram. — Disse ele.

— Aproveitamos e passamos no mercado e compramos algumas coisas para o jantar. — Disse Stela.

— Dinah, leve as compras para a cozinha e comece a preparar o jantar. — Disse Amimone.

Dinah atendeu a ordem, ela tem cabelos pretos, olhos verdes foscos e algumas sardas no rosto.

Amimone subiu as escadas e foi para seu quarto, se despia para tomar um banho quando Poseidon ficou na porta olhando para ela. Estava admirado, hipnotizado, quando Amimone percebeu, se cobriu com o vestido rapidamente e disse:

— O que faz aqui, Poseidon?

— Queria conversar com você, mas vejo que está ocupada.

— Que bom que percebeu isso, agora, saia do meu quarto.

Amimone fechou a porta do quarto com força, Poseidon saiu e desceu as escadas, Stela perguntou o que tinha acontecido.

— Fui conversar com sua mãe, mas ela se preparava para o banho e quando percebeu que eu estava na porta, se irritou. Sua mãe está muito diferente, o que aconteceu com ela? Era gentil, carinhosa, agora parece rígida.

— Tem certeza de que não se lembra, pai? — Perguntou Stela ironicamente.

— Eu sei que cometi um deslize, mas fui sincero e contei o que fiz para ela. E já se passaram anos, não me diga que ela continua chateada por isso.

— A minha mãe te amava demais.

— Eu também a amo, por isso voltei para cá.

— Mas você a magoou muito, deixou ela triste.

— Stela, eu sei que errei, mas quero começar de novo com ela, quero dar uma nova chance para nós dois.

— Será difícil. Muitas das vezes a vi chorando, dizendo o seu nome, dizendo que sentia a sua falta, mas que tem medo de se envolver com você de novo e se magoar e sofrer. Ela ainda te ama, mas tem medo de se machucar, por isso ela está tão distante de você.

— Mas não vou a magoar, eu a amo. Você falou com ela?

— Tentei falar com ela, mas quando disse que o assunto era sobre você, ela não quis conversar e me pediu para não falar do senhor.

Poseidon sentiu o seu coração apertar. Essa distância de Amimone o está matando, queria muito conversar com ela, poder lhe falar que ela é seu amor, mas parece que Amimone criou uma barreira intransponível entre eles.

O jantar estava servido, Stela percebia o clima de tensão entre os pais. Para ela era estranho, pois, sempre via os dois tão apaixonados, sentados um ao lado do outro na mesa. Agora não, Amimone se sentou numa ponta da mesa, Poseidon em outra, e Amimone evitava ao máximo olhar para Poseidon. No meio do jantar, Stela decidiu quebrar o silêncio.

— Pai, me conte, como é lá na Inglaterra? Como está a Elisabeth?

— Ah filha, lá funciona a base de monarquia, tem muitos castelos, os ingleses já estão pensando em montar fabricas de tecidos para aproveitarem as lãs das ovelhas. A Elisabeth está bem, continua a mesma, herdou o temperamento da mãe, falei para ela que podia vir para a Escócia me visitar e ela disse “Eu na Escócia? ”.

Poseidon e Stela riram, Amimone deu um leve sorriso e perguntou:

— Você convidou só a Elisabeth ou convidou a mãe dela também?

— A princípio convidei só a Elisabeth, não sei se ela vem mesmo e se ela for mesmo vir, não vejo problema em convidar Anfitrite também.

Pronto, bastou isso para Amimone se levantar da mesa. Stela perguntou se a mãe não ia terminar de jantar e ela respondeu que perdeu a fome, deu um beijo de boa noite na filha e subiu as escadas pisando fundo.

— O que houve? — Perguntou Poseidon.

— Pai, se a sua intenção era irritar a minha mãe, parabéns, conseguiu, agora que ela não vai querer ouvir falar do senhor. — Disse Stela.

— Mas por qual motivo?

— O senhor convida a mulher com quem dormiu para vir aqui, na nossa casa, isso é demais para ela.

— Mas Anfitrite, é mãe de Elisabeth e se ela quiser trazer a mãe, não serei contra.

— Mas para a minha mãe, Anfitrite, significa o termino da vida dela junto de você e não quer tê-la em sua casa.

— Vou falar com sua mãe, já chega de ficar me evitando, eu quero e vou falar com ela.

— Pai, é melhor não.

Stela tentou impedir, mas Poseidon se levantou da mesa e foi para o quarto de Amimone. Ele nem bateu na porta, entrou direto, Amimone se assusta e pede que Poseidon saia de seu quarto.

— Não vou sair, até você ouvir tudo que eu para te falar. Eu sei que errei em dormir com Anfitrite, mas tínhamos brigado, estava bravo, chateado e carente. Eu te amo Amimone, mesmo quando eu estava na Inglaterra, eu pensava em você. Guardei você no meu coração, esperando o dia para voltar para a Escócia e voltar para seus braços, mas quando chego aqui, parece que sou invisível, mal me olha nos olhos, mal fala comigo.

— Você não imagina o quanto doeu no meu coração, ao ouvir de você que tinha dormido com Anfitrite. Aquilo feriu o meu amor por você, eu te amava tanto, Poseidon. Dei o meu amor para você, me entreguei a você, acreditei nas suas palavras quando dizia que me amava, que eu era o amor da sua vida e para quê? Para chegar um dia e você estragar tudo.

— Já disse que fui um fraco, mas isso foi a muito tempo, a Elisabeth até se tornou adulta e ainda se lembra disso?

— Quem ama nunca esquece um erro. Eu era apaixonada por você, ainda sou, mas não quero me envolver com você outra vez, o medo de me machucar é muito maior do que meu amor por você.

— Acredito quando diz que me ama, sua reação na mesa demonstrou claramente isso. Mas não pode me impedir de convidar a minha filha de vir aqui e se a Elisabeth quiser trazer a mãe dela também, não vejo problema. A Anfitrite é só mãe de Elisabeth e só essa relação que quero ter com ela, de pais da Elisabeth.

— Tudo bem, pode trazer sua filha e se ela quiser trazer a mãe dela, tudo bem também, só não me peça para ficar enquanto Elisabeth e Anfitrite estiverem aqui, isso eu não vou aceitar. Agora, poderia sair do meu quarto? Estou cansada e quero dormir.

— Vou sair, mas antes, me responda, você quer que eu fique nessa casa com você e Stela?

— Se dependesse de mim, eu nunca mais iria olhar para você, mas a casa é sua e Stela te adora, está muito feliz de você estar aqui, então, pode ficar.

Poseidon viu nos olhos verde folha de Amimone que ela não o queria ali, desejou boa noite à Amimone e saiu do quarto. No dia seguinte, Stela e Amimone tomavam café, Poseidon apareceu com a mala nas mãos.

— Que mala é essa, pai? — Perguntou Stela espantada.

— Estou indo embora da Escócia. — Poseidon respondeu firmemente.

— E para aonde vai? — Perguntou Amimone.

— Wales, fica à noroeste da Inglaterra. Mas não vou esquecer da Escócia e nem da Inglaterra. Stela, quero que se cuide e que cuide da sua mãe. Amimone, cuide da nossa filha e da nossa Escócia. — Disse Poseidon se despedindo.

— Está bem, desejo que você seja feliz. — Amimone abraçou Poseidon.

Logo Stela se levantou da mesa e abraçou o pai, era uma linda cena, os três abraçados, Poseidon beijou a testa de Stela e foi embora, passou pela Inglaterra até que chegou à Wales. Wales é muito parecido com a Inglaterra e um pouco com a Escócia, as planícies verdes, os castelos. Poseidon já teve um contato com a terra quando ainda morava na Inglaterra e já tinha uma ideia para transformar o lugar em uma nação.

Desta vez não precisou construir a sua casa, nem ficar hospedado na casa de alguém. Os cidadãos de Wales arrumaram para ele, um pequeno castelo, era aconchegante, bem arejado, Poseidon se instalou e começou a trabalhar. Alguns dias depois, Wales se desenvolveu, as cidades foram construídas, o comércio ia bem. Poseidon gostava muito de uma cidade, Cardiff e decidiu que assim que Wales for fundado, Cardiff seria a sua capital.

...

No mesmo mês houve a reunião do Reino Unido. Os deuses de Escócia, Inglaterra, Irlanda e do futuro Wales se reuniram, junto com seus governantes, para decidir sobre a situação econômica dos países e do Reino Unido.

Stela, Amimone, Elisabeth, Anfitrite e Poseidon chegaram juntos. A deusa inglesa mostrava com o olhar o quanto não gostava de Stela, tinha ciúmes dela com Poseidon. Stela também não gostava de Elisabeth, a achava irritante. Anfitrite e Amimone se encaravam não amigavelmente. Poseidon sentia o clima de tensão entre as quatro e pediu para que entrassem na sala, pois, a reunião iria começar. A reunião também não foi nada tranquila, foi até tensa, os governantes de Escócia e Inglaterra discutiam, Stela e Elisabeth interviam, mas acabaram discutindo.

A deusa da Irlanda, Inácia, pedia para que todos se acalmassem e encontrassem a melhor solução. Elisabeth sugeriu que os produtores da Irlanda reduzissem a exportação dos produtos irlandeses para o resto do mundo. A Inglaterra está entrando no mercado têxtil e uma concorrência pode atrapalhar. A deusa irlandesa ficou indignada, por que só a Irlanda tem que reduzir? No final das contas acabou decidindo-se um limite para que cada um exportar os seus produtos, inclusive Wales, apesar de a decisão não ter agradado à maioria, todos concordaram.

A reunião se encerra, todos saem da sala, menos Poseidon e Anfitrite, que a pedido dele, pediu para conversar com ela a sós sobre a Inglaterra.

— Como assim, para exportar os tecidos ingleses, os outros países têm que reduzir as exportações? — Perguntou Poseidon confuso.

— Se outros produtos estiverem no mercado, iram competir com os tecidos ingleses, atrapalhando a sua comercialização, eu e Elisabeth achamos melhor propor essa redução. Pois, a Inglaterra é a nação mais importante do Reino Unido, Londres é a cidade mais importante, então nossos produtos devem ter uma importância maior no mercado. — Anfitrite respondeu com convicção.

— Anfitrite, caso não saiba, o nome da ilha é Reino Unido. É uma união de países que trabalham juntos para o bem de todos, seja política ou socialmente, não apenas um país que comanda tudo e os outros ficam só assistindo. Por isso fazemos essas reuniões, para decidir o melhor para todos.

— Pela sua reação, não ficou feliz em saber que a Inglaterra se sobressaiu a sua querida Escócia.

— Começou a aporrinhação, estava demorando. Claro que fiquei feliz em saber que a Inglaterra vai muito bem, que Londres é uma cidade importante. Aliás, fui eu quem reestruturou Londres e muitas outras cidades, porque se dependesse de você, a Inglaterra teria sido fundada na pobreza. E não tenho preferência pelas duas, tanto das nações quanto das minhas filhas. Escócia, Inglaterra, Stela e Elisabeth são muito importantes para mim, trato da mesma forma e amo as minhas filhas igualmente.

— Está bem, vamos mudar de assunto, soube que está fundando uma nação.

— É, Wales.

— Se precisar, estou à disposição para te ajudar no que for preciso, em ajuda no comércio, na fundação de cidades, podemos fazer uma parceria econômica. Também posso te ajudar a dar um deus ou uma deusa para a nação, é só pedir que eu faço. — Anfitrite se aproximou de Poseidon, enrolando a mecha do cabelo com o dedo.

— Obrigado, mas já tenho cidades, vai tudo muito bem, então agradeço a sua ajuda, mas não será necessário. — Poseidon se afastou de Anfitrite. — Só lhe peço que continue cuidando da Inglaterra.

— Poseidon, sinto tanto a sua falta, achei que essa é uma ótima oportunidade de estarmos juntos, fundar uma nação juntos, o que acha?

— Não começa, Anfitrite.

— Tudo bem, já que não quer minha ajuda, vou embora. Só para você saber, eu tenho uma ideia que pode ajudar Cardiff a se tronar uma cidade melhor.

— E o que é?

— Não queres saber, então, não irei falar. Boa sorte com Wales.

Poseidon suspirou e acabou cedendo.

— Está bem, Anfitrite. Você pode me ajudar, mas como colaboradora e apenas isso.

Anfitrite se lançou sobre Poseidon e o beijou, não foi um beijo qualquer, foi um beijo cheio de paixão.

— Perdão pelo beijo, mas não vi outra forma para te agradecer. — Disse Anfitrite com um sorrisinho.

Poseidon, Anfitrite e Elisabeth foram para a Inglaterra, para que Anfitrite pudesse pegar seus vários vestidos, seus milhares de sapatos e seus inúmeros kits de maquiagem. Chegando ao castelo, Poseidon ficou na sala esperando, enquanto Elisabeth foi com a mãe para o quarto dela.

— Filha, qual vestido devo levar: o verde-água ou esse amarelo florido? — Perguntou Anfitrite. — Não sei qual levar, não sei como é o clima em Wales.

— É o mesmo da Inglaterra, mãe. — Respondeu Elisabeth.

— Então vou levar os dois. Ai filha estou tão feliz por estar ao lado do seu pai outra vez, tenho certeza de que dessa vez ele vai descobrir que sou a mulher da vida dele. Bom, acho que está tudo pronto, todos os vestidos, todos os meus sapatos e minhas maquiagens, está tudo aqui.

— Aposto que nem vai sentir minha falta.

— Ô, bebeth, claro que vou sentir saudades suas, minha menina, sempre que eu volto para a Inglaterra te visitar e você também pode ir para Wales e aí vai ter um almoço especial para você.

— Isso vai ser ótimo eu, você e o meu pai, juntos de novo.

Elisabeth e Anfitrite se abraçaram. Judith entrou no quarto perguntando Anfitrite precisava de algo mais, ela disse para chamar Poseidon. Judith prontamente atendeu e Poseidon subiu para o quarto de Anfitrite, chegando lá, se espantou.

— O que significa esse tanto de mala?

— São meus vestidos, sapatos e acessórios.

— Mas para que tanto, Anfitrite?

— Quero ter opções para usar, sabe que gosto de estar bem vestida. Pode levar as malas em que estão meus vestidos e meus sapatos, vou levar a necessaire com a maquiagem e Elisabeth, pode carregar a bolsa com as minhas joias.

Poseidon pegou as malas e sentiu que estavam pesadas, pensou “São pedras que estão aqui dentro? ”, quando chegaram à carruagem, ele deixou as malas e se despediu de Elisabeth.

— Fique bem filha, cuide da Inglaterra e não arranje confusão com sua irmã e com a Inácia.

— É Stela, já te disse que não a considero como irmã e a Inácia, ela não sabe aceitar que a Inglaterra é mais importante que a Irlanda, mas prometo que não vou arranjar confusão. E você cuide bem da minha mãe, a faça feliz, quando eu tiver um tempo, vou visitá-los, e mãe, seja muito feliz.

— Ela só irá me auxiliar com os projetos, apenas isso.

— Sei. — Disse Elisabeth com um sorrisinho.

Logo Poseidon e Anfitrite foram para Wales. Ao chegarem, se instalaram na casa onde o antigo deus dos mares mora. Era um castelo baixo, de madeira e paredes amarelas, por fora e por dentro. Anfitrite não perdeu tempo, ela já foi se instalando no quarto de Poseidon.

— Só um instante, o que está fazendo? — Perguntou Poseidon.

— Estou colocando minhas coisas no nosso quarto, acho que vai precisar de um armário maior para caber as suas roupas e as minhas.

— Não está pensando que vai dormir aqui?

— Claro que estou e vou dormir aqui com você, nossa parceria pode se tornar algo mais, melhor adiantar o processo. Então, nada melhor do que voltarmos a dividir a mesma cama e o mesmo quarto.

...

A convivência entre os dois foi cordial, Anfitrite realmente ajudou com Cardiff e outra cidades. A presença dela, não era de toda ruim, pensava Poseidon e até cogitou dar uma segunda chance a ela, mas não foi como ela imaginava. Dormiam no mesmo quarto, mas não tinham qualquer relação, Anfitrite até tentava ficar mais perto de Poseidon, mas ele se afastava dela ao máximo. Até que uma noite...

— Poseidon, precisamos conversar. — Disse Anfitrite com a expressão séria.

— Anfitrite, estou cansado, pode ser amanhã?

— Não. Quero saber, que segunda chance é essa em que mal fala comigo, dormimos na mesma cama, mas não passa disso, pensei que iriamos começar o nosso amor de novo.

— Tenho muito trabalho, Wales precisa de ajuda ainda e chego muito cansado.

— As desculpas de sempre. “Estou cansado. Trabalho muito. Não posso conversar”. Se era para ser assim, não devia ter me dado essa “segunda chance”, ou melhor, não deveria nem ter pensado nela.

Amimone não teria de volta, ainda estava brava com ele. E Anfitrite estava lá, de braços e coração abertos, podia ter milhões de defeitos, mas o amor da antiga nereida era sincero.

— Percebo que está sendo sincera, que gosta de mim de verdade, então, quero dar uma chance ao amor que sente por mim, quero recomeçar.

Poseidon e Anfitrite se beijaram apaixonadamente como dois amantes, depois tiveram uma linda noite de amor, eles se entregaram um outro. Apesar de não amar a nereida, Poseidon decidiu se render ao amor dela, Anfitrite estava radiante.


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