Assim que ouve a voz de Thales, Naneki corre para trás do balcão, teria de usar a saída dos fundo para escapar daqueles dois; e assim o fez, mas atrás dela ouviu o velho ordenar “Não, fica aí com essa cara de pastel. Vai atrás dela!”, Luka surgiu na frente dela, junto de seu pai, o dono do lugar. Por já estarem acostumados com a garota andando por todo lado a deixaram passar rapidamente, porém fizeram Thales perder tempo, queriam fazer com que ela ganhasse tempo, em vão pois ele os empurrou abrindo espaço. Quando Thales chegou do lado de fora ouviu um barulho de moto dando partida, ela estava em uma Hover Bike-09 vermelha. A moto acelerou e partiu para o meio da rua, com ele correndo atras, estava perdendo ela de vista quando a sua frente havia um motoqueiro com um HB-45.

—Assunto Federal! -ele grita após empurrar o homem de sua moto e “pegá-la emprestada”. A HB-09 era uma moto desenvolvida pensando na estabilidade de seu motorista, já a HB-45 era uma tentativa de balancear, velocidade com estabilidade, ela era mais rápida do que a versão antiga, porém a garota conhecia muito bem a rua, usava uma rota por onde a estabilidade era muito mais necessária do que a própria velocidade. Naneki sente o vento correr em seu rosto, a emoção era a mesma de quando tinha catorze anos e executava pessoas sob ordens da Federação.

—Eu estou ficando velho pra isso. -Christian diz saindo da padaria, com a mão pressionando a região da costela esquerda. Ele caminhou até o porta-malas do carro, de onde uma espécie de drone.

As motos avançavam pela avenida da colônia, desviavam dos carros e também fugiam de alguns droides policiais espalhados em locais estratégicos. Houveram vários acidentes causados pela perseguição de Thales. Naneki vira sua moto em direção de um estacionamento coberto, deviam ser onze horas da manhã no Planeta início da hora do rush marciano, o estacionamento estaria movimentado com pessoas tentando sair e outras tentando encontrar vagas. Assim que encontrou no prédio Thales quase bateu em um carro que saia do lugar. Sua moto HB perde o equilíbrio e a estabilidade, ele cai e bate as costas na parede a moto plana sem controle e colide com um carro estacionado. Havia muitos carros ali, ele poderia pegar qualquer um deles a correr atrás dela, enquanto pensava viu um drone branco cortar o ar subindo pelos andares do prédio. “Agora é comigo garoto”, a voz de Christian é transmitida pelo orbe voador.

ESTAÇÃO ESPACIAL PALAS,
LOCALIZAÇÃO: CONFIDENCIAL

Os membros do E.N. despertam, o clima ainda estava pesado entre Dominic e Yoon, mas por causa de Dominic do que por Yoon. Ludi estava muito receoso, estava no chuveiro quando Yoon entrou, depois de cinco minutos Dominic entrou para tomar banho. A preocupação dele era que discutissem novamente, ele não teria força para se entrepor numa briga entre eles; ele não conseguiria fazê-lo vestido, quem diria pelado.

—Você acha que as coisas melhoraram entre Yoon e Dominic?-Calliope questiona Érika debaixo do chuveiro, a água caía fria, não que fosse um problema, na verdade, até gostava e, por decreto, a Federação mantinha uma escala entre dia sim, dia não entre a água morna e a água fria.-O que está fazendo? -Érika esfregava o corpo deixando a pele avermelhada, parecia querer arrancar a pele, e Callie podia jurar que viu uma gota de sangue correndo do rosto da colega.

—Lavando qualquer sinal ou marca daquele “moleque” no meu corpo. -Érika estava enojada com a experiência de teve com Augustus; e para piorar teve um sonho erótico com os gêmeos; estavam em uma ilha deserta; ela estava nua amarrada em uma árvore, e os dois “cuidavam” dela, sento Octavius mais carinhoso e Augustus mais safado, o que a assustou foi que, no sonho, quando conseguiu se livrar das cordas correu para um cachoeira onde encontrou os dois trocando carícias.

—Eu até que achei vocês dois bonitinhos juntos. -aquilo arrepiou Érika, Augustus era irritante e convencido. “Adoro isso em uma mulher”.... na próxima vez iria mostrar pra ele do que ela era capaz. Calliope via que Érika, apesar de negar havia  

—Calliope, você está louca! … -Érika lança água no rosto de Callie na tentativa de acordá-la. Mas aquilo não era culpa de Callie, ela nunca havia tido uma relação amorosa com alguém, tudo o que sabia era o que via nos filmes, series e livros; onde a pessoa provocava o pretendente e ele depois se declarava, uma técnica muito estranha. 

Apos dez minutos elas saem já vestidas com o uniforme e prontas para irem para o refeitório do setor, quando são paradas por Sony na porta do dormitório.

—A Comandante Lisher me mandou uma mensagem; desejam ver? -assim que terminou de falar os garotos saem do vestiário.

—Sim, por favor. -Callie espera que os demais se aproximem para que também recebam a mensagem da Comandante. Sony pressiona um botão no peito e cria o rosto holográfica da comandante no centro do quarto.

—”Bom dia, eu pedi para que o tenente Corey levá-los até a acadêmica para receberem um treinamento físico, depois do almoço serão levados para o estande de tiro. Hoje vocês participarão de outra simulação em conjunto com o Anã-Branca. Espero que tenham resolvido todo, e qualquer conflito. Amanhã é feriado militar, estarão livres de qualquer treino. Comandante Lisher desligando.”

ROD. COLONIAL GOVERNADOR TADEUS UR, ENTRE RÔMULO E GALILEU,

LOCALIZAÇÃO: MARTE.

—Senhor, posso fazer uma pergunta? –Thales mantinha o Mercedez na rodovia, mas sua mente estava nos detalhes da missão que acabara de executar, Christian lhe contara, a contra gosto sobre um grupo de elite que a Presidente estava formando para cuidar de missões especiais. No banco de trás estava a garota fugitiva desacordada; nocauteada por um dardo atirado por um drone pilotado por Christian.

—Não.

—Posso saber o por que a Presidente não requisitou o esquadrão diretamente com o Marechal? -a pergunta dele era legitima, Orpheus era o Marechal responsável por todas as unidades militares da Federação e se a Presidente estava trabalhando nas sombras, devia ter alguma suspeita sobre as intenções dele, ou até mesmo dela.

—Não. -Christian responde ranzinza digitando no telecomunicador o contato da Presidente. -Kath, pegamos a garota, mas temos um outro problema.

—E qual seria o problema? -pela voz dela e pelos flashes ela devia estar em algum lugar publico, talvez almoçando com o governador ou com o prefeito de Rômulo. 

—Vossa Excelência. -Thales diz cumprimentando a mulher do outro da conexão. 

—Sinceramente, Christian, você só tinha um trabalho, apenas um. -A voz dela se altera da cordialidade para a irritação.

—Eu precisava de alguém pra dirigir pra mim.

—Não foi o que disse quando estávamos naquela missão em Vênus há trinta anos atrás. -os dois começão um discussão envolta por lembranças e histórias mal resolvidas. Thales fica em silencio, a melhor escolha possível, já que os dois pareciam entretidos na discussão. 

—Eu quebrei uma costela, se isso te deixa feliz. -Christian diz encerrando a discussão com a ela, que parou de andar, parecia ter chego no próprio apartamento.

—Você o que!?

—Tivemos um desentendimento. -o militar tenta se explicar, mas só deixa Katherine mais irritada. -Só espero que você convença essa garota a fazer parte do Esquadrão. -Katherine estava contra a parede, Naneki era uma peça importante em seus planos, e agora graças a Christian ela teria que resolver sobre um novo integrante no esquadrão, teria de convencer outras pessoas a ajudá-la.

—Qual seu nome soldado? -ela pergunta firme e com a veia na testa pulsando.

—Thales Ludwig.-assim que o ouviu pesquisou no banco de dados da Federação sobre o homem, ao selecionar os arquivos a imagem de Thales surge a frente dela com todas as informações acadêmicas, militares, familiares e até mesmo o histórico de saúde dele.

—Irei esperá-los. Estou no penúltimo andar.

—Na verdade, precisamos que você emita uma Ordem de Reparo; causei alguns danos em uma padaria…-antes dela encerrar a comunicação Christian se lembra que precisava de que os estragos feitos por ele fossem reparados.

—Desculpe senhor, mas eu também acabei causando alguns estragos. -Thales confessa se lembrando de alguns estragos que ele causou na colonia enquanto ele perseguia a garota.

—Vejo vocês em duas horas. -A voz dela faz os dois se entreolhar.

—Garoto, estamos ferrados. -Christian xinga quando vê que ela já tinha encerrado a comunicação, a viagem de duas horas os levaria direto para a boca do inferno; segundo ele iriam ouvir Katherine amaldiçoar até a vigésima geração dos dois...