Magia Perigosa escrita por RavenaArkan


Capítulo 4
Capítulo 3- Os leões, a águia e a cobra se encontram.


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, espero que estejam gostando! Por favor se manifestem, preciso saber o que estão achando e se preciso melhorar em algo ^^ Qual personagem mais os agrada? Teorias para o assassino? Já shippam algum casal?



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Theo Raeken soava frio, se remexendo na cama, quando o sol surgia.
Longe do dormitório da Sonserina, o bruxo percorria a escura Floresta Proibida, sem nem mesmo saber o que fazia ali. Ele olha para trás assustado, ouvindo o estalo de um galho a se quebrar.
O som vinha perto de um carvalho alto e robusto, parecia haver uma sombra as escondidas.
Aos poucos a sombra se move, revelando algo podre e horripilante, um cadáver cheio de feridas. O cadáver de Sidney Midgard, com os olhos tão brancos que pareciam fumaça.
Theo contém um grito, dando um passo para trás. O bruxo tropeça em um galho, indo a chão. Ele se levanta rapidamente, mas Sidney permanecia imóvel, apontando o dedo em uma direção.
Theo engole em seco, percebendo que o espírito queria lhe mostrar algo.
Ele se aproxima com cautela, e Sidney começa a andar. Os dois seguem em silêncio, Theo tentando se lembrar do caminho que faziam.
Eles rondam um conjunto enorme de três pedras que formavam um triângulo, depois vão em frente. O morto para diante de alguns pés de rosas, apontando para as únicas rosas brancas que haviam ali.
— Atenh Sakyrf – Sidney murmura com uma voz rouca e gutural.
Em seguida, ele escancara os lábios, a boca se abrindo monstruosamente. Sidney solta um grito estrondoso, e para Theo, foi como se seus ouvidos estivessem prestes a explodir.
O rapaz desperta com um grito assustado e branco como um fantasma, percebendo que estava sozinho no dormitório.
Ele franze o cenho, e então olha para o relógio pendurado na parede: estava muito atrasado! Se perguntando o por quê de ninguém o acordar – e sem saber que os colegas haviam tentado, mas ele nem mesmo se mexera, imerso em um sono profundo – Theo rapidamente começa a se despir, esquecendo-se do sonho bizarro. Agora, a preocupação era não chegar mais atrasado na aula de defesa contra as artes das trevas, Derek Hale odiava sonserinos – e era diretor da Grifinória – e odiava mais ainda atrasos.
Depois de acabar de se arrumar, Theo Raeken sai correndo do quarto, passando voando pelos corredores.
Enquanto corria, as lembranças do sonhos – frescas em sua memória – vem á tona, e ele já estava sem fôlego ao chegar na porta da sala.
Ao abri-la, Derek Hale para imediatamente sua explicação, arqueando as sobrancelhas com a feição séria e cruzando os braços.
Todos os alunos já estavam em seus lugares, faltando apenas ele.
— Você irá atrasar mais a aula, senhor Raeken? – Derek pergunta com um tom irônico, vendo o rapaz perplexo. De fato parecia ter acontecido algo estranho, pois Theo Raeken não era de se atrasar, e estava pálido.
— Não, desculpe. – O garoto murmura, atônito.
Todos já estavam em dupla, então Theo presumiu que deveria se juntar a única aluna sozinha: Alisson Argent.
O rapaz caminha até a mesa da garota, que imediatamente demonstra uma feição carrancuda. Aquilo lhe arranca um sorriso, e o rosto de Alisson Argent parece se fechar ainda mais.
Era mais do que óbvio que a grifinória o odiava, e ele sabia disso desde que começou a notá-la. Alisson era diferente da maioria das garotas ali: era solitária, sempre com seu caderno de desenho, e na maioria das vezes que se falavam, irônica. Ela era muito bonita e Theo tinha certeza que seria popular se quisesse, mas de fato, não tinha ideia do que a morena queria.
— Senhorita Argent. – Theo a cumprimenta, sentando-se ao seu lado. – Mas que prazer...
— Acho que você quis dizer desprazer. – Ela responde com um sorriso mortal.
— Agora que não serei mais interrompido... – Derek Hale lança um olhar severo na direção de Theo, que sustenta o mesmo. – O feitiço não verbal é um feitiço lançado sem que o encantamento seja pronunciado em voz alta. Algumas varinhas são mais sensíveis que outras á esses tipos de feitiços, como varinhas de pinho. Se você tiver uma varinha feita de corniso... Então provavelmente irá reprovar nesta matéria.
Theo, naquela altura, estaria aliviado pelo fato de não ter uma varinha feita de corniso, se não fosse o sonho em seu pensamento, o intrigando. Tinha que ir até a floresta negra. Com certeza havia algo enterrado naquelas rosas...
— Agora vocês irão duelar com sua dupla. – Derek Hale diz, e Theo volta a si, percebendo que tinha acabado de perder a explicação do professor. Alisson o encarava com uma cara duvidosa, com certeza sabia que ele não tinha entendido nada. Iria acabar com ele.
— Pobre garoto perdido... – Alisson murmura.
— Não pense que vou pegar leve só porque você é uma garota. – O sonserino responde.
— Não pense eu não irei pegar leve. – Ela retruca com um sorriso de canto.
Assim, os alunos são chamados para duelar na frente da sala.
Scott e Stiles foram a primeira dupla, e Theo sabia que certamente Hale elogiaria McCall, o seu preferido.
Os dois se levantam e caminham para frente da sala, um de frente para o outro. Eles se cumprimentam e se afastam, ambos de varinhas em mãos.
Os dois se encaram concentrados, diante da sala em silêncio. Juntos, apontam suas varinhas.
Stiles é atingido por um raio vermelho, sendo desarmado e jogado para trás. Scott McCall havia usado Expelliarmus.
— Muito bem, McCall. Dez pontos para a grifinória.
Alguns alunos da casa batem palmas, enquanto os sonserinos reviram os olhos.
Os dois alunos voltam a se sentar, e Derek Hale volta a chamar as duplas.
Theo observava os combates até ser chamado.
Ele troca um olhar rápido com Alisson Argent, que exibia um sorriso convencido.
— Essa vai ser boa. – Stiles murmura para o amigo, que mantinha ao olhos fixos em Alisson.
Theo engole em seco, se posicionando e cumprimentando a bruxa.
Ele sabia que se daria mal. Tentou se concentrar, pensando no mesmo feitiço que McCall, mas Alisson foi mais rápida.
Theo é lançado para o alto, caindo violentamente no chão. Sua varinha voara longe, e ele pensava por quê Alisson Argent o odiava tanto. Claro, ele caçoava e a irritava as vezes, mas não pensou que ela seria tão violenta.
Todos ficaram perplexos, muitos deram risada – principalmente Stiles.
— Isso foi bom, Argent... Mas para uma demonstração é melhor usar feitiços não tão agressivos quanto Alarte Ascendare. – Derek Hale diz, surpreso com a maestria da garota.
— Desculpe, professor. – Alisson murmura.
Os dois voltam a se sentar, Theo dolorido. Outros tomam seu lugar, mas o bruxo não prestava atenção, e sim encarava Argent.
— Você pegou pesado... Eu estava despreparado. – Theo murmura.
— Você pode tirar uma lição disso. - A garota responde com ironia.
— Claro, nunca confie em uma garota bonita. – Theo diz com um sorriso divertido. A grifinória revira os olhos.
O olhar de Theo é desviado para baixo da carteira de Alisson, seu caderno de desenho. Ele morria de vontade de saber que segredos aquele caderno escondiam.
Então, sem pensar, ele pega o caderno. Alisson imediatamente o puxa, espalhando folhas pelo chão.
— Nunca mais toque nas minhas coisas! – Ela exclama, ao mesmo tempo que o duelo acaba.
— Tudo bem aí, senhorita Argent? – Derek Hale pergunta.
Os bruxos trocam um olhar.
— Sim, professor. – Alisson afirma e Theo ajuda a pegar as folhas, uma em especial chamando sua atenção: um desenho de olhos amarelos, envolto em uma nuvem escura.
Ele levanta o desenho, espantado. Era o que seus amigos descreveram, como Argent sabia daquilo?
A garota arranca bruscamente a folha de suas mãos, com uma careta.
— Foi mal. – O sonserino murmura.
Alisson Argent não lhe dirige mais nenhuma palavra, até o fim da aula. Enquanto a garota recolhia seu material, o bruxo pensava como perguntar á ela.
— O que era aquele desenho? – Ele indaga.
— Nada que seja da sua conta. – Alisson o corta, sem notar que Scott os observava de longe.
— Você também viu os olhos amarelos? – Theo dispara, vendo como a garota assustou-se com a sua pergunta.
— O que sabe sobre isso? – Alisson contra-ataca.
— Sei que tem algo escondido na Floresta Proibida. – Theo diz. – Algo que tem uma conexão com esses assassinatos...
— E você espera conseguir o quê contando isso para mim? – Alisson pergunta, estranhando. Será que os amigos sonserinos de Theo não eram tão confiáveis para acompanhá-lo até a floresta proibida? Talvez simplesmente não tivessem coragem.
— Eu vou para lá sozinho esta noite. – O bruxo diz. – Se quiser ajudar com isso... Me encontre na entrada da floresta. Não quero envolver mais pessoas desnecessárias nisto.
O rapaz dá de ombros, se afastando. Alisson o observa sair da sala- não sem antes lançar um sorriso irônico na direção de Scott e Stiles.
Alisson acaba de juntar suas coisas, saindo em seguida. Tinha a impressão que Scott queria lhe dizer algo, mas saio rapidamente, antes que este tivesse a chance.
Ela caminha pelos corredores, pensando na proposta de Theo Raeken. Não podia confiar no sonserino, e além disso, ele era extremamente arrogante e irritante.
Mas aquela história estava a intrigando. Viu o rosto do rapaz ao ver seu desenho. Deveria estar falando a verdade.
Não poderia confiar nele, mas poderia ir só para ver no que iria dar. No pior dos casos, poderia dar conta de Theo, e não iria armada apenas com a varinha. Feitiços com certeza machucam, mas aprendeu com o seu pai, como uma boa Argent, que as vezes flechas de prata podem ser muito eficazes.

 

 

 


O resto das aulas passaram demoradamente, principalmente na aula de História da Magia, onde apenas Lydia Martin parecia prestar atenção na voz monótona da professora Galinda Sloan, uma velha senhora que diziam ter mais de cem anos de idade.
Após acabar, Stiles Stilinski se aproxima da carteira da ruiva.
— Lydia... – Ele murmura, visivelmente nervoso por falar com ela. – Como está?
— Bem, Stilinski. – Ela responde formalmente, e ele se arrepende de tê-la chamado pelo primeiro nome.
— Estávamos pensando em nos reunir mais tarde... – O rapaz murmura. – Investigar, sabe? Eu, Scott, Alisson Argent...
Ela o encara, fazendo o bruxo ficar mais nervoso. Dificilmente tinha chances de falar com Lydia Martin – na verdade, se não fossem os assassinatos, isso não teria acontecido- e agora estava estragando tudo.
— Tudo bem. – Ela concorda. – Onde irão se encontrar?
— Bem... – Ele murmura, olhando rapidamente para Scott. – Ainda não planejamos isso.
— Eu sei de um lugar. – Lydia sorri. – Já ouviu falar da Sala Precisa?
— A sala que misteriosa só aparece quando se precisa dela? – Ele retruca. – Realmente existe?
— Claro. – Ela afirma. – E sei onde fica.
— Perfeito. – Stiles sorri. – Nos encontramos as dez...
— Na biblioteca. – Lydia o interrompe. – Quero dar uma olhada em algo...
— Tudo bem. Até lá, então.
O rapaz se afasta, com o coração acelerado e animado. Aquilo não era bem um encontro, mas era melhor do que nada.

 

 

Todos comem animadamente o banquete do almoço, onde havia iguarias sem fim.
Alisson Argent estava quieta, encarando sua refeição, quando Scott e Stiles se aproximam, sentando-se em sua frente.
— A comida está ótima! – Scott exclama, puxando assunto. Apenas chegar e dizer: “Ei, Alisson, vamos nos reunir na sala precisa depois do toque de recolher?!” não parecia certo.
— Está. – Ela responde, quase lançando-lhe um sorriso.
— Então... Sobre o que conversávamos ontem, acho que deveríamos nos reunir.
— E quem seria nós? – A garota indaga. Não costumava estar na companhia de outros, principalmente quando o assunto se referia á morte. Sim, Alisson Argent já havia visto pessoas morrerem. Seu pai não era apenas um excelente domador de dragões e outros animais ferozes. As vezes, quando algo saía do controle com algum animal perigoso, Chris era chamado. Já havia o ajudado, apesar do pai não querê-la no meio daquelas coisas.
— Só a gente e Lydia Martin. – Stiles responde, se exaltando na animação. – Quer dizer... Ela é tipo, muito inteligente.
— Sei... – Alisson murmura, depois desvia o olhar para Scott.- Eu posso levar alguém? – Ela pergunta.
— E esse seria Theo Raeken? Eu vi vocês conversando na sala...
— Acho que anda me observando demais, McCall. – Alisson o corta, divertida, vendo a cara de sem graça do bruxo. – Acredite, eu também não gosto dele... Mas Theo sabe de alguma coisa. Alguma coisa na Floresta Proibida.
— Tudo bem. – Scott concorda. – Então iremos nos encontrar na biblioteca. Depois... Iremos para a floresta.
— Eu o aviso. – Ela murmura, sabendo que Scott não seria bem recebido.
De repente, a porta do grande salão se abre com um estrondo, e todos se calam, vendo uma dúzia de aurores surgirem. Entre eles, Noah Stilinski, pai de Stiles e um excelente auror.
Agora tudo estava começando a ficar sério e mais perigoso, mas todos sentiam que o assassino de olhos amarelos não iria parar.

 

 

 


O dia pareceu passar mais devagar para os cinco bruxos que estavam ansiosos para o que viria depois do toque de recolher.
Todos tomaram cuidado ao saírem de seus dormitórios. Lydia Martin foi a primeira á chegar na biblioteca, logo em seguida, Scott, Stiles e Alisson.
Theo é o último a surgir, com o rosto expressando um misto de surpresa e desprezo.
— Você não disse nada sobre esse clubinho, Argent. – Theo reclama, evidentemente em desagrado, pensando que seriam apenas os dois.
— E você teria vindo se eu dissesse? – A garota retruca, fazendo o sonserino se calar.
— Eu pedi que nos reuníssemos aqui porque fiquei intrigada com algo sobre Stephanie Prescott. – Lydia quebra o silêncio constrangedor que surgira. – Melhor entrarmos antes que alguém nos veja. Os aurores estão por toda parte.
Os cinco entram na biblioteca ultilizando o feitiço alohomora, pois o lugar estava isolado desde a morte da corvina.
— Ele surgiu de repente... – Lydia murmura, se lembrando do que vira. – Caminhou devagar até ela.
A ruiva faz o mesmo caminho que o assassino, se aproximando da estante.
— Ele não tinha pressa. Acho que queria aproveitar cada momento. – Ela continua, notando que ainda havia manchas de sangue ali.
— Stephanie guardava alguns livros... – Lydia passa a mão nos livros da estante. – Derrubou o último quando percebeu que não estava sozinha. Ele a fez levitar, sussurrando... E então as aranhas começaram a rasgar sua pele, saindo por todo lugar.
A ruiva para, se virando para encarar os outros, que a encaravam com espanto.
— Mas o que me intriga é por que ela estava aqui, depois do toque de recolher. Por que Stephanie se arriscaria? Os livros tinham que ser importantes... Os que ela pegou, estão aqui, mas não todos. Falta um, o que foi derrubado no chão. O que manchou de sangue...
— Devem ter guardado em outro lugar. – Stiles murmura.
— Pelo que me lembro, era antigo e volumoso, uma capa de couro escura. Eu acho que não vamos o encontrar aqui, e sim na seção restrita.
Seguindo o raciocínio, todos seguem para a seção restrita, que era selada por uma corda.
Lydia tenta abrir a seção com o feitiço alohomora, sem obter sucesso.
— Bombarda. – Alisson conjura, fazendo a corda se partir com uma explosão, e assustando a todos.
— Ficou maluca?! – Theo ralha.
— Não temos muito tempo. – Alisson diz.
Os cinco entram na biblioteca proibida. Ali haviam livros raros e poderosos, e alguns considerados inadequados para os estudantes.
Todos começam a procurar, muitos livros eram parecidos, mas Lydia rapidamente consegue o que procurava.
— Encontrei! – Ela exclama.
Ao pegar o livro, todos se apressam para sair dali. Se fossem pegos... Estariam perdidos!
Todos seguem Lydia, que parecia conhecer o caminho. Eles param em um corredor do sétimo andar, onde parecia não haver absolutamente nada.
— Não tem nada aqui. – Theo fala, impaciente.
— Não é assim que funciona. – Lydia se vira para eles. – Devemos desejar ver a sala, querer de verdade um lugar calmo para pensarmos, nos reunimos e começar a investigação. Os aurores devem estar perdidos, não sabem do que sabemos.
— Tudo bem. – Alisson concorda. – Vamos fazer isso.
Os cinco rondam a parede vazia, se concentrando em fazer a porta aparecer. Quando parecia não fazer efeito, algo começa a surgir. No começo, era algo minúsculo, que foi crescendo e revelando uma porta misteriosa.
Os cinco encaram chocados e maravilhados a porta. Aquele era o começo de amizades e sentimentos mais profundos, e mais do que isso: era o começo de um grupo que se formava para capturar um assassino que ainda faria muitas vítimas no castelo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, tem muita coisa para acontecer ainda!
No próximo capítulo: o estranho clube dos cinco conhecem a Sala Precisa e exploram a Floresta Proibida em busca de uma pista.



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