Les Crimes de Grindelwald escrita por themuggleriddle


Capítulo 16
Epílogo




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A sala nova de Dumbledore ficava em um dos andares mais baixos do castelo e a janela dava para os gramados ao invés de para o lago. Todas as quinquilharias brilhantes que antes adornavam as paredes do escritório da torre de Defesas Contra as Artes das Trevas agora estavam dispostas ao redor da sala que havia pertencido ao antigo professor de Transfiguração.

Aparentemente, o Ministério resolveu dois problemas com uma única ação. Artemus Prendegast queria se aposentar, mas não aceitava largar seu posto para nenhum dos seus colegas mais novos que haviam se especializado em Transfiguração. No entanto, ele sempre tivera uma imensa admiração por Dumbledore, que havia sido excepcional em suas aulas (e que fora a grande decepção de sua vida, quando o jovem aluno decidira lecionar Defesas ao invés de Transfiguração). Ao mesmo tempo, uma auror experiente havia decidido se aposentar do Ministério, mas não estava pronta para ir viver no interior a vida tranquila de uma bruxa aposentada. Dessa forma, Hogwarts ganhou o sucessor de Transfiguração que o Professor Prendegast sempre quis e a nova professora de Defesas Contra as Artes das Trevas.

“Por sorte as minhas aulas já estavam todas planejadas e Galatea não precisou se preocupar muito com um plano de ensino para o final desse ano letivo,” disse Dumbledore, servindo chá para o visitante com um aceno da varinha. “Artemus terminou as aulas que ainda precisava dar, mas a partir de Setembro, sou o novo professor de Transfiguração.”

“Tenho certeza de que o senhor vai se sair bem,” disse Newt, apanhando um cubo de açúcar e o quebrando no meio. O pelúcio no seu colo esticou as patinhas para apanhar o doce, que logo enfiou na boca quando alcançou.

“E como vai Theseus? E Leta?” o professor perguntou, fazendo uma xícara flutuar na direção do outro bruxo. “É verdade que o casamento será adiado?”

“Leta precisa descansar mais. Ela diz que está tudo bem, mas a maldição que a atingiu era bem forte.”

“Sim, Grindelwald tem um grande conhecimento sobre... essas coisas.”

Newt apanhou a xícara e mexeu o chá com a colherzinha, ignorando os olhos brilhantes do pelúcio para o talher. Enquanto bebericava o chá, o magizoologista sentia como se o objeto que trazia em seu bolso pesasse muito mais do que parecia.

“Dumbledore?”

“Você não veio até aqui apenas para falar sobre a matéria de Trato de Criaturas, não é mesmo, Newt?” o bruxo falou, assoprando o chá da xícara que tinha em mãos.

Scamander respirou fundo e enfiou os dedos no bolso interno do casaco, tirando dali um objeto prateado cujo centro continha um círculo em madrepérola. Ele ergueu o penduricalho, longe das patinhas do pelúcio, e o mostrou para o professor, que pareceu se esquecer da xícara de chá e agora o observava com os olhos azuis brilhando mais do que nunca.

“É um pacto de sangue, não?”

“Como conseguiu...?” Dumbledore perguntou, largando a xícara sobre a mesa e esticando a mão para alcançar o objeto.

Quando os dedos do professor se fecharam ao redor do pacto, Newt firmou o aperto neste por um segundo, antes de soltá-lo. A voz de Grindelwald ecoou em sua mente e o magizoologista quase conseguia sentir os dedos do bruxo das trevas em seu rosto outra vez. Newt sacudiu a cabeça, tentando afastar a lembrança, e ergueu o pelúcio nas mãos.

“Grindelwald gosta de grandiosidade e esquece que existem coisas simples no mundo.” O animal se debateu em suas mãos e o homem riu, abrindo um bolso interno do casaco e o deixando entrar ali. “Me arrependi na hora que o soltei, mas graças a Merlin ele voltou para a mim antes de tudo dar errado.” Scamander observou o outro homem levar o objeto até a frente do rosto e apanhar os óculos em meia-lua de cima da mesa, colocando-os sobre o nariz de um jeito um tanto afobado. “É por isso que você não pode fazer nada contra ele, não é?”

O rosto de Dumbledore era uma mistura de fascínio e melancolia enquanto girava o pacto entre os dedos. Scamander queria perguntar o que Grindelwald queria dizer com aquelas palavras cruéis sussurradas contra o seu rosto, queria ouvir a justificativa do professor para haver um pacto de não agressão entre ele e um bruxo das trevas, mas, no momento, também queria voltar para casa, ver como Jacob estava e dar as boas novas para Bunty sobre um possível emprego em Hogwarts.

Naquele momento, Grindelwald estava longe e Newt queria que ele permanecesse bem longe, nem que fosse por apenas alguns meses.

“Você pode destruí-lo?” perguntou Scamander, vendo as sobrancelhas do professor se franzirem por um milésimo de segundos.

“Talvez...” disse Dumbledore, tirando os olhos do pacto e olhando o magizoologista outra vez, agora com um sorriso gentil no rosto. “Talvez.”


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Notas finais do capítulo

Acho que já disse antes, mas essa fic é bem... inútil, no quesito de que eu não mudei muita coisa no fim das contas, só tentei arrumar pra deixar menos caótico, já que isso me incomodou muito no filme. Também foi um desafio pra ver se eu conseguia escrever 50.000 palavras em 15 dias (consegui em 16). Até pensei em quem sabe escrever outra fic com o que imagino que possa acontecer no próximo filme, mas, sinceramente, preguiça. Eu amo o Newt, mas acho que prefiro escrever algum AU do que tentar imaginar o que a Sra. JK Rowling vai inventar daqui pra frente.
Espero que tenham gostado.



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