Les Crimes de Grindelwald escrita por themuggleriddle


Capítulo 10
As Profecias de Tycho Dodonus




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Havia, realmente, alguém os observando e esse alguém os convidou para tomar um café.

Yusuf Kama, como o homem se apresentou, mantinha a voz baixa enquanto conversava com os dois amigos sobre assuntos ordinários como o preço das varinhas ou o último escândalo envolvendo um membro da comunidade bruxa. Jacob não pareceu estar muito confortável em seguir um desconhecido por Paris, mas não protestou, apenas permaneceu mais alerta do que o usual aos olhos de Newt.

Agora, sentados em uma mesa em frente a um café parisiense, Scamander conseguia perceber mais detalhes de Yusuf Kama. O rosto, que antes estava parcialmente escondido por debaixo da aba do seu chapéu, era bonito, apesar de parecer cansado e de sua pele escura estar coberta por uma fina camada de suor. Ele mantinha uma expressão serena no rosto, algo que não era exatamente tranquilidade, mas que tinha o claro objetivo de passar a impressão de calma. Newt conhecia aquela expressão, já a havia visto em muitos membros de famílias bruxas mais abastadas e a conhecia muito bem por vê-la tantas vezes no rosto de Leta. A coisa que mais chamou a atenção de Newt, no entanto, foram as roupas deste: o conjunto de terno e camisa pareciam ser feitos de um tecido caro em um tom azul escuro muito belo, porém as roupas pareciam desgastadas, com remendos nos cotovelos e joelhos, além de marcas onde a cor começava a desbotar ou se manchava por conta de sujeira. Aquele homem era alguém que já tivera dinheiro o suficiente para comprar roupas boas, então como chegara ao ponto de ter que remendar os cotovelos de seu casaco?

“Vi o senhor falando com a cobra,” disse Kama, mexendo o café que havia pedido. “Acredito que nós dois fomos até o circo hoje a noite pela mesma razão, Sr. Scamander.”

“Que seria?” Jacob perguntou e bebericou o seu chocolate quente.

“O menino amigo da maledictus.” O homem inclinou a cabeça enquanto observava o trouxa.

“E o que você quer com Credence?” perguntou Newt, sentindo algo se mexer no bolso de seu casaco. Pickett havia ficado tão quieto até então, de certo assustado com todos os barulhos do circo.

“O mesmo que você.”

“Que seria?” Kowalski repetiu a pergunta, erguendo o queixo enquanto olhava o outro homem.

“Ajudar o garoto. Quero ajudá-lo a descobrir quem ele realmente é,” Yusuf explicou, antes de se interromper para tomar quase toda xícara de café em um gole. Ele olhou para os biscoitos que Jacob havia pedido e o trouxa empurrou o prato na sua direção. “Se os rumores de quem ele é forem reais, Credence e eu somos parentes distantes. Sou o último herdeiro homem da minha família... E se os rumores forem verdade, ele também.”

Newt franziu o cenho, observando as mãos do homem alcançarem um biscoito e se lembrando da conversa que havia tido com Dumbledore. O professor estava convencido de que Credence precisava encontrar a sua família, seja lá o que havia sobrado dela, para conseguir vencer o parasita mágico que se apossava dele. A maior teoria de muitos bruxos do Ministério que investigavam o caso era que Credence Barebone era um Lestrange. O magizoologista havia passado seis anos em Hogwarts vendo Leta remoer a memória do irmão perdido, o herdeiro homem que seu pai, Corvus, tanto queria de volta. A possibilidade do rapaz ser o irmão da amiga parecia ridícula para ele: Corvus não existia mais, Leta passara anos sofrendo com isso.

“Algumas pessoas acham que ele pode ser o filho de Corvus Lestrange,” Newt murmurou, vendo os dedos de Yusuf, ainda sujos com farelos de biscoito, pairarem no ar enquanto iam na direção de outro doce. O homem desviou as mãos para o chapéu que descansava sobre a mesa, traçando a costura da aba e se perdendo enquanto brincavam com a pena presa neste. “O senhor tem... algum parentesco com os Lestrange?”

“Temos uma ligação distante, sim.” Kama enfiou a mão no bolso do casaco, tirando dali um livrinho cuja capa de tecido já estava puída. “Já leu As Profecias de Tycho Dodonus?”

“Não,” o homem respondeu, vendo Kowalski apanhar o livro e o folhear com cuidado.

“Isso é poesia,” disse Jacob. “O que isso tem a ver com o menino ser ou não seu parente?”

“Muitas pessoas acreditam que Tycho Dodonus escreveu esses poemas para colocar no papel profecias que haviam lhe vindo à mente,” Yusuf explicou e suspirou. Ele parecia cansado, pronto para pegar no sono caso se encostasse em qualquer lugar. “Eu poderia lhe mostrar algo mais concreto. Na verdade... O senhor, por acaso, conhece uma moça chamada Porpentina?”

Scamander ergueu o rosto imediatamente. Kama pareceu satisfeito com a reação, pois havia um sorriso em seus lábios.

“Imaginei. Eu... Conheci Tina há algumas noites. No circo. Ela também estava atrás do menino, mas ele simplesmente sumiu naquela noite,” o bruxo explicou. “Nós conversamos e, bom, eu a levei até alguns arquivos que tenho coletado e que podem ajudar a provar quem Credence realmente é, para que os Ministérios europeus e o Congresso americano parem de caçá-lo.” Kama alcançou outro biscoito e deu uma mordida nele. “Eu posso levá-los até ela. Quero dizer, parece que realmente a conhecem-“

“Estávamos atrás dela também,” disse Jacob.

“Namorada?” perguntou Yusuf, virando o rosto para Newt, que se sentiu corar e voltou a desviar a sua atenção para o tronquilho em seu bolso, o qual parecia finalmente ter perdido o medo e espiava a rua.

“Amigos. Jacob é... quase noivo da irmã de Tina,” o magizoologista falou.

“Sendo assim.” Kama sorriu e ergueu a mão para chamar um garçom. “Não vejo problema em levá-los até ela.”

***

Newt queria perguntar para onde estavam sendo levados, mas o medo de ser largado no meio de Paris sem uma pista de onde Tina podia estar era maior do que o medo de ser levado para alguma armadilha. A certa altura, Jacob parou no meio da rua e disse que iria esperá-los em um restaurante o qual ele apontava, parecendo entusiasmado. Scamander sentiu algo se apertar em seu peito ao pensar em seguir Kama sozinho, mas, antes que eles pudessem seguir pelas ruas, Kowalski deu uma piscadela nada discreta para o magizoologista. O outro bruxo não notou o sinal, uma vez que já havia apertado o passo e atravessado para outra rua.

Assim, Scamander continuou acompanhando o homem. Yusuf andava apressado e encolhido, como se quisesse se enfiar nos próprios bolsos e sumir. Ele não era um homem grande e Newt andava mais devagar para não o ultrapassar com os passos mais longos.

Quando finalmente pararam em frente a um muro que percorria as margens do rio Sena, o magizoologista olhou em volta. O local estava vazio e a outra margem brilhava com as luzes dos estabelecimentos. Kama se agachou, tateando a parede até que seus dedos bateram contra uma grade e, com um movimento da varinha, o cadeado que a mantinha trancada se abriu.

“Estamos quase chegando,” murmurou, entrando na abertura na parede quase escondida completamente pela escuridão.

De vez em quando, Newt se perguntava se realmente acreditavam que ele era burro ou apenas muito inocente (apesar de também não saber se inocência e burrice não eram sinônimos para alguns). Ele era ruim quando precisava manter alguma interação com pessoas e, ao longo de sua vida, muita gente tomou essa sua dificuldade como um sinal de incapacidade e de oportunidade para tentar tirar proveito dele. Scamander, no entanto, sabia quando desconfiar e, provavelmente para a surpresa de muitos, havia aprendido isso com os seus animais. Com as criaturas, qualquer tom de voz ou nuance de movimento era interpretada e respondida com um instinto e elas lhe ensinaram a confiar mais nisso, na sensação ruim que sentia quando falavam com ele usando um tom de voz condescendente ou na inquietação quando alguém tentava manipulá-lo. Seu trabalho no Ministério o ajudou a aguçar o seu entendimento de interações interpessoais enquanto suas viagens o fizeram confiar ainda mais em seus instintos.

Descendo por uma escada escura e úmida, atrás de Yusuf Kama, Newt Scamander tinha plena certeza de que algo estava muito errado, mas se recusava a dar meia volta e ir embora. Se algo estava errado, então havia a possibilidade de Tina estar encrencada e ele não podia correr o risco de abandoná-la ali. Queria vê-la novamente sã e salva para terminarem de discutir sobre quais eram os melhores criadores de hipogrifos (os britânicos, com certeza) e, claro, para entregar o seu livro para ela. Ele havia prometido que faria isso e não podia quebrar a promessa.

Eles atravessaram corredores escuros, seus passos chapinhando o chão úmido e fazendo se erguer o cheiro enjoativo e constante da água do esgoto. Com a varinha acesa por um Lumus, Kama os guiava pelo labirinto subterrâneo, fazendo curvas abruptas e acelerando o passo sempre que ouviam um ruído diferente, todos muito provavelmente causados por roedores e sapos que habitavam o local.

Newt bateu contra o outro homem quando este parou sem avisar. O magizoologista ergueu a cabeça e viu um portal na parede logo na frente deles. Yusuf indicou a porta com a varinha.

“Deixo as minhas pesquisas aqui para não serem roubadas,” o bruxo sussurrou. “Pouca gente quer se aventurar pelos esgotos de Paris.”

Scamander prendeu o lábio inferior entre os dentes e atravessou a porta. A luminosidade do feitiço foi ficando para trás enquanto ele cruzava um pequeno corredor, sendo substituída por outra fonte de luz, igualmente pálida e mais fraca, vinda da câmara a frente.

O local era apenas mais uma câmara dos esgotos, inclusive com um riacho fétido correndo em um dos cantos. A parede escura e úmida, em formato abobadado, estava coberta com inscrições esbranquiçadas que emitiam um brilho débil sobre os baús e a cama pequena e decrépita que ocupavam o lugar. No chão, com a cabeça apoiada sobre os braços, havia uma mulher que, apesar do corte de cabelo diferente, Newt não demorou a reconhecer.

“Tina?” ele chamou, atravessando a câmara até ela.

A bruxa arregalou os olhos e se levantou em um pulo, quase tropeçando nas próprias pernas enquanto olhava em volta. Quando seus olhos se focaram em Newt, um sorriso fraco e surpreso apareceu em seu rosto.

“Newt!” A mulher deu um passo na direção dele e parou, sua mão indo para o bolso do casaco, tateando.

 

“Expelliarmus!”

Scamander sentiu a varinha voar para longe, apesar de a estar apertando com força. Quando se virou, Yusuf estava parado na porta, a qual ele fechou e trancou com um aceno da varinha.

“Peço desculpas, Sr. Scamander! Prometo voltar e soltar vocês dois assim que Credence estiver morto,” o homem arquejou, segurando a varinha do magizoologista contra o peito e dando um passo para trás.

“Kama, espere!” Tina chamou, correndo até as grades e se agarrando a elas, sendo seguida por Newt.

“É ele ou eu,” disse Yusuf, nervoso. “Eu não queria fazer isso. Nunca quis. Mas meu pai...” Ele abriu quatro dos dedos que seguravam a própria varinha, flexionando-os enquanto olhava a própria mão. “Eu preciso.”

O bruxo virou nos calcanhares e, surgindo no meio da escuridão, uma maleta o acertou em cheio na cabeça. Kama tombou no chão, desacordado, fazendo a sua varinha rolar pela antecâmara.

“Newt?” uma voz chamou no meio da escuridão e Jacob apareceu, entrando no alcance o Lumus, que permanecia aceso na ponta da varinha de Yusuf. “Tina?!”

“Procure as nossas varinhas,” disse Goldstein. “Ele as pegou.”

O trouxa se agachou e apanhou a varinha iluminada, segurando-a meio sem jeito enquanto apalpava os bolsos do casaco do homem desacordado. Kowalski emitiu uma exclamação animada quando puxou uma varinha de um dos bolsos de Kama e correu na direção dos amigos, chutando outra varinha no meio do caminho.

“Essa é a minha,” Newt murmurou, apontando para o chão enquanto Tina apanhava a própria varinha e destrancava a porta.

“Oh, aqui está.” Jacob pescou o objeto do chão e o entregou para o bruxo. “Bom, conseguimos resgatar ela.”

“Resgatar?” Goldstein arqueou uma sobrancelha, antes de correr para o homem que jazia desacordado no chão. “Vocês acabaram de acertar a minha única pista na cabeça.”

“Estava dando certo interrogar ele antes?” o magizoologista perguntou, esticando o pescoço para olhar Kama. Tina lhe lançou um olhar irritado.

“Eu ainda estava tentando convencê-lo de me falar o que sabia.” A mulher apontou a varinha para o corpo, o fazendo flutuar quando se levantou. “O senhor sempre cuida dos seus animais, não é mesmo, Sr. Scamander?”

“Bom, quando eles precisam de cuidados-“

“Então me ajude com esse homem!”

Tina voltou para a câmara que, ao que tudo indicava, era onde Kama vivia, pousando o corpo do homem sobre a cama desfeita e dando um passo para o lado. Newt pressionou os lábios um contra o outro e se aproximou, fazendo surgir no ar três bolinhas de luz que o seguiram. Ele se ajoelhou ao lado da cama e levou as mãos à cabeça de Yusuf, virando-a de um lado para o outro a fim de encontrar algum machucado.

“Eu não sabia o que fazer,” Jacob murmurou. “Só não queria que ele fugisse. Ele... Newt, ele não morreu, né?”

“Ele está vivo,” o magizoologista falou, deslizando a ponta da varinha por sobre um corte na têmpora do bruxo e o vendo se fechar. Abriu as pálpebras do homem, observando as pupilas dele com cuidado. “Só vai ficar com uma boa dor de cabeça.”

“Oh não...” Kowalski gemeu.

“Pelo menos ele não escapou,” disse Tina gentilmente e Newt não pôde deixar de notar a diferença com que ela se referia a Jacob e a ele.

Murmurando feitiços para evitar inflamação e diminuir dores, Scamander continuou passando a varinha pelo rosto e pescoço de Yusuf, se lembrando de quando fazia isso em si depois de treinos muito puxados de Quadribol ou quando era acertado por um balaço e não queria ter que ir para a enfermaria. Leta o repreendia, mas logo dominou os feitiços para ajudá-lo nessas situações.

“Olha, Newt.” O magizoologista ergueu o rosto, vendo Jacob apontar para a parede com as inscrições mágicas. “Leta Lestrange.”

Tina o observou enquanto Newt se levantou e se aproximou da parede. Agora ele conseguia ver que se tratava de uma árvore genealógica com muitos nomes que lhe eram conhecidos de documentos que passavam pela sua mesa, conversas entre colegas de Hogwarts e quadros pendurados nos mais diversos estabelecimentos oficiais do Ministério da Magia.

“Kama é obcecado pela a ideia de que Credence é um Lestrange,” Tina murmurou, apontando para o nome ‘Credence Barebone’, pouco acima de sua cabeça na parede. “Ele acha que Credence é o irmão de Leta Lestrange.”

“O irmão mais novo dela morreu,” Newt repetiu o que ouviu tantas e tantas vezes da amiga. “A criada sumiu com ele em uma viagem. O pai de Leta nunca aceitou o que aconteceu.”

“Quais as chances de ele realmente ser Corvus Lestrange?”

“A Srta. Lestrange parecia bem brava quando o seu professor sugeriu isso,” disse Jacob, encolhendo os ombros ao ver Tina o olhar, confusa. “Conheci um professor do Newt.”

“E antigos colegas também, pelo visto.” Goldstein respirou fundo e voltou a olhar a parede. Ela esticou o braço, apontando para o nome logo acima de Leta. “A mãe de Leta é uma Kama. Ela e Yusuf são parentes.”

“A mãe dela morreu quando ela nasceu,” disse Scamander, torcendo o nariz enquanto observava as palavras na parede.

Além da árvore genealógica, havia também vários números e outras palavras rabiscadas por todas as partes. Eles teriam que ler tudo com muita calma para conseguir entender pelo menos uma parte do que Kama tentou reproduzir naquela parede.

“Olhem! Isso aqui é um dos poemas daquele livro que ele mostrou!” Kowalski apontou para um trecho escrito próximo ao chão, antes de apontar para outro canto. “Está ali também.”

As Profecias de Tycho Dodonus,” disse Tina. “Ele também mostrou o livro para vocês?”

Newt assentiu, aproximando-se mais da parede para ler a passagem inscrita ali:

‘Filho banido,

Desespero da filha,

Venha, vingador,

Das águas sobre asas.’

Scamander olhou o homem sobre a cama outra vez, cruzando os braços sobre o peito e pressionando a ponta da varinha contra os lábios. O que Theseus faria? O irmão estava acostumado a trabalhar em situações pouco favoráveis, correndo atrás de suspeitos que tentavam esconder os seus segredos a todo custo. Theseus sabia todos os truques para abordar alguém e conseguir a informação que queria, tanto que ele mesmo ensinara o irmão mais novo o básico de Oclumência antes dos dois embarcarem para o continente na guerra.

“Tina,” o magizoologista chamou. “Você é boa com Legilimência?”

“Queenie é a Legilimente,” ela retorquiu. “Mas eu sei um pouco, sim. É bem útil quando se trabalha como auror.”

“Por que não dá uma espiada nele?” Ele apontou para Kama. “A mente dele está desprotegida enquanto ele está inconsciente.”

A bruxa encarou o homem desacordado, antes de soltar um grunhido baixinho e se aproximar, ajoelhando-se ao lado da cama e encostando a ponta da varinha na têmpora de Yusuf. O magizoologista observou Tina fechar os olhos e respirar fundo, concentrando-se, enquanto sentia Jacob se aproximar para observar o que estava acontecendo.

A expressão de Goldstein mudou, suas sobrancelhas se franzindo um pouco mais e os lábios se retesando muito discretamente. Newt tinha quase certeza de que ela havia conseguido acesso à mente de Kama e agora observava os pensamentos e memórias do homem. Ela parecia estar usando até a última gota de concentração para explorar a cabeça do bruxo e Scamander não pôde deixar de notar como era interessante observa-la naquela tarefa: a expressão atenta, os dedos firmes na varinha e a magia emanando dela. Era como observar uma esfinge tentando escolher o melhor enigma para capturar a sua vítima.

Quando os olhos de Tina se abriram outra vez, eles pareciam mais escuros do que nunca, porém brilhavam sob a luz das bolinhas de Lumus. Os olhos de Leta tinham um brilho diferente, algo escondido, como se ela estivesse sempre tentando esconder o que realmente sentia e isso refletisse em seus olhos. Theseus tinha olhos claros que pareciam faiscar quando algum desafio lhe era imposto e tudo, aos olhos do irmão, era um pequeno desafio. Já Goldstein tinha um brilho de empolgação nos olhos, algo que contagiava os outros com a vontade de fazer alguma coisa.

“E então?” Newt perguntou, inclinando-se na direção da bruxa.

“Newt,” a mulher murmurou, olhando para Yusuf com compaixão. “Yusuf e Leta são irmãos.”

 


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Notas finais do capítulo

feliz ano novo (:



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