Orgulho e Segredo escrita por condekilmartin


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oii, pessoal! Tudo bem?
Essa uma fanfic que eu posto em outro lugar, quem me segue no twitter (@desencantadz) sabe, mas eu resolvi trazê-la pra cá também por amar essa plataforma ♥
Fiquei tão feliz em escrever aquele conto que postei aqui que resolvi escrever uma releitura da história deles. Espero que vocês gostem e se apaixonem tanto quanto eu - ou ainda mais! - por essa casal tão precioso que é Rômulo e Cecília Tibúrcio.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/771680/chapter/1

Sabe quando você cresce sem acreditar no amor? Que ele é puramente uma história criada para moças se iludirem achando que um dia vão viver algo parecido com o que encontram nos livros? Era assim para Rômulo Tibúrcio.

Ele nunca teve uma experiência favorável com o já mencionado sentimento. Seus pais viviam num pé de guerra, o que fez com que crescesse acreditando que aquilo que chamam de “amor” não existisse de fato, por isso prometeu a si mesmo que não iria se casar, mas não isso seria motivo para que ele deixasse de aproveitar a vida como ela deveria ser aproveitada.

Rômulo deixou o Vale do Café aos 18 anos para estudar medicina na capital, São Paulo, e, quando não estava dedicado aos estudos, estava junto dos colegas de faculdade em bailes ou bordéis, esse último apenas em casos extremos já que fins de semana sem algum evento da sociedade eram raros na capital.

Era nesses bailes em que Rômulo encontrava suas amantes, sendo a mais recente Carolina Ferrero, uma jovem viúva cujo marido fora um dos primeiros pacientes do médico recém-formado. Era um caso grave, e, quando o homem faleceu, não pôde deixar de perceber que a esposa não se encontrava tão devastada quanto seria considerado adequado para os padrões da época.

Eles iniciaram um romance completamente casual, apenas para satisfazer os desejos carnais de ambos, mas estava ficando claro que Carolina estava se envolvendo demais com aquilo.

— Rômulo... – a mulher ruiva o chamou um tanto manhosa, enquanto se aninhava em seu peito após mais um de seus encontros. Ele não respondeu, pois pensava em uma maneira de se livrar daquela situação toda.

— Rômulo! – Ela estalou os dedos na frente do rosto dele, despertando-o do transe em que se encontrava. – Estava um tanto distante, hein?

— Perdão, você falou algo? – Ele balançou a cabeça, tirando uns fios de cabelo que caía sobre seus olhos, e encarou a mulher deitada ao seu lado.

— O que você acha de fazermos uma viagem juntos? Podíamos ir para Londres, quem sabe até encontramos com seu irmão por lá. – Ela sugeriu como quem não quer nada, mas ele percebeu suas intenções, sempre percebia. Carolina sabia fingir muito bem, mas ele conhecia os seus truques, não iria se deixar enganar.

— Viajar? Você enlouqueceu? – Rômulo levantou abruptamente da cama e a encarou. – Não temos nada sério, Carolina.

— Eu sei que não, meu querido. – A mulher ficou de joelhos em cima da cama, tentando olhar nos olhos dele, afinal, o homem era alto. – Mas o que é que custa aproveitarmos o que quer que seja que nós temos em um lugar diferente?

— Pensei que tivéssemos deixado bem esclarecido que o que temos não passa de um relacionamento casual. Me desculpe, mas, não posso lhe dar mais do que isso. – Ele suspirou. – Sem contar que meus dias em São Paulo estão contados.

— Como assim contados?

— Bom, acabei de finalizar a faculdade, meus pacientes estão se recuperando muito bem e não tenho nada mais que me prenda aqui. – Rômulo deu de ombros. – Sem contar que prometi ao meu pai que voltaria assim que terminasse os estudos.

— Nada lhe prende aqui? Nem mesmo eu? – Carolina baixou um tanto o tom da voz, passando os braços ao redor do pescoço de Rômulo, que virou para encará-la.

— Ora, querida, você sabe tão bem quanto eu que o temos não vai passar disso aqui, não é? – Ele a segurou firme pela cintura e roçou seus lábios nos dela, afastando-se rapidamente, deixando uma Carolina inebriada de desejo.

— Infelizmente, - Carolina bufou -  já que funcionamos tão bem juntos. – Ela o beijou e o puxou para a cama onde, selvagemente, repetiram o que havia acontecido alguns momentos antes.

***

Se os sonhos realmente se tornavam realidade, tudo o que Cecília Benedito poderia pedir era um grande amor igual aos dos livros que ela lia. Mas, embora sonhasse com o amor, eram os livros de mistério que ela devorava vorazmente.

A moça tinha uma imaginação fértil desde que se entendia por gente. Costumava passar horas criando teorias sobre os moradores locais junto com suas quatro irmãs, apesar de elas sempre a acharem um tanto exagerada.

Nos últimos anos, suas teorias se voltaram para a Mansão do Parque, ainda mais que depois da morte da esposa do Almirante, Josephine, ninguém mais parecia querer ficar naquela casa. Tudo o que Cecília sabia era que o Almirante Tibúrcio estava morando sozinho naquela casa imensa, já que Edmundo havia se mudado para Londres há cinco anos e, nos últimos três, Rômulo estava morando em São Paulo.

A história daquela família era misteriosa demais e, curiosa que só, a moça se entusiasmava cada vez mais em desvendar seus mistérios.

— Ai, Cecília, deixa de besteira! – Mariana conversava com a irmã na casa da árvore. – Não tem nada de errado com a Mansão do Parque.

— É claro que tem alguma coisa errada, Mariana. – Cecília encarava a irmã enquanto explicava sua teoria. – Como é que todo mundo, menos o Almirante, saiu daquela casa depois que dona Josephine morreu? Vai ver foi ele quem matou a esposa e fica por lá para esconder as evidências do crime.

— Meu Deus, minha irmã, você realmente não tem juízo! – Mariana riu. – Onde já se viu o Almirante ter matado a própria esposa? Só na sua cabecinha mesmo.

— Nós não sabemos o que aconteceu de verdade com dona Josephine, e o Almirante também não ajuda em nada, já que ele mal socializa com as pessoas aqui do Vale. – A moça suspirou. – Só sei que eu vou descobrir o que aconteceu de verdade.

— Vai é? – Mariana ergueu a sobrancelha direita, desconfiada. – E como é que a senhorita vai investigar?

— Ué, Fani Pricelli trabalha lá e somos amigas, ela há de me contar se viu algo suspeito por ali. – Cecília deu de ombros. Já estava imaginando como ia desvendar os segredos da Mansão do Parque.

— Fani é?

— Sim, o que tem ela? – Cecília perguntou desconfiada.

— Ai, nada Cecília. Só acho que você está criando histórias demais nessa sua cabecinha. – Mariana deu de ombros e Cecília revirou os olhos.

Estava acostumada com todo mundo ao seu redor lhe julgando de esquisita e fantasiosa por conta de seus comentários desconfiados e do seu hábito de leitura, mas nunca deu muita bola para isso. Cecília acreditava piamente que havia, sim, alguma coisa de muito estranha naquela Mansão e ela ir encontrar um jeito de descobrir o que era.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

COMENTEM E RECOMENDEM ♥
Espero que tenham gostado!
Obrigada por terem lido :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Orgulho e Segredo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.