Essas lembranças eram minhas e só minhas,

pois aprendi que é melhor manter algumas coisas em segredo.

Nicholas Sparks

“Eu não estava mais no quarto de Edward, era como se milhares de flashes e imagens passassem a minha frente, e eu me encontreiem um lugar escuro, úmido, onde eu não conseguia abrir o olho, estava presa a alguma coisa, sentia uma presença ao meu lado, mais aquele lugar me trazia confiança, segurança, carinho eu não queria sair dali nunca, havia um barulho de algo batendo, minha consciencia se lembrou, era um coração, logo se fez nitida um conversa.

—Bella, não faça isso_ uma voz grossa falou.

—Jake_ percebi ser outra voz, está era melodiosa, tranquila, carinhosa, parecia um anjo e talvez fosse.

—Me ouça. Não se dê por vencida ainda. Ok? Só ouça. E se...?_ a primeira voz falou, presumir ser do tal Jake.

—E se o que?_ o anjo perguntou.

—E se isso não fosse um negócio de uma chance? E se não fosse tudo ou nada? E se só ouvisse Carlisle como uma boa garota, e ficasse viva?

—Eu não_ ela o interrompeu.

—Eu não acabei ainda. Você fica viva. Aí você pode começar de novo. Se isso não funcionar, tente de novo._ não sabia o que estava acontecendo mais senti uma leve pressão no lugar em que eu me encontrava.

—Eu não entendo... O que você quer dizer, tentar de novo? Você não pode achar que Edward deixaria eu...? E que diferença ia fazer? Eu tenho certeza que qualquer bebê.

— Sim _ Ele disse_ Qualquer tipo de bebê dele seria do mesmo jeito.

—O que?_ era a mesma pergunta que eu fazia naquele momento,  “o que ele queria  dizer?”  , “como assim do mesmo jeito?”não era só eu que não havia gostado daquele comentário o ser ao meu lado se moveu em protesto_ Oh! Ugh. Francamente, Jacob. Você acha que eu devo matar meu bebe e o substituir com algum substituto genérico? Inseminação artificial? - Sua voz demonstrava raiva agora. - Por que eu iria querer ter o bebê de um estranho? Eu acho que não faria diferença? Qualquer bebê serve?_ o toque na barriga se intensificou, como se o anjo, tentasse nos proteger, aquele simples toque transmitiu amor, da sua forma mais forte e  pura que existe.

Tudo ficou silencioso de repente, isso se não houvesse o som que me acalentada, o coração que batia freneticamente, os flashes voltaram, era como se eu estivesse em frente a televisão com milhares de canais passando ao mesmo e eu não conseguia acompanhar nenhum, ate que do nada parou e eu consegui ouvir uma conversa abafada, parecia estar longe.

—O que aquela coisa está fazendo com ela? - identifiquei a pergunta sendo de Jake, pela voz que ouvi antes_ Ela estava bem pior noite passada. Eu vi... Os tubos e tudo mais, pela janela.

—O feto não é compatível com o corpo dela. Forte demais para uma coisa, mas ela provavelmente pode resistir por um tempo. O maior problema é que ele não a permitirá ingerir as substâncias que ela precisa. Seu corpo está rejeitando qualquer forma de nutrição. Estou tentando alimentá-la introvenosamente, mas ela não está absorvendo. Tudo sobre sua condição é acelerada. Eu estou a observando – não apenas ela, mas também o feto – faminto pela hora. Não posso parar isso, e não posso fazer com que vá devagar. Não consigo descobrir o que o feto quer. _ Alguém respondeu, com um leve raiva na voz, assim como desesperança. Então eu a estou machucando? Eu tenho que arrumar um jeito de parar, não posso machucar mais ao anjo, não quando ele tenta me proteger.

Mais uma vez os flashes, o silêncio, a solidão, voltaram eu não entendia o que estava acontecendo, parecia que eu já havia vivido aqueles momentos, tanto que desconfiava o que viria a seguir, minha suspeita foi quebrada por outra conversa

— Bella, amor, nós vamos te pedir para fazer algo monstruoso, repulsivo_ a voz que pelo que eu reconheci de algum lugar,  falou, ele pareceu inseguro.

— Quão ruim?_ mamãe perguntou.

—Nós achamos que o feto possa ter um apetite mais próximo ao nosso do que ao seu. Achamos que está com sede_ outra voz conhecida falou.

 _Oh. Oh._ ela exclamou

— Sua condição -a condição de ambos- está se deteriorando rapidamente. Nós não temos tempo a perder, para conseguir maneiras mais saborosas de fazer isso. O jeito mais rápido de testar a teoria.

—Eu tenho que beber sangue_ ela sussurrou. _Eu posso fazer isso. Praticar para o futuro, certo? _ houve um tempo em que permaneceu em silêncio _ Então, quem vai pegar para mim um urso marrom? _foi feito um longo silencio_ O que? _perguntou em seguida, quando viu que ninguém falaria mais nada, algo parecia errado

— Será um teste mais efetivo se nós não ultrapassarmos as normas, Bella_ disse uma voz já conhecida, mais não consegui identificar de quem era.

—Se o feto está desejando sangue_ papai explicou_ Não é sangue animal.

—Não fará diferença pra você, Bella. Não pense sobre isso _Alguém a encorajou.

—Quem?_ ela respirou fundo.

— Eu não estou aqui como um doador, Bells - Jake resmungou_ Além disso, é sangue humano que essa coisa quer, e eu não acho que o meu se aplica.

—Nós temos sangue em mãos_ Alguém o cortou_ só pra garantir. Não se preocupe com nada disso. Tudo ficará bem. Eu tenho um bom sentimento sobre isso, Bella. Acho que o bebê ficará muito melhor._ a pressão se estabeleceu, passou conforto.

— Bem_ ela disse, tão baixo que foi difícil ouvir. _ Estou faminta, então aposto que ele também está. Vamos nessa, meu primeiro ato de vampiro.

Não demorou muito, para sentirmos a sensação de algo entrando no nosso corpo, era bom, saboroso, o ser ao meu lado se tornou mais forte, maior, a medida que o sangue entrava em contato conosco, o problema é que com isso o espaço para nós dois se torna escasso, e ele estava sempre a procura de mais sangue, enquanto eu sentia saudades da antiga comida.

“Preciso de mais” ele/ela disse, aquilo nunca havia acontecido antes, sente um toque no meu rosto, e imagens e a sensação do sangue entrando no nosso organismo inundou minha mente, assim como a sequência das milhares de veia que nos rodeavam, me foi mostrado também como seria fácil de se consegui sangue ali.

 “Espere, ela nos dará quando for necessário” tentei fazer o mesmo, não sei se funcionou mais o ser se acamou.

A cena mudou, sem eu espera, o silêncio não pareceu durar tanto tempo como os outros

—Então..._ papai começou a falar, mais parou brutamente_ Você disse alguma coisa?_ num tom confuso.

—Eu?_ mamãe disse, depois de um segundo_ Eu não disse nada.

—No que você está pensando agora?_ ele voltou a falar, sua voz mais alta, era como se tivesse perto, tão perto como ele nunca tinha estado antes.

—Nada. O que está acontecendo?_ a voz de mamãe transmitia surpresa.

—No que você estava pensando a um minuto atrás?_ Ele perguntou.

—Só... na Ilha de Esme. E nas penas._ ela respondeu baixo, com se tivesse com vergonha.

—Diga mais alguma coisa_ ele sussurrou.

— Como o que? Edward, o que está acontecendo?_ ela perguntou, apesar do tom de surpresa e nervosismo sua voz saiu melodiosa e tão carinhosa como sempre.

— O que_ ele engoliu seco_ Isso... O bebê gosto do som da sua voz.

Fez-se silêncio de repente, parecia até que não estavam respirando. O que será que estava acontecendo?

— Deus do Céu, você pode escutá-lo!_ mamãe  gritou, nos assuntando, o ser a o meu lado começou a se mexer rapidamente, imagens de sangue apareceram na minha mente, ele estava com sede de novo.

“Calma, não faz isso, você a esta machucando, não se mecha assim” implorei, não sei se foi isso que à fez parar ou toque gentil que acariciou o lugar que ela havia chutado.

—Shh..._ele resmungou_ Você o agitou...

—Desculpe, bebê_ acho que ela falava com nós. Aquele foi a primeira vez que se dirigiam a nós diretamente, e sua voz estava repleta de amor, um sentimento novo tomou conta de mim.

—No que ele está pensando agora?_ Ela perguntou com a ansiedade estampada em sua voz.

— Ele... ele ou ela, está... _ Ele parou derepente, como se esperasse algo_ Ele está feliz_ Edward disse com uma voz incrédula.

A respiração dela parou por um breve segundo.

— Claro que você está feliz, bebezinho, claro que você está _ela cantarolou, acariciando a barriga carinhosamente como sempre fazia_ Como você poderia não estar, a salvo e quentinho e amado? Eu amo muito você, pequeno EJ, claro que você está feliz

—De que você o chamou?_ ele pareceu surpreso.

—Eu meio que dei um nome pra ele. Eu não achei que você quisesse… bom, você sabe.

— EJ?

— O nome do seu pai era Edward também.

— Sim, era. O que?_ Ele parou e então disse_ Hmm.

—O que?

— Ele gosta da minha voz também._ Como não gostar da voz dele? Ainda mais naquele momento que ele parecia tão carinhoso e atencioso.

A Conversa foi interrompida com outro Flash de conversa.

—Sim. Ele parece ter um pouco de senso do que a machuca, agora. Ele está tentando evitar isso, quanto mais possível for. Ele... a ama. Já._ a voz naquele momento já entendia que não queríamos machucá - lá, que o espaço é que era apertado e estava se tornando cada vez mais menor_ O progresso, eu acredito, é mais do que nós pensamos. Quando Carlisle voltar

— Eles não estão de volta?_ a voz já tão conhecida de Jake o cortou.

—Alice e Jasper sim. Carlisle mandou todo o sangue que ele pôde adquirir, mas não foi o tanto quanto ele estava esperando, Bella irá usar tudo em um dia, do jeito que seu apetite aumentou. Carlisle ficou pra tentar arranjar outro jeito. Eu não acho que é necessário agora, mas ele quer ficar preparado pra qualquer coisa_ explicou papai pacientemente

—Por que não é necessário? E se ela precisar de mais?_ a voz de Jake parecia preocupado

—Eu estou tentando fazer Carlisle fazer o parto do bebê assim que ele voltar.

—O que?

— A criança está tentando evitar movimentos fortes, mas é difícil. Ele está muito grande. É loucura esperar, quando ele está mais desenvolvido do que Carlisle achava. Bella está muito frágil pra esperar.

—Você acha que ela vai conseguir. - Jake sussurrou tão baixo que tive dificuldades em entender. "Como assim sobreviver?" Até que a ficha caiu pra mim  "Eles tinham medo de nós a matarmos.”

Acordei brutamente, tudo não passava de um sonho, eu estava de volta ao quarto de Edward, chorando, por causa daqueles momentos lembrados... momentos em que eu realmente me sente feliz e segura perto dos Cullens, apesar de eles tentarem nos matar, assim que descobriram que Bella estava grávida, mas isso perdeu a importância com o tudo que veio depois, saber disso me deixava triste, por que naqueles momentos Bella me amou, ela realmente se importou comigo, e Edward também, apesar desde ter sido por um breve momento, os Cullens se importaram, me lembrar da voz carregada de carinho e amor deles, do cuidado, da proteção, esse é o motivo de simplesmente não ir embora, porque eu ainda tenho esperança… pois que eu mais  desejo na vida é  me sentir assim de novo, ouvir o amor e o carinho na voz deles, me sentir protegida por eles, ou simplesmente saber que eles se importam.

Do lado de fora, um relâmpagos cortou as nuvens, estava tão concentradas e abaladas com aquelas lembranças, que nem ao menos havia reparado no imenso temporal que caia.

Me levantei indo pra cozinha pegar um copo de água, me sentei em um cadeira olhando a chuva cair, enquanto lutava com as lembrança que insistiam em voltar, eu tinha agradecido ter acordado naquele momento porque sabia que lembrança vinha a seguir, a mesma que insistia em querer aparecer naquele momento, a mesma que por tanto tempo eu tentará esquecer com todas as minhas forças, as que me lembravam como o pesadelo que é minha vida começou.

"—Posso andar? - mamãe perguntou. - Minhas pernas estão tão duras.

—Você tem certeza?_ papai perguntou preocupado.

— Rose vai me pegar se eu tropeçar no meu pé. O que pode acontecer bem facilmente, sendo que eu não posso vê-los _mamãe falou, sentir um leve movimento, um que já a alguma tempo não sinto _Isso é bom _ela suspirou. _Ugh, mas eu estou enorme. Mais um dia _ela disse, e sentir uma leve batidinha no estomago. _Certo, então.

O corpo dela pareceu tombar para o lado de forma rápida, ouvir o barulho de algo caindo, Renesmee tinha escolhido aquele momento para se mexer, Bella se abaixou, e o barulho de algo se partindo foi ouvido. - Oh! - ela falou ao mesmo tempo em que sentia que ela estava caindo, alguém a pegou.

Bella gritou, era um grito horroroso, um grito de dor, o som parou um gorgolejo, seguido por outro que parecia que ela estava colocando algo pra fora, ela começou a se contorcer e se debater, sentir ela ser carregada e depositada em algum lugar.

— Morfina!_ Edward gritou para alguém

—Alice, ligue para Carlisle!_ Rosalie gritou agudamente. Os movimentos da Bella foram contidos por alguém, sabia disso, pois conseguia senti leves tremores

—O que está acontecendo, Edward?_ Jake perguntou apavorado.

—Ele está sufocando!_ Rosalie falou

—A placenta deve ter se descolado_ Edward falou

—TIREM ele daí! _mamãe gritou._Ele não consegue RESPIRAR! Faça isso AGORA!_Ela parecia desesperada, enquanto o ar começava a se tornar escasso para nós.

—A morfina – Edward rugiu.

—NÃO! AGORA_ voltou a gritar mamãe, ouvir passos de alguém se aproximando, e Rosilie gritar para alguém sem obter resposta, pelo menos nada auditivel para mim.

—Deixe a morfina de espalhar!_ Edward gritou pra ela.

— Não há tempo _Rosalie assobiou _ Ele está morrendo!

Senti o toque passar por onde nos encontrava, assim cheiro de sangue se tornando mais forte seguido de uma luz avermelhada, mais esta sumiu como um rosnado.

— Não, Rose!_o barulho auto de corpos se batendo foi claro_ Alice, tire ela daqui!_ Edward gritou._ Leve-a pra Jasper, e mantenha-a por lá! Jacob, eu preciso de você! Primeiros socorros? - Edward rosnou rápido e urgente.

—Sim!_ Jake respondeu simplesmente

—Faça-a respirar! Eu tenho que tira-lo antes que... – Edward nunca terminou aquela frase, pois o ser ao meu lado, me mostrou a imagem de sangue e sua urgência de sair daquele lugar, ao mesmo tempo em que se debatia, me senti ser empurrada e outro barulho de algo se partindo dentro dela foi ouvido, este o mais alto, tão alto, em seguida se fez silêncios como se esperassem por alguma coisa que não aconteceu.

—A coluna dela_ Edward resfolegou horrorizado.

—Tire isso de dentro dela!_ Jake rosnou_ Ela não vai sentir nada agora!

O barulho de algo pingando começou a me perturbar, seguido de algo sendo partido, assim como um claridade voltou agora não mais avermelhada, Mamãe tossiu como se para provar que ainda estava viva.

—Fique comigo agora, Bella! _ ouvi Jake gritar- Você me ouviu? Fique! Você não vai me deixar. Mantenha seu coração batendo!

O corpo em que estava ligado ficou imóvel e rígido, era algo estranho, eu vi e sentir o ser ao meu lado ser puxado para a claridade

—Renesmee_ Edward sussurrou, sua voz demonstrava adoração.

— Me deixe... - Bella gaguejou num sussurro partido, era como se ela implorasse - Dá ela pra mim.- Renes... mee. Tão... linda._ E então eu senti ela perder o ar – perdeu o ar de dor.

— Não, Renesmee - Edward murmurou, como se estivesse ensinando, não precisava estar presente para saber que o ser agora intitulado como Renesmee a havia mordido, ela tinha me mostrado que estava com sede antes. O coração começou a bater mais devagar até que depois de uma fraca batida tudo ficou em silêncio, senti alguém mexer no corpo a medida em que o ar que me restava se tornou escasso.

—O que você está esperando?_ Jake tossiu sem fôlego.

—Pegue o bebê_ Edward disse urgentemente.

—Jogue-o pela janela._ foi a resposta de Jake, consegui ouvir passos de longe.

— Me dê ela_ uma voz baixa perto, os dois rosnamos ao mesmo tempo...- Eu estou controlada- Rosalie prometeu. -Me dê o bebê, Edward. Eu vou cuidar dela até
que Bella...

— Afaste suas mãos, Jacob

— O que é isso?

— Meu veneno – Não sei como mais naquele momento eu soube que ninguém me tiraria dali, o ar começava a me faltar, e a única coisa certeza que eu tinha é que precisava sair daquele lugar, me arrastei até o ponto a onde o outro havia sido tirado, alguma coisa entrou em contato com meu corpo, sentir algo me queimando por dentro, não sei como, mais consegui continuar apesar da coisa estranha no meu corpo, não demorou a conseguir passar pela claridade.

—O que é aquilo?_ ouvi Jake perguntar, não sei do que ele falava, pois minha concentração estava em sair daquele lugar.

—Bella estava grávida de gêmeos_ Edward ofegou_ por isso não resistiu, seu corpo estava fraco demais, e ela deve ter quebrado a coluna de Bella ao tentar sair_ ele falou me pegando, e cortando o que me ligava à mamãe, uma parte de mim se tornou vazia naquele instante, procurei pelo rosto dele como se a procura de algum conforto não foi o que eu encontrei ali, sua mandíbula estava travada, seu olhar transparecia algo ruim, algo que me deu medo, fechei meus olhos, aquele na podia ser meu papai_ Ela matou Bella_ ouvi um rosnado, não sei se vinha de Edward ou Jake, mais a raiva e o ódio era algo claro nos dois

— Edward_ Gritou Alice_ me de ela.

— Não Alice ela merece morrer, ELA a matou, Bella esta morta por causa desse mostro.

— Ninguém vai morrer aqui, cuide de Bella, ela não esta morta, escute o coração_ foi preciso um minuto de silencio para confirmar o que Alice falava_ agora me de o bebê_ Fui passada para o colo de uma mulher, por mais que me sentia agradecida, não me sentir segura, nem tão pouco confortável naquele colo.”

—Achei que os pesadelos tinham parados?_ tio Jasper entrou na cozinha, me trazendo de volta a vida real.

— E pararam…_ respondi sem me virar.

— Então porque está acordada agora?_  o problema do tio Jasper sempre foi esse, ele me conhecia melhor que ninguém, é claro que ser vampiros dificilmente se esquecerem de algo também o ajudava. Logo depois da confusão com os Voltures, eu tive pesadelos noites seguidas e sempre levantava pra ir para a cozinha, então não era difícil para ele presumir que eu estava tendo pesadelo, alem é claro de ele poder ver como me sinto, os poderes de tio Jasper é difícil de bloquear, mesmo com meus poderes.

Eu tenho um escudo físico, o que me protege em qualquer luta, e este tem alguma características do escudo mental, eu posso clonar poderes de outros com e usá-lo, mais apenas com a mesma força e intensidade usada contra mim, posso bloqueá-los, inclusive os de Alice e tio Jasper, mais é mais difícil, pois se necessita de controle, manter o foco o tempo todo, o que é difícil de realizar se você se encontra com raiva, medo, nervosismo. Por esse motivo tio Jasper na maior parte do tempo sabe como me sinto, pois meus sentimento são muito intensos.

— Porque está aqui, achei que estaria com a Alice_ mudei de assunto.

—Alice, Carlisle e Esme foram caçar_ ele respondeu se sentando do mundo lado.

— Por que não foi com eles?_ perguntei olhando para ele, seu olho estava preto, mostrando que ele estava com sede.

—Eu ia, mais minutos antes de sair, sentir sua angústia, não poderia sair, sabia que você estava prestes a acordar e precisaria conversar com alguém.

—Ah tio Jasper, não deveria se preocupar, não era pesadelos, são apenas as lembranças que esse lugar trás_ virei o rosto não queria que ele visse que eu segurava para chorar, não que isso adiantasse, afinal ele sentia.

—Toda vez que você se sente assim tenho vontade de bater em todos eles, pra vê se eles caem na real, vendo o que eles fazem com você  e o quanto nao percebem que você é especial.

— Você não pode fazer isso_ Eu me levantei.

—Porque não? Sabe eu me sinto um inútil te vendo sofrer por algo que você não tem culpa.

—Porque você prometeu_ disse simplesmente olhando nos olhos dele_ Prometeu que não se envolveria, que não contaria... Afinal nós dois sabemos que não adiantará nada, Edward sabe como me sinto, se não diretamente por mim, mais pelos seus pensamentos, pelos do Seth ou Liah, vocês não conseguem esconde-los por muito tempo e isso nunca fez diferença pra ele_ eu suspirei_ não fará diferença para os outros.

— Você não pode ter certeza.

—Mas eu tenho tio Jasper, eu tenho certeza que eles nunca se importaram e nunca irão importar_ dessa vez eu fui fraca e uma lágrima caiu.

—A cada férias que você vem a Forks, sinto que será a ultima_ ele sussurrou, olhei para ele sem entender_ Cada vez você está mais afastada Liz_ toquei nele, como se mostrasse que estava ali_ não assim, acho que os outros não percebe ou não querem perceber, mais cada vez ... a cada vez que você é obrigada a vir a Forks, percebo que estamos te perdendo, que vai chegar um momento que você irá nos deixar e não irá mais voltar.

—Nunca irei te deixar tio Jasper_ eu o abracei

—Nunca diga nunca, por que você irá_ ele me apertou junto a ele_ e quando o fizer terá toda a razão de fazê-lo, ninguém a poderá impedir, por que será tarde de mais.

—Tio Jass, posso ir embora, posso deixar os outros de lado, mais você  NUNCA_ enfatizei a ultima palavra, deixando claro pra ele_ todos esses ano você se tornou um pai para mim, você me adotou e me protegeu de todas formas que um pai faz com o filho, não conseguiria me afastar, nem se você me pedisse.

Não sei como mais ele me abraçou mais forte, ouvir um pequeno soluço partindo dele, mesmo ele tentaria esconder, por isso não comentei nada. Meus olhos começaram a pesar por causa do sono, interrompendo o nosso momento, sabia que era por influencia dele.

—Acho que sua parte humana está pedindo descanso_ consegui detectar um pequeno sorriso em sua voz.

—Não acho que eu consiga dormir_ eu sussurrei

—É claro que consegue_ ele falou, sentir ele usando seu poder novamente em mim, me tranquilizando, me deixei envolver por ele a medida que ele me guiava até o quarto de Edward_ acho que precisaremos arrumar uma cama_ dei um sorriso pra ele apreciando a idéia, antes de emergir na inconsciência.

Não tive um sono tão tranquilo quanto tio Jasper queria que eu tivesse, apesar de não ter voltado a ter sonhos, pequenas frases soltas me vieram a mente.

Quando acordei já estava claro, eu me sentia mais exausta, aquela foi uma das piores noites da minha vida, com as imagens e frases ainda rodeando minha cabeça, conseguia ouvir conversa vinda do andar de baixo, assim como a risada tão característica de Emmett, eu não conseguiria os encarar hoje, não depois de me lembrar. Fiz então a única coisa que poderia fazer naquele momento, peguei meu celular e disquei o numero há muito tempo já decorado.

—Alô_ aquela simples palavra me traquilizou e aquietou meu coração.

—Você está em casa?_ Eu iria para o único lugar ao qual realmente pertência, para alguém que me trazia segurança e conforto.