Lembranças escrita por Ju Paiva


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Boa leitura!!



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Apartamento de Stella 1:03 AM

 

Celular de Mac começa a tocar e tira os dois peritos do sono em que estavam.

— Alô. Sim. Ok, estou indo pra aí. - diz Mac terminando a conversa ao telefone.

— Quem era na ligação? - pergunta Stella

— A Maria do  orfanato, ela ligou falando que mais uma criança sumiu. - informa Mac

— Vou junto com você -  ela diz

— Eu não posso permitir, está envolvida demais com caso - diz Mac firmemente

—  Mas eu preciso ir, eu sei que eu consigo, preciso prender esse cara, Mac! - rebate Stella

— Esse caso não é mais seu! E eu prometo que eu vou pegar ele e colocá-lo atrás das grades. - fala Mac

— Você simplesmente vai me tirar do caso Mac? - diz Stella com raiva na voz

— Você está envolvida demais e além disso você tem um trauma Stella, como vou permitir algo que só vai te machucar? Mais nenhuma palavra sobre isso. - concluí o perito

— Só mais essa vez, para achar a criança depois eu não falo mais nada sobre o caso - implora Stella

— Tudo bem, vou precisar de ajuda. Mas tu acha que está bem descansada? - pergunta Mac preocupado

— Sim, dormi mais do que dormi a meses e ainda não tive pesadelos de novo, pela primeira vez em três meses - diz Stella sorridente

— Tudo bem. Vamos - fala Mac

 

POV STELLA

Acordo com um celular tocando e.... espera, eu acordei com um celular tocando e não com um pesadelo, e quantos horas eu dormi? Caramba nem acredito. Olha pra cima e vejo Mac ao telefone... estou deitada no peito dele e ele me envolvendo com seu braço. Acho que sentir alguém junto comigo me ajudou para não ter pesadelo. Aí, Mac ficou comigo o tempo todo, preocupado... meu melhor amigo.

Ele termina a ligação e então descubro que mais uma criança sumiu. Meu coração fica apertado, já temos todas as provas para prender o diretor do orfanato mas não o encontramos em lugar nem um, Adam está tentando rastrear mas sem sucesso.

Eu e Mac começamos a discutir, eu preciso ir lá, preciso. Eu sei que estava mal antes, mas me sinto mais forte agora. Eu vou lá. Quando consigo fazer com Mac me deixe ir, levanto rapidamente e me apronto, já estávamos com as roupas então em 5 minutos já estávamos fora do apartamento.

No carro Mac foi muito sério todo o caminho, eu fui pensando em todos os lugares que uma criança poderia se esconder naquele grande orfanato. Seguimos assim, em silêncio até chegar no orfanato.

 

Orfanato 1:52 AM

 

Chegamos no orfanato e Maria Aparecida abriu a porta e nos deu espaço para entrar. Haviam cerca de vinte crianças que ainda estavam acordadas, elas queriam procurar também.

— É uma menina, 10 anos, olha a foto dela, faz 2 dias só percebi pois quando pus as crianças pra dormir ela não estava na cama, ela já não estava no dia anterior mas as crianças disseram que ela estava no banheiro, então hoje deram a mesma desculpa, coloquei eles na cama as 22h e desde então estou procurando ela. - diz a Zeladora

— Qual é o nome dela? - Mac pergunta

— Maria Luiza - responde uma das crianças

— E por que, de repente, todos vocês querem encontrá-la? Mentiram para a Maria Aparecida e agora querem ajudar? - eu digo.

As crianças se olham, como se estivessem guardando um segredo. Até que uma dá um passo à frente mas é puxada novamente para trás.

— A cada segundo que vocês ficam quietos a Maria Luiza pode estar correndo perigo. - eu digo impaciente

— Ela está machucada - uma das criança murmura

— Oh Meu Deus! Não pensem assim - diz a Sra. Maria

— É verdade, nós vimos - diz outra criança

— Vou contar a eles - declara a criança que tinha dado um passo à frente anteriormente

— Não, ele vai nos matar - fala uma menina

— Ninguém vai matar vocês, somos policiais, estamos aqui para proteger vocês - eu digo

— Nada vai acontecer. Podem nos contar agora? - fala Mac

As crianças trocam olhares entre si e concordam. Uma menina dá um passo à frente e começa a falar, logo, algumas crianças começam cada uma contar uma parte:

— Estávamos brincando no pátio depois da janta. - começa a menina

— Então fomos escovar os dentes e quando chegamos no quarto ele estava lá. - fala um menino

— O diretor - fala uma criança pequena ao observar que nós adultos estávamos nos olhando sem entender quem era

— Sentado na cama dela quando, quando ela entrou ele pegou ela e bateu ela com força na parede - fala a primeira menina

— Ele estava muito bravo com ela - diz uma das crianças

— Então ele falou que estava levando ela embora e que se algum de nós falasse isso pra alguém... - fala um menino meio choroso

— Ele iria nos levar e sumir com a gente também - complementa uma menina mais velha um pouco

— Mas quando vimos ele sair do orfanato, com o carro, não vimos ela ir junto - fala um menino

— Achamos que ela já estava no carro quando olhamos e só vimos ele - outro criança concluí a história

— Qual é o carro dele? - pergunta Mac

— É uma linda Belina, azul metálica, duas portas - fala a menina e suspira apaixonada e todos a olham - o que foi? Eu amo carros e a Belina é tão linda - diz e todos sorriem

— Tudo bem então, acho melhor começar aqui dentro, vamos dividir a equipe de busca pra agilizar. - diz Mac e olha pra mim

— Seis crianças comigo, seis com o Detetive Taylor e o restante com a Maria. - eu digo

— Equipe da Sra. Maria procura em cima, Detetive Bonasera e eu aqui embaixo. - diz Mac e as crianças já vão subindo - terminou espera aqui embaixo em ordem

— E caso a encontrem uma das crianças deve avisar as outras equipes de busca. - falo e quando todos sobem eu continuo- eu fico com a cozinha, lavanderia e refeitório

— Ok, nós iremos para a sala de estudos, sala de estar e tem algum porão aqui? - Mac pergunta olhando para as crianças

— Nós temos, mas é trancado nunca conseguimos entrar lá - diz um menino loiro

— Na verdade conseguimos sim. A Maria guarda a chave em um pacotinho, dentro do pote de sal na cozinha. - fala a menina mais velha

— Então é só ir e pegar sem ela ver - outra menina com um sorriso sapeca

— Devemos olhar lá primeiro- diz Mac e em seguida a menina mais velha sai do cômodo e volta com a chave

— Só que o porão é muito grande e confuso - diz uma menina de cachos pequenos

— Vamos as duas equipes juntas então - eu digo

— Ótima ideia! Crianças, em duplas, não percam sua dupla por nada - diz Mac

— Por onde entramos no porão? - pergunto

— Por aqui! - disse um menino moreno, tomando a liderança da equipe até a porta do porão.

Descemos todos até o porão, tinha apenas móveis velhos, coisas que quebradas e que não usam mais. Mas não tinha nada que indicasse que a Malu esteve lá. Após conferirmos cada cantinho voltamos para cima e as equipes se dividiram. A minha foi direto para cozinha.

— Qual o nome de vocês? - eu pergunto para quebrar um pouco o clima tenso que se instalava

— O meu Brayan - diz um menino de olhos castanhos e cabelinho liso

— O meu é Ana - disse a menor menina

— Alice - diz uma menina de cachos

— Maria Clara - diz a mais velha do meu grupo

— Ana também, mas eu sou Ana Julia ela é a Ana Clara- diz outra menina e dá risada e eu sorri pra ela

— João Pedro - diz um menino de cabelinho crespo, o mais tímido

— Prazer, sou Stella. - eu falo

— Podemos te chamar assim? O detive Taylor te chama de detive Bonasera - Ana Julia

— Lógico que podem, ele me chama assim por estarmos nos apresentando apenas, mas como agora já sei seus nomes e vocês o meu podem me chamar de Stella. - termino sorrindo

— Stella, olha isso é da mochila da Malu da escola. - diz João como um sussurro apontando para um borboleta de plástico um pouco rasgada que estava dentro de um armário.

 - Ótimo João! Preciso que um de vocês vá lá em cima e pergunte para o grupo de cima se a mochila dela está lá. - falo

— Eu vou - diz Ana Clara e saí correndo

— Por que saber da mochila? - pergunta João

— Pois se a mochila estiver aqui significa que isso não é de agora. E deixa de ser uma evidência. - falo carinhosamente

— Mas e se mesmo a mochila não estando aqui... isso for de outro dia? - pergunta ele meio hesitante

— É um risco que corremos! Talvez isso nos ajude a descobrir algo ou talvez não ajude em nada, mas não podemos simplesmente despreza-la - digo a ele vendo-o ficar pensativo e feliz.

Enquanto isso continuamos procurando por possíveis evidências mas sem sucesso. Ana Clara volta e diz que a mochila está no quarto. Então, concluído ali, vamos a lavanderia.

— Nossa aqui está quente! - diz Ana Julia

— Achei que era só eu que estava sentindo. - fala Brayan

Nesse momento João da duas puxadinhas na minha calça e quando o olho, ele aponta para um canto do chão, é uma mancha em expansão.

Aí Meu Deus!!! É fogo! Preciso tirar essas crianças daqui ou tudo vai acontecer de novo. Preciso me acalmar primeiro, respirando fundo...


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