Acertando as Contas com o Passado escrita por Carol McGarrett


Capítulo 8
Capítulo 08 - Às vezes estamos errados, às vezes não queríamos estar certos...


Notas iniciais do capítulo

"Às vezes estamos errados". Esta é a Regra nº 51 do Gibbs, mas achei que se encaixava como uma luva no título do capítulo.
Bom, sem muito a dizer, a equipe começa a descobrir quem está por trás de tudo!
Boa leitura!



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Eu sempre tive a certeza de que Abby me receberia de braços abertos quando voltasse, desde que eu prometesse explica-la o que realmente aconteceu. E não foi diferente.

Depois de angustiantes 60 segundos dentro de uma caixa de metal onde a tensão era palpável, foi com alívio que ouvi o  ding das portas do elevador e o som de uma música alta ecoando no corredor. Definitivamente Abby não mudou nada!

Nem precisamos chamar, Abby veio correndo ao nosso encontro, chamando por Jethro no sei característico estilo.

— Gibbs, Gibbs, Gibbs, Gibbs, onde você esteve? Eu preciso falar com você! Estava te mandando sinais telepáticos há pelo menos uma hora! Você precisa ver quem eu localizei na base de Norfolk hoje.....

E a medida que ela notava a minha presença e a realidade a atingia, ela diminuía a velocidade de sua fala e também o tom de sua voz, para aumenta-lo novamente gritando o meu nome.

— Jenny! JENNY! Você tá realmente viva! Você está realmente aqui! Meu Deus, como eu sempre quis que você não tivesse morrido! E agora você está bem aqui!!

Ela falava, me abraçava e pulava ao mesmo tempo. Em resumo, era a Abby sendo ela mesma.

— Eu sei que você tem muito pra explicar, eu quero saber tudo, mas saiba que você é muito bem vinda de volta! Eu senti tanto a sua falta! Você vai voltar a ser a nossa diretora, não é?

Não tinha notado quanta falta tinha sentido de todo esse carinho, ela realmente é especial! E não pude evitar de abraça-la de volta e sorrir.

— Sim, Abby, tenho muito que explicar, não só para você, mas para todos da equipe, mas antes preciso que faça a sua mágica.

— Mas é claro, o que tem pra mim, Diretora.

— Este notebook, está com criptografia avançada, mas sei que é fácil para você. E, por favor, Jenny.

—Jenny, sim, pode deixar. McGee preciso de você aqui. Mas antes...

E ela saiu abraçando um por um. Parando para dizer que era tão bom a família estar toda reunida novamente.

— Abbs, foco. Precisamos disso com urgência. – Gibbs a cortou.

— Gibbs.... você sabe que posso fazer várias coisas ao mesmo tempo, e isso aqui vai demorar um pouquinho.

— Então temos tempo para sua história, Jenny. Será que pode nos contar o que aconteceu exatamente há três anos, ou isso será confidencial.— Era a primeira vez que DiNozzo falava, pelo menos perto de mim, desde que cheguei.

 Respirei fundo e encarei a boneca que fica em cima da estação de trabalho de Abby, ao lado dela, uma foto de um cachorro, um pastor alemão, sorri ao me lembrar de como o cachorro fora parar no laboratório dela e de como ela o salvou da morte certa. Jethro, o cão, seria muito mais fácil de se encarar agora, do que os cinco que me encaravam de volta.

— Era tudo uma missão. Uma operação que não me deixaram completar em 1999. – Disse sem fitar nenhum deles.

— Isso é confidencial. – ouvi Gibbs grunhir atrás de mim.

— Acho que não é mais, tenho uma ideia do que pode ser encontrado nesse computador, e, se eu estiver certa, tudo o que aconteceu em 99 vai vir a tona, então pouco importa. – continuei. Comecei a temer pela Agência. Alguém fez algo muito grande durante todos esses anos, com o intuito de ou ganhar poder ou destruir o NCIS, e eu não estava gostando de pensar nisso.

Antes que pudesse responder, os dois gênios da computação conseguiram acessar o computador de Dmitri. E não foi surpresa que ele estivesse em inglês.

O mafioso registrava todos os seus negócios em um diário de anotações. E era bem detalhado. Nomes, telefones e até mesmo contatos, nos mais diversos locais do mundo.

As somas angariadas eram astronômicas, mas os nomes chamavam ainda mais a atenção.

Cada um dos presentes foram reconhecendo alguns deles e os identificando com esse ou aquele crime. O NCIS conseguira as provas finais para as mais diversas condenações. Desde lavagem de dinheiro a tráfico de drogas. Venda de armamento militar a tráfico de pessoas. A sujeira de muitos estava exposta. Acontece que como sempre, não levaríamos o crédito.

Mas de todos, um nome se destacava, de forma gritante e vexatória, talvez não mencionar o nome da Agência fosse até melhor.

Eu não tinha mais dúvidas, Gibbs respirou fundo e socou a mesa, McGee, Ziva e Tony prenderam a respiração. No fim, a suspeita de Eli David se confirmava, o vazamento de todas as informações vinha de dentro do NCIS, e vinha de McAllister.

E nós não tínhamos mais tempo. Ele saíra do prédio há mais de uma hora, ninguém sabia pra onde, tínhamos que correr contra o tempo para evitarmos a sua fuga.

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Era inacreditável que eu teria que dar crédito ao Diretor do Mossad. Mas no fundo ele estava certo. Estava tudo ali, nas telas do laboratório.

Uma lista de incontáveis alvos, nomes, datas, localização, valor do pagamento.

O nome de Vance e David se destacavam no ano de 1991, localização Holanda. – cem mil dólares cada.

Gibbs e Shepard – 1999 – Paris – cento e cinquenta mil dólares cada.

Outros tantos até, um outro nome conhecido:

William Decker – 2005 – Los Angeles – cento e cinquenta mil. (FEITO)

A prova do assassinato de Decker bem ali.

Sasha, a namorada de William também estava na lista.

Jenny Shepard – 2005 – Georgetown/Los Angeles – duzentos mil dólares (FEITO)

Leroy Jethro Gibbs – 2005 – Alexandria – duzentos mil dólares.

 Nossos nomes, valores, localização. Fomos todos delatados para a organização.

Ouvi Ziva soltar o ar ruidosamente enquanto lia a lista. Vi pelo canto do olho DiNozzo ler os detalhes do pedido e por fim quem os encomendou.

McAllister entregou a todos. Ele mandara os agentes para morrer nas missões, e aqueles que sobreviveram, eram eliminados anos mais tarde.

Jenny sibilou na minha frente, ela estava irritada com tudo aquilo. Com a lista de mortos e de marcados para morrer. E também estava irritada porque na Agência que ela jurou defender, da qual ela foi Diretora tinha um corrupto, e essa pessoa era alguém em quem ela confiava.

— Gibbs, temos que parar esse McAllister antes que ele conclua a lista. – Ziva me chamou.

— Mas como ele pretende fazer isso? Não tem como ele se esconder por muito tempo. – McGee parecia preocupado.

— Ele vai atrás de Vance agora, depois virá atrás de Eli David, Gibbs e de mim. Mas se ele de algum modo já souber do que aconteceu na Ucrânia ontem pela manhã, não duvido que mais gente esteja ameaçada. – Jenny concluiu o seu raciocínio lentamente, ela estava com algum plano se formando.

— E você sugere que façamos o que? Não podemos ficar aqui de braços cruzados! – Tony não aguentava mais olhar a lista.

— Primeiro temos que proteger Leon, Ziva e Tony, vão para o hospital, serão os seguranças dele. Enquanto isso, McGee tente localizar McAllister a todo custo. Eu e Jenny..,

— Precisamos rever os casos relacionados com Zukov e demais casos em que McAllister tenha trabalhado nos últimos anos, checar novamente as provas.... – Jenny continuou por mim.


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Notas finais do capítulo

Só duas passadinhas rápidas:
Abby sempre será Abby e sempre será doce com todos!
Sim, no laboratório da Abby tem uma bonequinha na bancada.
Quanto ao pastor alemão, Jethro, sei que ele não pertence à Abby, mas sim ao McGee, mas a história de que foi ela quem o salvou é verdade, é só assistir ao episódio "Dog Tags" (S05E13), aliás, recomendo! É um dos melhores momentos da Abby na série!
É só isso!
Capítulo revisado, mas qualquer erro, dúvida ou confusão, é só falar!
Muito obrigada por ler!



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