Acertando as Contas com o Passado escrita por Carol McGarrett


Capítulo 4
Capítulo 04 – Descobertas e de Volta Para Casa?


Notas iniciais do capítulo

A história é focada na Jenny, mas achei melhor colocar pontos de vista dos demais personagens durante o desenvolvimento para não ficar tão cansativo.
E agora começa a história em si!
Aproveitem!



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Washington – DC

— McGee, Abby, preciso de vocês dois em um projeto agora! - Cada vez que Gibbs chegava assim, pode-se saber que a coisa vai ser feia.

Tudo bem que antes de começar a falar, ele me deu a minha dose matutina de CAF-POW!, porém, a julgar pela cara que ele estava, essa missão seria daquele tipo em que você não pode contar nem para a sua sombra.

 E cá estamos! Eu e Tim, há mais ou menos duas horas tentando desvendar de onde veio a tal chamada recebida no MTAC.

É claro que o Diretor iria apagar os seus rastros, ainda mais sendo uma operação em que Gibbs não tem acesso. Mas, seja lá quem estava como analista técnico hoje, não fez um trabalho louvável.

— Celular por satélite. Ligação realizada às 15:30 horário de Kiev. Localização exata, um lugar no meio do nada entre a fronteira da Ucrânia e Rússia.

— Celular registrado pelo NCIS em 20 de maio de 2008.

— Que estranho, 20 de maio de 2008 é um dia depois da morte da Jenny...

— Que foi Abbs?

— A data de registro do celular McGee!! Atenção!

— Eu tô prestando atenção! Não esquece que temos que ser rápidos. Ainda tenho que sair para fazer a segurança do Diretor.

— Eu sei, eu sei, é só muita coincidência...

— Regra 39, Abbs – Não existe isso de coincidência.

— Gibbs!! Eu sei! Mas isso tá tão estranho...

— O que tem pra mim?

— Ainda não muita coisa. Tim?

— A chamada foi realizada de um lugar remoto entre a Ucrânia e a Rússia, chefe. E consegui que, a transmissão que o Diretor viu, foi um feed ao vivo da mesma posição.

— Abbs?

— Ainda pesquisando. Pelo número do telefone, cheguei ao número de série, é aí que eu achei as coisas esquisitas, Gibbs. Este telefone foi registrado pelo NCIS um dia depois da morte da Diretora Shepard. E foi entregue para uma agente de campo da agência de nome Isabelle Piaget.

— Isabelle Piaget, chefe, é um codinome para...

— Não é possível! Ela tá viva? – Eu quase perdi o equilíbrio quando vi a foto na tela do meu computador.

— Jennifer Shepard! Eu sabia! McGee, eu preciso das imagens do satélite.

— É pra já, chefe. Não tem muita coisa, a posição estava um tanto longe, mas se aumentarmos a resolução e dermos um zoom.

— Ali, Tim! Aquele ponto, aumenta de novo.

— Claramente é uma mulher ruiva, mas chefe.... chefe!

— Não se preocupe Tim, ele sempre faz isso!

— Abby, será que a Diretora está mesmo viva? Você acha que aquilo tudo foi uma encenação?

— Não sei, McGee. Mas, sinceramente, se ela estiver viva, espero que volte. Ela era muito melhor do que o Vance. Estava sempre por perto. E tenho certeza de que tudo isto pode e vai ser muito bem explicado.

— Abs, tive uma ideia...

— Me fala que você pensou a mesma coisa que eu?

— Reconhecimento facial nos aeroportos da Europa! Se ela estiver viva, uma hora ela vai ter que aparecer.

Base Área de Frankfurt – Alemanha.

A esta altura, McGee e Abby já descobriram a quem pertence este telefone. E, estão varrendo as câmeras de todos os aeroportos, portos e estações de trem da Europa para me encontrarem.

Não que me importe de todos já ficarem sabendo. A questão é que eu queria um tempo para poder pensar em como explicar tudo isso.

Abby não será problema. Ela sempre aceitará tudo o que disserem a ela, desde que seja verdade. Não precisa de detalhes, mas deve ser a verdade. Ela é quem menos me preocupa, irá me receber com um abraço de urso e será como se eu nunca tivesse saído.

Ziva é outra que entenderá. Ela sabe o que é ser infiltrada. O que é trabalhar disfarçada. Certamente irá querer saber o motivo de nunca ter sido contatada, e o porquê que nunca pedi a ajuda deles. Mas entenderá a questão.

McGee também entenderá. E tenho certeza que não ficará com mágoas do que aconteceu. Assim como Abby, ele é uma alma boa.

Meus dois problemas são DiNozzo e Gibbs.

O primeiro ainda estava com um certo ódio e grandes ressentimentos comigo quando eu “morri”. Ainda não havia me perdoado por toda a história com o La Grenouille e a dor que o fiz passar. Não somente pela quase morte quando explodiram o seu carro, mas com relação ao que eu pedi que fizesse. Ninguém manda no coração e nos sentimentos, mas ele me culpava pelo modo como sua relação com Jeane Benoit terminou.

O segundo! Eu não quero nem pensar. Se já tinha um monte de coisas para falar, agora nem se fala. Eu o conheço para saber como será a sua reação. Do olhar até o modo como vai se portar do meu lado. E ele terá toda razão. Temos uma conversa pendente de 10 anos atrás e agora mais uma. Não vai ser fácil encarar aqueles olhos azuis e tentar me explicar. Explicar sim, pedir desculpas. Não sei. A maldita regra número 6 ainda existe e tenho certeza que ele jogará isso na minha cara. Eu sinceramente não sei o que dizer a ele. Tentei em uma carta, mas não passei do “Querido Jethro...”.

Mas ainda tenho tempo para pensar sobre isso. Tenho um longo voo em um cargueiro da Marinha até DC. Vão ser longas e insones horas até lá.

Eu estou voltando para casa. Resta saber como minha casa irá me receber.


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Notas finais do capítulo

Só um avisinho básico,
Bom, como todos sabem, as Regras do Gibbs são invenção dos roteiristas da série, mas tem algumas que eu não resisti em colocar na história, como as duas citadas no capítulo passado e outra nesse. Futuramente terão outras, mas eu sempre coloco qual é a regra em si!
Como digo, o capítulo foi revisado, mas qualquer erro, duvida ou confusão, é só falar.
Muito obrigada por ler!!



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