I'm here for you escrita por Andreza Cullen


Capítulo 1
I'm here for you


Notas iniciais do capítulo

Olá, venho aqui trazer uma fic desse CASALZÃO DA P*RRA QUE A JK INJUSTIÇOU SEMPRE. Espero que gostem.

Ela acontece na época dos marotos, logo após Remus se transformar.

Me deixem saber o que vocês acharam e se devo investir em uma long fic futuramente.

Enjoy



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Senti alguém me carregando. Braços que eu reconheceria o toque em qualquer lugar estavam envoltos em mim. Sirius me levava encolhido em seu colo, como se eu fosse um bebê, com todo o cuidado que ele sempre tivera comigo, para um dos cômodos da casa dos gritos. 

Me permiti continuar de olhos fechados por mais alguns segundos, ainda sentindo a exaustão causada pela transformação que havia acabado a pouco. Muitas partes do meu corpo ardiam pelos cortes. Mesmo que Sirius tenha feito de tudo para me impedir de me machucar, ainda houveram danos. 

Quando James disse que precisaria resolver um assunto urgente em casa e Peter teve que ir ajudar sua mãe com sua avó doente durante o final de semana, Sirius bateu o pé e disse que viria comigo na noite de lua, mesmo eu dizendo o quão perigoso seria estar apenas nós dois ali. Quando Padfoot coloca algo na cabeça, era impossível nadar contra. 

— Sirius... – murmurei, ainda deitado em seu colo quando senti o ambiente clarear, me obrigando a abrir os olhos. Estávamos no banheiro. 

— Moony, como você está? – vi que, ainda comigo em seu colo, ele se apoiara na borda da banheira e ligara o registro, fazendo o barulho da água correndo tomar conta do ambiente. Seus dedos foram até a minha testa, afastando alguns fios castanhos que estavam grudados em torno da mesma. 

— Acho que consigo ficar em pé... – minha voz não havia passado nenhum pouco de segurança, e o olhar inquisitorial de Sirius confirmava isso. 

— Vamos tentar então, ok? -ele se desencontros da banheira e eu saí do seu abraço, usando seus ombros para me apoiar. Os cortes no meu corpo ardiam, minhas pernas doíam e o cansaço estava me angustiando. Fiquei em pé, mas Sirius me colocou sentado na ponta da banheira, vendo o quão eu estava me esforçando para parecer bem, se agachando na minha frente logo em seguida. Cada dia de transformação eu desejava mais já termos aprendido feitiços básicos de cura, mas isso não havia acontecido. 

— Queria ter te protegido mais... – seus dedos foram até um dos rasgos da minha calça, onde agora estava ensopado de sangue. O olhar dele estava cabisbaixo. 

Levei as minhas mãos até seus fios negros que haviam escapado do seu rabo de cavalo, tirando-os dos seus olhos e o encarando. 

— Eu estou bem, as pessoas estão seguras e eu continuo vivo Pads, graças a você. Eu não sei o que teria acontecido se tivesse que ficar sozinho, mas você não me deixou. 

Seu olhar capturou o meu rapidamente, e vi seus olhos ficaram escuros. 

— Eu nunca te deixaria, Moony, nunca. E nunca vou te deixar. 

Às vezes, muito às vezes, eu permitia pensar que talvez, lá no fundo, Sirius sentisse algo por mim. Mas era doloroso demais, afinal éramos melhores amigos e melhores amigos dizem esse tipo de coisa. E outra, ele era Sirius Black, o pedaço de mal caminho da grifinória, badboy tatuado e rebelde que todas as garotas – e alguns garotos – queriam levar para um quarto. 

Afastei o devaneio da minha mente e me permiti admirar a sua barba por fazer. Aquilo o deixava mais Sirius ainda. Minhas mãos foram até o elástico do rabo de cavalo, soltando-o. Melhor, bem melhor. 

— Você parece exausto, Remus – ele me avaliava. Seus olhos passaram pelo meu rosto, os cortes da minha camisa, da minha calça. 

Dei um sorriso fraco em resposta. Eu estava mesmo exaurido. 

Me assustei quando seus dedos foram até a minha camisa, desabotoando o primeiro botão. Sirius percebeu. 

— Moony, vamos tomar um banho apenas, se acalme. Você precisa relaxar e lavar essas feridas antes que o sangue seque – sua voz estava suave, tentando me passar tranquilidade, mas não adiantou muito. 

Seus dedos continuavam a abrir a fila de botões e eu começava a suar frio. Sirius não havia dito “você precisa de um banho” ou “você vai tomar um banho”, mas sim “vamos tomar um banho”. 

Vamos. Nós dois. Em uma banheira. Tomando um banho. 

Senti meu coração pesado de nervoso. 

Sirius nuca fora o tipo de pessoa que tivesse vergonha ou que se obrigasse a ficar vestido. Ele sempre andava apenas de cueca pelo nosso quarto da escola, ou se trocará na frente dos outros meninos quando o treino de quadribol acabava e nunca mostrou um pingo de receio com isso. 

Mas eu? A todo momento estava vestido. Me trocava no banheiro, com a porta fechada de preferência. Nuca tirava a camisa quando praticamos algum esporte no lago. As poucas vezes que Sirius me viu sem camisa foram as vezes que eu esquecia a camisa do pijama e andava até a cama apenas com a calça para pegá-la.  

Porém o cansaço parecia mais forte que o meu nervosismo. Era como se eu houvesse sido atropelado por um hipogrifo. 

— Você sabe que não precisa ter vergonha de mim, né Moony? – concordei sem leva tarde o olhar, sabendo que eu estava vermelho.  

Sirius se afastou e começou a desabotoar a própria camisa, colocando a sobre a minha no chão do banheiro. Logo em seguida, sem cerimônia ou hesitação, ele retirou a calça e ficou apenas com a cueca Boxer preta.  

Desviei o olhar, tentando disfarçar enquanto eu engolia em seco. 

Ele me estendeu a mão, sabendo que eu não conseguiria ficar em pé sozinho. 

— Apoie seus braços nos meus ombros, ok? – Sirius se ajoelhou na minha frente, e eu apoiei para não perder o equilíbrio. Seus dedos foram até o meu cinto, desafivelando-o rapidamente e tirando minha calça. O ajudei erguendo meus pés para que ele pudesse passa-la por ali antes de jogá-la ao chão junto com as outras roupas. 

Pela primeira vez me agradeci por estar tão cansado, pois sei que, inconscientemente, se eu estivesse no meu estado normal meu corpo reagiria animadamente para aquilo. 

O jeito que Sirius passou os dedos pelas feridas, tanto as novas quando as que já residiam ali a algum tempo, a delicadeza do seu toque... Aquilo me fazia querer passar toda a minha vida olhando para ele, sentindo seu cheiro. Seus dedos se demoraram mais em um corte antigo e que renderá uma bela cicatriz, e senti o ar me abandonar quando seus lábios pautaram sobre ela, depositando um beijo casto ali. Me segurei mais aos seus ombros, sentindo minhas pernas fraquejaram. 

— Não é justo. Não é justo que você, logo você Moony, tenha que passar por toda essa droga! – seus dedos continuavam vagando pela linha esbranquiçada. 

— Nós dois sofremos com injustiças, Pads. Infelizmente. 

Ele ergueu a cabeça, me olhando. Aquele olhar, eu poderia jurar que ali ele estava dizendo, pedindo... Implorando “vamos fugir, só nós dois, para longe de toda essa porcaria. Só nós dois. Só nós” se eu não soubesse que isso era coisa da minha cabeça de adolescente estupido apaixonado. 

Ele desviou o olhar, levando seus dedos até o cós da minha cueca azul marinho. Petrifiquei onde eu estava. 

— Moony, você sabe que não podemos molhar essas roupas, não é? Da última vez que tentamos secar as roupas depois da aula no lago, colocamos fogo nelas. Relaxa, somos amigos, não vai ter nada de constrangedor nisso. 

Aquilo foi o suficiente para que eu desviasse o olhar e concordasse com a cabeça. 

“Somos amigos”. Isso Remus, vocês não amigos. Amigos. Não é como se fosse alguém que ele quisesse, é só um amigo. 

Não olhei enquanto ele retirava a peça, apenas levantando os pés para que ele a tirasse. Depois, Sirius se levantou e me auxiliou com todo o cuidado para que eu entrasse na banheira quase cheia, sempre atento caso eu escorregasse. 

Me sentei nela, ainda com o olhar perdido tentando pregar o que ele havia dito na minha consciência e fazê-la aprender uma lição. 

Não percebi quando ele tirou a própria peça, mas ouvi água se mexer e percebi quando ele se sentou atrás de mim. Cada uma das suas pernas passara ao lado o meu corpo, e logo senti um punhado de água ser jogada sobre as minhas costas, logo sendo massageada pelos dedos de Sirius.  

Nenhum de nós dois falou nada. Ele apenas continuou a me limpar, tirar todo o sangue dali, enxaguando junto, mesmo que por tempo determinado, as lembranças cruéis de tudo aquilo. Seu queixo foi até minha clavícula, se apoiando ali enquanto suas mãos esfregavam suavemente o sangue já seco das minhas pernas.  

No lugar de tentar me proteger de mim mesmo, me permiti ser protegido, me sentir protegido uma vez na vida. Tomei minha cabeça para trás encostando nos ombros de Sirius e deixando algumas lágrimas rolarem. Eu as estava guardando a tanto tempo, tanto tempo que nem me lembrava mais da sensação de colocá-las para fora. Eu não sabia o motivo certo de estar chorando, mas sabia que precisava fazê-lo. Meu corpo tremeu quando não consegui mais segurar as lágrimas mais grossas, o choro mais compulsivo. Seus braços largaram minha perna e de fecharam em torno de mim, me abraçando com força. Fazendo de nós um casulo diante de tudo o que tínhamos que passar. Seus lábios depositaram um beijo dolorido ao lado da minha temporada, e senti uma lágrima quente que escapou dos seus olhos e tocou o meu ombro. 

— Eu vou sempre te proteger, Moony. Eu vou sempre estar aqui, ouviu? Nunca mais vou deixar nada de injusto acontecer com você. Sempre vou estar aqui por você. Estou aqui por você. 

Fechei os olhos e abracei seus braços que me abraçavam e aproveitando o toque dele, a pele dele, a sensação do beijo dele ao lado da minha têmpora, e as palavras... 

Oh Sirius, se você soubesse o quanto eu queria que isso fosse verdade, que você pudesse me proteger, você saberia que eu sou completamente seu. 

 

 

 

—-- Se sente melhor? - ele perguntou, enquanto colocava algumas cobertas cobre um colchão no chão de um dos quartos da casa. 

—-- Sim. Exausto, mas não sinto tantas dores mais – tentei passar segurança na minha frase. 

Eu me sentia bem, queria prolongar aquele momento pelo resto da minha vida e quaisquer resquícios de lembranças que eu poderia ter mais tarde deveriam ser emolduradas. Senti um alivio enorme quando Sirius disse que seria arriscado demais voltar para Hogwarts antes de amanhecer e por isso trouxe cobertas e conjurou um colchão de casal. Dois seriam muito mais difíceis. 

—-- Vem, vamos dormir – ele deu palmadinhas no espaço ao lado dele, que já estava deixado e parcialmente coberto. Fui até ele, tentando não mostrar como estava morrendo de frio. As transformações sempre me deixavam com muito frio. 

Me deitei reto e estático ao seu lado, fazendo o possível para que ele não percebesse o quão nervoso eu estava pelo efeito que essa proximidade causava em mim. Eu sei que deveria estar me sentindo mais à vontade depois do banho, sabendo que ele já me viu mais vulnerável do que qualquer outra pessoa, que naquele momento desnudei minha alma para ele, mas então agora, quando a ficha voltava a cair e eu me lembrava que éramos amigos, as paredes de proteção começavam a subir novamente. 

—-- Moony, você está tremendo! - senti todo o meu corpo ferver ao seu toque quando ele me puxou, fazendo minha cabeça pousar no seu peito já coberto pela camisa abarrotada – Parece que eu te esquento, uhm? 

Ele usou aquele tom digno do Siruis Almofadinhas. Não conti um sorriso dando um beliscão na sua barriga, mas logo em seguida passando meus braços em torno do seu tronco e me aconchegando ao abraço. 

—-- Aí! Só te perdoo porque você é bonito, viu? 

—-- Cala a boca, padfoot – escondi meu rosto no vão da sua camisa e seu peito, enquanto ouvia Sirius soltar uma gargalhada abafada, aspirando discretamente aquele cheiro singular. Era algo único, não me lembrava nenhuma planta, fragrância, comida... me lembrava Sirius. Seus pelos negros, os braços fortes – consequência do quadribol -, os cigarros mentolados e as tatuagens. Acho que ele pensou que eu estivesse dormindo, pois começou a acariciar meus cabelos. Mesmo que eu estivesse exausto e morto, não perderia cada segundo daquele momento, então continuei a fingir estar dormindo e aproveitei a caricia reconfortante. 

Alguns minutos se passaram, e meus olhos começaram a ceder a vontade de se fecharem. Senti meu peito se mexendo e ouvi um sussurro frustrado da boca do meu moreno. 

Do Sirius. 

Da boca do Sirius, Remus! 

—-- Moony, se você soubesse...  

Quando pensei que minha curiosidade não seria suprida e que a frase ficaria incompleta, ele continuou. 

—-- Se soubesse o quanto eu quero te beijar agora. 

Seus dedos continuavam a acariciar meus cabelos enquanto eu encava, estatelado, sua camisa. Sirius não pareceu notar que meus olhos estavam abertos. 

Eu havia mesmo ouvido aquilo? Ele queria ME beijar? Eu? O Moony? O rato de biblioteca, tímido e que tem toda uma bagagem horrenda acorrentada? 

Eu não sabia se eu estava gelado ou quente demais, mas as minhas mãos suavam frio.  

Ergui minha cabeça do seu peito, encarando-o. Seus dedos paralisaram no meu cabelo e eu vi seu semblante, antes frustrado, se tornar alarmado. 

— Mo-mooney, e-eu não queria te acordar... 

— Eu não estava dormindo, Pads – falei calmamente, olhando no verniz malicioso que eram aqueles olhos negros.  

Pensei que ele se afastaria, mas Sirius não se moveu. Parecia meio atordoado. 

— E-eu não, não quis dizer aquilo... Quer dizer, aquilo que talvez você tenha ouvido, mas talvez não tenha, pra dizer a verdade acho que eu não falei nada, quem estava dormindo era eu... 

Eu poderia rir de toda sua trapalhia se eu não estivesse tão nervoso. Uma parte de mim queria apenas dormir, descansar e esquecer a dor lancinante daqueles machucados, todos eles. Já a outra estava dividida entre fugir dali, me afastar de Sirius e protegê-lo de tudo o que eu sou ou ignorar tudo o que aconteceu. 

Por mais que eu quisesse, e como eu queria, beija-lo, aquilo não daria certo. Na melhor das hipóteses ele me empurraria, diria que eu estava louco e confundindo as coisas. Na pior, ele iria corresponder.  

Nenhuma das duas parecia acabar bem. 

— Tudo bem Sirius, eu sei que foi só uma brincadeira – tentei me colocar de pé para me afastar dele, mas não tinha forças para isso. Antes que eu pudesse me ajoelhar para levantar, minhas coxas fraquejaram e Sirius me segurou firme, sentando-se no colchão com as pernas abertas e me colocando ali no meio, me escorando com os seus braços. 

— Francamente, Remus! Você tá louco? Mal consegue falar e quer ficar em pé? Tudo isso pra ficar longe de mim depois do que eu disse? 

Sua voz era uma mistura de raiva e mágoa, e aquilo foi como um soco no meu estômago. Agora quem o olhava alarmado era eu. Ele havia entendido tudo errado! 

— Pelo amor de Merlin, Sirius, eu nunca me afastaria de você! Ainda mais por causa de uma brincadeira.  

Ele não respondeu, apenas olhou para o vazio parecendo ponderar um pouco. Sirius era o grifinório mais impulsivo que eu conhecia, ele nunca ponderava. 

Quando seus olhos voltavam para mim, senti meu ar ser sugado pela intensidade que eles estavam. 

— Não foi uma brincadeira.  

— Oh – dente tantas coisas que eu poderia ter falado, essa foi a única coisa que saiu da minha boca. Continuei encarando-o, sem saber o que fazer. 

Quer dizer, eu sabia muito bem o que eu queria fazer. 

Mas também sabia que aquela era a única coisa que eu não deveria. 

Sirius cravou seu olhar no colchão, ainda me segurando, e soltou um suspiro raivoso. 

— Droga, Moony! Por que eu sempre estrago tudo? Sempre afasto todos? Agora você vai se afastar de mim... 

Não sei em qual momento eu perdi o controle das minhas ações, ou talvez eu tenha finalmente tomado o controle delas, mas só percebi o que estava fazendo quando minhas mãos seguraram o rosto magro de Sirius, obrigando ele a me olhar e vendo de relance seu semblante surpreso antes de unir nossos lábios. 

Se alguém que contasse que eu, tímido como era, faria isso, nunca acreditaria. Mas naquele momento a coisa que eu menos tinha era consciência. Foram questões de segundos após eu colar minha boca a maciez desejável que era a de Sirius que senti o mesmo abraçando forte a minha cintura, tomando um cuidado excessivo com os meus machucados e passar a ponta da língua pelos meus lábios ainda fechados. A reação foi natural quando eles se abriram e a língua de Sirius o adentrou com uma urgência dolorida. Nós dois soltamos um gemido agonizante. Por Merlin, a tanto tempo eu vinha sonhando com esse momento, mas pelo mesmo tempo eu sempre coloquei na minha cabeça que seria impossível. 

E não foi. Eu e Sirius estávamos nos beijando apaixonadamente. Eu senti em cada parte dele. Nos braços que me abraçavam forte, como se ele quisesse que eu sentisse que eu era dele. Ah, querido Sirius, eu sempre fui seu e sempre serei. No beijo em sí, onde nós dois estávamos nos despindo de tudo e todos, exceto das nossas roupas. Eu estava ali para Sirius, deixando que ele visse como cada parte de mim ansiava pelo seu toque quando passei os braços ao redor do pescoço liso e as pernas envolta a sua cintura, me sentando em seu colo e sem me envergonhar disso. E ele para mim, rasgando qualquer pompa de conquistador babaca enquanto me puxava mais para perto grudando nossos corpos o máximo possível, me mostrando que naquele momento só existíamos nós. 

Quando o beijo acabou, nenhum de nós parecia estar disposto a afastar o mínimo que fosse. Foi uma reação automática colar as nossas testas enquanto continuava com os olhos de fechados. 

O cheiro dele. A pele dele na minha. Por Gryffindor, aquela tão maldita quanto bendita boca, a língua, os braços... 

Percebi que uma das mãos de Sírius abandonou a minha cintura, mas não ousei abrir os olhos. Logo em seguida senti seus dedos acariciando uma das minhas cicatrizes do rosto de modo delicado e arrastado. Instintivamente inclinei a cabeça para aquele toque macio e aveludado. 

Ficamos assim, apenas nos abraçando e ouvindo as respirações ofegantes se aquietarem. 

— O que acontece agora? – perguntei, mesmo tendo medo da resposta. 

Ele inclinou a cabeça e me olhou, e vi uma certa hesitação ali. 

— O que você quer que aconteça? 

— A única coisa que eu tenho certeza é que eu quero você – as palavras escapuliram antes mesmo que eu pudesse pensar. O sorriso maroto surgiu nos lábios avermelhados e ainda levemente inchados. 

— Então, meu Moony, é isso que acontece agora. 


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