Agora o desespero pareceu tomar conta de si, pois estava desarmada num lugar completamente deserto e chorou quando Greyback a segurou pelo braço juntando seus corpos e sentiu ele roçando seus lábios sobre seu pescoço e ela chorou temendo que aquele homem a coma viva.
Hermione fechou os olhos temendo o pior. Não queria que aquele momento ficasse gravado na mente, não queria que a última lembrança fosse seu braço sendo mordido como pedaço de carne qualquer.
Sentiu algo áspero passar lentamente pela bochecha direita, ela segurou fortemente a vontade imensa de gritar, pois decidiu manter aparência de forte poderia ser seus últimos minutos de vida, mas teria sua honra e coragem grifinória.
Greyback passara a língua pela bochecha da garota saboreando o gosto dela. Ele sabia que teria que agir rapidamente pois poderiam notar a ausência dela e estariam a procurando.
Hermione apertou mais firmemente seus olhos. A mente vagando somente em uma pessoa Dylan. Ela só conseguia imaginar Dylan durante o tempo todo, ela pensou que nunca mais o veria, que nunca mais fosse beijá-lo e que nunca mais poderia ver seus olhos azuis intensos novamente que nunca mais veria seu grande amor.
De olhos fechados sentiu alguém empurrar Greyback fazendo o lobo soltá- lá contra gosto, ainda de olhos fechados pode ouvir barulhos de feitiços sendo lançados, de olhos fechados escutou um baque ensurdecedor de alguém caindo no chão e ainda sem querer enxergar sentiu alguém tocar seu braço delicadamente, a mão gélida da pessoa a fizera estremecer, mas mesmo assim evitou abrir os olhos.
— Granger, você está bem? – A voz arrastada de Draco Malfoy soou fazendo a garota finalmente despertar.
O garoto a analisava preocupado, procurando qualquer mínimo machucado nela. Enquanto Hermione ficou espantada vendo a expressão do garoto, ele nunca tinha ficado preocupado com ela antes.
— Por amor de Merlin, Granger. – Disse direcionando seus olhos azuis acinzentados pelos braços e rosto da garota. – Fala alguma coisa.
— Eu estou bem. – Falou encontrando Greyback desmaiado a alguns centímetros deles.
— Eu tive que estuporar ele. – Esclareceu mantendo a varinha erguida.
— Só me tira daqui. – Disse com seus olhos marejados.
Draco assentiu começando a caminhar tendo ela no encalço. O silêncio era constrangedor o suficiente que fizera Malfoy iniciar uma conversa qualquer.
— Onde você estava indo?
— Na floreios e borrões.
— Então você iria para o beco diagonal? Isso aqui é hogsmeade, Granger.
— Que idiota que eu sou. – Falou batendo a mão na testa. – Eu esqueci completamente, acabei me confundindo.
— Não me admira que fique assim, passa tempo demais com o Weasley. – Disse o garoto ainda furioso pela pequena discussão que tivera horas atrás.
— Você deveria parar com essas briguinhas bobas sem cabimento.
— E eu acho que você deveria me dar uma chance. – Disse sincero mudando totalmente de assunto olhando intensamente os olhos castanhos da garota que naquele momento pareciam pedidos.
— Eu...eu gosto de outra pessoa, sinto muito. – Respondeu sincera numa expressão que realmente demonstrava que sentia.
— É o fora mais educado que levei. – Deu de ombros. – Mas saiba de uma coisa Granger, eu não desisto fácil.
O garoto revelou começando a andar rapidamente estava quase sendo perdido pela multidão de alunos que ainda visitavam o vilarejo.
— Draco. – O chamou fazendo o garoto parar, mas ele não virou permanecendo de costas.
— Obrigada. – Agradeceu pelo salvamento minutos atrás.
— Só está me devendo uma, Hermione. – Respondeu virando para olhá-la pela última vez, mas pelo sorrisinho de canto e uma piscadela antes de desaparecer de vez deixou a garota preocupada imaginando o que iria propor quando chegasse a hora.
***
Dylan desviou seu braço dela que insistia entrelaçar nele.
— Para de ficar grudando seu braço em mim. – Retorquiu suspirando pesado. – Nós não somos namorados, não quero mais você.
— Dy...
— Chega, Melody! – Exclamou furioso. – Eu não quero mais falar com você, fica longe de mim. – Disse começando a andar, mas fora interrompido por ela.
— Vai me deixar aqui sozinha? – Falou choramingando deixando a própria voz mais enjoada que o habitual.
— Você tem o Ryan. – Respondeu sumindo pelo aglomerado de alunos.
— Claro. – Ryan retorquiu. – Só me sobra o pior. – Revirou os olhos quando escutou mais choramingo da garota.
— Você viu como ele me trata. – Disse chorando.
— Será que tem como a própria pessoa se matar com avada kedavra? – Disse tirando a varinha das vestes. – Seria melhor que aturar você.
— Insensível. – Disse enxugando as lágrimas. – Porquê ele não me quer mais? Será que eu fiquei mais gorda?
Ryan que estava decidindo lançar avada kedavra nele mesmo ou não encarou a garota dos pés a cabeça chegando a conclusão que se houvesse um vento mais forte seria o suficiente para carregá-la.
— Acho que tem gente que não precisa de vassoura para voar.
— O quê? – Perguntou confusa.
— Eu vou voltar para o castelo, esse passeio já deu. – Disse prosseguindo o caminho que se lembrava.
— Espera, eu vou com você. – Falou conseguindo alcançar o garoto, entrelaçou seus braços fazendo ele revirar os olhos e juntos foram para uma das carruagens.
***
Dylan caminhou entre as lojas olhando as vitrines procurando algo que Cloe poderia gostar, mas não conseguia ter nenhuma ideia de algo que realmente fosse agradar.
Parou numa loja de acessórios femininos pensando distraído o quê compraria.
— Oi. – Ele escutou uma voz feminina atrás dele.
Dylan virou rapidamente encontrando Hermione que sorria fracamente.
— Oi. – Respondeu dando um meio sorriso. – Você está bem? – Perguntou preocupado. – Parece pálida.
— Eu só... Deixa.
— Não. – Dylan falou firmemente. – Eu quero saber.
— Eu fui atacada por um lobisomem faz algum tempo.
— O quê? – Perguntou incrédulo. – Você está bem? Ele fez alguma coisa com você? – Disse extremamente preocupado analisando a garota minuciosamente querendo encontrar qualquer resquícios de machucados ou qualquer outra coisa. – Eu não acredito. – Falou decepcionado consigo mesmo. – Eu deveria ter ficado de olho em você, eu sempre fico, mas dessa vez Melody grudou no meu pescoço... – Disparou a falar num fôlego só. – Se alguma coisa acontecesse com você, eu nunca me perdoaria.
— Eu estou bem. – Resolveu tranquilizar o garoto quando a abraçou fortemente e ela fechou os olhos aproveitando a carícia, como sentia falta dele. – Draco me salvou.
Dylan separou o abraço bruscamente.
— Malfoy salvou você? E não sabia que estavam íntimos o suficiente para dizer o primeiro nome.
— Nós ficamos íntima de uma pessoa quando salva ela de ser comida por um lobisomem. – Retorquiu chateada pela reação dele.
— Tem razão. – Respondeu culpado. – Me desculpa, eu fui um idiota. – Disse voltando a abraçar ela que mesmo querendo não conseguiu evitar, as saudades dele estava muito grande. – O que importa é que você está bem e pode ter certeza que agora eu sempre vou stalkear você.
— Acho que isso não é ruim no final das contas. – Respondeu se desvencilhando do abraço e sorriu fazendo Dylan retribuir.
***
Havia passado a manhã inteira deitado na cama procurando alguma solução que pudesse fazer Hermione o perdoar. Talvez vê-la pronunciar o nome do Malfoy o fizera perceber que de alguma forma estava a perdendo e mesmo se quisesse não conseguiria mais viver sem ela.
Dylan se levantou da cama preguiçosamente, as masmorras estava mais fria que o habitual fazendo os sonserinos desejarem mais seus cobertores. O que provavelmente poderia ocorrer já que era domingo.
Ele fora tomar banho demoradamente, aproveitou esse tempo para refletir o que faria, precisava de algum plano até que finalmente teve uma ideia.
Se arrumou com calça jeans, uma blusa preta de mangas compridas e uma jaqueta. Apenas passou a mão sobre os cabelos úmidos deixando alguns fios bagunçados, mas isso acabou o deixando mais lindo.
Desceu as escadarias encontrando Cloe conversando animadamente com Betina? Ele não recordava o nome da garota. Cloe pareceu notar finalmente sua presença e se aproximou do garoto sorrindo largamente.
— Oi Dylan.
— Oi Cloe. – Respondeu simplesmente.
— Conhece Betina? Minha nova amiga.
— Não. – Respondeu olhando a garota que se aproximou sorrindo amigavelmente. – Prazer em conhecer você. – Disse estendendo a mão para ela apertar. – Sou Dylan Turner.
— Eu sei. – Disse corando. – Tenho aulas com você...
— Me desculpa Betina, ando sem prestar muita atenção ultimamente.
— É Betty. Eu não gosto de Betina.
— OK, Betty então... – Respondeu colocando a mão na nuca. – Bom eu vou indo. – Disse caminhando para fora do salão comunal, mas antes que pudesse sair totalmente escutou Betty falando.
— Que lindo.
Dylan sorriu perante o elogio e continuou caminhando. Andando pelos corredores ele acabou encontrando Alice que mantinha semblante triste. Mesmo não sendo muito próximos ele resolveu perguntar o que estava acontecendo.
— Oi Miller. – Cumprimento colocando as mãos no bolso.
— Turner. – Devolveu o cumprimento suspirando pesado.
— O que aconteceu? – Ele perguntou curioso.
— Nada...não aconteceu nada. – Respondeu com voz mais rouca resultado do choro que tivera minutos atrás.
Dylan resolveu mudar de assunto não eram amigos e estava evidente que ela não queria desabafar com ele.
— OK. – Disse encerrando o assunto. – Você viu Fred e Jorge Weasley?
— Estão perto do lago negro fazendo as crianças de cobaias. – Falou mais entristecida. – Eu ameacei os dois falando que daria uma detenção, mas eles tiraram sarro da minha cara. Estou quase renunciando o cargo, principalmente depois do que vi ontem...
— E o que você viu ontem? – Ele não aguentou a curiosidade.
— Eu não quero falar sobre isso. – Respondeu magoada. – Vou para biblioteca, preciso me distrair.
Dylan apenas assentiu observando a garota desaparecer de vista tendo quase certeza o porquê da garota está naquele estado, porém decidiu resolver isso depois.
Quando seguiu o percurso até o lago encontrou Fred e Jorge dando algo para as crianças comerem e várias delas caíram desmaiadas no chão e Lino Jordan escrevia algo numa prancheta.
Dylan parou em frente deles numa expressão que não gostou nada daquela situação.
— Vocês deveriam tomar cuidado com a megera cor de rosa. – Dylan advertiu.
— Megera cor de rosa? – Fred repetiu o insulto. – Eu gostei desse insulto vai entrar para nossa lista junto com velha sapa.
— E gnomo de saia. – Jorge concluiu dando uma piscadela.
— Vocês não deveriam fazer isso com as crianças. – Ele balançou a cabeça negativamente. – Crianças não são cobaias.
— Parece Hermione Granger falando assim. – Fred falou fazendo careta. – Fez um escândalo só porquê a língua do garotinho tinha um metro de cumprimento.
Ele pronunciou aquilo como se fosse a coisa mais normal do mundo, talvez para ele fosse.
Dylan apenas levantou uma das sobrancelhas incrédulo. Jorge colocou a mão no ombro dele seguindo até uma caixa repleto de coisas que o sonserino jamais vira.
— O que você quer comprar Turner? Temos um quite mata aula. – Jorge falou pegando uma pílula. – Aqui temos vomitilhas só basta um comprimido e você vai ficar vomitando sem parar então não vai precisar ir para a aula.
— E acabar morrendo? – Indagou incrédulo. – Prefiro aturar Snape.
— Não estamos matando ninguém. – Fred retorquiu. – Nós testamos os produtos em nós mesmos.
— Também estamos testando uma invenção nova é para o quite mata aulas também serve para ter febre. – Jorge começou.
— Mas está tendo um efeito colateral bem chatinho que não estamos conseguindo reverter. – Fred concluiu.
— Que efeito colateral? – Indagou tocando no rosto de uma garotinha que caiu nos seus pés. – Vocês estão mesmo matando essas crianças.
— Tem furúnculos como efeitos colaterais e estão no lugar impróprio para ser dito se é que me entende.
— Sim, entendo. – Balançou a cabeça negativamente. – Vocês são malucos.
— O que podemos fazer por você, Turner? – Fred perguntou colocando alguma coisa na boca das crianças que estavam fazendo elas despertarem.
— Vocês tem fogos de artifícios?
— Claro que temos. – Jorge respondeu. – Quantos você quer?
— Vocês sabem colocar frases neles?
— Por acaso está duvidando da nossa genialidade? Claro que sabemos, mas requer tempo e custa mais caro. – Fred quem falou.
— Dinheiro não vai ser problema comigo.
— É um prazer negociar com você, Turner. – Os gêmeos disseram em uníssono.
***
Dylan prosseguiu o caminho de volta para o dormitório mais sorridente. Tudo havia saído como imaginava e dali a poucos dias poderia finalmente executar seu plano e talvez conseguisse uma reconciliação.
Mas quando entrou no salão comunal da sonserina encontrou Blaise entristecido.
— Deixa eu ver. – Falou se aproximando do amigo. – Está assim por causa da Miller?
— Eu sou um idiota.
— O que você aprontou dessa vez? A garota parece arrasada.
— Eu estava disposto a esquecer ela. Eu tinha ficado cansado de só levar foras e eu estava me agarrando com Pansy no armário de vassouras na noite passada e Alice acabou nos flagrando.
— Tem razão, você é idiota.
— Me ajuda cara?
— Sei lá. – Dylan colocou a mão sobre o queixo pensativo. – Convida ela para ir em hogsmeade no próximo passeio.
— Ela não vai aceitar tenho certeza.
— Então você nunca a convidou com medo de ser rejeitado? Blás nunca desista de algo antes mesmo de tentar.
— Eu não sei o que faço. – Disse perdido.
— Me conta o que você tentou até agora?
Blaise contou desde o início até o momento atual.
— O que você acha?
— Acho que se eu fosse uma garota também não ficaria com você. – Disse cruzando os braços.
— Qual é cara? Se fosse mulher seria uma mina bonita.
— Vou fingir que não ouvi isso. – Disse incrédulo. – Ao invés de ficar falando besteiras deveria aprender que dinheiro não compra ninguém. Nunca deve mencionar dinheiro para ficar com garotas, isso é patético Blaise.
— É, eu sei. – Suspirou pesado. – Foi mancada.
— Agora percebi porquê até hoje Miller não quis você, não sabe conquistar ninguém.
— Me ajuda Dylan? Eu faço o que você quiser.
— Não precisa exagerar também. Você é meu amigo e nunca te negaria ajuda.
— Vou acabar gamando.
— Blaise, cala a boca! Você só fala besteiras. – Retorquiu irritado.
— Desculpa, erro meu, vou ficar sério agora.
— Analisando o comportamento dela. – Disse sentando no sofá sendo acompanhado pelo Zabini. – Ela gosta de você também.
— Sério? – Perguntou com olhos brilhantes.
— Isso é óbvio Blás, se não, ela não ficaria nesse estado.
— O que eu faço?
— Eu tive uma ideia. – Falou se levantando. – Eu vou preparar tudo e depois dou um jeito que ela vá ao seu encontro. Pelo amor de Merlin não fala sobre dinheiro. – Alertou indo até a passagem.
— Fica tranquilo, depois do que passei nunca mais menciono isso.
Dylan assentiu saindo das masmorras começando a concretizar seu plano, se depois disso ele não conseguir conquistá-la ele é realmente muito, muito ruim nisso.
***
Alice estava lendo pela primeira vez hogwarts uma história e estava achando fascinante, mas antes que pudesse virar outra página alguém falou atrapalhando sua leitura.
— Esse livro é fantástico! – A pessoa exclamou empolgada. – Aprendi várias coisas sobre o castelo nesse livro inclusive que não pode aparatar aqui é fascinante.
Quando ela ergueu a cabeça encontrou Hermione sorrindo largamente e ela chegou a conclusão que provavelmente era seu livro favorito.
— Pelo o que li até agora é muito bom.
— Eu já li esse livro umas dez vezes. – Disse empolgada sentado em frente dela.
— É interessante...
— Aconteceu alguma coisa?
— Blaise é definitivamente um idiota.
— O que ele aprontou?
Alice contou tudo detalhadamente fazendo Hermione compreender o porquê de tê-los visto discutindo inúmeras vezes.
— Ele não é muito bom para conquistar garotas. – Ela concluiu fazendo Alice balançar a cabeça concordando veemente. – Ele foi muito idiota de mencionar dinheiro. Será que não percebe que é uma garota direita e não interesseira.
— Foi o que imaginei. – Concordou chateada. – Meus pais não são ricos, mas também não somos pobres iguais os Weasley. Mas eu não tenho preconceituoso nenhum com ninguém e muito menos ficaria com alguma pessoa pelo dinheiro dela isso é nojento.
— Zabini comprovou o suficiente que não tem capacidade de conquistar ninguém e provavelmente é um completo idiota.
— Alguém me entende nessa escola.
— Mas você não acha que gosta dele? Quero dizer você parece triste por ter flagrado ele...enfim...
— Se acabei me apaixonando por ele provavelmente foi pelo ódio. – Alice falou. – Nessas investidas dele patéticas só me deram ódio.
Hermione entre abriu a boca para dizer algo, mas fora interrompida por uma voz rouca atrás de si.
— Olá sangue ruim. – Ryan falou sorrindo amarelo.
— Que atrevimento garoto. – Alice disse incrédula. – Seus pais não deram educação?
— Estou falando com os cabelos da vassoura e não com cabo dela.
— Então você vai falar com minha mão voando na sua cara. – Resmungou furiosa pronta para se levantar.
— Não vale a pena, Alice. – Hermione tocou no ombro da garota impedindo que se levantasse. – Eu sei lidar com ele, não se preocupe.
Hermione observou a garota sentando novamente trêmula de raiva, enquanto ela se levantou ficando cara a cara com ele que arqueou as sobrancelhas esperando uma resposta.
— Sangue ruim? Só sabe falar isso? Está manjado arrume outro insulto.
— Eu tenho vários insultos. – Disse se aproximando tanto da garota que poderia enxergar as sardas fracas dela, a deixando sem reação pela aproximação repentina. – Porquê está sem reação? Por acaso ficar perto assim afeta você?
— Não, eu só não estava esperando. – Disse desarmada. – Pode se afastar? Está tomando meu ar.
— Tem razão. – Se afastou enojado. – Não quero me contaminar respirando o mesmo ar que você, rata de esgoto.
— Rata de esgoto? Por acaso você está se incluindo no xingamento agora?
— Garota não me provoca. Você não sabe o que sou capaz de fazer.
— Como se eu tivesse medo de você.
Ryan pegou a varinha pronto para proferir algum feitiço, mas Hermione fora mais rápida lançando um feitiço conseguindo o atingir no peito.
— Você só teve o que mereceu. – Hermione falou fazendo o garoto enrugar a testa confuso, mas repentinamente se debruçou abrindo a boca vomitando uma lesma rastejante.
— Que nojo. – Disse antes que vomitasse outra.
— Isso é para aprender a ficar longe de mim e da próxima vez será pior que um simples cara de lesma.
Hermione pegou Alice pelo braço e juntas saíram da biblioteca ouvindo Ryan jurando vingança.
— Você foi incrível. – Alice disse sorrindo largamente.
— Vai ficar na ala hospitalar pelo menos três dias até que pare o feitiço. – Falou dando de ombros.
— Ele vai se vingar.
— Ele que tente, eu não tenho medo dele.
— Como pode ser tão lindo.
— O que Ryan tem de beleza tem de podre.
— Alice! – Dylan apareceu completamente desesperado. – Fred e Jorge continuaram fazendo os primeiranistas de cobaias e alguns estão desmaiados e não estão mais acordando e como é monitora...
— Onde eles estão? – Alice perguntou também desesperada. – Estão nos jardins.
— Eu vou matar aqueles gêmeos. – Falou caminhando pelos corredores resmungando.
— O quê? – Hermione perguntou incrédula. – Eu sabia que aqueles dois acabariam matando alguém. Eu vou ajudar, eu também sou monitora.
— Não. – Dylan pegou na mão dela a impedindo. – Eu menti, é só um plano para unir ela com Zabini.
— Ele é ruim nisso...
— Mas dessa vez ele teve uma ajudinha. – Dylan piscou para Hermione que acabou ficando curiosa.
***
Alice chegou nos jardins completamente furiosa esperando encontrar Fred e Jorge para dar algum castigo já que limpar todos os troféus de hogwarts era motivo de piadas, talvez escrever uma carta para os pais eles fossem levar a sério. Porém o que encontrou fora um Zabini segurando um buquê de flores e um manto estendido no gramado verde e bem cuidado com flores ao redor, no manto havia uma cesta de piquenique com guloseimas pegos da cozinha. Era um piquenique com a luz das estrelas já que tinha anoitecido minutos atrás era algo bem romântico que deixou Alice totalmente sem falas.