Apaixonada por um sonserino Vol. 1 e 2 escrita por HeloLovegood


Capítulo 31
Eu vou ter você de volta


Notas iniciais do capítulo

Oi amores. Eu estou postando essa fanfic no spirit também só avisando para não achar que é plágio.
Também quero dizer que não sei mais se vou fazer terceira temporada porque não tenho ideias nenhuma e se caso eu terminar essa temporada e não tiver nenhuma ideia mesmo para a próxima eu faço um epílogo explicando a guerra e o final, mas isso só se eu não tiver idéias nenhuma mesmo.
Boa leitura



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Havia anoitecido e durante a tarde inteira Hermione ficara trancada no quarto de hospedes lendo um livro qualquer, enquanto sentia a raiva por Ryan crescer.

Alguém bateu na porta, enquanto Hermione permaneceu parada decidindo se abria ou não, pois não tinha paciência nenhuma para aturar Ryan, na verdade estava com tanta raiva do garoto que caso a provocasse novamente não iria conter sua mão na cara dele.

— Quem é? - Perguntou segurando um livro pesado que caso acertasse na cabeça de alguém iria deixar a pessoa inconsciente.

— Sou Sra. Turner. - Disse uma voz feminina e fria. - Pode abrir a porta?

Hermione jogou o livro em algum lugar da cama e fora rapidamente atender a porta. Era uma mulher loira e elegante, tinha inúmeras joias caras espalhadas pelo corpo e seus cabelos loiros e lisos em cima e cacheados nas pontas dava a mulher um ar jovial, mas a idade seria no mínimo um dos trinta e poucos anos, seus olhos azuis claros brilhantes olhava a garota com desdém, mas dava para perceber seu esforço para esconder isso.

— Posso entrar? Ou ficarei parada aqui no corredor? 

— Me desculpa. - Hermione disse dando passagem para Sra. Turner entrar.

— Se divertindo ignorando as cartas do meu filho? Se tivesse ao menos respondido uma, Dylan não teria chegado nessa situação.

— Eu não sabia que ele estava mal ou ficando doente.

— Já bastava o vexame que o fez passar naquela plataforma dando um tapa na cara dele. - Disse olhando a garota não fazendo mais questão de esconder seu desprezo. - Envergonhando a família no meio de tantos bruxos e trouxas.

— Acho que a senhora agiria igual caso fosse traída no meio de todos aqueles bruxos e trouxas.

— Não, porque tenho classe. - Falou levantando a cabeça com superioridade. - Certamente agiria normal perante aos outros e só depois que chegássemos em casa teria uma conversa franca. 

— Me desculpa por não ter sangue de barata.

— O seu sangue é pior que isso, se formos parar para analisar sangues.

— Estou vendo que Ryan puxou a senhora em tudo, não só na aparência. - Falou sentindo lágrimas se formando, mas engoliu o choro não iria chorar na frente dela, não valia a pena.

— Tenho orgulho do Ryan. - Pronunciou dando um meio sorriso. - Ele foi bem educado ao contrário do Dylan.

— Então quer dizer que para ser bem educado tem que ser preconceituoso?

— Olha o jeito que você fala garota. - Falou olhando ela com raiva. - Ryan teve uma ótima educação morando com a tia e enquanto estiver debaixo do meu teto deverá ter respeito com todos nós.

— Para merecer respeito tem que respeitar.

— Olha, sua...

— Chega, Vanessa. - Sr. Turner Falou aparecendo na porta. - Deixe Srta. Granger em paz.

— Por isso que Dylan é assim, Richard quem o educou. - Falou erguendo a cabeça e saindo dali com elegância.

— Me desculpa por minha mulher. - Sr. Turner falou culpado. - Temos jeitos diferentes de ver o mundo e principalmente tratar as pessoas.

— Você e o Dylan pelo jeito são os únicos que prestam nessa casa. - Ela falou descontando a raiva.

— Sabe Srta. Granger. - Falou tocando no ombro da garota tentando acalmá-la. - Todos nós temos direitos de escolha se queremos ser pessoas boas ou ruins. Eu fui criado com uma família humilde de coração e me ensinaram desde pequeno a tratar todos iguais e que ninguém é melhor que ninguém mesmo sendo sangue puro. - Falou tirando a mão dela e olhou o chão parecendo lembrar algo. - Vanessa não teve a mesma educação, infelizmente fora criada numa família preconceituosa e quando isso é ensinado num berço é difícil ter outra opinião.

— Como você pôde ficar com uma pessoa assim?

— Já ouviu o ditado que não mandamos no nosso coração? - Disse a fazendo assenti compreendendo. - Eu amei Vanessa mesmo com seus defeitos e qualidades. Ryan nasceu primeiro e ela vendo a maneira como eu via os nascidos trouxas resolveu deixar Deyse, a irmã mais velha dela cuidar dele e ficou sendo educado em casa pela a mesma. Eu sabia que meu filho mais velho viraria tão preconceituoso quanto a mãe e quando Dylan nasceu eu prometi a mim mesmo que iria criar ele da mesma forma que fui.

— Ainda bem que o senhor fez isso. - Hermione falou compreendendo o porquê Dylan ser diferente. - Você educou o Dylan bem e ele é um dos melhores garotos que já conheci.

— Dylan é um menino de ouro e quando percebi que estava namorando uma nascida trouxa soube na hora que a minha criação tinha valido alguma coisa. Vanessa queria mandá-lo para a irmã, mas me opôs deixando claro que quem cuidaria dele era eu.

— Por que Ryan voltou?

— Porque Vanessa quis que ele tivesse um diploma para trabalhar no ministério futuramente e só sendo educado em casa não traria esses benefícios. Por isso decidiu o trazer de volta e vai para hogwarts junto com Dylan esse ano.

— Então quer dizer que Ryan também vai para hogwarts? - Falou desanimada.

Já não bastava ser perturbada por Draco Malfoy agora tinha que aturar a cópia barata também. 

— Vim chamar para o jantar.

— Me desculpa senhor. - Ela falou sem graça. - Mas eu não vou me senti confortável na mesa com aqueles dois.

— Sim, eu compreendo. - Disse dando um sorriso amável para a garota. - Vou providenciar que traga seu jantar no quarto. - Falou sorrindo deixando o constrangimento da garota desaparecer.

— Muito obrigada, Sr. Turner.

— Por favor, me chame de Richard. - Disse o homem amigável. - Senhor me faz parecer velho demais a não ser que me ache velho?

— Não, o senhor não parece ser muito velho. Eu só o trato assim por questão de...

— Formalidades. - Falou o homem compreendendo. - Mas me sentiria melhor sendo chamado por Richard.

— Ok, Richard. - Falou fazendo o homem acenar agradecido. - E pode me chamar de Hermione.

— Vou indo. - Sr. Turner falou bastante satisfeito pela conversa. Agora podia ver claramente o que Dylan viu nela e começou a torcer que os dois fizessem as pazes futuramente. - Boa noite, Hermione.

— Noite, Richard.

O homem saiu do quarto deixando Hermione voltar para seu livro. Quando inesperadamente um elfo aparatou em seu quarto carregando uma bandeja de comida, que pelo susto Hermione deixou cair o livro no chão.

— Perdoe Idril, Srta. Granger. - Disse a elfa doméstica. - Meu senhor pediu que trouxesse seu jantar.

— Tudo bem. - Hermione falou ainda com a mão no coração. - Só não faça mais isso.

Idril colocou a bandeja sobre a beirada da cama e dando uma reverência exagerada desapareceu aparatando. Hermione fora rapidamente até a bandeja e começou a comer ela estava faminta.

***

Hermione acordou no dia seguinte sentindo o sol na sua face, olhou o criado e pegou seu relógio de pulso que marcou seis horas da manhã.

Levantou-se percebendo que não conseguiria dormir novamente e resolveu conferir como Dylan estava. Ela passou silenciosamente pelo corredor e abriu a porta do quarto dele que rangiu, mas Dylan continuou dormindo serenamente sem se incomodar com barulho.

A medibruxa que passou a maior parte do tempo cuidando dele disse que ele estava fora de perigo e desde quando Hermione colocou os pés naquela mansão que Dylan não teve mais febre deixando Hermione aliviada.

Agora, ela estava sozinha com ele e sentou na beirada da cama segurando fortemente sua mão tentando passar conforto.

— Eu realmente fiquei preocupada com você. - Falou acariciando o rosto dele. - Por Merlin, eu desejei nunca mais vê-lo, passei tantos dias chorando por você, me sentindo um lixo. É inevitável não imaginar se temos algum problema quando somos traída e enquanto nosso mundo desaba, as dúvidas do porquê nos atingi deixando tudo mais doloroso. - Parou para respirar vendo o garoto virar para o lado esquerdo e continuou dormindo. - Eu nunca imaginei senti tanto amor por alguém e mesmo depois de tudo o que aconteceu meu sentimento por você cresce a cada dia. - Disse acariciando os cabelos dele. - Mas mesmo sentindo todo esse amor eu não sei se posso perdoar você, pois sem confiança tudo fica mais difícil. - Disse sentindo lágrimas escorrendo pelo rosto e saiu dali voltando para o seu quarto.

Quando ela adentrou no aposento escutou batidinhas insistentes no vidro da janela e quando ela abriu a mesma vislumbrou uma minúscula coruja que entrou no quarto e ficou rodopiando alegremente no ar deixando Hermione confusa de quem poderia ser aquele animal? Descartou Harry e Dylan por motivos óbvios, pois Potter tem Edwiges e estava na casa de Dylan. Resolveu pegar a carta, pois o bicho era tão pequeno que não aguentava suportar o peso.

Sentou-se na cama abrindo a carta e ficou horrorizada pelo conteúdo que acabara de ler.

Cara, Hermione.

Tenho tantas coisas para contar, mas infelizmente papai não deixa pois acha que a volta de você sabe quem as cartas podem está sendo interceptadas.

Mamãe não queria que fôssemos para hogwarts, mas meu pai conseguiu intervir dizendo que hogwarts é o lugar mais seguro por ter Dumbledore, então ela deixou que nós voltássemos a escola.

Harry vive me mandando cartas diariamente e bem...um dia desses Edwiges ficou o dia inteiro comigo bicando minha mão para eu revelar informações, mas meu pai me fez prometer ser sigiloso.

Mas ontem a noite, a situação pareceu piorar e Harry está aqui comigo agora e ele usou magia fora da escola e quase foi expulso de hogwarts. A sorte dele foi que Dumbledore pediu uma audiência que vai ser depois de amanhã. Acho que deveria vim aqui nos ver, seu melhor amigo precisa de você.

Se quiser vim me mande a resposta pela Pichi.

Ps: Mamãe me deu essa coruja de presente depois que fiquei sem o Perebas que na verdade não era rato era só um homem...bem você sabe da história.

Ps2: Minha irmã que escolheu esse nome patético não é? Ainda o chama de 

Pichitchinho.

Estamos com saudades.

R.W.

Ela fora correndo até o malão pegando tinteiro, penas e pergaminhos começando a escrever o mais rápido que pôde.

Caro, Rony

Meu Deus, eu não tinha ideia que a situação estava dessa maneira. É lógico que vou para sua casa ou onde você está agora. Como o Harry está? Provavelmente mal não é? Porque ele usou magia fora da escola? Como ele está? Quero ir hoje mesmo.

Vou aguardar o Sr. Weasley.

Ps: Achei o nome da coruja fofo e parabéns pelo animal, com certeza é melhor do aquele rato...Pedro P...enfim vou ficar no aguardo.

Eu também estou com saudades de todos.

H. G.

Hermione colocou a carta na perna do Pichitchinho com dificuldades, pois o animal estava muito excitado para fazer mais uma entrega que rodopiava sem parar, depois de muito custo a garota terminou de amarrar a carta e a coruja levantou voou desaparecendo pelo céu nublado.

A porta fora aberta inesperadamente e para surpresa de Hermione era Dylan.

— Meu amor. - Falou a abraçando apertado que não conseguiu desviar o abraço.

Ela sentia tantas saudades dele, dos seus abraços apertados que era o único lugar que se sentia protegida.

— Eu senti tanto a sua falta. - Falou a apertando mais fazendo a garota sentir seu coração acelerado. - Eu te amo tanto...- Disse beijando o rosto dela, mas antes que fosse para a boca Hermione o empurrou.

— Eu vim aqui pelos motivos da sua saúde, mas em momento algum decidi que voltaríamos.

— Deixe-me explicar o que realmente aconteceu. - Falou praticamente implorando. - Eu não trair como pensa.

— Então o que aconteceu? - Perguntou cruzando os braços.

— Quando me despedi de você na plataforma, eu tinha ido na direção dos meus pais. Mas Melody estava com eles e como tinha acontecido um rolo entre a gente antes de eu ir para hogwarts, ela me beijou sem deixar eu explicar que eu estava com você.

— Você poderia ter virado o rosto, poderia ter empurrado ela, poderia ter dito não. - Falou sentindo seu coração despedaçado. - Você tinha tantas possibilidades de impedir e não fez nada.

— Eu sei, mas aconteceu tudo muito rápido eu fiquei sem reação.

— Ainda foi a mesma garota que tirou sua virgindade. - Disse sentindo lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

— Meu amor, eu...

— Não me chame de meu amor. - Falou chorosa. - Não tem mais esse direito, acabou Dylan.

— Não, por favor. - Disse desesperado indo tocar seu braço, porém ela se afastou bruscamente.

— Não encosta em mim. - Disse juntando suas coisas no malão.

— O que está fazendo? Papai convidou você para passar o restante das férias com a gente.

— Eu vou para casa do Rony. - Explicou colocando vários livros na mala. - Harry precisa do meu apoio, parece que está quase sendo expulso de hogwarts.

— Meu Deus! - Dylan exclamou chocado. - Tomara que tudo ocorra bem com ele.

— Eu também quero que tudo ocorra bem. - Ela disse enxugando às lágrimas.

— Eu não vou desistir de você, Hermione. - Falou com seus olhos azuis intensos tão tristes que a fizera fraquejar por alguns segundos e quase o abraçou ali mesmo reatando, mas conseguiu se segurar. - Eu ainda vou ter você de volta. - Disse saindo do quarto arrasado e deixando uma Hermione não muito diferente dele para trás.

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

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