Hermione ficara em completo desespero sentindo a varinha quase perfurando sua pele. Todos continuaram erguendo a varinha, mas Crouch Jr. percebendo a desobediência puxou o cabelo de Hermione fazendo a garota gritar.

  - Experli...- Dylan disse desesperado por vê-la naquele estado.

  - Avadar...

  Porém, se interrompeu quando ouviu o comensal dizer o começo da maldição da morte.

  - Só vou avisar mais uma vez. - Disse lambendo os lábios. - Soltem as varinhas ou ela morre.

  - Solta ela. - Harry falou depois de longos minutos de silêncio. - Sou eu que você quer, pode me trocar por ela, mas deixa Hermione em paz.

  - Não, Harry. - Hermione falou se contorcendo tentando inutilmente se soltar. - Não faça isso. - Ela falou desesperada. - É isso que ele quer...ele vai matá-lo.

  - Eu não vou deixar que outra pessoa morra hoje. - Harry disse se aproximando deles, pode soltá-la e me fazer de refém...eu vou para onde quiser por tanto que a solte. - Harry falou com uma mão por detrás do bolso da calça segurando firmemente a varinha.

Bartolomeu Jr. pareceu ponderar sobre a oferta e sorriu maquiavélico empurrando Hermione para longe que somente não desabou no chão, pois Dylan a aparou abraçando ela e em seguida deixando a garota atrás dele a protegendo.

Num momento seguinte Harry o estoporou rapidamente que fizera o comensal cair no chão desacordado.

  - Muito bem, Harry. - Dumbledore disse orgulhoso. - Muito bem.

  - O que vai acontecer com ele? - Harry perguntou sentindo seu coração acelerado com toda aquela situação.

  Por um momento imaginou que perderia sua melhor amiga e já estava bastante fragilizado pela morte de Diggory, se perdesse também ela o garoto provavelmente não aguentaria.

  - Vamos mandar ele imediatamente para Azkaban.

  - E dar o beijo do dementador. - Falou Sr. Crouch sem nenhuma piedade. - Isso não é mais o meu filho.

  - Bem acho melhor vocês três irem embora. - Dumbledore falou encarando os três adolescentes. - Deixa ele por nossa conta.

  Os três assentiram e foram embora dali mais abalados que antes.

                     ***

A atmosfera em hogwarts estava pesada e sombria. Todos estavam sentados no salão principal que só tinham os bancos, as mesas haviam sido removidas temporariamente. As tradicionais cortinas que sempre revelavam a casa que ganhara a taça das casas, agora tinha quatro cortinas estampadas em cor preta e a primeira letra da escola em dourado revelando o que todos os presentes estavam sentindo luto. Hogwarts estava em luto pela morte de um aluno que fora leal até o último segundo de sua vida.

Todos permaneciam em silêncio. Cho Chang e Scott eram o que mais sofriam pela perda por terem sido próximos demais do lufano.

Harry permanecia o tempo inteiro quieto e entristecido e sentia culpa o tempo inteiro por não ter feito absolutamente nada para ajudá-lo e mesmo seu consciente tentando de todas maneiras o convencer que estava preso e imobilizado não conseguia diminuir a culpa que parecia atormentar ele a cada segundo mais.

Dylan passara a maior parte do tempo perto de Hermione a quase perda da garota despertou ainda mais seu lado protetor. 

  Rony também ficou triste pela morte do rapaz mesmo nunca sequer ter trocado alguma palavra com Diggory e quando tentou fora ignorado pelo o garoto.

Hermione mantia uma expressão neutra. Não conseguia raciocinar nada direito, o acontecimento da noite anterior continuava bastante viva em sua memória. Quase morreu também e pensar que aquele funeral poderia ter sido deles dois juntos a fizera estremecer e agarrou os braços de Dylan mais fortemente sentindo que não poderia viver sem ele.

Dumbledore apareceu diante dos alunos. Os professores permaneciam atrás deles também abalados e iniciou seu discurso.

  - Hoje, tivemos uma grande perda. Cedrico Diggory era um rapaz excepcionalmente esforçado, justo e um amigo muito leal. Acho que por este fato todos vocês merecem uma explicação de como ele morreu. Como todos ouviram Harry Potter dizer, Cedrico Diggory foi assassinado por Lord Voldemort. O ministro da magia queria que não revelasse, mas ocultar esse acontecimento seria realmente um insulto a sua memória. O sofrimento e dor que estamos sentindo por esta perda, me fizera recordar e nos faz recordar que apesar de sermos de famílias diferentes, pertencemos a casas diferentes isso não impediu que compartilhássemos  da mesma dor e que todos os corações presentes se tornassem um só. A luz que recebemos depois desse trágico acontecimento e as amizades que fizeram este ano terão mais importância do que nunca. Lembrarem disso fará a morte de Cedrico Diggory não ter sido em vão, lembrar disso irá honrar a morte deste rapaz que fora gentil, honesto, corajoso e leal até o fim.

Após isso um quadro de Cedrico  Diggory fora posto e todos os alunos tinham permissão de escrever algum bilhete de despedida. A sonserina, só teve três pessoas que quiseram escrever algo que eram Dylan, Tyler e Maisie.

Da corvinal, apenas Cho Chang e Alice tiveram a bondade de escrever alguma coisa. A grifinória também foram poucos apenas o trio de ouro e mais algumas pessoas. O maior número de pessoas que escreviam era a casa Lufa-lufa todos quiseram dar adeus ao melhor colega e amigo que aquela casa já teve e até a professora e diretora da lufa-lufa quisera homenagear o rapaz.

Os bilhetes foram colocados em baixo do quadro e no final todos ergueram suas varinhas com luz e fazendo um minuto de silêncio encerrando o velório de um rapaz que deixará saudades nos corações de muitas pessoas.

                       ***

A volta para casa estava se aproximando. Os alunos de outras escolas se despediram das amizades que fizeram durante o ano letivo. Isso incluía Viktor Krum que pediu Cloe em namoro repentinamente e ela aceitou feliz. Enquanto a garota ainda estivesse estudando na escola iriam manter contato apenas por cartas.

Viktor aproveitou o momento para se despedi também de Hermione.

  - Foi bom conhecer você  Her-mio-nini.

  - Também foi bom conhecer você, Viktor. - Disse o abraçando talvez fosse a última vez que veria o búlgaro.

  - Foi um prazer conhecer você também Krum. - Dylan disse estendendo a mão para que Krum apertasse decidindo deixar qualquer mau entendido ou ciúmes bobos para trás. Ele havia mudado naqueles últimos dias e prometeu que seria uma pessoa melhor sem ciúmes ou possessividades. 

  - Digo o mesmo, Turner. - Falou aceitando o aperto de mão de bom grado. - Tem uma garota extrraorrdinárria em seu lado. - Falou deixando Hermione ruborizada. - Querro que a faça feliz, ela merrece.

  - Não se preocupe, eu vou fazer ela a garota mais feliz desse mundo todos os dias.

  Krum assentiu e fora embora de hogwarts junto com Igor Karkaroff.

Fleur Delacuor que estava se despedindo do seu par do baile, vira Rony sentado no banco e aproximou dele beijando sua bochecha se despedindo ainda agradecida por ter ajudado sua irmãzinha na segunda tarefa.

  - Adeus. - Falou dando dois beijinhos de cada lado da bochecha dele. 

    Mas por algum motivo desconhecido o garoto não dera a mínima para aquele beijo, sendo que soltaria fogos de artifícios se isso acontecesse semanas atrás.

  Delacuor também fizera a mesma coisa com Harry e ele também não dera importância, apenas acenou com a cabeça. A atenção dele estava totalmente em Cho Chang que parecia mais inconsolável e tinha uma expressão triste.

Harry ficou imaginando se no ano que vem teria alguma chance com a garota já que estará solteira. Esse simples pensamento fizera embrulhar seu estômago e sentiu nojo dos próprios pensamentos. Como poderia ser tão desumano por pensar em pegar a namorada de Cedrico Diggory  enquanto fazia somente dois dias da sua morte.

O garoto morreu, o caminho está livre, não tem nada demais nisso. O pensamento voltou a perturbá-lo novamente, mas dessa vez dera de ombros finalmente concordando com esse pensamento.

  - Harry. - Hermione falou despertando o garoto daqueles pensamentos insanos. - Nem acredito que terminamos o quarto ano. Você vai me escrever nas férias, não vai?

  - Claro, vou escrever todos os dias. - Harry falou sorrindo.

  Conversar com ela fizera aqueles pensamentos estranhos desaparecer por agora, mas o que ele não sabia que era só o começo.