Entre Páginas escrita por Raíssa Duarte


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Boa madrugada!
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Melissa caminhava com seu namorado pelo jardim de sua casa, sob um sol forte que a fazia suar sob tantas camadas de tecido. Nem mesmo seu guarda-sol era o suficiente para aliviar.
   Cumprimentaram-se cordialmente e discorreram a falar sobre o clima, suas famílias, e qualquer outro assunto disponível para quando não se há nada para falar.
   Rodolfo, no entanto, parecia diferente. Não estava empolgado para falar sobre o que mais gostava; ele mesmo.
   Não comentara uma palavra sobre suas partidas de jogos, seus amigos... Na verdade, parecia desconfortável.
   -Então... – Pigarreou. – Você gostou das flores?
   -Sim. – Notou seu desconforto. – Tudo bem?
   -Ah, sim... Quero dizer... Não sei ao certo... – Retirou um lenço do paletó e deu suaves batidinhas no pescoço com ele. – Acho que lesionei o ombro em uma partida... ainda estou me recuperando.
   Ela se lembrava vagamente de tê-lo ouvido falar sobre o jogo quando viera vê-la, no dia anterior.
   -Penso que não sou a melhor companhia hoje para você, Melissa... Sinto muito... – Ele estava ávido em sair dali. Talvez fosse o calor. Ela mesma queria um leque, um copo de refresco gelado e sentar-se em uma poltrona confortável.
   Melissa estranhou o comportamento, mas liberou o pretendente, que partiu rapidamente em sua charrete.
   Adentrou em seu lar, onde na sala de estar sua irmã caçula tocava o piano com alguns erros, e sua mãe estava sentada em uma poltrona, lendo o jornal.
   -Espaço entre os dedos, Luísa. Você desaprendeu tudo? – Examinou Amélia, sem tirar os olhos do papel. Percebeu a entrada da filha. – Mas já?
   -Lesão em um match. – Sentou-se em um sofá e ordenou um refresco. Ajeitou uma mecha do cabelo, colocando-a atrás da orelha.
   -Ele deixou escapar alguma coisa? Nenhuma proposta a vista?
   -Nada.
   Sua mãe a olhou rapidamente, dobrando o jornal ao meio;
   -Estranho. Vocês estão namorando há quase dois meses. Ele já devia ter pedido. O que ele está esperando?
   -Talvez ele queira que Mel faça o pedido. – Sugeriu Luísa.
   -Sem gracejos, mocinha. – Repreendeu Amália. – Isso é importante. Preste atenção nas notas. Se sua música continuar pavorosa desse jeito, sua estréia será um desastre.
   Melissa ouviu o suspiro entediado da irmã.
   -Talvez seu pai vá pressionar um pouco.
   -Até o altar... – Resmungou Lu. Mas foi ouvida.
   -Luísa. – Alertou.
   -Mamãe... – Melissa descartou a hipótese com um gesto calmo de mão. – Não se preocupe. Ele está me cortejando oficialmente, não está?
   Amélia abandonou o jornal.
   -Você me parece tranqüila. Uma moça não pode ficar tanto tempo namorando sem um compromisso sério.
   -Nós já sabemos disso, mamãe.
   A empregada negra, Malva, entregou a Melissa um copo de limonada fresco e gelado. A moça bebeu satisfeita.
   Melissa e Rodolfo tinham a mesma idade, e seus pais eram amigos próximos. O casamento parecia o caminho natural para ambos. A mãe de Rodolfo já a tratava como nora, quase filha. Mel já estava pronta para o matrimônio. Tinha vinte anos. Na verdade, já deveria estar casada e com filhos. Mas as temporadas gastas sempre em busca do melhor partido, á altura da filha de um barão levaram seu tempo, até que Rodolfo finalmente começou a namorá-la.
   -De qualquer modo, seu pai ficará de olho.

                         ¤¤¤
   No dia cinco de dezembro, o aniversário de Luísa chegou.
   Infelizmente o primogênito da família estava no exterior, fazendo faculdade, e não poderia vir. Mas enviara á irmã um dos romances que ela tanto amava. Amélia queixara-se uma ou duas vezes sobre como alguém da Família Real poderia prestigiá-los com sua presença na festa e elogiar a caçula, dando-lhe ainda mais prestígio. Mesmo que a amizade de Conrado com a realeza tivesse ficado terrivelmente desgastada por conta do prejuízo causado pela abolição dos escravos. Agora não haveria ninguém ilustre entre os convidados, ninguém para se gabar, reclamava a matriarca. Contudo, a Mansão Albuquerque esteve soberba como sempre em sua arrumação, móveis de excelente bom gosto, decoração luxuosa e comida esplendorosa. Tudo dirigido e supervisionado pela senhora da casa.

 

Luísa não gostava de espartilhos.
   Mas os usava não tão apertados. Sendo pequena e um tanto esguia, não precisava simular uma cintura pequena. Contudo, na noite de seu aniversário, seu espartilho fora mais apertado do que o de costume, incomodando-a.
   -Você está deslumbrante. – Elogiou sua mãe, orgulhosa, avaliando o trabalho que levara horas.
    Ela não se sentia deslumbrante. Sentia-se nervosa, com o coração para sair pela garganta... Aquela seria sua ‘pré-estréia’. Todas as famílias presentes no campo no início de dezembro viriam á sua festa. Ela não convidara nem conhecia bem nenhum deles, mas seus pais sim. Como aniversariante, ela receberia todos os presentes e agiria como uma anfitriã, ou envergonharia toda a família.
   Alisou a saia já perfeitamente engomada. Seu cabelo escuro fora preso, com alguns fios soltos, adornando o rosto delicado e jovem. Sua maquiagem era a mínima possível para uma moça. Apenas um leve bálsamo de rosas nos lábios e beliscões nas bochechas. O vestido era rosa com branco.
   Sua mãe, no entanto, estava de tirar o fôlego.
   Amélia Albuquerque sempre fora uma mulher linda. Mesmo tendo chegado aos seus mais de quarenta anos, continuava bela. O cabelo louro estava preso no alto, com seus cachos ressaltando-se. O rosto altivo e de traços finos maquiado com leveza. Todavia, sua elegância era seu maior enfeite. Trajava um vestido branco que cintilava de leve, em um brilho sutil.
   Melissa era uma versão mais nova e morena de sua mãe, em um vestido de cor champanhe, o corpete com desenhos enfeitados com minúsculas pedras brilhantes em um decote que deixava a clavícula á mostra. As madeixas castanho-escuras no alto da cabeça de maneira elaborada.
   Ela, no entanto, sentia-se uma boneca de porcelana que fora vestida e penteada. Tinha medo de gaguejar ou errar o nome de algum convidado que sua mãe a fizera decorar durante uma semana. Tropeçar no meio de uma dança...
   Ou talvez fosse apenas a mais pura e completa insegurança, fazendo-a hesitar.
   Hoje fazia dezoito anos.
   Oficialmente apta para o debute social, oficialmente apta para o mercado matrimonial. Seu grande momento seria na capital, em meio á sociedade paulista em peso.
   -Um sorriso. – Sua mãe a despertou de seus devaneios. – É a jóia mais bonita que uma jovem pode usar. É sua festa...
   Cheia de pessoas que não conheço nem convidei. Pensou.
   -Você vai se sair muito bem. Tenho certeza disso. Os convidados vão amá-la.
   -Inclusive os Martins... – Ironizou Mel.
   -Melissa. – Avisou Amélia, ajeitando os fios ao redor da face da mais nova. – Eu não vou ter esta conversa com você de novo. – Quando ficou satisfeita com o resultado, disse; - Vou ver se tudo está como deve. As duas desçam e cumprimentem os que chegarem, está quase na hora da comemoração.
   E então deixou o quarto.
   Melissa fez o mesmo.
   -Mel... – Luísa a segurou pelo braço antes. – Você vai ficar do meu lado, não vai?
   -Lu... É você quem precisa falar com eles.
   -Eu sei. – Acenou com a cabeça. – Mas eu posso esquecer o nome de alguém. Você me ajuda?
   Melissa sorriu;
   -Mas é claro. – Abraçou um dos ombros da irmã com um braço delgado. – Você vai se sair muito bem. Apenas lembre-se de que a opinião que formarão de você depende inteiramente de hoje á noite.
   Luísa revirou os olhos e riu enquanto seguiam pelo corredor;
   -É claro. Isso foi de muita ajuda.

 

Felizmente, a noite não foi um desastre.
   Luísa mal conseguia acreditar que se saíra, de fato, tão bem.
   Não gaguejara, sorrira plenamente, e esquecera apenas dois nomes. Melissa mais do que depressa salvara sua pele tomando a frente e saudando-os. Recebeu vários presentes, e agradeceu gentilmente por todos eles. Seus pais transitaram pela mansão, conversando cordialmente, provavelmente sobre assuntos importantes. Novidades sobre a república, ou qualquer coisa que lhes fosse útil.
   Já de madrugada, quando o último visitante se foi, Luísa já estava com os pés doendo de tanto dançar, e cansada até não poder descrever. Morrendo de sono, mal ouviu o elogio de seus pais.
   Rastejou até o próprio quarto e depois de livrar-se do traje de gala, dormiu como uma pedra.

                          ¤¤¤

Amanda cuidadosamente enfileirou na prateleira as pequenas empadas que fizera há pouco na pequenina cozinha do bar. Sua avó estava ensinando-a a cozinhar e ela agora preparava os quitutes do bar, ganhando um pouco de dinheiro a mais. A mãe de sua mãe sempre fora uma cozinheira de mão cheia. Ela sabia como agradar tanto em refeições sofisticadas como em refeições mais simples. E estava passando todo o conhecimento culinário para a neta, que era uma aluna aplicada. Acordava ainda mais cedo para dar conta de tudo, mas trabalho era uma ocupação bem vinda. Sua rotina antiga era bem mais monótona, envolvendo aulas de idiomas, música e o enfadonho bordado. Fazer algo que era realmente útil era de certa forma... gratificante.
   -Continue assim e ai me manter de bom humor, menina. – Comentou Manoel, risonho, arrumando a bancada.
   -Eu espero que sim, então ganharei um aumento. – Sorriu, matreira.
   O senhor riu sob o amplo bigode grisalho.
   O dia correu como sempre. Amanda de um lado para o outro, servindo e limpando mesas, recebendo gorjetas que ás vezes eram generosas demais. Deu algumas olhadas no jornal, e por fim, concentrou-se em lavar as louças.
   -Amanda. – Chamou seu patrão. – Atenda aquele senhor, estou ocupado.
   Amanda virou-se e enxugou as mãos em um pano áspero simples de boa qualidade e caminhou até o fundo do bar, em direção ao cavalheiro lendo que fora apontado pelo dono do local.
   -Senhor... O que deseja?
   O homem estava sentado de maneira composta. Calmamente dobrou o periódico que lia e o colocou sobre a mesa.
   Ao ver seu rosto, a cor sumiu do rosto de Amanda.
   -Passei muito tempo tentando me convencer a fazer isto. – Ele a encarou nos olhos, de um tom claro que ambos compartilhavam. – Ver minha filha limpando mesas e carregando bandejas.

                         ¤¤¤


    Melissa não teve onde se apoiar, portanto, forçou suas pernas a redobrarem o cuidado.
   -O quê? – Perguntou como se não tivesse ouvido direito.
   -Eu sei que é um choque... isto é... isto é difícil para mim, eu...
   -Difícil?! Para você?! – Sua voz elevou-se de forma estridente.
   -Sim... – Respondeu Rodolfo, sofrido. – Eu não queria magoá-la...
   -Então devia ter pensado duas, três ou quatro vezes antes de ter vindo até aqui me dizer isto!
   -Não mando em meu coração, Melissa! Está além deu meu controle! Por favor, entenda...
   -Não, entenda você que me cortejou durante quase dois meses e agora quer me fazer de tola!
   -Mas... mas as flores... achei que já suspeitasse...
   -O quê?! – Então lembrou-se do maldito arranjo amarelo que recebera semanas antes. Jamais achara que Rodolfo conhecesse ou sequer usaria o ‘significado das flores’ algum dia. 'Amizade. Cordialidade'. – Eu não acredito... – Cerrou os punhos ao lado do vestido de seda, tentando controlar a raiva. Fechou os olhos.
   -Eu sinto muito por feri-la, mas não existe outra alternativa de...
   -Saia. – Sibilou, antes que o esbofeteasse. A idéia parecia tentadora demais para resistir por tanto tempo.
   O Sr. Ramos pareceu chocado, como se não esperasse tal reação grosseira vinda dela.
   Constrangido, deixou a propriedade.
   Melissa ficou parada sob o sol escaldante, sem saber o que fazer.
   Finalmente, um passo após o outro, foi para casa.
   A irmã no piano com a nova professora.
   A mãe bordando um lenço para o marido.

O cenário a sua frente parecia calmo demais para o turbilhão que ela sentia.
   Envergonhada, subiu a escadaria.
   -Filha?
   Ao ouvir, acelerou o andar e entrou no quarto, mas sabia que a mãe a seguiria.
   Sabendo que uma torrente de perguntas viria a seguir, resolveu não esconder ou florear a verdade;
   -Rodolfo terminou comigo. – Engoliu em seco.
   -Mas como... – Amélia quase nunca ficava sem palavras. Todavia, um choque ligeiro passou por seu rosto. Logo se recompôs; - Quem ele pensa que é? – A surpresa foi substituída pela indignação. – Quando seu pai chegar, ele terá o que merece! Voltará aqui sobre um dos joelhos, e um anel de noivado!
   -Não creio que seja assim tão fácil. – Colocou as mãos sobre os quadris, respirando fundo. – Ele parecia irredutível. Veio de cabeça feita, não foi uma decisão impensada. Estava estranho este tempo todo, tomando coragem.
   -Que motivo aquele tolo teria para acabar com tudo?
   -Disse que está apaixonado por outra.
   -Apaixonado... – Suprimiu uma reação mais exaltada. - Ora... Ele vai ver...
   Mel não tinha tanta certeza, porem preferiu não aumentar as emoções.


   Quando Conrado voltou de suas terras, e soube do ocorrido, não disse uma palavra. Apenas saiu rumo á residência do amigo.
   Quando ao entardecer retornou para casa, estarrecido, Mel teve sua resposta.
   A Sra. Albuquerque queria estrangular o rapaz;
   -Eu não posso acreditar em uma coisa dessas! Este parvo não pode fazer isso! – Andou pela sala em um farfalhar de saias, e agarrou o encosto do sofá, como se fosse o pescoço de Rodolfo.
   -A família dele não tem a menor idéia de onde está. Ele fez tudo de caso pensado. – Os olhos escuros de Conrado revelavam um ultraje muito mais contido do que o da esposa.
   -Pensado ou não, ele deve ser encontrado, e deve casar com Melissa!
   A dita cuja estava sentada com Luísa ao seu lado.
   -Eu procurarei o canalha de bom grado, mas dada a história e a fuga dele, podemos presumir onde ele está agora. E com quem.
   -Não diga isso! – Amélia silenciou. – Ele vai se casar com Melissa.
   A filha mais velha inspirou profundamente.
   Queria estapear Rodolfo. Com tanta força, que a marca de seus dedos perduraria por dias. Meses. Anos.
   Conrado passou a mão pelo cavanhaque, pensativo.
   -Eu e Márcio vamos procurar pelo patife... Não se preocupe.
   Melissa acenou. Amélia não estava nem um pouco apaziguada.
   Ela não queria mais pensar naquilo.

                         ¤¤¤
   Foram precisos dois dias até que Rodolfo fosse encontrado.
   As famílias Albuquerque e Ramos mantiveram a normalidade e maior discrição possível. A família da garota fora mantida em segredo dos pais de Mel, para preservar sua reputação.
   Por fim, o casal Ramos veio pessoalmente até a Mansão Albuquerque.
   Márcio estava transtornado, e sua esposa, á beira das lágrimas, apertando um quadrado bordado de linho contra os olhos lacrimejantes.
   -Nós encontramos Rodolfo. – Algo que todos já sabiam. – Ele está em nossa casa agora.
   -E por que ele não está aqui? – Questionou Amélia, sem rodeios.
   -Viemos em pessoa pedir perdão pelo erro de nosso filho, porque temos certeza de que nada que ele diga pode remediar a ofensa contra vocês. – Continuou.
   -Há algo que poderia. E todos sabemos o quê. – Afirmou Conrado.
   A Sra. Ramos olhou para o marido, apreensiva e mordeu o lábio.
   -Lamentamos muitíssimo em dizer que nosso filho não poderá se casar com Melissa. – Mel, no sofá tentou manter a inexpressividade. – Ele se casou com a moça com a qual fugiu.
   Amélia os encarou com todo o desprezo que tinha; Era possível que ela mesma em todo seu ultraje tivesse sido mais eficiente em resolver o problema.
   -Isto é inaceitável. Essa união deve ser anulada! Imediatamente.
   -Nós bem que gostaríamos. Todavia, o casamento já foi... consumado.
   -E como fica nossa filha? – Amélia os encarava altivamente.
   Dessa vez, Márcio dirigiu-se á moça em questão;
   -Sentimos muito, menina Melissa. Se existir qualquer coisa que pudermos fazer...
   Sim, pensou. Podem se retirar. E a senhora pode parar com a choradeira.
   Ao invés disso, ela se levantou e sorriu docemente para o casal.
   -Sei que fizeram o melhor que podiam. Obrigada por terem vindo.
   -Ah, menina Melissa... – Chorou Lorena, apalpando sua mão com tapinhas irritantes. – Sentimos tanto...
   Melissa sufocou a vontade de revirar os olhos.
   Ela era a namorada abandonada e mesmo assim, mantivera a compostura de uma dama, tal como sua mãe a ensinara.

Assim que os dois partiram, após uma sucessão insuportável de desculpas e desejos de boa sorte, Amélia revoltou-se;
   -Eles deveriam pagar uma indenização! Deveríamos processá-los! Ah! Se não fosse pelo escândalo!
   Ah, é claro. Havia o escândalo.
   Todos saberiam em poucos meses que Melissa Viana Albuquerque fora trocada por outra.
   -Vamos mandá-la para minha irmã. Você parte em fevereiro. – Planejou sua mãe. A mente trabalhando rapidamente em busca de uma solução para o desastre eminente.
   -Amélia! – Conrado a olhou reprovadoramente.
   -Não, Conrado. Você insistiu nesse namoro. Veja onde ele deixou nossa filha.
   Conrado ficou quieto.
   A discussão do casal sem dúvida alguma continuaria quando estivessem a sós. Não teriam nenhum debate mais acalorado na presença dos filhos.
   -Melissa, vá chamar sua irmã, está quase na hora do jantar. – Ordenou seu pai, cansado.
   Ela obedeceu.


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Notas finais do capítulo

*_*



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