Wintershock escrita por ariiuu


Capítulo 12
Aprendendo sobre o mundo moderno


Notas iniciais do capítulo

Hello, pessoas, como vão?
Começo de feriado e cá estou trazendo mais um capítulo mais cedo procês, que está mais comprido que os demais (não se acostumem) =D
Tony Stark está presente nesse. Tem coisa melhor? xD
Quer mais detalhes desse capítulo? Acesse o Tumblr: wintershock.tumblr.com
Divirtam-se.



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Algumas horas se passaram e Darcy teria de sair correndo para o outro lado de Manhattan, rumo ao laboratório, para se encontrar com Jane e Erik.

A garota se trocou, arrumou o cabelo e foi direto para a cozinha, deixando todo o almoço preparado.

Bucky estava sentado em uma poltrona, lendo um livro que a estudante deixou na mesa da sala.

Ela sorriu quando o observou lendo. Estava muito feliz por ajudar um dos maiores heróis de guerra da América a voltar para o mundo atual, depois de ser usado como uma arma secreta.

— Bucky, você pode vir aqui um instante?

Ele fechou o livro e caminhou em direção a estudante.

O soldado meio que se espantou quando a viu de novo. Darcy estava diferente da hora em que tomaram café, juntos.

A garota usava óculos, seu cabelo estava seco, arrumado e... Liso?

Ela também estava com uma maquiagem leve e suas roupas basicamente se pareciam um pouco com as que usava quando se conheceram. Uma blusa, um blazer curto por cima, jeans e tênis, além de um colar dourado com várias folhinhas com pedrinhas brancas.

Mesmo sendo louca e desleixada na maior parte das vezes, ela conseguia ser bem feminina... mas só quando queria...

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Darcy continuava a ser um mistério...

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— Este aparelho se chama micro-ondas. Você vai pôr toda a comida que quiser dentro de um prato e depois colocá-lo aqui dentro. Depois, vai apertar esse botão e esperar um minuto.

— E o que acontece? – Perguntou, curioso.

— A comida vai sair quente.

— Sério? – Indagava, surpreendido.

Sabia que sua expressão era patética, mas não conseguiu escondê-la. A praticidade daquele século lhe surpreendia, em todos os sentidos.

— Sim. Simples, rápido e prático. Agora eu tenho que ir, então, se precisar de alguma coisa, me ligue. O número está na mesa da sala. – A garota correu, pegou uma bolsa que estava pendurada num gancho ao lado da porta e começou a calçar seu Vans, que era o calçado mais próximo e fácil de colocar, já que estava com pressa.

— E por onde vou ligar?

— Pelo telefone que está em cima da mesa! - Se referia ao aparelho minúsculo na mesa de centro.

— Antes que você vá, preciso perguntar uma coisa. – O tom da voz de James era sério.

— O quê...?

— Quem lhe disse sobre minha identidade? – Mencionava sobre a ligação onde a garota conversava com alguém, quando saíram de Washington.

— Derek. Meu melhor amigo. Ele sabe quem você é porque pedi a ele para descobrir.

— Sabe que eu e você corremos risco pelo simples fato de seu amigo saber quem eu sou? – Bucky a indagava, gravemente.

— Ele não vai dizer a ninguém... eu te prometo.

Embora Darcy lhe dissesse aquilo, não podia confiar plenamente no fato de alguém próximo a ela saber sobre ele.

— Além dele, alguém mais sabe?

— Ninguém mais.

— Você está proibida de falar sobre mim com qualquer pessoa. Ninguém pode saber que estou em Nova York, entendeu?

— Não precisava nem dizer. Não vou contar a ninguém, então pode ficar tranquilo. Agora preciso ir! Até mais tarde! – Ela corria com pressa, batendo a porta logo depois.

Bucky a viu saindo do prédio e entrando no carro em que viajaram para Nova York.

Ela tinha comentado que teria de levar o carro para uma oficina, ou o tal Terry comeria seu fígado.

Darcy Lewis... Uma garota estranha do século 21...

Estava hospedado em sua casa, mas não sabia muita coisa sobre ela...

Era arriscado o que estava vivendo ao lado dele, então, teria de traçar um plano para não ser descoberto, e ela teria de fazer o mesmo, por sua própria segurança.

De qualquer forma, precisava aprender sobre aquele tempo, então, voltou a se concentrar no livro que estava lendo.

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Darcy dirigiu até a Quinta Avenida, próximo à estação de metrô, do lado leste do Central Park.

A garota colocava o veículo num estacionamento, onde era mensalista.

Depois de sair do laboratório, teria que levar a lata velha de Terry num mecânico.

Mas antes de ir para o trabalho, se encontraria com Kim, sua melhor amiga, numa cafeteria que costumavam frequentar juntas.

Tinha ligado para Darcy e marcado um encontro do nada.

Ao entrar no local, ela já esperava, guardando uma mesa.

A loira acenou.

— Esse trânsito continua infernal... Queria um helicóptero pra não ter que enfrentar esse tumulto todo. – Darcy bufou. Estava mal humorada por causa do congestionamento, em pleno domingo.

— Bem-vinda à Nova York, joaninha! A cidade que nunca dorme! – Kim sorria, tirando onda.

Joaninha = Apelido que a loira deu para Darcy, pelo simples fato de a estudante possuir algumas pintinhas discretas em seu rosto.

— Por que me chamou aqui? Tenho que chegar no horário ou a Jane vai me matar!

— Eu te chamei aqui porque quero conversar algo sério com você e te fazer umas perguntas.

— Como assim? Que coisa séria você tem pra falar comigo? – Darcy se sentou, colocando sua mochila numa das cadeiras.

— Você sabe que não me dou muito bem com o Derek, e eu o odeio tanto quanto ele me odeia, não é?

— Aah, por favor, até quando vocês vão ficar nessa guerrinha ridícula por minha causa? Eu amo os dois, igualmente. - Darcy se referia sobre o desafeto entre os dois amigos, porque ambos eram melhores amigos dela e também por serem diferentes em vários aspectos.

De alguma forma, eles nunca se deram bem, mas o motivo principal era Darcy. Os dois tinham ciúmes das amizades da garota.

Típico de quando você tem um melhor amigo.

— Me dando bem ou não, ele ligou pra mim e disse muitas coisas estranhas que não entendi muito bem, mas que foi motivo suficiente pra te chamar aqui hoje.

— O que ele disse pra você!? – A estudante começava a entrar em pânico. Será que Derek deu com a língua nos dentes sobre tudo o que aconteceu em Washington?

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Ele me disse que você abrigou um assassino na sua casa.

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ELE DISSE O QUÊ!!!??— Darcy estava atônita e sem querer soltou um grito.

— Calma... Por quê está gritando?

— EU JURO QUE VOU MATAR ESSE X9 VACILÃO NA BASE DA PAULADA!!!

— Céus... Então é verdade? – Kimberly contestava, perplexa.

— Sim, quer dizer... NÃO!!! VOCÊ ESTÁ LOUCA!!? EU NUNCA FARIA ISSO!!! – A garota já não sabia o que dizer. Apenas gaguejava e tremia.

Ninguém podia saber sobre Bucky e muito menos que ele estava em sua casa.

— Darcy... A sua negação é uma afirmação... Meu Deus, me diga como isso aconteceu...

— Por que o Derek te falou!!? Ele prometeu que não diria a ninguém!

— Ele me disse porque estava muito preocupado e como não mora em Nova York, pediu para que eu ficasse de olho em você, pois está correndo risco de vida...

— Quem corre risco de vida é ele, que não devia ter aberto a boca!!! EU JURO QUE VOU MATAR ESSE IDIOTA!!!

— Será que você pode se acalmar? Eu pedi o seu cappuccino favorito, então respira fundo e relaxa enquanto espera... – Kimberly dava tapinhas nas costas da amiga. Darcy soltava fogo pelas ventas.

E depois de longos minutos explicando a situação, a loira ponderava sobre tudo o que sua amiga lhe revelou.

— Então... você o hospedou em sua casa pra que ele possa recuperar suas memórias e decidir o que fazer depois?

— Sim.

— Mas você tem certeza que ele é James Buchanan Barnes? O soldado desaparecido em missão na segunda guerra?

— Claro que sim… a fisionomia é idêntica…

— Joaninha… isso é arriscado. E se ele perder o controle e te matar? Céus, eu não posso permitir que isso aconteça com você! Não tem outra forma de ajudá-lo?

— Não… ele não confia em ninguém… não tem outra forma que não seja essa, e eu já tomei minha decisão. Qualquer coisa que aconteça, a culpa é minha.

— Mas e quanto a nós? Eu e o Derek nos importamos com você. Não podemos aceitar essa sua decisão maluca. - A loira indagava, extremamente preocupada com a amiga.

— Não se preocupe. Isso não vai acontecer e se acontecer, tenho meus métodos.

— Mas-

— Kim, relaxa. Vai dar tudo certo. - A estudante acalmava sua amiga. Por mais insana que fosse sua decisão, não voltaria atrás, jamais.

— E a Jane sabe?

— Não! Se ela souber, eu estou morta! Ela vai no meu apartamento expulsá-lo de lá! Você sabe como a Jane é completamente temperamental!

— Sim, é verdade... Mas você vai ter que trabalhar muito pra não deixa-la descobrir. Ela é muito sagaz...

— A Jane nunca vai descobrir se depender de mim, do Derek e agora de você! Por favor, Kim! Não diga a ninguém! Me promete!

— Darcy...

— Por favor!

Após longos segundos, Kimberly concordou com ela.

— Eu prometo, mas eu vou ligar pra você todos os dias e vou te visitar todo sábado ou domingo, pra saber se você está viva, ok?

— Fechado. Temos um acordo, embora eu ainda não saiba como vou falar pra ele que mais uma pessoa sabe de tudo isso, mas de qualquer forma, agora preciso correr, senão quem vai me matar não vai ser o Soldado Invernal, mas sim a Jane! – A estudante tomou o resto de seu cappuccino com muita pressa e correu para fora da cafeteria logo depois.

Kim estava preocupada, mas por ora, teria de confiar na amiga e torcer que tudo ficasse bem.

— Joaninha... - A loira suspirou.

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No meio do caminho, enquanto Darcy atravessava a Quinta Avenida, correndo para o prédio onde estava o laboratório de Jane e Erik, seu celular vibrava.

Um número desconhecido no visor.

— Alô?

Do outro lado da linha, ela não ouvia nada.

— Alô????? – Tentava mais uma vez.

Silêncio e mais silêncio.

— Olha aqui, se for alguma cobrança, saiba que minhas contas estão em dia! E se for vendedor de telemarketing, eu espero que você bata com o seu dedinho na quina da porta! Passar bem! – E então, a garota desligou na cara da pessoa.

Naquele momento, pouco importava quem estava te ligando. Tudo o que a estudante queria era chegar no horário e não ser decapitada por Jane Foster.

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Enquanto isso, no centro de Manhattan, Tony e Bruce trabalhavam na Torre dos Vingadores.

A dupla estava junta desde o final de 2013, quando Tony enfrentou o Mandarim e passava por fortes crises de ansiedade, o que ocasionou em sessões de terapia onde Banner ouvia sobre seus medos, e na maioria das vezes dormia na cadeira, tamanho tédio.

Trabalhar com Bruce Banner lhe ajudava a esquecer suas piores preocupações, ainda que estivesse envolvido em projetos que tinham como objetivo proteger o planeta.

Os dois construíam a legião de ferro, que se resume à um grupo de robôs auxiliares.

Os dois viraram aquela madrugada juntos e seguiam firme e forte no desenvolvimento da frota de robôs.

— Jarvis, me coloque em contato com a Senhorita Potts. – Tony pedia à inteligência artificial, em meio a sua concentração no trabalho com Banner.

— Não é necessário. Eu já estou aqui. – Pepper adentrava ao laboratório, carregando duas latas de energético.

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Maria Hill estava com ela.

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— O que seria da minha vida sem você? – O Homem de Ferro sorria, debochadamente e a loira revirava os olhos.

— Tony, o que conversamos sobre virar a noite trabalhando? E ainda por cima a base de energético? Onde vocês estão com a cabeça!? Precisam ter uma rotina normal como qualquer pessoa. – Era típico da Presidente das Indústrias Stark puxar a orelha da dupla.

— Esse é o problema, Pepper... Não somos normais. – Banner replicou, com um risinho maroto.

— Mas não era pra você estar aqui. Eu pedi pra que ela trouxesse os energéticos. – Tony apontava para Maria Hill.

— Não tenho como impedir que a Presidente venha junto, Stark. – A ex-agente da SHIELD retorquia, seriamente.

Ainda estava se acostumando com sua nova rotina de trabalho na Torre dos Vingadores.

Fazia mais de uma semana que a SHIELD colapsou. Fury e Romanoff saíram de em Washington, e Sam esperava Steve se recuperar.

— Eu não queria tocar nesse assunto, mas já que estamos só nos quatro aqui, tem algo que precisa ser esclarecido. – Pepper iniciava uma conversa num tom tenebroso, se dirigindo à Maria Hill.

— O que precisa ser esclarecido? – A ex-agente indagava. Sua feição se manteve circunspecta, como de costume.

— Eu recebi alguns e-mails inesperados há alguns dias, que mostravam detalhes do projeto Insight da SHIELD. – A loira não completou o raciocínio, esperando que Hill lhe respondesse.

— Muitos arquivos secretos da SHIELD foram vazados. É normal que tivesse acesso a eles também.

O semblante de Pepper era austero e Tony não entendia porque sua companheira estava falando sobre aquele assunto.

— O que há de errado? – O Homem de Ferro contestou, desconfiado.

— Eu quero saber porque o nome do Tony estava na lista com milhões de outros nomes que eram alvos no projeto Insight. Pode me esclarecer sobre isso, Hill? – A Presidente das Indústrias Stark contestava, em tom de intimação, como se a ex-agente da SHIELD lhe devesse explicações.

— Como deve saber, a HYDRA estava infiltrada dentro da SHIELD e não tínhamos ideia.

— Não tinham ideia? Mas vocês não são os maiores espiões do planeta? – Banner a interrompeu.

— Seu nome também estava lá, Bruce. – Pepper completou, expondo o que Tony e Banner não sabiam, pois a dupla se encontrava concentrada apenas na criação de novos projetos para a Torre dos Vingadores, mesmo com os noticiários bombardeando os cidadãos americanos sobre o ocorrido no Triskelion.

— Meu nome estava? Por que isso não me surpreende nem um pouco? – O cientista rebatia, um pouco irritado.

— O Fury foi contra, quando percebeu o que era o projeto Insight na prática. Por que acham que tentaram mata-lo? Alexander Pierce possuía um esquema indestrutível. Não fomos capazes de inviabilizá-los. Foi uma implosão. – Maria Hill contrapôs.

— Espera aí... Tá dizendo que se o Capitão não tivesse entrado lá e impedido que esse projeto se concretizasse, nesse exato momento Bruce e eu estaríamos mortos!? – Tony começava a perder a estribeiras, e Banner tocou seu ombro, sutilmente, no ímpeto de acalmá-lo.

A dupla se isolou na Torre, trabalhando diariamente, que nem sequer estavam a par de tudo o que havia acontecido.

Exceto pela morte de Nick Fury.

— Fury, Romanoff, Wilson, Rogers e eu conseguimos, aos quarenta e cinco do segundo tempo impedir que todos vocês fossem mortos. O conselho estava do nosso lado e a maior parte dos agentes também. Acha que se tivéssemos noção do que aconteceria, não teríamos evitado todo esse estrago? A SHIELD representava tudo para o Fury e-

— Dane-se o Fury... – Tony a interrompia, impaciente.

— O que importa agora é que a HYDRA foi dizimada e a SHIELD foi extinta. Por que acha que estou trabalhando com vocês agora?

— Me responda uma coisa, Hill... O Fury realmente está morto? – O Homem de Ferro indagava-a, pois desconfiava de que o ex-diretor da SHIELD havia pregado uma peça no governo americano e no mundo.

— Sim. – A ex-agente afirmou, com convicção, mas ainda assim...

Tony não conseguia acreditar nela.

— Seja como for, o que eu quero saber é como as coisas chegaram a esse ponto? Como não descobriram esse plano mirabolante que estava bem debaixo de seus narizes? – Pepper contestava, ainda desacreditada sobre todo o incidente.

— Pepper, para explicar tudo isso, teríamos que começar do princípio, de quando a SHIELD foi fundada pelo Howard, Peggy e o Coronel Phillips. Tem certeza que quer saber? – A ex-agente redarguia, esperando uma resposta dos três.

— Eu não quero saber como uma agência de espionagem se infiltrou em outra agência de espionagem. Vamos voltar pro trabalho, Bruce?

— Também não tenho saco pra ouvir sobre essas coisas... – O cientista acompanhou Tony, deixando as duas para trás.

— Eles não querem saber, mas eu quero. – A loira exigia, de modo sensato.

— Não há problemas em dizer, afinal, a SHIELD já era. – Maria Hill afirmava, totalmente convicta.

— E quando o Capitão sai do hospital? – Banner inquiria, curioso.

— Acho que essa semana. Quer que eu mande alguma mensagem pra ele?

— Sim... Precisamos que ele venha para Nova York e-

— Espera aí, Bruce! Você disse que ia entrar em contato só com o Thor por enquanto. – Tony interrompia, um pouco incomodado pelo fato de Banner mencionar Steve.

— Tony, ele também é um Vingador, esqueceu? E se não fosse por ele, nós estaríamos mortos! Devia ser grato ao Capitão por ter salvado a sua pele. – O cientista redarguia, intransigente.

— Não quero estar em dívida com o Rogers.

— Tony... – Pepper o chamava.

— Sim?

— Fica quietinho, fica. Vá trabalhar.

— É isso que eu queria fazer, mas você chegou aqui falando sobre esse lance da SHIELD e desses espiões. A culpa é sua! – O Homem de Ferro protestava, com ar de piadista, fazendo uma careta para a loira.

— Vamos pra outro lugar, Hill. Melhor deixarmos os rapazes trabalharem em paz.

A ex-agente esboçou um meio sorriso, enquanto acompanha Pepper para fora do laboratório.

Era estranho trabalhar para o Homem de Ferro... Ela sabia que não seria nada fácil esconder tantas coisas do seu novo patrão.

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Um dia se passou, desde que chegaram em Nova York, e na noite daquele dia, Darcy preparou tudo para que o soldado se sentisse confortável no período em que estivesse ali.

A garota comprou comida, roupas e livros, já que agora dividiria seu apartamento com ele.

Mesmo incomodado com o fato de que a estudante, sozinha, lhe proporcionasse tudo aquilo, o sargento apenas se concentrou nos livros e tudo o que ela deixava para ele ler.

A garota até tentou convencê-lo em ouvir algumas coisas e assistir documentários, mas disse a ela que iria devagar, se limitando apenas nos livros por enquanto.

Darcy arrumou um dos quartos em que ficaria hospedado.

Quando entrou, se surpreendeu.

O ambiente estava completamente arrumado, perfumado, coberto de livros nas mesas e prateleiras e o guarda roupa repleto de roupas, além de todos os itens que a mesma achou que ele precisaria, mesmo não sabendo para que servia.

Quando ela deu boa noite e encostou a porta do quarto, ainda estava um pouco admirado com tudo o que Darcy havia feito.

James trancou a porta naquela noite. De alguma forma, tinha medo de perder o controle e machucá-la. Ele não queria fazer mal algum para aquela que estava lhe tratando tão gentilmente e sendo compreensiva e hospitaleira, lhe dando todo o espaço e tempo que precisava ter, justamente naquele momento, onde se encontrava perdido sobre tudo.

Naquela mesma noite, a ouviu tomar banho e cantarolar várias músicas estranhas.

E depois que tudo ficou em silêncio, apenas supôs que ela já estivesse dormindo.

Então decidiu fazer o mesmo.

Embora não quisesse baixar a guarda, seus instintos lhe diziam que estava em local seguro, então, cederia, pois seu físico precisava.

Ainda se recuperava e depois de alguns dias, tiraria o fio de sutura de seu ombro machucado.

Sua recuperação se tornava acelerada quando descansava, então aquela noite tentaria dormir.

E assim aconteceu...

James Buchanan Barnes dormiu em lençóis macios de algodão e uma cama confortável… depois de décadas...

Não sabia o que era dormir tão bem desde antes da segunda guerra...

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Doze dias se passaram desde o incidente com SHIELD.

Darcy seguia a sua rotina normalmente, mesmo com James ali.

Ela corria de um lado para o outro todos os dias. Ia para o trabalho, para a biblioteca, para outros lugares com amigos e os outros estagiários de seu trabalho, marcava hangouts com os colegas da faculdade e toda quinta-feira viajava para Willowdale para assistir aula.

O soldado se limitava a sair do apartamento, dedicando-se apenas em ler tudo o que a garota lhe deixava.

Vez ou outra, ela lhe explicava algumas coisas práticas e o mesmo se esforçava para entender o máximo que podia.

Guardava as informações mais importantes, ainda que sua mente estivesse uma bagunça.

Era o suficiente para sobreviver. Ao menos era o que ele achava.

O dia-a-dia da garota era sempre agitado e repleto de coisas que não entendia.

Ela ligava o rádio e cantava junto com várias músicas estranhas que tocavam, sempre com um estilo grave e pesado. Mais tarde ele descobriu que o gênero musical que a mesma tanto ouvia se chamava “Rock”.

Ele também a observava trabalhando em seu computador e falando sobre coisas de trabalho com outras pessoas, além de conversas esquisitas com longas gargalhadas.

E por fim, reparava que a estudante assistia filmes comendo pipoca.

Foi assim por dias...

Sempre que Darcy voltava do trabalho, logo quando anoitecia, costumava deixar livros na mesa da sala.

Ele a evitava durante todo o dia, mas a estudante além de compreender o porquê, sempre o deixava à vontade e lhe poupava de perguntas.

Sempre aprontava a comida, porque sabia que o sargento teria dificuldades em fazer qualquer coisa na cozinha.

E ele se sentia desconfortável por ser tratado tão bem.

Foi quando decidiu que não daria mais trabalho a ela e naquele dia, acordou mais cedo, tentando não fazer barulho.

Faria seu próprio café da manhã.

Mesmo não entendendo direito como era a comida daquele século, Bucky não teve grandes obstáculos em se virar.

De certa forma, reaprender a viver, e ainda por cima numa sociedade moderna, era um tanto relaxante e terapêutico, no contexto de lidar com a tecnologia de aparelhos que tornavam seus dias mais fáceis.

Mesmo desatualizado e perdido, não havia nada que fosse impossível pra ele.

Seu café da manhã estava quase concluído, quando ouviu o barulho de uma porta.

Seus ombros ficaram tensos, sentindo os músculos contraídos.

Darcy passou pela sala e pegou seus fones de ouvido em cima da mesa de centro, mesmo percebendo que ele estava ali.

Bucky esperava que a garota dissesse alguma coisa, mas ela não disse.

Outro barulho e percebeu que Darcy entrou no banheiro. Então, viu que suas torradas estavam finalmente prontas, depois de o aparelho apitar.

O soldado já sabia manusear a maior parte dos eletrodomésticos e eletrônicos do apartamento, o que pouparia a estudante de fazer qualquer coisa por ele.

Enquanto delibava seu café e mordicava uma torrada, contemplou os primeiros raios solares daquela manhã entrarem pela janela da cozinha.

Quase três semanas fora da criogenia... Mais de onze dias da queda da SHIELD e da HYDRA...

Por mais que sua estadia ali fosse pacífica e aconchegante, sua mente já planejava uma futura fuga daquele lugar.

Não poderia ficar tempo demais em Nova York. A HYDRA ainda existia... em algum canto do planeta... e o governo e tantas outras instituições de inteligência viriam atrás dele... era só uma questão de tempo...

Comprometer a vida de Darcy não estava em seus planos. Então, teria de pensar em algo, sem que soubessem que ela esteve presente e foi responsável por sua fuga de Washington.

Concentrado em seus próprios pensamentos, o ruído da porta lhe tirou de sua reflexão.

Darcy saia do banheiro.

Seu cabelo estava molhado e ela os torcia com a toalha por baixo.

A garota às vezes falava sozinha e ele... achava aquilo bizarro...

A fragrância de seu novo xampu era agradável... Lembrava uma fruta...

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Maçã Verde...

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— Nove meses presa ao cordão umbilical, pra depois sair e ficar pelo resto da vida presa ao fio do carregador de celular! – Colocava seu telefone para carregar enquanto fazia uma piada de si mesma.

James tomava seu café da manhã um pouco tenso, pois sempre a evitava, para não ter que responder as perguntas nem um pouco convenientes, mas na maioria das vezes, a garota fingia que ele não estava ali e sabia que era porque ela o incomodava.

Ainda na cozinha, a movimentação de Darcy o importunava.

Falava com alguém ao telefone e não se preocupava nem um pouco de o mesmo estar ali, ouvindo sua conversa.

Você acha que pode me chamar pra sair em cima da hora!? Minha filha, eu preciso me preparar psicologicamente pra ter contato humano, não é assim do nada!— A garota respondia a pessoa do outro lado da linha.

E um tempo depois, rebatia de novo para a mesma pessoa ao telefone.

Quer um relacionamento saudável!? Namore um alface! Eu não quero saber de relacionamentos humanos! Quem sabe se você conhecer alguém de outra galáxia, aí você me apresenta!?— E as gargalhadas não paravam.

Pelo teor das conversas, julgava que Darcy precisava urgentemente de um psiquiatra. As coisas não pareciam bem dentro da cabecinha dela.

Mas depois de muito tempo ao telefone, a estudante passou a se arrumar.

Ela iria para o trabalho.

Nesse meio tempo, Bucky terminava um livro.

A forma pela qual seu corpo e sua mente se comportavam enquanto lia, lhe fez perceber que James Buchanan Barnes devia ter algum hábito de leitura, mesmo que mínimo, pois conseguia processar todas as informações com muita rapidez e maestria.

Basicamente, o livro que estava lendo atualmente, relatava todos os desastres naturais que aconteceram no planeta. Narrava também um pouco sobre a mídia, o jornalismo contemporâneo, retrospectiva de como a humanidade evoluiu no aspecto da medicina e tecnologia.

Por fim, os últimos capítulos mostravam como a sociedade de várias nações cresceram, do seu próprio jeito.

A globalização estava se expandindo. O multiculturalismo estava em alta na Europa e nos Estados Unidos, mas havia muita crítica por conta de estudos que mostravam que determinadas culturas acabariam com a soberania de um país.

Aquele século era bastante complexo. A diplomacia era a prioridade dos países de primeiro mundo, mas interesses obscuros reinavam nos bastidores e que não eram revelados para os cidadãos comuns.

Mesmo se esforçando para entender como o mundo era naquela época, muitas memórias desconexas surgiam a medida em que ia lendo e descobrindo muitos acontecimentos.

Havia fotos de pessoas naqueles livros que James tinha a impressão de conhecer, antes e depois de se tornar o Soldado Invernal.

Tantos acontecimentos em setenta anos, ainda eram enigmas. Mas estava disposto a descobrir o que tudo significava, com o tempo...

Ele precisava estar 100% atualizado, para finalmente traçar um plano e acabar com o resto da HYDRA, além de decidir se voltaria a assumir sua real identidade e encarar o mundo de novo…

Mas do nada, a voz de Darcy o tirava de sua concentração no livro.

— Bucky, estou indo pro trabalho. Eu fiz uma cópia da chave pra você já faz dias e você não disse nada... Pode sair se quiser, só não esqueça de trancar a porta. – Ela o olhou, da porta da sala e ele assentiu com a cabeça, sem responder nada.

Estava receoso sobre o que refletiu na mesa da cozinha.

— Bucky... Tá tudo bem...? Já faz dias que não nos falamos direito... – A garota o tirou de seus próprios devaneios, exprimindo uma feição de preocupação.

— Está tudo bem. Por quê? – Se limitou a dizer apenas o essencial, só para não a incomodar com seus problemas.

— Bem... eu não quis ser invasiva e te deixei à vontade todos esses dias. Foi por isso que não forcei um diálogo antes, mas... queria saber como você está e como andam as coisas na sua mente, já que agora você tem lido e se atualizado sobre tudo.

O silêncio os embalou por um tempo... Ele não sabia se devia contar a ela sobre seus planos de não permanecer em Nova York por muito tempo.

E tudo o que Darcy teve em resposta, foi o olhar azul do soldado, nublado...

Não era tão simples... Assim como o seu eu atual se encontrava no meio do Sargento Barnes e o Soldado Invernal, sua situação atual era extremamente polarizada...

Um misto de morte e vida... Asas libertas e grilhões...

— Você está bem mesmo? – Darcy insistiu, e sua voz, mais uma vez, lhe tirou de um frenesi.

Em consideração a garota, seria sincero.

— Depois que decidi fugir da HYDRA, você foi a primeira pessoa que me estendeu a mão e me tratou como um ser humano. Foi ingênua o suficiente para confiar e oferecer ajuda a mim. Se preocupou comigo, me hospedou em sua casa com a missão de fazer com que me recuperasse, mesmo sem saber como... – O soldado articulava, detalhadamente. Seu jeito de falar havia mudado nos últimos dias, de comandos concisos para algo mais humano.

Porém, suas expressões ainda eram um tanto sombrias e enigmáticas.

— Sim, mas por que está fazendo uma retrospectiva de tudo isso?

— Estou dizendo isso pra que você saiba que eu sou grato a sua gentileza e hospitalidade, mas...

— Mas...? – Darcy franziu o cenho, curiosa.

— Você sabe que a HYDRA, o governo e várias instituições de inteligência e espionagem estão atrás de mim, certo? Nova York não é o melhor lugar para estar. Sou um alvo e você também pode ser. – O sargento ponderava, seriamente.

— Bem... eu já imaginava, mas você notou algo estranho nos últimos dias pra estar me dizendo isso agora?

— Não se perguntou por que não tenho saído do apartamento?

— Por medo do mundo? – Ironizava, como de costume.

— Se descobrirem que estou em sua casa, isso vai ser péssimo pra você, e também tenho tentado estabilizar a minha mente de alguma forma, além de usar o tempo para me atualizar e aprender mais sobre o mundo moderno.

— Então você decidiu o que pretende fazer...?

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Preciso sair do país.

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Os olhos da garota alargaram. Bucky mal havia chegado e já teria de partir?

— Não existe outra forma? – O olhar dela o rodeou, confuso.

— Não... E você será a mais prejudicada se me manter em sua casa. – James replicava com muita convicção.

— Então... você vai embora...? – Sem perceber, a garota esboçou uma feição triste e o soldado não conseguiu entender.

A estudante se afeiçoou a ele?

— Sim, mas vou traçar um plano primeiro. Não posso continuar aqui e colocar a sua vida em risco. Sou um assassino e você é apenas uma cidadã comum.

— Você não é mais um assassino...

— Se for conveniente, continuarei sendo...

— Você vai continuar matando!?

— Apenas por defesa. – Ele completou a sentença. Não havia dúvidas em suas decisões. Teria de agir assim, para sua própria sobrevivência.

A garota estava alarmada depois de ouvi-lo dizer que continuaria sendo um assassino.

— Você vai embora e quer continuar sendo assassino!? Mas eu disse que te ajudaria daqui pra frente! Por que insistir nisso!? Até quando o seu passado vai controlar o seu futuro!? – Ela começava a perder a paciência. Se encontrava perplexa pelas recentes palavras dele.

— Isso é algo que só cabe a mim decidir. – Sua voz soou áspera e a estudante não soube lidar.

— Não consigo aceitar que você seja um assassino... não te considero um... pra mim, você é um ex-assassino. Deveria pensar o mesmo.

De certa forma, ele também pensava dessa forma, mas tinha certeza que se tivesse de lidar com a HYDRA, voltaria para o status de assassino novamente.

— Não é assim tão fácil... – Replicou, sem saber o que dizer a ela.

— Quando você vai partir...?

— Ainda não sei...

— E se eu descobrir uma forma de você ficar...?

— Essa possibilidade não existe.

— E se ela existir?

— Não existe, Darcy... Entenda... – Aquela era a segunda vez que ele chamava seu nome, só que dessa vez num tom severo. As palavras proferidas pelo sargento, causavam transtorno na estudante. Ela não queria que ele partisse.

A face da garota se desfez em aflição, e aquilo, acabava com o seu dia que estava apenas começando.

— Eu... preciso ir pro trabalho... queria continuar essa conversa, mas não posso, senão vou chegar atrasada. – O tom de sua voz soava consternado e ele sabia o porquê.

— Me desculpe tomar o seu tempo. – E então, o soldado se afastou.

Não entendia porque a garota mostrava tal conduta. Ela não teria motivos para ficar triste se ele partisse. Teria?

Mas antes que pudesse pensar sobre aquilo, James sentiu uma mão agarrando seu braço, forçando-o a se virar.

— Me diga uma coisa... você seria perigoso pra mim, no futuro? – A pergunta de Darcy o pegou desprevenido.

— Eu não sei, mas não faria nada de ruim enquanto estivesse consciente. Por quê? – Indagou-a, receoso.

— Por nada. Era só isso que eu precisava saber. – E então, um sorriso gentil brotou nos lábios dela.

Bucky ficou sem entender. O que Darcy queria dizer com aquilo?

— Agora eu vou indo. Eu deixei uma sobremesa pra você na geladeira. Dá uma conferida depois. Tchau! - O tom de sua voz era animado, mas a poucos segundos não.

O que ela estava aprontando afinal?

A garota bateu a porta do apartamento e saiu correndo.

James apenas tentava desvendar porque a mesma se importava tanto com ele.

O soldado suspirou, impaciente. Já estava habituado com a personalidade excêntrica de Darcy Lewis, mas não conseguia aceita-la.

Mas por ora, voltaria para a leitura inacabada do dia anterior.

Ele voltou para a poltrona que sempre costumava se acomodar quando ia ler, apenas para se concentrar agora nos novos jornais e revistas que Darcy deixou em cima da mesa.

Mesmo relutando um pouco em ler sobre política e sobre a segunda guerra, Bucky conseguiu comprrender tudo o que parecia ser pertinente sobre a humanidade, mas agora…

Sua leitura se voltou para o que antes, tentou fugir...

E passou horas descobrindo sobre acontecimentos terríveis do mundo...

.

O final da segunda guerra...

O suicídio de Hitler...

A morte do Presidente Roosevelt...

As bombas nucleares dos Estados Unidos em Hiroshima e Nagasaki...

A Alemanha Pós-Guerra...

A criação da ONU...

A cortina de ferro que Winston Churchill alertou ao mundo...

A expansão da União Soviética pela Europa oriental...

O plano Marshall...

O começo da Guerra Fria...

A corrida espacial...

A corrida armamentista...

A crise dos mísseis...

O vazamento nuclear em Chernobyl...

A queda do Muro de Berlim...

O fim da URSS...

.

Ler sobre todos aqueles acontecimentos, lhe traziam várias memórias horríveis como Soldado Invernal.

O rosto de muitas pessoas que ele não conhecia...

Pessoas... Homens e mulheres...

.

E ele se lembrou que matou todas elas...

.

Quantas pessoas normais, mas que carregavam segredos horripilantes e ameaçadores, alvos da HYDRA ele matou...? Quantas eram...? Quinze...? Vinte...?

Sua visão começou a girar e ele deixou o jornal que segurava cair no chão...

Passou a ouvir ruídos...

Aquela sensação horrível de quando estava no laboratório...

O efeito das lavagens cerebrais, prosseguia gradativamente...

O sussurro incerto e triste de cada segundo... O medidor do tempo que avançava sentido contrário... O ponteiro de um relógio que retrocedia, levando-o para a pior época de sua vida... Seu passado sombrio como Soldado da HYDRA...

Foi nesse momento que ele desejou o fundo... O abismo...

Pois quando se olhava demasiado tempo para o fundo do abismo, ele também nos observava de lá...

Não sabia se, descobrir sobre como o mundo estava, iria servir de defesa, ou se no fim, seria a ameaça que o levaria à morte...

Sua respiração fluía em suspiros profundos, e seu seu peito arfava fortemente...

Seu corpo estava reagindo ao abalo psicológico e emocional e James passou a sentir fortes dores no local onde seu braço esquerdo costumava estar...

Sua voz não funcionava, e embora tentasse gritar, a dor se intensificava a um ponto antes de desaparecer completamente...

Era intensamente pulsante...

Seus olhos se fecharam novamente e ele tentou retornar à sua condição anterior, que se encontrava calma e tranquila... O centro entre James Buchanan Barnes e o Soldado Invernal...

Formas escuras cintilavam através de sua visão... Ele movia as suas pálpebras pesadamente e lentamente... Seu cérebro tentava fazer com que a realidade à sua volta fizesse sentido, mas Bucky estava perdido e não entendia o que acontecia... Algo estava retardando seus sentidos e reflexos...

Ele tentou se mover, mas foi em vão... Seus braços e pernas não queriam obedecê-lo...

Então, tentou lentamente andar... E mesmo com a visão turva e embaçada, caminhou para a porta... Abrindo-a com muita dificuldade...

Queria sair dali, pois aquele ambiente fechado, lembrava o maldito laboratório em que ficou preso... E as zonas onde ele era treinado...

As memórias sangrentas...

As pessoas que matou como experiência da sua super força...

As pessoas que matou nos campos de concentração da URSS para treinar sua mira e se transformar num atirador de elite nível máximo...

James descia as escadas enquanto sua mente era inundada por memórias que não queria recordar...

Estava a um passo de despertar aquele em que o mesmo gostaria de deletar totalmente de sua vida...

O Soldado Invernal...


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Notas finais do capítulo

Quem será que ligou pra Darcy e ficou em silêncio?? Mis-té-rio, muahahahaha, não gente não é o mystério do Homem Aranha não, tá? =D
Coitadinho do nosso soldado. No próximo capítulo, ele estará lutando intensamente contra seus traumas e a doida da Darcy estará para fazer o que pode e não pode por ele. No que vai dar? Continuem acompanhando!
Semana que vem tem a estreia da Capitã Marvel no cinema e vou coletar várias referências para colocá-la fanfic de alguma forma. Estejam na torcida pra que saia algo legal :D
Deixe seu comentário. É importante para a continuação da fanfic.
Até o próximo.



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