A Bela e o Morcego escrita por Valdir Júnior


Capítulo 4
Batalha na Torre




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Batman saiu lentamente das sombras, continuando a encarar "Big Lou". O gangster o olhou com um ar cansado, dizendo:

— De novo tenho o desprazer de receber uma visita sua, morcego. O que você quer desta vez?

Batman falou com firmeza:

— Tenho certeza de que você sabe o motivo de eu estar aqui, Maroni. Um dos seus associados foi brutalmente assassinado esta noite, e eu quero saber o motivo.

— Não sei do que você está falando. Mas mesmo que soubesse, você é a última pessoa para quem eu diria alguma coisa.

Batman o encarou de modo duro, caminhando em sua direção.

— Preciso de algumas respostas, Maroni.

— Não vou responder nada para você, maldito! Quem sabe você queira conversar com eles!

As portas que se encontravam nos dois lados do escritório se abriram, e por elas entraram seis capangas fortes como touros, que cercaram o homem morcego, olhando-o sem disfarçar o ódio. Dois deles estavam armados com pistolas automáticas e outros três com grossos bastões de madeira de mais de um metro. O último tinha um soco-inglês.

Maroni deu um sorriso de prazer e apontou para Batman com desprezo:

— Acabem com esta aberração e joguem o que sobrar pela janela!

O que aconteceu em seguida foi tão rápido quanto brutal.

O capanga que estava mais próximo do homem-morcego tentou acertá-lo com o bastão, girando-o como se fosse uma espada. Batman aparou o golpe, e usando o próprio movimento do atacante, o puxou para perto, acertando seu rosto com um violento golpe de cotovelo. Alguns dentes foram arremessados para fora da boca, outros foram parar no estômago do sujeito, que caiu de costas, desacordado.  Outro também tentou acertá-lo com seu bastão, golpeando de cima para baixo, como uma clava. Batman nem se preocupou em aparar o golpe. Deu um passo para o lado e quando o homem passou no vazio, deu-lhe um potente soco atrás da cabeça, que o jogou de cara contra a parede, de onde escorregou até o chão, ficando imóvel. Um dos capangas que estava com a pistola sacou sua arma, mas antes que pudesse atirar, foi alcançado pelo homem-morcego, que segurou com uma das mãos seu pulso para cima, para que não pudesse disparar e com a outra segurou seu cotovelo, torcendo-o para trás. As juntas do braço do marginal se deslocaram do lugar, e ele caiu, urrando de dor, inutilizado para qualquer luta. O cara com o soco-inglês, o maior deles, avançou, tentando acertar Batman no rosto, mas ele se defendeu com o antebraço esquerdo, que estava protegido pela armadura, enquanto com a mão direita aplicava um soco entre os olhos do infeliz que, cambaleando, bateu de costas contra a porta e voltou, recebendo outro soco na boca, que o derrubou de vez.  O terceiro capanga com um bastão aproveitou-se de que o homem-morcego estava de costas para ele e aplicou um golpe brutal em sua cabeça. O capuz blindado amorteceu a maior parte o impacto, mas apesar disso Batman caiu de joelhos, meio tonto. O sujeito preparou outro golpe, para derrubá-lo de vez, mas não teve tempo. Jogando uma das pernas para trás, o mascarado passou-lhe uma rasteira, fazendo-o cair de costas. Num salto, o homem-morcego se levantou e girando, deu-lhe um chute seco no queixo, apagando o homem.

Foi quando ele ouviu o primeiro tiro. A bala passou raspando o alto da sua cabeça, arrancando uma das orelhas do seu capuz. Batman pulou para trás da grande mesa do escritório de Maroni, enquanto outros tiros explodiam a sua volta, numa confusão de lascas de madeira, carpete e vidro. Atrás da mesa, enquanto os tiros continuavam, ele começou a avaliar as opções que tinha para sair desta situação. E quando tirava de um compartimento do seu cinto uma pequena granada de atordoamento, ouviu o barulho de vidro quebrando e de madeira se partindo e os tiros cessaram repentinamente. E antes que pudesse olhar o que estava acontecendo, também ouviu uma voz feminina, já conhecida, dizer com certa ironia:

— Poxa Batman, você bem que podia ter me convidado para a festa!

 


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