Guerreiras escrita por Valdir Júnior


Capítulo 3
Tensão no Aeroporto




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Há pouco mais de dois meses Diana estava desembarcando no Aeroporto Internacional de Los Angeles, vindo de reuniões com alguns senadores em Washington, visando dar início ao processo de abertura de relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a Ilha Themyscira (1). Ela detestava estes encontros, mas eram inevitáveis, principalmente por sua posição como princesa herdeira do trono e, portanto, representante oficial de sua nação.

Estava se sentindo um pouco cansada depois da longa viagem de avião, e ansiosa para chegar ao pequeno apartamento que havia comprado na Ocean Avenue, no bairro de Santa Mônica, onde podia tomar um banho, fazer um lanche e relaxar, assistindo na TV a algumas reprises de séries antigas, de que ela gostava tanto. Podia ter chegado mais rápido se viesse voando por conta própria, mas não queria chamar muito a atenção sobre si mesma por  enquanto.  Ela  havia  percebido  o  quanto  as  pessoas  se sentiam desconfortáveis com aqueles que tinham capacidades superiores. E ainda não se acostumara, mesmo depois de tanto tempo, com esta história de “Mulher-Maravilha”. Por esta mesma razão resolveu ir do aeroporto até a sua casa de automóvel. Afinal isso levaria apenas cerca de 20 minutos e ela gostava de dirigir.

Diana colocou sua bagagem, sua armadura, sua espada e o laço dourado no porta-malas apertado do BMW Mine Cooper que havia alugado. Seu escudo, porém, já não coube no pouco espaço que havia sobrado, e assim ela iria levá-lo a seu lado, apoiado no banco de passageiros.

Quando se preparava para entrar no automóvel e sair do estacionamento, ela ouviu o que parecia ser o ruído abafado de turbinas. Apesar de saber que este ruído era comum em aeroportos, estranhou ele estar vindo de muito perto. Foi quando viu o veículo, flutuando a poucos metros do chão, vindo da Lincoln Boulevard. Ele se parecia com um blindado militar, mas que tinha quatro turbo-hélices no lugar onde deviam estar as rodas e era de uma cor grafite escuro. Depois de fazer uma manobra circular sobre os carros do estacionamento, a poucos metros de onde Diana estava, pousou bem em frente à entrada do hall principal do Terminal Um. E assim que tocou o solo, portas tipo asa de gaivota se abriram dos dois lados do veículo e dele desembarcaram quatros homens, portando armas que pareciam rifles curtos, de um tipo que ela nunca havia visto. Todos usavam um uniforme cinza e um capacete com viseira escura, que escondia seus rostos. Eles entraram rapidamente no prédio e se espalharam pela área do terminal. Após alguns segundos, ouviram-se vários tiros e gritos vindos do edifício.

 Diana tinha de descobrir o que estava acontecendo. Foi o porta-malas do seu automóvel e tirou de lá a sua espada. Da sua armadura, pegou apenas o cinto com o laço dourado. Como já estava com seus braceletes e seu escudo, tinha tudo o que precisava.

Alguns passageiros, uma família de quatro pessoas e um jovem casal, que haviam saído do prédio do aeroporto, também estavam chegando ao estacionamento quando começaram os disparos. Todos se apressaram para alcançar seus automóveis e olharam assustados para aquela mulher, que vinha em sua direção com uma espada e um escudo nas mãos. Para tranqüilizá-los, Diana transferiu as armas para a posição às suas costas, antes de se aproximar mais deles.

Quando chegou perto do grupo, ela pediu calmamente:

— Por favor, saiam com cuidado da área do aeroporto e assim que puderem liguem para a polícia contando o que está acontecendo.

Após ver os veículos partirem e assegurando-se de estava sozinha, a Mulher-Maravilha saltou para o céu, voando em direção do terminal de passageiros, já preocupada com o que poderia ter de enfrentar por lá.

*  *  *

Diana flutuou em direção ao prédio, descrevendo um grande arco, para ter a certeza de que não seria vista. Avistando uma janela que parecia destrancada em uma das salas do segundo andar, ela aproximou e, vendo que a sala estava vazia, entrou. Foi cautelosamente até a porta e abriu apenas o suficiente para observar em torno. Como não havia ninguém por perto, saiu abaixada e foi até o guarda-corpo localizado em frente à sala e de lá pode observar claramente o que estava acontecendo na área de recepção e checagem do terminal. A situação era mais delicada e perigosa do que ela havia imaginado.

Os quatro homens haviam fechado todas as entradas e saídas do prédio, deixando-o isolado tanto da área de estacionamento quanto da área de embarque e desembarque e dos outros terminais. Todos os passageiros que lá estavam foram reunidos no centro do edifício, nas cadeiras da área de espera, sob a mira das armas. Diana pôde ver os corpos de seguranças e funcionários, que provavelmente foram mortos ao tentarem reagir quando eles entraram. O silêncio era completo, com exceção do choro abafado de algumas mulheres e crianças.

Um dos homens saltou para cima de um dos balcões de “check-in”, tirou o capacete, de modo a ser visto por todos, e falou de modo ameaçador:

— Nós somos a União Nacionalista Americana! (2) Estamos aqui para afirmar que este governo ridículo não nos representa! (3) Os verdadeiros americanos, homens e mulheres brancos, que fundaram esta nação não vão mais admitir serem dirigidos por negros, latinos ou minorias fracas e oportunistas, que enfraquecem a nossa economia e nossa cultura. E não queremos mais receber em nossa terra pessoas vindas de países marginais onde nascem párias e terroristas todos os dias!

Olhando com satisfação para os assustados rostos daqueles que o ouviam, continuou:

— Acreditamos que o nosso país deve ser libertado de todos aqueles que não podem nem merecem viver nele e que estão no caminho da construção da grande e real pátria americana. E para mostrar a seriedade de nossos propósitos, vamos fazer agora uma demonstração, para que não reste nenhuma dúvida.

A um sinal dele, os três homens se aproximaram dos passageiros sentados e, sob a mira das armas e de forma truculenta, começaram a escolher e retirar de lá algumas pessoas, que foram sendo empurradas e levadas em direção à parede perto dos balcões. Quando terminaram, estavam reunidos doze passageiros: quatro jovens negros, dois rapazes e duas moças, que pareciam ser estudantes em férias, um casal de latinos de meia idade com seu filho adolescente, um jovem casal de traços orientais e um senhor de idade, com a Guthra (4) árabe na cabeça, acompanhado de duas moças chorosas, que vestiam véus islâmicos cobrindo os cabelos e o pescoço.

Sem dizer uma palavra, após alinharem o grupo de pessoas contra a parede, os homens se afastaram alguns passos para trás e apontaram suas armas.

“Deusas, é um pelotão de fuzilamento!” pensou Diana, assustada. Não haveria tempo para planejar nada. Ela teria que agir imediatamente.

Vendo que os homens se posicionavam para atirar, a Mulher-Maravilha saltou o guarda-corpo e se precipitou num vôo rasante na direção das pessoas que estavam contra a parede. Quando os tiros começaram, ela já estava parada em frente ao grupo, protegendo-os com seu escudo e os braceletes. Sua ação foi tão rápida que os atiradores só perceberam que  não  haviam  acertado ninguém quando já haviam disparado vários tiros, e sua surpresa fez com que parassem de atirar por alguns momentos. E Diana se aproveitou bem desta pausa.

Segurando seu escudo pela lateral, ela o arremessou na direção do sujeito que estava mais a sua esquerda, atingindo-o violentamente no peito e atirando-o desacordado sobre um carrinho de bagagens que estava próximo. Antes que ele chegasse ao chão, ela já estava correndo de encontro ao segundo homem que estava no centro do grupo, acertando o com seu antebraço e o bracelete o alto da sua cabeça, de cima para baixo, rachando seu capacete e fazendo com que caísse para frente, completamente fora de ação.  O terceiro homem, próximo a ela, tentou reagir atirando, mas Diana na permitiu. Quando o sujeito se preparava para disparar, ela saiu da linha de tiro, segurou o rifle pelo cano com a mão esquerda, agarrou seu pulso com a mão direita e torceu com firmeza. Todas as juntas do braço dele se deslocaram e ele desabou no chão, gritando de dor. Diana jogou longe a arma, que havia ficado na sua mão. O quarto homem, no entanto, que estava em cima do balcão de “check-in”, havia tido tempo de empunhar a sua arma e já atirava em direção à princesa amazona.

Quando os tiros começaram a zunir a sua volta, passando perigosamente perto, a Mulher-Maravilha saltou e rolou para longe das pessoas que estavam nos bancos, próximas a ela, para evitar que alguém se ferisse. Um estilhaço de ladrilho arrancado pelas balas acertou seu ombro esquerdo, fazendo um corte largo. Diana voltou a ficar de pé e conseguiu afastar mais alguns tiros com os seus braceletes. De repente, os disparos cessaram. A arma dele havia ficado sem munição. Era a oportunidade que ela estava precisando.

Antes que ele pudesse ter a chance de fazer qualquer coisa, a princesa amazona correu na direção do balcão onde o homem estava. Este, ao ver Diana se aproximar, sabendo que estava desarmado, saltou para o chão, e também correu na direção dela para enfrentá-la. Ele era grande, forte e achou que podia cuidar de uma mulher com facilidade, mesmo que ela parecesse ser muito especial. Quando eles se aproximaram um do outro, o homem atirou um potente soco na direção do rosto de Diana, esperando que ela tentasse se desviar, para colocá-lo em vantagem na luta.  Mas, para sua surpresa, a princesa parou e simplesmente segurou o seu punho, aparando o golpe. E quando a amazona fechou os dedos, ele teve a sensação de que sua mão estava sendo esmagada. Seus ossos estalaram e ele caiu de joelhos aos pés da mulher, sem conseguir fazer mais nada. Dois olhos azuis furiosos o encararam.

— Onde vocês conseguiram estas armas e equipamentos? Quem os mandou aqui? – Perguntou Diana.

Mesmo sentindo muita dor e não conseguindo soltar a sua mão do aperto de aço da Mulher-Maravilha, o ele conseguiu murmurar:

— Não tenho que responder a nenhuma de suas perguntas, aberração!

Sorrindo, Diana disse:

— Mas você vai responder, quer queira ou não.

Soltando a mão do sujeito, que continuou inerte ajoelhado, a princesa tirou o laço dourado do cinto e passou por sobre os ombros do homem, apertando e segurando com firmeza. Assim que o laço se fechou, começou a brilhar levemente.

— Agora, responda as minhas perguntas.

O homem a olhou diretamente. Os lábios dele tremeram, como se ainda resistissem a responder. Por fim, como se fizesse muito esforço, começou a falar:

— Este equipamento pertence à L...xco...

Ele, porém, não conseguiu terminar a resposta. Parecendo sentir muita dor levou as mãos à cabeça e, em seguida, desabou no chão, convulsionando. Seus olhos se reviraram e ele abriu a boca como se fosse gritar. Mas depois alguns segundos, se aquietou.

Diana abaixou-se e tocou de leve o pescoço do homem. Não sentiu a pulsação. Ele estava morto.

*  *  *

O tenente Dan Turpin olhou a sua volta com raiva. “Que zorra!” murmurou, vendo várias viaturas da polícia metropolitana de Los Angeles, da sua Unidade de Crimes Especiais (5) e até do FBI espalhados para área externa do aeroporto e estacionadas em frente do salão principal. “O que diabos que aconteceu aqui?”, se perguntou amargurado.

Já fazia muito tempo que não acontecia nada tão grave que fizesse a UCE ser convocada para investigar um crime em outra cidade. Mas um ataque paramilitar a um aeroporto internacional de uma grande metrópole era uma coisa bem séria.

Turpin estava surpreso com o pequeno número de vítimas fatais, a maioria funcionários do aeroporto. Alguns passageiros sofreram pequenos cortes e concussões e já estavam sendo tratados pelos paramédicos. Os homens que atacaram o terminal, porém, pareciam ter sido atropelados por um trator. Tudo isso cortesia da Mulher-Maravilha.

Após acompanhar o último dos marginais ser levado para uma ambulância, escoltado pela polícia e voltar para dentro do terminal, o tenente viu Diana, que caminhava em sua direção. Ela estava com roupas comuns, esfarrapadas e sujas, mas os braceletes, o escudo, a espada e o laço eram inconfundíveis. Seu ombro esquerdo estava sangrando um pouco.

— Olá tenente Turpin – disse Diana ao aproximar – é bom vê-lo de novo.

— Obrigado princesa – respondeu Turpin. E apontou para o ombro dela, que sangrava – não é bom você cuidar desse ferimento?

Diana olhou rapidamente para o ombro e, mexendo o braço um pouco, respondeu:

— Isto pode esperar – e olhando a sua volta, perguntou – descobriram alguma coisa?

— Nada de muito concreto. Os três sujeitos que você “amaciou” não sabem de nada, ficam apenas repetindo sobre o valor da causa deles e a importância da missão, mas são apenas soldados seguindo ordens.

— Mas a tecnologia de que eles dispunham é muito superior a tudo que estes grupos radicais já haviam usado – disse a princesa amazona, preocupada – tentei obter informações do líder deles, mas assim que ela começou a falar, sofreu uma espécie de convulsão e morreu. Só consegui tentar dizer uma palavra: “L...xco”.

— O médico que o examinou descartou envenenamento. Parece que ele morreu porque todo o seu sistema nervoso entrou em colapso. Ele teve morte cerebral quase instantânea. O doutor localizou um chip eletrônico implantado na base do crânio. Mas o que ele tentou dizer deixa poucas dúvidas – o tenente suspirou antes de completar - LexCorp.

Antes que a Mulher-Maravilha pudesse dizer mais alguma coisa, um homem de terno entrou no terminal e se encaminhou na direção deles. Estava acompanhado por dois outros homens, que vestiam trajes e portavam armas muito parecidos com os daqueles que atacaram o aeroporto, porém com a logomarca da LexCorp em destaque no peito, ombros e capacetes, acima das viseiras.

Ao se aproximar, ele se dirigiu diretamente ao tenente Turpin, ignorando Diana completamente.

— O senhor é o encarregado desta operação?

— Pode-se dizer que sou o faxineiro que vai tentar limpar a bagunça – e apontando Diana com o polegar – A ação verdadeira ficou por conta desta mocinha aí.

O homem mal olhou para Diana antes de prosseguir.

— Meu nome Mark Swanson e sou o chefe da segurança e contra-espionagem industrial da LexCorp. Estou aqui para requerer que os nossos equipamentos nos sejam devolvidos.

— Ei, calma aí cara! – disse Turpin, exasperado – Estes “bagulhos” foram usados para cometer crimes sérios. O envolvimento da sua empresa será investigado. Até lá eles são provas e ficam conosco.

Abrindo uma pasta e tirando de lá alguns papéis, o Sr. Swanson os entregou ao tenente.

— Como pode ver tenente, esta é a lista de todos os equipamentos que foram roubados do nosso depósito central a cerca de três meses. Este roubo foi mantido em segredo porque muitos itens levados faziam parte do lote que estávamos para fornecer às forças armadas dos Estados Unidos, e por isso o Pentágono (6) exigiu discrição nas investigações, para não alarmar a população. – Apontado para os papéis na mão do tenente, continuou - E aí o senhor também tem uma ordem assinada por dois juízes da suprema corte, sob a lei de segurança nacional, ordenando que tudo o que foi roubado nos seja entregue Imediatamente.

O tenente Turpin, ao ler os papéis, ficou vermelho, abriu e fechou a boca algumas vezes, resmungou em outras e por fim devolveu-os ao Sr Swanson.

— Muito bem, recolham a “tralha” – e quando Swanson já se afastava, disse – mas isso não termina aqui.

O homem nem se preocupou em responder. Já estava dando ordens aos agentes da LexCorp para que tudo fosse desmontado, recolhido, embalado e levado aos caminhões que a empresa havia trazido.

A Mulher-Maravilha, porém, vendo o homem se afastar, não estava nada satisfeita com o modo como a situação foi encerrada. Olhando em volta, para todas as pessoas que se encontravam assustadas e feridas, prometeu a si mesma que haveria de usar todos os seus recursos e capacidades para esclarecer os verdadeiros motivos de tudo o que ocorrera ali e punir os responsáveis por tantas mortes e sofrimentos.



Referências do Capítulo:

(1) Themyscira é uma ilha-nação ficcional no Universo DC que é o local de origem da Mulher-Maravilha, sua mãe Hipólita e suas irmãs amazonas. Conhecida como Ilha Paraíso desde a primeira aparição no All Star Comics #8 (Dezembro de 1941), foi renomeada de "Themyscira" com o relançamento dos personagens em Fevereiro de 1987 na revista Mulher Maravilha (vol. 2) #1. A ilha foi nomeada em referência à cidade mitológica de Temiscira, a capital da tribo das amazonas na mitologia grega.

 (2) A União Nacionalista Americana (American Nationalist Union, em inglês) é uma organização fictícia (criada para esta fan-fic) que tem suas bases na ideologia política de vários grupos americanos que realmente existem. Ela defende uma definição racial de identidade nacional para os brancos, a implantação de uma cultura primordialmente americana (em oposição ao multiculturalismo), o combate radical à imigração, principalmente de latinos e muçulmanos e a oposição ferrenha a ação dos chamados “meta-humanos”.

(3) Estes acontecimentos ocorrem ainda no governo de Barack Obama.

(4) Guthra é o tradicional lenço usado pelo Árabes. De formato quadrado e feito em algodão, ele é dobrado como um triângulo e colocado sobre a cabeça com a dobra na parte da frente e fixado com uma corda de lã chamada Igal.

(5) A Unidade de Crimes Especiais surgiu como uma agência fictícia ligada ao Departamento de Polícia de Metropolis. Conhecida informalmente como UCE, esta força-tarefa especializou-se em resolver questões criminais que de outra forma seriam consideradas demasiado extremas para o policial médio lidar. A unidade passou a ser chamada para dar assistência e apoio à policia locais de várias cidades em casos que envolvessem meta humanos.

(6) O Pentágono é a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, localizado no condado de Arlington, Virgínia, através do rio Potomac, em Washington, DC. Como um símbolo das Forças Armadas dos EUA, o Pentágono é freqüentemente utilizado metonimicamente para se referir ao Departamento de Defesa.

 


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