A Agenda escrita por Daniela Lopes


Capítulo 12
Capítulo 12- Conhecendo


Notas iniciais do capítulo

A aproximação de Suga e Lee-na acontece, mas ainda precisam entender o que estavam sentindo.



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Suga arrumou-se cedo e seguiu com os amigos para a empresa. Estava calmo e silencioso e os BTS o observavam, mas evitaram comentar sobre o dia anterior. Ao passarem pelo corredor, Suga não esperava ver Lee-na na sala do manager, mas lá estava ela, concentrada em alguma tarefa no computador. Os cantores acenaram para ela e seguiram, exceto Yoongi, que ficou parado à porta e esperou. Como ela não olhou de volta, ele pigarreou:

—Você tem um minuto?

         Ela voltou-se para o BTS e ele falou:

—Ontem à noite... Eu falei sério.

         Ela se levantou da mesa e passou por ele, seguindo para o elevador. Suga a acompanhou e ficaram ambos em silêncio até chegarem ao último andar do prédio, depois um patamar da escada de incêndio e de lá o terraço. Ela seguiu até o parapeito e olhou a cidade, que recebia o calor do Sol gradualmente. Ela virou o rosto para ele:

— O que vai acontecer daqui pra frente?

         Ele balança a cabeça:

—Não sei. Depende do que você deseja... Eu desejo...

—Simples assim?

—É...

         Ele aproximou-se e tocou o cabelo dela. Lee-na encolheu os ombros, mas Suga não se incomodou. Abraçou-a sem avisar, trazendo a jovem para junto de si:

—Lee-na...

         Ela relaxou o corpo e apoiou a cabeça no peito dele, que riu e afagou as costas dela. Ela era menor que Jimin, esbelta e perfumada. Ele falou:

—Aceita meu convite?

—E seus amigos?

—Eles sabiam todo o tempo.

         Ela sorri e envolve a cintura dele com seus braços suaves. De repente tudo pelo que passaram foi preciso para que chegassem a esse momento. Suga beija a testa da moça:

—Nós... Temos que voltar agora?

—Sim... Você ainda é o BTS Suga e eu sou a estagiária Kyun Lee-na. De volta ao mundo real...

         Então ele busca os lábios dela, que se inclina na direção dele. Ao se afastarem, ele observa o rosto dela, os olhos ainda fechados, as faces coradas e sente o coração apertado de uma nova emoção:

—Vamos sair hoje!

—Não posso chegar tarde a casa...

—Prometo te levar sã e salva... Eu prometo!

         Ela sorri e isso faz com que ele sorria também. De mãos dadas, retornam ao elevador e enquanto desciam, Suga eclipsou-a num canto, para outro beijo. Ela o deteve com as mãos e falou:

—Yoongi! As câmeras!

         Ele exclama:

—Ah, droga!

         Se afasta e coloca os braços para trás, comportado. Já no corredor, ele a acompanha até a sala do manager e volta para o salão de prática, onde os amigos o esperavam para os exercícios de rotina. Estava bem humorado e fez molecagens até a hora do almoço. Jungkook se aproximou de Namjoon e V e falou:

—O que aconteceu ontem à tarde, depois da apresentação?

—Suga ainda vai conversar conosco. Só posso adiantar que era o esperado e temos que apoiar nosso amigo, ok? É importante pra ele.

         Suga olhou para o celular. Eram 17h e 30 e ele saiu do salão, indo para a sala do manager, encontrando Lee-na registrando alguns documentos no computador. Quando o vê na porta, acena e sorri:

—Estou terminando...

         Ele ergue o polegar e vai para a copa. Bebe água e espera, pensativo. Nesse tempo, Lee-na terminou o trabalho, desligou o computador e pegou a bolsa, saindo para o corredor e ao passar pela copa, Suga chamou-a:

—Oh, Lee-na!

         Ela se aproxima:

—Estou pronta.

         Ele olhou de um lado para outro e se aproximou, beijando-a no rosto, rapidamente. Ela recuou:

—Ei! Se eu for suspensa por causa disso, vou...

—Não vai... Eu defendo você!

—Certo. Vamos então?

         Lado a lado no elevador que descia, ficaram em silêncio e então começaram a rir. Poucos segundos antes, o manager Sejin os viu andando juntos e fez uma cara de quem não entendeu nada, erguendo uma sobrancelha e indo para sua sala.

         Sejin chamou Jin e Namjoon e perguntou:

—Há algo que eu deva saber? Que queiram me contar?

         Jin olha o líder BTS e fala:

—Eh... Suga e Lee-na estão... Se aproximando...

—Namorando?

—Ainda não.

—Certo. Desde quando?

—Desde sempre e ontem!

—Como é?

Jin ergue os ombros:

—Acho que... Desde o primeiro contato.

         Sejin balança a cabeça:

—Já conversaram sobre isso como grupo?

—Vamos conversar.

—Ok. Espero que isso não venha a ser um problema. Podem ir...

         Os BTS sorriem e saem dali, voltando para a companhia dos outros amigos e JHope pergunta:

—Suga não vai vir conosco?

—Vamos pra casa. Mais tarde conversaremos!

         Suga e Lee-na caminhavam pela rua. Ele estava oculto pelo boné, óculos e máscara, além do casaco com capuz e jeans escuro, contrastando com sua pele muito branca. Estavam calados desde que saíram da BigHit e quando estavam dois quarteirões de distância, ele propôs:

—Que tal irmos a um parque de diversões?

—É uma ideia.

—Vamos tomar um táxi. Conheço um parque legal não muito longe do centro.

         Pouco depois, estão a caminho e dentro do veículo, ele toma a mão dela, entrelaçando os dedos, segurando-a gentilmente. Ele fala sem olhar para a estagiária:

—Sua mão está fria...

         Ela concorda:

—Deixei minhas luvas de lã em casa e...

Sem esperar, ela o vê buscar a outra mão entre as suas e soprá-las, aquecendo-as. Era uma ação tão íntima que desconcertou a jovem. Quando chegaram ao endereço do parque, entraram e seguiram para os guichês de ingressos. Suga comprou uma cartela e mostrou a ela:

—Aonde vamos primeiro?

—Trem fantasma!

         Ele ri:

—Sério?

         Ela ri e o segue até o brinquedo, moderno e realmente assustador. No carrinho em que se acomodaram, Lee-na tomou pequenos sustos, enquanto o BTS se esforçava em ficar firme perto dela. Houve um momento em que a estagiária se assustou mais com o barulho do que com o monstro e segurou Suga pelo braço, então ele segurou-a pelos ombros com firmeza, demonstrando que ele estava ali, ao lado dela.

         Eles foram a mais dois brinquedos divertidos e Lee-na sugeriu a roda gigante. Subiram no brinquedo e se sentaram para apreciarem a vista que pouco a pouco se apresentou a eles com o movimento. A noite tomava o céu da cidade e as luzes dos prédios ao longe lembravam um mar de estrelas.

         Suga iniciou uma conversa informal, falando de coisas do cotidiano e ela ficou um pouco mais à vontade. Então ele começou a falar das novas canções que estava escrevendo e dos novos sons que desenvolveu em seu equipamento do estúdio. Falou da próxima turnê que o grupo faria em breve e estavam muito empolgados com aquele novo trabalho. Ela ouvia tudo atentamente, sentindo a energia que ele depositava em seus projetos. Ele percebe o olhar dela e diz:

—Estou... Falando muito, não?

         Ela sorri:

—É legal ver alguém falar de seu trabalho com tanta paixão...

         Suga olha o horizonte azul cobalto e respira o ar frio da noite:

—Foram muitos anos pra chegarmos onde estamos agora...

         A roda gigante completou uma volta e subiu novamente. Lee-na balançava os pés:

—Imagino do quanto precisaram abrir mão, mas acho que tudo na vida precisa de um sacrifício, não? Nossas escolhas, no fim das contas, nos exigem um preço a pagar.

         Suga concorda. Lee-na tinha a mente madura, apesar de ser tão jovem quanto ele. Olhou para ela e disse:

—Eu... Forcei a barra para você vir comigo?

—Não. Teria que usar a força física ou tortura psicológica para convencer uma pessoa a fazer o que não quer.

         Ele ri e exclama:

—Oh! Certo!

         Ela ri e ele baixa o olhar:

—Naquela noite, na rua do restaurante em que trabalhou... Como se sentiu? Eram dois homens contra você...

         Ela suspira:

—Eu estava em pânico, mas o medo cedeu lugar à raiva... Eles não tinham motivo pra fazer aquilo, mas não se detiveram quando pedi para pararem. Então vi as garrafas de cerveja... Não tive dúvidas sobre o que seria capaz de fazer para me salvar e isso foi o mais assustador!

         Ele segurou a mão dela:

—Acho que compreendo...

         O celular da garota tocou e ela sorriu ao atender:

—Mamãe?

—Filha? Onde está?

—Estou num parque de diversões. Estou aqui com um... Amigo da BigHit!

         Suga levanta uma sobrancelha, se inclina sobre ela e mexe os lábios _ “Amigo”?_ e Lee-na o empurra com a mão livre. Ele abre os braços para envolvê-la e ela se encolhe, tentando escapar do abraço do BTS:

—Ma, nós vamos descer da roda gigante. Logo estarei em casa, não se preocupe!

—Está bem querida! Não deixe ficar muito tarde, ok?

—Sim, senhora!

         Quando ela desliga, Suga a abraça de uma vez e encosta a boca no rosto dela:

—Amigo, é?

         Ela começa a rir, tentando se soltar dele, mas Suga é mais forte e murmura:

—Amigos não fazem isso...

         Ele segura o rosto dela com carinho e deposita um beijo longo e quente nos lábios da estagiária. Ele se afasta devagar e a olha nos olhos:

—Já quer ir pra casa?

         Ela murmura:

—Não...

         Antes de a roda gigante completar a última volta, Suga beija Lee-na mais uma vez. Eles descem e caminham pelo parque, observando outras pessoas se divertirem. Nisso, ele vê uma maquina de bichos de pelúcia, apanha uma moeda e diz:

—Escolha um bichinho pra você e Chaechae!

         Ela se inclina frente ao vidro da máquina e aponta para um panda e uma boneca tipo repolhinho. Na segunda tentativa, suga consegue os dois brinquedos e entrega à moça. Ela beija o urso de pelúcia:

—Que fofo!

         Ele sorri:

—Está com fome?

—Não, mas esfriou bem. Podemos tomar alguma coisa quente?

         Então se aproximam de uma barraca e pedem dois cafés Macchiato com chantilly, depois procuraram um lugar tranquilo para saborearem a bebida fumegante. Lee-na contou que nasceu na cidade de Pohang e seus avós paternos viveram na Coréia do Norte, escapando pela China e depois criando a família na Coréia do Sul. Suga se espanta com a informação:

—Oh! Norte-coreana?

         Ela sorri:

—Metade de cada uma das Coréias! Minha mãe é daqui e meu pai veio ainda bebê. Viveram em Busan, mas depois foram mais para o litoral...

—Que história, hein?

         Lee-na passa a mão pelos cabelos:

—Meus avós viveram com medo de alguém descobrir e mandá-los de volta ao Norte, mas fora isso, tivemos uma vida pacata numa casa grande, com quintal e muito verde ao redor.

         Suga concorda:

—Entendo... Já eu sou um garoto urbano! Asfalto, concreto e trânsito louco fazem parte da minha juventude.

         Lee-na decidiu entrar num ponto delicado da vida do rapaz:

—Quando... Decidiu viver sua própria vida por causa da música?

         Ele respira fundo e toma outro gole de café, olhando fixo para o copo:

—Eh... Foi uma decisão dolorosa, mas naquela época eu não era um cara muito... Comedido. Falta de discernimento aliada a um espírito rebelde são a receita para uma bomba, mas isso construiu e amadureceu o que sou hoje.

—Não sem cicatrizes...

—Não mesmo... Muitas delas.

Lee-na sorri e bebe seu café, deixando o lábio superior sujo de chantilly. O BTS passa o polegar na boca dela:

—Sujou aqui... Deixe-me limpar... Assim.

         E chupa o dedo sujo do creme, fazendo a garota corar. Ele sorri e murmura:

—Adorável...

         Ele olha o celular dela e aponta:

—Me lembrei da sua playlist. Posso ver?

         Ela estende o aparelho para ele, que corre o dedo pela tela e a cada título, ela explica como descobriu a música e conversam sobre o cantor. Suga percebe que ela tinha bom ouvido para música e um gosto para músicas com um ritmo dramático e melodia forte. No meio da lista ele encontrou uma seleção de músicas do BTS:_ “Sea, Serendipity, Lost, Awake, Mic Drop, Tony Montana e The Last”_ e isso fez o cantor sorrir. Quando selecionou o nome de SADE ADU, ele falou:

—Era dessa cantora que falava o meu amigo?

—Sim.

—Sade Adu... Que nome é esse?

         Lee-na sorri:

—Pronuncia-se Shadê Adú.  Ela é nigeriana e canta Rithm’n blues, jazz e pop romântico. É uma voz divina como poucas que conheço.

—Por isso... “A Deusa”?

         Lee-na toca na tela do celular e a voz sensual e poderosa da cantora enche o ar ao redor deles. Suga ergue o olhar para a estagiária:

—Wow!

— “Ordinary Love”... É a minha favorita.

         Até o fim da canção, Suga segurou a mão de Lee-na, acariciando a palma dela com as pontas dos dedos. Ela recebeu essa carícia e sentiu o corpo aquecer e a respiração alterar. Percebeu que ele não olhava para ela enquanto fazia aquilo, mas para além do parque. Quando a canção terminou ele olhou-a e disse:

—Acho que... Tive um orgasmo auditivo!

         Lee-na cobre a boca e começa a rir, ele ri com ela:

—Sério! Esse tipo de coisa devia ser proibido! Oh... Tem mais dela?

         Lee-na balança a cabeça, tentando parar de rir e Suga suspira:

—Acho que vai ter que me mostrar mais um pouco da “Deusa”.

—Certo! Eu copio pra você. Acho que é hora de irmos, não?

         Ele concorda e seguem para fora do parque. A noite estava mais fria e saía “fumacinha” da boca deles, o que os levou a brincar que fumavam. No quarteirão seguinte, Suga acenou para um táxi e olhou o celular:

— 22 horas. Sua mãe vai ficar brava com você?

—Não.

         Dentro do veículo, ele coloca o braço sobre os ombros da estagiária e ela apoia a cabeça na curva do pescoço do BTS. Suga fica brincando com a mão dela e percebe que ela cochilava ali, aninhada a ele. Sorriu e acariciou o rosto dela e percebeu que todo o tempo que a evitou era uma tentativa de não correr para ela, de não dizer que ela mexia com seus pensamentos e com seu corpo.

         Chegando ao endereço da garota, Suga acordou-a com cuidado:

—Lee-na...

         Ela moveu-se e murmurou:

—Hum... Oh... Eu dormi?

—Um pouco. Vamos descer?

         Suga pediu ao taxista que o aguardasse e acompanhou a estagiária até a portaria do prédio:

—Como combinado, entregue sã e salva!

         Ela coloca os braços para trás e diz:

—Foi uma noite agradável... Obrigada pelos bonecos! Chaerin vai ficar com os dois, tenho certeza, mas ficará muito feliz com o presente do Yoongi!

         Ele observa o rosto dela e sorri:

—Que tal um cinema amanhã?

—Vamos com calma, está bem? Seus amigos devem ter planos pra vocês e não quero ser um...

         Ele se aproxima de uma vez dela e a envolve nos braços. Ela quase perde o equilíbrio, mas ele a sustenta e aproxima seu rosto do dela:

—Vamos ter que conversar sobre aquele “Amigo” que você falou ao telefone com sua mãe, mas por agora...

         Suga beija Lee-na um pouco mais ousado que na roda gigante e ela recua devagar, sorrindo:

—B-Boa noite, Yoongi! Obrigada por tudo.

         E corre para a portaria do prédio, deixando o BTS ali, observando a escuridão da entrada. Ele volta para o taxi e dali segue para o apartamento do grupo. Eram 23 horas e Suga encontrou os amigos acordados jogando baralho. Acenou para todos, foi para o quarto, tomou banho e voltou para a sala vestido com seu pijama.

 

     O grupo parou de jogar quando ele voltou à sala e ficaram observando o rapaz sentar-se no sofá. Ele riu ao perceber toda aquela atenção para si:

—O que foi?

         Namjoon falou:

—Sabe que horas são?

         Suga ergue uma sobrancelha:

—Uh?

         Jin falou:

—Hora de nos dar uma explicação!

         Os outros cantores olhavam atentos para Suga e ele falou:

—Certo... Querem os detalhes?

         Todos sorriem e ele ri:

—Não mesmo!

         JHope exclama:

—Aaah! Que droga! Afinal do que vocês estão falando?

         Todos caem na gargalhada e Suga se mexe no sofá:

—Eu e a Lee-na estamos saindo.

         Cada BTS reage de um jeito e Jimin exclama:

—Hyung malandro!

         Jin começa a rir:

—E que tal foi?

         Yoongi se recosta no sofá:

—Ela está um pouco arredia. Apesar de parecer não estar certa sobre a gente, ela me deixou aproximar um pouco mais.

         V sorri:

—Ah, hyung... Você beijou ela?

         Suga baixou o olhar, corando de leve e ergue a mão, mostrando quatro dedos. Seus amigos aplaudem e exclamam ao mesmo tempo.                        Jungkook riu:

—War of Hormony!

         O BTS balança a cabeça:

—Nada disso, moleque!

         Namjoon suspira:

—Certo... E agora?

         Suga parece pensativo. Ele ergue o olhar para os amigos e percebe que tudo que viveram até ali, tudo o que sabiam sobre si e sobre os outros era a ponta de um iceberg. Ele fez um som chiado com a boca, algo que seus amigos estavam acostumados a ouvir e achavam legal, pois nesse momento, o BTS estava avaliando suas palavras. Suga era econômico no que tangia conversar:

—Eu... Quero protegê-la. Mostrar coisas legais, descobrir mais sobre ela... Namorar...

         Eles riem juntos e Suga coloca as mãos atrás da nuca, olhando para o teto:

—É muito estranho... Não sou um cara romântico, mas gosto de pensar em coisas que a fariam sorrir.

         O grupo o ouve falar e sentem a sutil mudança no comportamento do rapper. Jin toca o ombro dele:

—Você deu mais um passo para a maturidade... Vamos apoiá-lo no que for possível, cara!

         Os amigos erguem os punhos e Suga sorri:

—Eh... Sei que haverá momentos em que não poderei dar atenção a ela. Sou um BTS e isso é algo que não posso ignorar.

         O líder BTS balança a cabeça:

—Lee-na é uma garota especial, Yoongi... Sabemos o quanto ela é forte e consciente. Acho que devem conversar sobre as ambições e projetos pessoais. Isso pode influenciar no futuro do relacionamento...

         V se deita no tapete e suspira:

—Espero encontrar uma garota legal também...

         Eles começam a rir e beliscar, socar e chutar V que pede socorro. Pouco depois estão se recolhendo aos seus quartos, exceto Suga, que permanece na sala às escuras. Ele liga para Lee-na, que atende ao celular com voz sonolenta:

—Yoongi?

         Ele sorriu:

—Te acordei?

—Não... Estou só deitada, lendo... Tudo bem? Chegou a casa?

—Sim. Os meninos foram dormir. Nós conversamos sobre você...

—Oh! Então?

—Eles estão felizes... Tudo bem que a primeira reação deles foi querer me matar, mas depois tudo certo!

         Ela ri e ele suspira:

—Pensou na proposta de amanhã?

—Cinema? Oh, Yoongi... Não sei...

—Tudo bem. Podemos escolher outro dia.

         Ela sente o desapontamento no tom de voz dele e diz:

—Ah... Eu estou preocupada...

—Com o quê?

—Você e os rapazes... Sempre fizeram tudo juntos! Diversão, trabalho e convivência... Então eu apareço do nada e...

         Ele sorri por ela considerar a vontade dos amigos:

—Lee-na... Eu os tenho por perto todo o tempo. Você é quem está longe.

         Ela sorri:

—Hum... Sexta-feira?

—Sexta-feira está ótimo!

         A voz dele era algo que ela passou a gostar de ouvir:

—Boa noite,Yoongi.

—E o que faremos amanhã?

—Vá dormir!

—Ok... Boa noite.

         Ela desliga em seguida e ele fecha os olhos. Recordou-se dos braços dela ao redor de seu corpo, do perfume suave e discreto que ele só percebeu estando muito perto dela e por fim, dos lábios da estagiária. Duvidou que dormisse daquela hora em diante, mas queria parecer descansado e bonito para ela, assim seguiu para o quarto e escutou música até adormecer.

 Continua...


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Notas finais do capítulo

Misericórdia! Minhas postagens ficaram malucas e tive que refazer tudo! Perdoem-me quem já leu do 11 em diante, mas fiz a correção e está tudo ok agora!
Entramos numa nova fase da história. Suga e Lee-na estão descobrindo seus sentimentos um pelo outro e muita coisa vai acontecer para testar esse romance. Alguns capítulos vão parecer mais tranquilos, mais água com açúcar, mas prometo não deixar tudo muito "calmo".
Boa semana!



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