Meu querido sonâmbulo escrita por Cellis


Capítulo 14
Minha querida teoria da conspiração




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/770869/chapter/14

— Park Jimin. — eu o chamei, fazendo com que ele parasse ainda nos primeiros degraus da escada. Sem honoríficos e sem brincadeiras, apenas um aviso de que ele estava prestes a me ouvir falar, mesmo que decidisse permanecer de costas para mim como estava naquele momento. — A única pessoa que eu tenho nesse mundo é o meu irmão. Sabe por que eu insisto tanto nessa maldita casa? Porque quando ele tinha apenas a altura dos meus joelhos, eu prometi que nós moraríamos aqui um dia.  

Silêncio. Mesmo sem ousar dizer uma única palavra, eu pude ver Jimin se mexer para me fitar por cima dos ombros.  

— Naquela época, nós vimos uma família feliz saindo dessa casa. Eram pai, mãe e um garotinho sorridente e bochechudo que deveria ter a mesma idade do meu irmão. — continuei. — Você. Enquanto o meu irmão me pedia para ser aquela família, era você quem morava aqui com os seus pais, Jimin.  

Na verdade, não precisou muito para que eu ligasse uma coisa na outra, o que tinha me deixado estática diante do Park hoje mais cedo: a idade de Jimin batia com a do meu irmão, além dos anos que ele morou aqui com a família coincidirem com aqueles que nós dois, ainda crianças, passávamos em frente àquela casa todos os dias no caminho para o colégio. Bastou uma lida naqueles papéis hoje — além do sorriso do Park, que eu devo admitir que ainda era o mesmo depois de vinte anos — para perceber que o garotinho que tinha a vida que o meu irmãozinho tanto queria era, na verdade, o homem de costas para mim naquele momento. 

Que eu tinha passado a minha vida inteira tentando ser para o meu irmão aquilo que os pais de Jimin um dia foram para ele. 

Por fim, com o cenho franzido e os olhos arregalados, o Park girou por completo até conseguir me encarar com nitidez. Ele ainda estava parado na escada, alguns muitos centímetros acima de mim, contudo, parecia tão pequeno quanto eu naquele momento.  

Respirei fundo. Eu ainda não tinha terminado.  

— Por isso, você pode inventar qualquer outro motivo para não querer me contar o que aconteceu com a sua família, eu não me importo e, sinceramente, até entendo. Mas você não ouse dizer que está fazendo isso para me proteger. — eu disse, de algum modo conseguindo firmar minha voz chorosa. Costume, provavelmente. — Eu não preciso da sua proteção, Park Jimin.  

Por mais dura e talvez egoísta que fosse, aquela era a mais pura verdade. Qualquer que fosse o segredo de Jimin, o porquê de tanto mistério ao seu redor envolvendo seus pais e o seu tio, tanto a Soojin de agora quanto a de quase vinte anos atrás, ainda uma pré-adolescente, poderiam aguentar. Teriam que aguentar, pois essa era quem eu era e sempre fui. Eu tinha lutado por tudo na minha vida e inclusive por aquela casa, então não seria agora que alguém poderia começar a me proteger da realidade como se eu fosse tão frágil quanto porcelana.  

Nem mesmo Park Jimin. 

Dessa vez, quem estava de costas era eu. Jimin permaneceu estático sobre um degrau da escada, enquanto eu me dirigia na direção da porta da frente para dali ir sabe-se lá para aonde, apenas com a intenção de tentar me acalmar em qualquer outro lugar.  

Foi só quando eu bati a porta que percebi que estava prendendo a respiração. Deixei escapar todo o ar que guardava em meus pulmões, desinchando o meu peito. Era tarde da noite e eu estava cansada, o que me impedia de caminhar um pouco ou, até mesmo, ligar para Naeun para chorar minhas pitangas — por isso, eu decidi apenas me sentar ali mesmo, no chão da minha varanda. Deixei minhas pernas penduradas balançarem conforme o vento, pois, sentada na beirada da varanda, as mesmas não conseguiam alcançar o chão abaixo da construção.  

Sinceramente, estava frio como o diabo naquela noite, tanto dentro quanto fora do meu corpo poeticamente falando. 

Ainda pensando e relembrando todas as confusões daquele longo dia, eu vi o vapor gélido deixar minha boca quando bufei. Droga, eu deveria ter pelo menos apanhado um casaco antes de resolver dizer algumas verdades na cara do Park. Mentalmente, eu me amaldiçoei por ter a língua maior do que o cérebro. 

Foi quando eu ouvi a porta da frente sendo lentamente aberta. Eu não fazia ideia de como Jimin sabia que eu não tinha ido a lugar algum, contudo, julgando pela sua hesitação ao se aproximar de mim, ele apenas sabia. Pude ver um vulto de terno ao meu lado e, em seguida, ele estava se sentando no chão para me acompanhar no meu objetivo de não fazer nada e, ainda assim, morrer de frio.  

De escanteio — pois eu era orgulhosa demais para admitir o simples fato de que ele estava ali — eu o vi fitando a rua deserta.  

— Você está certa. — ele iniciou, calmo. — Mesmo que eu pudesse, eu nem tenho o direito de querer proteger você. Afinal, nós somos dois estranhos.  

Franzi o cenho, sem ter certeza sobre o rumo que ele estava tentando tomar com aquela conversa. 

— Bem, disso eu sei. — eu disse, dando de ombros. 

Por algum motivo, eu já nem estava mais tão irritada com o Park. Na verdade, o meu único objetivo era fazê-lo entender que ele não estava ali para fazer algo por mim, pois eu não queria e não precisava que ele o fizesse. Jimin parecia ter problemas internos demais para ainda ter que se preocupar com os meus. 

Não que eu estivesse sendo empática e pensando nele e nos seus problemas, claro.  

Ah, sinceramente, dane-se.  

Ele soltou um riso nasalado, provavelmente descrente com a minha sinceridade. Por mais estranho que isso pudesse parecer, aquele momento estava se saindo mais como uma espécie peculiar de pedido de desculpas duplo, algo como “tudo bem, nós podemos esquecer tudo o que aconteceu nesse dia dos infernos se for por um bem maior”. Estilo companheirismo de boteco mesmo, caso você seja um frequentador assíduo como eu e entenda essa referência.  

Resumindo, nós não levávamos o menor jeito para esse tipo de coisa, contudo, conseguíamos nos entender sem muitas palavras.  

— E por falar em direitos, você tem o de saber a verdade. — afirmou. — Não pode continuar morando com um estranho que anda mentindo para você na cara dura.  

— Bem, disso eu também... 

— Enfim. — ele me cortou, aparentemente já sem paciência por eu estar livremente apontando o quão óbvio ele estava sendo com todos aqueles rodeios. — Eu vou lhe contar a verdade sobre o meu passado, Soojin.  

De repente, eu o fitei bruscamente, até mesmo o assustando. Mesmo sentado, Jimin deu um pulo discreto para trás, enquanto eu o encarei o analisando da cabeça aos pés. 

— Você está falando sério? — indaguei, desconfiada. 

— É claro que estou. Céus, você tem mesmo que estragar todos os momentos assim? — respondeu, irritado. — Mas primeiro vamos entrar, por favor, porque eu estou quase congelando aqui fora.  

Dito isso, Jimin se levantou e foi em direção à porta. Abriu a mesma, mas, ao invés de entrar, olhou para trás com uma sobrancelha erguida — só então eu percebi que ainda estava sentada o fitando feito uma alienígena, o que me fez levantar num único pulo para segui-lo. 

Entramos de volta para casa comigo caminhando não muito atrás de Jimin. Ele sentou-se no sofá com as pernas unidas e as mãos apoiadas sobre os joelhos, enquanto eu puxei para mais perto a primeira poltrona que consegui encontrar. Sentei-me e esperei que ele levasse o seu tempo para começar, o que felizmente não demorou muito. 

— O quanto você já sabe? — indagou, me fitando.  

Até a página três do documento sobre a sua vida que roubei de uma delegacia. 

Bem, infelizmente, eu não podia responder aquilo.  

— Você e os seus pais moravam aqui até os seus onze anos, quando... — iniciei, contudo, não soube como terminar a frase do jeito menos pior possível. 

— Quando eles se foram no acidente de avião. — ele completou. Aparentemente, aquele já não parecia mais ser um assunto sensível para ele, apesar de tê-lo visto abaixar a cabeça durante alguns segundos. — É menos do que eu imaginava.  

— O que você esperava? Que eu fizesse uma investigação completa sobre a sua vida?  

Contemplem, senhores telespectadores, o ápice da falsidade desta geração. 

Jimin sorriu de canto, sacudindo a cabeça. 

— Algo por aí. — respondeu e, em seguida, voltou a me fitar mais seriamente. — Depois disso, a minha guarda foi concedida ao meu tio paterno, que era o meu parente mais próximo. Ele vivia com a família em uma casa relativamente confortável do outro lado da cidade, então foi para lá que eu me mudei. Esta casa foi vendida e o meu tio usou todo o dinheiro como investimento na minha educação, por isso pude fazer uma boa faculdade e me formar decentemente.  

Tudo bem, até aí não havia nada de suspeito ou mórbido na história, mas eu podia jurar que algo do tipo estava prestes a surgir, dado o olhar no rosto do Park.  

Ele parecia muito distante.  

— Depois de finalmente formado, eu estava pronto para assumir a parte do meu pai na Maximum, contudo, eu fui impedido. — pausou, ainda pensativo. — Aparentemente, o meu pai deixara, por precaução, um documento que me impedia de receber a minha herança até os meus trinta anos, incluindo metade da empresa. Foi um choque para mim e, logo em seguida, a minha condição de sonambulismo surgiu.  

Eu sabia que algo de ruim estava prestes a aparecer no passado de Jimin, contudo, não esperava que pudesse ser algo tão bizarro.  

Eu o encarei, confusa. 

— Como assim? — indaguei. — Seu pai deixou um documento para bloquear a sua herança mesmo sem saber que estava prestes a morrer? 

— Exatamente isso. Uma carta digitada, mas no final assinada por ele de próprio punho. Não me pergunte o porquê disso, pois o fato dele não ter explicado essa maluquice é o que vem me assombrando ao longo dos anos. — respondeu. — Enfim, isso acabou resultando em toda a minha herança sob responsabilidade do meu tio, o que não costumava me incomodar muito, mas de uns tempos para cá... 

De repente, Jimin deixou a frase pender no ar. Eu entendia que aquilo deveria ser um pouco difícil para ele, afinal, ele estava ali expondo a sua vida pessoal para uma completa estranha, mas isso também não significava que eu tinha o dom da adivinhação. 

Pelo contrário. 

— O que aconteceu? — eu insisti, inclinando-me um pouco para frente para encorajá-lo a falar. 

— Soojin, essa história não lhe parece estranha? — rebateu. — Meus pais morrem num acidente no avião da família, sempre muito bem cuidado e com a manutenção em dia, e do nada surge um documento deixando tudo o que eles tinham sob a responsabilidade do meu tio?  

Eu o encarei durante alguns segundos, sinceramente tentando entender o que se passava naquela mente perturbada.  

Talvez fosse culpa do sono desregulado. Durmam sempre oito horas por dia, crianças. 

— Bem, eu acho bizarro o fato do seu pai ter lhe proibido de receber a sua herança até os trintas anos, mas gente rica tem dessas coisas, não? — respondi, sincera. — De resto, isso me parece muito coisa de dorama, Jimin.  

Dito isso, o Park me encarou como se eu estivesse desdenhando profundamente das suas teorias da conspiração, nitidamente ofendido. Levantou-se de repente, me assustando.  

— Espere aqui. — disse e, sem me dar outra opção, sumiu escada acima a passos rápidos.  

Não demorou muito para que ele voltasse, até mesmo um pouco ofegante — não importa o seu condicionamento físico, subir e descer escadas naquela velocidade é sempre um desafio de vida ou morte, geralmente mais para a morte. Trazia consigo uma pasta cinza e grossa e, quando a abriu, pude ver um punhado generoso de papéis e arquivos lá dentro.  

— Leia isso. — disse firme, estendendo a pasta na minha direção. — Depois disso, me diga se ainda acha que eu estou delirando.  

Mesmo sem entender nada, eu ainda peguei o objeto de suas mãos.  

O que diabos poderia ter de tão absurdo naquele pedaço de plástico para me fazer acreditar que o tio de Jimin, um homem que eu nem conhecia, tinha envolvimento nos crimes criados na cabeça do Park? 

 

*** 

 

Depois de longos minutos de leitura, a minha conclusão não poderia ter sido outra: o tio de Jimin — que, na verdade, era o tal Presidente Park, ao contrário da imagem formada na minha cabeça de que ele seria o pai de Jimin, realmente falecido há mais de uma década — poderia facilmente ser um assassino em potencial.  

Vocês devem estar se perguntando como eu pude mudar drasticamente de opinião após pouco mais de meia hora lendo um compilado de arquivos antigos, mas eu prometo tentar sintetizar tudo o mais resumidamente possível, até porque não quero traumatizar ninguém como tinha acabado de ser traumatizada. 

O Sr. Park era um verdadeiro monstro. 

Depois da notícia de que seu tio continuaria sendo o seu tutor até os seus trinta anos, as engrenagens na cabeça de Jimin começaram a funcionar de um modo que eu, sinceramente, acharia delirante demais se não fosse por toda aquela desconfiança ter o levado de fato a algum lugar. Jimin começou a investigar secretamente a vida do tio e permanece o fazendo até hoje, reunindo tudo o que encontra no mesmo lugar.  

Em resumo: naquela pasta estava tudo aquilo de ruim que o homem fizera em sua vida. Os arquivos iam desde traições à esposa até fraudes milionárias envolvendo a Maximum e ainda pioravam com o passar do tempo. Havia, até mesmo, uma denúncia de tentativa de homicídio de um homem abafada pela mídia.  

Duas semanas depois, o mesmo homem foi encontrado morto dentro de casa, aparentemente por uma overdose de remédios. 

De repente, a desconfiança de Jimin parecia menos coisa de roteiro de Hollywood, ainda que toda aquela situação tivesse se tornado ainda mais perturbadora diante dos meus olhos. Depois de longos minutos sem saber o que dizer, eu o encarei e lhe lancei uma das dúvidas menos importantes naquele momento, porém que atualmente me parecia ser a menos bizarra. 

— Era o seu tio que estava dentro do carro? — indaguei, ainda sem reação diante de todas aquelas informações.  

Se eu fosse citar tudo que estava dentro daquela pasta, nós ficaríamos aqui até a próxima geração dos Park chegar a essa Terra. 

— Não. Ele não faz o trabalho sujo, mas tem uma pessoa que o faça por ele. — respondeu, sentando-se no sofá novamente, porém um pouco mais próximo de mim. — Ele deve ter descoberto que eu saí do meu apartamento e o colocou para me seguir. Nós não temos uma boa relação há muitos anos e, sinceramente, eu tenho certeza que o meu tio sabe que eu desconfio dele. 

Naquele momento, eu juro que fui praticamente obrigada a encarar Jimin como se ele estivesse chamando o céu de um enorme mar vermelho.  

— Você enlouqueceu? Olha tudo que esse homem fez! — eu disse, lhe devolvendo os papéis sem a menor delicadeza. — Você descobriu tudo isso e ainda me diz que ele sabe que você o investiga há anos assim, com essa tranquilidade?  

— Por que? Por acaso você está preocupada comigo? — indagou, erguendo uma sobrancelha para mim e dando seu típico sorriso de canto e mal-intencionado.  

Céus, as vezes eu tinha vontade de esmurrar aqueles dentes alinhados, brancos e arrogantes.  

Quase sempre, na verdade. 

— Se o sr. Park resolve dar cabo de você também, quem irá pagar pela reforma da minha cozinha? — rebati, ainda que aquela não fosse realmente a minha preocupação. Afinal de contas, com o que diabos eu estava preocupada? Sacudi a cabeça, mudando de assunto. — Você sabe quem é o capanga do seu tio? 

— Sim. O nome dele é Kim Seokjin, apesar do meu tio chamá-lo simplesmente de Jin. — respondeu, fechando seu semblante no mesmo instante. — Ele faz todo o trabalho braçal para o meu tio e está quase sempre pelos corredores da empresa. Eu posso mostrá-lo para você amanhã e... — de repente, pausou, pensativo. Fitou-me durante alguns segundos e depois voltou atrás. — Não, é melhor não.  

Franzi o cenho.  

— Por que? — perguntei. — Jimin, nós já passamos por aquela frase de eu não precisar de proteção e... 

— Não é isso. — me interrompeu, permanecendo sério. De repente, ele bufou, parecendo frustrado. — Eu já entendi que não posso mais lhe esconder as coisas ou mentir, mas isso não significa que seja certo arrastá-la ainda mais para essa história. Você leu os arquivos, Soojin, sabe do que o meu tio é capaz. 

— Você deveria ter pensado isso antes de me beijar na frente do tal Seokjin, não? — retruquei. — Ou você achou mesmo que ele fosse acreditar que o fato de você namorar a mulher que vive na casa onde você cresceu é apenas uma coincidência? 

Nota: eu fiz questão de fazer várias aspas no ar ao pronunciar a palavra destacada, obviamente.  

Na verdade, a intenção de Jimin não era ruim, só a sua prática que era uma falha colossal. Era aceitável ele querer passar a imagem de que havia saído de casa para morar ou apenas passar um tempo com a sua namorada de mentira, porém, isso só seria cem por cento normal se a mesma não morasse na casa onde tudo começou

Tinha caroço e mais uma meia dúzia de objetos não identificados naquele angu, sendo que o sr. Park era um especialista naquela refeição.  

— Desculpe. — ele disse, coçando a nuca. — Desculpe por tudo isso, na verdade. 

— Yah, Park Jimin. — a nossa diferença de idade me permitia falar daquele modo o que, sinceramente, eu adorava. — Eu poderia ter lhe colocado atrás das grades. Poderia ter lhe ignorado ou vendido esta casa e saído correndo também, mas eu não fiz nada disso. De um jeito ou de outro, eu estava curiosa desde o começo e isso me trouxe até aqui. Nem eu nem as minhas ações são responsabilidade sua, então não precisa se desculpar por isso.  

Eu estava sendo absurdamente sincera naquele momento, ao ponto de me espantar comigo mesma.  

— Mas você estava curiosa com um sonâmbulo maluco que invadiu a sua casa no meio da noite, sendo que esse é, fracamente, o menor dos meus problemas. 

Mais uma vez, Jimin não podia resistir a contra argumentar tudo o que falava, o que também me fazia querer esmurrá-lo quase sempre. Porém, respirando fundo, eu apenas me levantei num único impulso e me coloquei de frente para ele. 

— Se esse é o caso, então é melhor nós começarmos a procurar por soluções. — eu disse, estendendo-lhe uma mão. — O que me diz? 

Eu sei o que vocês devem estar pensando: Jeon Soojin só pode ser maluca. Sim, eu tinha tudo para ignorar a existência de Jimin e de suas teorias da conspiração, contudo, sendo sincera, eu já tido ido longe demais para voltar dali.  

Para quem já estava atolada na lama, um pouquinho mais de barro não faria diferença. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Bem, como as notas iniciais e finais estão com os dias contados por aqui, eu preferi já ir banindo as iniciais para ir me acostumando, pois já me prevejo sofrendo com essa mudança.
Em breve não farei mais as finais também, mas isso não significa que não possamos nos ver lá nos comentários, certo? Espero vocês lá!

Até ♥