Incompréhensible escrita por Sky


Capítulo 6
Dieu, c'est vrai!


Notas iniciais do capítulo

Oie meus leitores fantasmas! Como é que vocês vão?? Eu sei, eu sei que demorei, mas não conseguia escrever, nada saia, nada do que eu tentava me incentivava a escrever, apesar de ter tudo o que acontece no capítulo pronto… Gente, de verdade, eu sinto falta da participação de vocês na fanfic, não ter nenhum comentario me desmotiva, e é chato já que esse é um site para o autor ter a chance de escrever com leitor, de fãs se comunicarem, e etc, é chato e eu acabo achando que minha escrita é péssimA, eu normalmente não sou não sou assim, mas tem personagens originais, tem mais diálogos e etc. Participem, sério, nem que seja um “Continua”, só para saber que estão lendo… ♥
Quero dedicar este capítulo a Lazuli Mikaelson, Nehemia, e Safira Laufeyson, e as outras três pessoas (que eu não consigo saber o nome, mas quero MUITOOO descobrir...) que estão acompanhando a fanfic… ♥



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Dieu, c'est vrai!

 

Muitos anos atrás.

“ Gritos podiam ser ouvidos por todo o hospital, eles ecoavam pelas paredes brancas, com um leve tom esverdeado, assim como os jalecos dos médicos, que em sua grande maioria corriam de um lado para o outro.

A mulher urrava de dor, enquanto uma enfermeira tentava acalmá-la. O marido segurava sua mão, fingindo não sentir a dor causada pela força sobre humana que a esposa usava.

Seus cabelos estavam tão desgrenhados e seus olhos tão inchados, talvez pela falta de sono, pelas horas de sono em que não dormira, infinitas possibilidades.

Ela se contorcia incessantemente, e parecia que nada nem ninguém conseguia de alguma forma ajudá-la.

— Por quê ela não continua aqui dentro?! Eu tenho um ventre tão confortável! Por quê ela quer sair? - Ela continuava a perguntar a si mesma e as enfermeiras ali presentes.

Uma mulher apareceu e sentou-se em uma espécie de banqueta de frente as pernas da mulher na cama, ela acenou para a enfermeira mais próxima da grávida.

Enquanto a mulher gritava a jovem se aproximou do ouvido da mulher.

— Ei, ei, só mais um pouco, mais um minuto de dor, para uma vida de alegrias, Sra. Morgenstein… - ela sussurrou.

— Não, não, não. Isso está errado, não deveria ser assim! Isso não devia estar acontecendo. - ela disse em resposta antes de gritar de dor novamente. A moça olhou para o esposo da outra, ele parecia digerir o que a esposa havia acabado de dizer, parecia de certa forma desolado, magoado.

— Não se preocupe. Toda mulher parindo diz isso Sr. - A garota disse de forma confortante, o homem assentiu, mas ainda não parecia muito convicto.

E então os gritos foram cortados pelo choro da criança. Uma outra enfermeira, já mais idosa, levou a criança até uma espécie de trocador, onde enrolou o bebê numa manta que o casal trouxe, ela girou os calcanhares e depositou o pequeno serzinho nos braços do pai.

Ele parecia encantado, segurando aquele pequeno embrulho nos braços. A criança tentou abrir os pequenos olhinhos, percebeu que não conseguiria e só se aninhou nos braços do pai. Ele se virou sorrindo para a esposa, lhe ofereceu o embrulho, mas esta só recuou um pouco na cama, como se não desejasse pegar a criança ou tinha medo de prosseguir tal ato. O rapaz se aproximou mais, segurando firmemente a pequena.

— Ela é linda, se parece com você Marjorie, mas com minha cor de cabelo e os olhos de… Os olhos de Marilla… - ele olhou a esposa com ternura.

Ela esticou o pescoço sobre os braços do esposo, tentando visualizar a criança, ainda assim, apertava com força o lençol que a cobria. O rapaz esticou a criança para a jovem, que não passava de seus vinte e cinco anos.

Mesmo relutante ela segurou a menina nos braços, passou um tempo a olhando, nada nunca lhe lembrara tanto a irmã, tinha a cor dos olhos do pai, mas os olhos, eles eram vivos e espontâneos como os de Marilla.

— Qual será o nome? - ele perguntou docemente enquanto contornava o rosto da bebê com os dedos.

— Cecília, foi o que combinamos, não? - ela respondeu indiferente e entregou a neném para o marido outra vez, encarando as mãos caídas sobre a roupa de cama.

— Era uma das opções. Victoria também era…

— Ótimo, Cecília Victoria Morgenstein, parece bom para mim. - ela então se virou na cama olhando através  da janela, deixando uma solitária lágrima escorrer de seu olho.”

 

Cecília virou a cabeça na direção da porta ao ouvir seu nome ser chamado no andar debaixo, junto com os nomes de suas irmãs.

— Vamos Amy? - ela perguntou a garota jogada ao lado da cama, sobre as conchas que improvisaram sua cama, Amy decidiu passar a noite lá, para ajudar a amiga no dia seguinte, que é hoje, acho eu.

A garota soltou um muxoxo e levantou-se, seguindo com sua bolsa aos tropeços até o banheiro, somente para trocar de roupa.

— Tem alguma roupa para me emprestar? - A outra perguntou do outro cômodo.

— Minhas roupas não servem em você, assim como as suas não servem em mim, Amélia. - Ceci respondeu encarando sua mala totalmente desorganizada, que até agora ela não arrumou.

— Não é verdade! Seus moletons servem em mim! - A outra colocou a cabeça para fora a encarando como se fosse uma caluniadora.

— Oi? - Ela balançou a cabeça de um lado para o outro, como se tivesse dormindo ou sonhando, e aquilo a acordasse.- Amélia, estamos no verão! - ela fez uma cara incrédula.

— Se não percebeu, dona Cecília, moramos em Londres, até quando está calor pode e está frio… Sem contar que, eu já te disse que lá nas Masmorras em Hogwarts, era congelante, frio frio. - a outra dizia tudo como se fosse uma grande sábia, e só a amiga não tivesse inteligência para entender.

— Você é louca, garota! - ela jogou um de seus moletons na amiga.- Doida de pedra.

— Só sou friorenta, credo Cecília, aqueta esse fogo garota… - Amy disse em tom de malícia antes de fechar a porta e impedir que uma almofada a acertasse.

Ceci desceu as escadas e foi até a sala de jantar. A mãe e o pai sentavam cada um de um lado da mesa, as irmãs já estavam lá, mas só Camille comia, Cami comia até dormindo, ela literalmente só comia, era o que ela mais gostava de fazer. Clarisse só estava escorada em si mesma enquanto, disfarçadamente cochilava.

— Oi linda… - ela deu um beijo na bochecha da irmã que agora devorava uma torrada com manteiga, depois abraçou a outra por trás e esta soltou um leve resmungo.

Ela abraçou o pai e deu um breve “Bom dia” para a mãe, queria tê-la abraçado, beijado a mãe, mas não, a mãe dela era na dela demais, todas as tentativas já feitas deram errado.

Ela começou a comer um waffle com algum doce por cima, quando já estava parcialmente lambuzada, Amy desceu e cumprimentou a família Morgenstein. Eles comeram assim, sem muita conversa ou qualquer coisa do gênero, até que por um breve momento seus pais trocaram olhares através da mesa, a garota desceu os olhos até uma página do jornal, apesar de vê-la só por cima, pois o pai tentava escondê-la levemente, ela conseguiu dar uma boa espiada.

— Como vai os Comensais, mamãe? - Cecília fingiu a maior inocência ao terminar a pergunta. Ela sentiu um clima recair sobre o recinto, a irmã fingiu que não notou nada, o pai ficou tenso na exata mesma hora, e a mãe terminou seu gole de chá antes de suspirar fundo.

— Sabe que não falamos sobre isso na mesa, Cecília, ainda mais com convidados… - ela deu um sútil aceno para Amélia.

— Que foi mamãe, não se preocupe com Amy, não é como se ela não soubesse... - ela colocou o garfo sobre o prato durante a provocação

— Cecília… - ela ouviu o pai alertar, mas nem prestara atenção, tudo aquilo era um jogo de provocações, ela tinha que pegar a mãe em um momento aleatório e precisava tirar as irmãs do local, estava cutucando a onça com vara curta, porém afiada.

— Camille, Clarisse, para o quarto agora. - A voz da mãe soava autoritária, o dedo estava levantado em sinal de ordem, e ela fuzilava a filha mais velha como se dissesse, “Não faça isso”, ou um “Repita”.

— Mas mãe! - Camille tentou protestar.

— Sem mas.

— Manhê… - a mulher cortou Lisse com um olhar, que se levantou e foi com a outra para a escada.

— Qual joguinho está tentando fazer, Cecília? - seu rosto começou a se tornar levemente zangado.

— Não é um joguinho, mãe. Joguinhos são coisa sua. - o pai segurou a respiração por um segundo.

— Acho melhor você me respeitar, pois apesar de ter dezoito anos, ainda sou sua mãe. - a voz dela soava ameaçadora, em qualquer outro momento, ela baixaria a cabeça, assentiria e subiria até o quarto, mas já tinha chegado até ali, tinha que conseguir, por Morgana.

— Eu quero fazer um acordo mãe.

— Que acordo? - ela semicerrou os olhos, criando uma fina linha de visão.

— Um voto perpétuo. - sua voz fraquejou por um segundo.

— Um o que? - seus olhos se esbugalharam.

— Um voto perpétuo. Mãe, eu quero garantias, eu quero assegurar um futuro feliz para minhas irmãs, um em que nada disso aconteça, um em que elas possam ser o que elas quiseram, e que elas não tenham que levar desaforo como papai leva, ou tenham que ficar fazendo joguinhos e se aliando a verdadeiros crápulas para manter a droga de um nome, e nem que elas tenham que fazer qualquer sacrifício por essa família que está no buraco, quero que sejam donas do próprio destino, e não façam nada do que não querem por amar alguém, igual a mim… - as lágrimas caíam sem timidez, e ela queria gritar, gritar toda a sua raiva, porque naquele momento ela percebeu, não eram suas irmãs que morreriam, era sua mãe, e Cecília sabia, desde o começo, e ela não perderia sua mãe, não a colocaria em perigo, não importava como era sua relação com a mesma, ou isso ou aquilo, não, aquilo não.

Marjorie suspirou, fechou os olhos e suspirou pesadamente outra vez, em seguida arregaçou as mangas e esticou o braço, na direção da sua filha. Cecília repetiu o último gesto e acenou para Amy que observava tudo calada, sem se mexer sequer para respirar, ela se aproximou e timidamente retirou a varinha das vestes, pousando sobre as peles unidas da mãe e da filha.

O pai respirava pesadamente no lado oposto da mesa, estava sentado e quase suava, seus olhos claros arregalados.

— Você, Marjorie, cuidará de Clarisse e Camille, durante toda sua adolescência, cuidando para que elas não venham a se tornar Comensais da morte?

— Cuidarei.

Uma fina língua de fogo-vivo saiu da varinha e envolveu as mãos como arame.

— Não as obrigará, santigiará, manipulará, ou coisa parecida para que ambas se inclinem para as artes das trevas e fará de tudo para protegê-la?

— Farei.

Uma segunda linha saiu da varinha, enroscando-se  sobre as mãos e sobre a primeira linha.

— Dará sua vida se necessário para protegê-las e me garantirá de quem não sucumbão ao mal?

Por um segundo tudo se inquietou, Cecília tremeu a mão acidentalmente, mas a manteve fechada sobre a outra.

— Sim.

Uma terceira linha saiu rasgando o ar e se enlaçando as outras sobre ambas as mãos, o rosto de Amy, assim como o resto do cômodo brilhou de forma alaranjada, elas se cruzaram com serpentes queimando vivas sobre a jura.

Marjorie puxou sua mão e desapareceu pelos corredores, uma porta se abriu, sendo fechada logo em seguida.

Cecília recuou alguns passos para trás, colocando a mão sobre o peito, logo em seguida correu escadas acima abrindo a porta do quarto da irmã com um só baque, jogando-se sobre as outras duas que viam algo em um livro.

— Ceci… O que..? - Cami tentou perguntar enquanto era esmagada pelo abraço da irmã.

— Eu amo vocês, eu amo muito…- Ceci disse em meio às lágrimas e soluços.

— A gente também te ama Cecília… - Lisse murmurou enquanto afagava os cabelos da irmã, de forma amorosa.


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Notas finais do capítulo

Prometo postar o próximo capítulo mais cedo, já tenho ele todo pronto e já comecei a escrevê-lo, e espero eu, postar também um especial de natal… ♥ COMENTEMMM!



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