Incompréhensible escrita por Sky


Capítulo 5
Zut! Zut! Zut!


Notas iniciais do capítulo

Oie! Olá meus lindos (a) leitores fantasmas! Como é que vão vocês? Eu estou muito triste por não estar conseguindo postar na quantidade que eu queria, eu já tenho toda a ideia da estória pronta, o que acontece e etc. porém, não tenho conseguido colocar tudo no papel, sabe? Abria todos os dias a pág. e ficava encarando o fundo em branco… Enfim, eu ficaria feliz se alguém, um serzinho que fosse comentasse o que está achando da fic até agora, ela está se desenrolando aos poucos, o que pode acabar se tornando chato, por isso preciso de opiniões… Hoje tem a participação de uma personagem que eu amei escrever, espero que gostem dela também... Ah, claro, tem muita fala, e eu não sou boa em falas, sou boa em narrar lugares e situações, por isso preciso muito que me digam o que acharam desse capítulo! Sem contar a primeira interação da fic com um …….!



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Zut! Zut! Zut!

Algum dia aleatório, por que eu estou de férias, não faço ideia de que dia é!

“Cecília olhou ao redor, o corpinho deu voltas e voltas, e os olhinhos gravavam cada cantinho do lugar. Ela deu um passo e apertou mais o coelhinho de pelúcia contra o corpo. Ela desceu o primeiro degrau do topo da escada, depois outro, e mais outro. Ela girou os calcanhares e se virou para a sala, a sombra da mãe e do pai contra a lareira sentada no sofá. Ela deu os passinhos mais silenciosos que pode, e ficou de frente para os pais, os rostos delas brilhavam um pouco com a luz da lareira, e os dois subiam e desciam com a respiração calma e compassada dos dois caídos no sono. Ela se virou para o bercinho, o neném estava acordado agarrado a mantinha, os olhinhos brilhavam na direção da garota, ela esticou os dedinhos gordinhos para a irmã, a mais velha os apertou de leve.

Ela se virou para o corredor largo, com várias portas, ela se virou para uma entreaberta e espiou dentro. Havia o aquecedor da casa, os interruptores, e um báu, um aleatório  báu.

Ela encostou a porta atrás de si, deu uns passinhos até estar ao lado do móvel, abriu o trinco e puxou a tampa. Dentro havia alguns poucos brinquedos, uma caixinha de onde saia uma bailarina que rodava ao som de uma canção de ninar, um vestidinho de bebê, um porta retrato, sem foto, um bolo de cartas, todas endereçadas a Marilla Morgenstein, e uma foto da mesma, com uma dedicatória “Para Marilla, o amor de minha vida, com muito amor e carinho…” O resto da mensagem fora apagada e substituída por uma mancha de café.

Ela tentou romper o laço que mantinha o bolo de cartas unidas, mas a mãe apareceu na porta, olhou dela para as cartas, para o báu e para o resto do cômodo, se abaixou na altura do rosto da menina, e a mesma viu que os olhos da mãe lacrimejavam, a mulher passou os braços em volta da criança e a pegou no colo, ela subiu as escadas, degrau após degrau, e levou a criança até seu quarto, deitou-a na cama, à cobriu, a olhou nos olhinhos.

— Não entre lá novamente filha…

Ela saiu do quarto e enquanto Cecília se encaracolava nas cobertas, ela pode ouvir a mãe trancando a saleta.

Fora a última vez que a mãe se mostrou vulnerável.”

 

oOo

 

Cecília estava engalfinhada nas cobertas da cama improvisada de seu quarto. Ela encarava a janela, mas sinceramente o horizonte que se estendia por trás das vidraças, mas precisamente o corvo que retribuía seu olhar.

— Dois passarinhos estranhamente lindos me contaram que uma certa pessoa havia voltado e estava se entristecendo no quarto trancada, e eu como uma boa amiga vim ver o que estava acontecendo…

Ceci se virou ao ouvir a voz de Amélia no batente da porta, ela sorriu fraco.

— Não estou aqui me entristecendo…

— Uhum, e eu sou um hipogrifo né… Eu te conheço, lembra?

Ceci soltou um muxoxo, e Amy jogou-se no espaço vago da cama, ao lado da amiga.

— O que ‘tá acontecendo Cê?

— Eu…

— Nem me venha com desculpas…

— Eu nem disse nada ainda!

— Mesmo assim, não me venha com desculpas.

Ela suspirou, tentou pensar em várias mentiras para contar, várias opções. Nenhuma era boa o suficiente, Amy era uma boa mentirosa e uma boa investigadora, dizia até que era seu dom especial descobrir quando alguém mentia, e para ser completamente sincera, ela era boa mesmo.... Sem outra saída em vista, ela suspirou outra vez, e mais uma, e mais outra, e acabou por fim a contar a verdade, era uma boa ideia? Não. Havia ideia melhor? Não.

 

oOo

 

Amy ouviu tudo atentamente, encarando o teto, sem proferir uma sequer palavra.

Ela se virou para a outra.

— Acha mesmo que fariam isso a suas irmãs? Não acredito que seus pais não tomariam nenhuma medida para as proteger caso você não….

— Eles iriam às proteger, mas não seria suficiente. Eles não tem piedade. quantas famílias já destruíram… mataram e torturam pais de crianças pequenas, crianças pequenas, eles não tem o menor coração, Amy, e em todo caso, eu realmente tenho escolha? Eles me perguntaram, me questionaram, ou meus pais já haviam tomado a decisão de que eu me tornaria Comensal,e aquilo era só uma encenação para me avisar? Você sabe como meus pais são… São minhas irmãs, eu não tenho muita escolha, afinal.

Amy suspirou.

— Tenha garantias.

— Umm?

— Era o que minha mãe sempre me disse. “Se vai se misturar com os predadores, tenha garantias’. Tenha uma você também. Garantias de que pelo menos suas irmãs estarão seguras.

— Como?

— Qual a única maneira de sua mãe lhe prometer algo e não quebrar a promessa que você conhece..?

Elas trocaram olhares cúmplices.

É claro. Um voto perpétuo.

— Mas isso você vai fazer depois.

— Humn?

— Agora, você vem comigo!

— Não, não, e não Amélia!

— Sim, sim, e sim Cecília! Qualé, você voltou para Londres, minha melhor amiga tá de volta, e você seria um monstro se não passasse tempo comigo!

— A gente pode passar um tempo aqui em casa, ver Friends e comendo pipoca!- Ceci protestou.

— Não. Você vai colocar uma roupa, pegar sua bolsa, e vai vir comigo a algum lugar. Que tipo de amiga eu seria se deixasse você ficar se empanturrando enfurnada dentro de casa?!

— Uma amiga que respeita as vontades da outra.

Amy soltou um resmungo e depois sorriu de lado.

— Bem, nunca fui muito com as suas vontades, são sempre estranhas, mas não fui eu que larguei a melhor amiga e fui para a França, nem fui eu que te troquei por uma prima qualquer…

— Chega, você venceu! Satisfeita?- Cecília revirou os olhos se descobrindo e indo até a mala onde suas roupas se amontoavam.

— Muito! - Amy sorriu vitoriosa e talvez até, um pouco, endiabrada.

 

oOo

 

Cecília andava junto a Amy com seus braços enroscados na garota. Elas andavam pelas ruas de pedra do Beco Diagonal, que estava pouco movimentado, já que ainda faltava umas semanas para as aulas em Hogwarts começarem, e a maior parte das famílias bruxas ainda estavam viajando.

Elas riam de alguma coisa quando pararam em frente a sorveteria Florean Fortescue, sentaram-se em uma das mesinhas redondas com toldo do lado de fora do estabelecimento.

Um garoto com seus dezessete anos apareceu tropeçando em seus próprios pés.

— O que desejam? - Ele tinha uma voz estranha, como a de um garoto que não saiu da puberdade e ainda tem a voz em constante transformação, transformações bem  engraçadas por sinal.

— Ué, o que houve com o senhor Florean? - Ceci perguntou mais para a amiga do que para o rapaz parado a frente segurando uma caderneta.

— Ele está sumido, já faz alguns dias, e-eu estou tomando conta, enquanto ele ain-ainda não aparece…- O rapaz explicou sem jeito.

— Qual seu nome garoto? - Amy questionou como se perguntasse aquilo a uma criança.

— Thomas.

— Thomas, vamos querer sorvete sabor chocolate e framboesa com nozes picadas, por favor.

— Certo…

Ele saiu cambaleando para o interior do local. Cecília e Amy se encararam.

— Que estranho. - Falaram em uníssono.

Elas jogaram papo fora até o garoto chegar aos tropeços com duas taças enormes sob uma bandeja,mais tropeços.

Amy pegou a primeira colherada, mas a voz de Ceci cortou seu momento nas nuvens, por um breve segundo, é claro.

— Céus! Que grande massa ruiva!- Amy notou que a amiga olhava para alguns Weasley’s que desciam uma das ladeiras até uma loja com letreiro apagado, e colunas que evidenciaram recente reforma.

— Weasley’s.

— Hum? - Cecília murmurou em resposta enquanto um dos gemêos tirava uma chave dourada do bolso e enfiava no trinco da porta.

— Não se lembra deles?

— Deveria?

— A gente estudou com dois deles, os gemêos, ruivos, sardentos, bonitos, Gifinos…

— Devo ter uma vaga memória…- Cecília disse.

— Lembra do Carlinhos Weasley? - Amy perguntou numa tentativa de reavivar a lembrança da amiga.

— Sim, ah! Os Weasley!- Ela basicamente gritou a última parte, e vários dos ruivos se viraram na direção dela.

— Nossa Cecília, grita mais alto porque eu acho que teve gente em Hogsmeade que não te ouviu.- Amy revirou os olhos, e Ceci estava tentando, que deixe bem claro, de maneira beeem falha, se esconder atrás da sua taça, e talvez pela sua pouca sorte, uma garota ruiva apareceu puxando junto a si uma outra garota de cabelos cacheados que tentava, também inutilmente soltar seu braço da outra.

— Oi, com licença, você conhece a gente de onde? - A ruiva questionou com um sorriso gentil e empolgado no rosto. Uma Cecília muitíssimo vermelha se ergueu de trás da taça, ela olhou de soslaio para Amy em busca de alguma ajuda, mas esta só ria dela por trás de uma enorme colher de sorvete. “Por Morgana, eu devo ter sido aliada de Grindelwald em outra vida para tanta desgraça!” Cecília pensou com seus botões, para uma pessoa tímida e envergonhada como ela, aquilo era como voltar a época em que a professora a obrigava a ficar de frente para a sala toda recitar algo que ela não decorara.

— Ginny tá me machucando! - A outra garota tentou soltar-se novamente, mas a ruiva lhe devolveu um olhar de reprovação.

— Ah… bem… olha…. Me desculpa, foi um acidente…- Ceci tentou se justificar mas cada alternativa que aparecia em sua cabeça era pior do que a anterior.

— Você gritar meu sobrenome no meio da rua foi um acidente?- A garota perguntou a olhando muito, mas muito estranho. Amy teve uma crise de risos e cuspiu um bocado de sorvete que tinha na boca na direção de Cecília, que respirou fundo, “Maldita hora que fui sair da cama, maldita hora! Merda!”.

— Por favor, vamo fingir que isso nunca aconteceu, foi só um sonho! Certo?- Okay, Cecília agora oficialmente parecia desesperada.

— Concordo com ela Ginny, não viu que está envergonhando a moça! - a morena a repreendeu e tentou puxá-la.

— Qual seu nome? - a ruiva perguntou quase a beira de puxar uma cadeira e sentar-se à mesa.

— Cecília…- Ela respondeu derrotada, não havia solução mesmo, de qualquer forma.

— Ah, prazer, Ginny Weasley, essa é minha amiga Hermione, Hermione Granger.- a outra deu um leve aceno com a cabeça, ao qual Ceci respondeu da mesma forma, dois garotos apareceram atrás delas duas, um moreno com os cabelos bem bagunçados e óculos redondos e um ruivo, que Cecília deduziu ser irmão da garota, outro Weasley.

— Ginny, Mione, vocês não vão vir não?- O ruivo perguntou olhando de canto de olho para as outras duas sentadas, por sinal, Cecília ainda limpava os resquícios de sorvete que caíram sobre sua blusa de bolinhas pretas, quase um top solto, que parecia mais um babador de uma criança de cinco anos com a porquice de Amy.

— Ah, sim, vamos, foi um prazer te conhecer Cecília, até mais…- Ela olhou para Amy que soluçava baixinho após sua crise quase estética de risos.

— Amy.

— Você estudou em Hogwarts certo?  

— Sim, Sonserina, estudei com seus irmãos…

— Ah, você estudou em Hogwarts Cecília?- ela se virou para a garota que acenou com a cabeça em sinal positivo.

— Por dois anos…

— Ah mas…

— Vamos logo Ginevra. - o irmão a cortou a puxando pelos ombros.

Cecília pode ouvir enquanto eles se afastavam algo como “ Não me chame de Ginevra, Ronald!”

Ceci fuzilou Amy com os olhos, que só riu mais de toda a cena. Elas pagaram pelo sorvete e se levantaram, quando começaram a caminhar novamente, Cecília tropeçou nos próprios pés e caiu no chão, como a perfeita desastrada que era, ela olhou para cima esperando que a outra a ajudasse, mas essa se contorcia de tanto rir.

—Céus! Só melhora!- Cecília se levantou e cruzou os braços.- Eu já disse como sua desgraça me faz rir? -ela gargalhou novamente.- Já disse que te amo e senti sua falta? - apertou Ceci com os braços, como era baixinha não deu muito certo.- Porque eu te amo!

 


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Notas finais do capítulo

Então, mereço comentários? Gente, me falem, vocês assistem muito séries, se sim, quais são as favoritas de vocês?
* Vocês vão descobrir que sou muito aleatória, mas bateu curiosidade sabe?*



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