Incompréhensible escrita por Sky


Capítulo 4
Si c’est á choisir entre toi et eux…


Notas iniciais do capítulo

Oie, me perdoem a demora, mas eu simplesmente não sabia o que escrever, eu comecei esse capítulo mais de sete vezes, ficou meio confuso, eu acho, mas dá pra pelo menos seguir com a fiz, espero*qualquer dúvida sobre a fic, é só me perguntar pois irei responder de bom grado anjos.
Queria agradecer e dedicar esse capítulo as quatro pessoinhas lindas e maravilhosas que estão acompanhando a fic, me deixa mais do que feliz ♥



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Si c’est á choisir entre toi et eux…

 

Algumas horas mais tarde.

 

“ Cecília mal andava, era simplesmente levada com a multidão, pisoteavam seus pés, a empurravam, era como uma formiguinha, se sentia como uma formiguinha.

A chuva caia forte, e cada pingo que era sentido por cada uma daquelas crianças mas se assemelhava a pequenas pedrinhas.

Tudo o que a garota via em meio a névoa era o lampião do guarda caça de Hogwarts, o próprio não passava de um vulto negro, uma enorme sombra a frente dos pequenos.

Eles subiram a bordo dos pequenos barquinhos, quatro em cada um. Ceci entrou em um com outras duas crianças cujo rosto estava escondido, uma garota de cabelos cheios e cacheados sentou-se ao seu lado. Ela movimentou a boca, mas Ceci não reconheceu o som emitido pela outra, que se aproximou e quase gritou em seu ouvido.

— Oi! Sou Amélia!

Cecília cutucou o ouvido com o dedo, se aproximou da garota e fez o mesmo, só que em tom mais baixo.

— Cecília…

A outra sorriu.

O castelo se aproximava, mas parecia escondido pelo céu nublado e tempestuoso, ainda assim, era uma gigantesca construção, sua sombra era, ao menos. Era possível ver algumas de suas luzes acesas.

O barco deu um tranco, Cecília foi arremessada para fora, sentiu Amélia tentar segurar-lhe pelo pulso, mas tal ato foi em vão, e infelizmente só serviu para rasgar a manga da camisa, e enroscar a capa em alguma parte do barco. Ela deu impulso na própria água e conseguiu jogar o tronco e a cabeça para cima, sobre o barco, passou a perna esquerda por cima, e quando ia jogar a perna direita, e encontrar-se viva no interior do barquinho, um par de garras agarrou sua panturrilha e a puxou. Ela puxou a varinha de sabe se Deus onde, e jogou alguns dos pouquíssimos feitiços que sabia, mas todos eram banais e obviamente não a ajudaram em nada. Ela sentiu alguém puxar-lhe pelos braços e as garras se arrastarem por sua perna até soltar-se.

Um enorme casaco de toupeira foi jogado sobre si, ela viu olhos pequenos, como besouros observa-la, vendo se seu estado era grave, envoltos em um emaranhado de barba e cabelo.

Quando o barquinho parou na margem, ela foi pega no colo e depositada no chão. O meio gigante que a carregava falava algo para uma senhora, com chapéu pontudo, vestes negras, seus lábios estavam crispados, ela foi levantada e quase arrastada para uma ampla sala, repleta de macas. No percurso ela observou o interior do castelo, cada tijolo parecia perfeitamente colocado na parede, até a maneira que os lampiões flutuavam, tudo parecia tão mágico, mas bem, ela só era boa observando coisas quando as desenhava, seu talento secreto que de secreto não tinha nada.

Uma senhora que se vestia como uma enfermeira se aproximou da cama onde o gigante colocou a menina. Primeiro a olhou, depois começou a lançar diversos feitiços, e a enfiar um tanto de poções goela abaixo da garota, todas com gosto ruim, a propósito.

— Qual seu nome querida?

Cecília mesmo um tanto desnorteada respondeu quase gaguejando.

— Cecília Morgenstein, e o seu?

A mulher soltou um risinho.

— Sou Pomfrey querida, Poppy Pomfrey…

— Poppy, acha que ela tem condições de participar da seleção? - A mulher do chapéu pontudo perguntou.

— Achar não acho Minerva, porém, é a seleção dela, talvez se ela não fizer muito esforço, depois ela pode somente passar a noite aqui, para ser supervisionada…

O gigante pegou a garota no colo outra vez, ele saiu com as outras duas mulheres até uma enorme porta, onde colocou a menina no chão, tudo no caminho não passava de um borrão, talvez seja por Cecília estar meio grogue.

A portas do salão se abriram, as duas mulheres saíram rapidamente em direção a uma mesa na ponta do salão, onde tinha uns adultos um tanto estranhos, um senhor de cabelos e barbas longas e prateadas e brilhantes, oclinhos meia-lua, e uma roupa exageradamente púrpura. Um homem de cabelos negros na altura dos ombros e um tanto narigudo. Uma mulher de chapéu sujo de terra, olhos brilhantes e cabelos cacheados. Alguns outros que por algum motivo Cecília não se deu o trabalho de olhar atentamente. Havia também um homem extremamente baixinho, que segurava um rolo de pergaminho maior que ele mesmo, ele estava em pé diante de uma dúzia de alunos, ele falava alto o nome de algum deles e o mesmo ia até uma banquinho de madeira de três pernas, onde havia sobre ele um chapéu velho com um rasgo, um rasgo que se movia e falava, ou gritava, depende do ponto de vista, é claro.

Cecília foi manca até uma garota de costas para ela, e quando estava prestes a cair se agarrou ao braço da menina, Amélia se virou na hora e segurou ela, “Obrigada” ela murmurou a outra.

“ Frey, Amélia!” O professor chamou a menina, que olhou para Cecília perguntando num sussurro se estava tudo bem, “pode ir, já estou apoiada no chão, viu?” Ela fez um movimento, bem provavelmente tosco, que fez a outra rir e a soltar, ela subiu os degrauzinhos e sentou-se no banco. O chapéu ficou um tempo imóvel, abriu seu rasgo outra vez, e gritou: Sonserina! A menina correu para a mesa debaixo da bandeira verde com uma serpente, não sem antes dar uma última olhada na garota, que acenou com os polegares.

“Morgenstein, Cecília!”

Ela congelou, e virou-se lentamente para o “palco”, deu um passo, um ato que ela sequer sabe como fez, e foi tropeçando até o banquinho, sentou-se, inspirou e expirou, colocou o chapéu sob sua cabeça, respirou fundo e apertou os pulsos, coisa que só fazia quando estava muito nervosa, apertou o casaco contra o corpo outra vez, já que ele estava prestes a cair do corpo outra vez.

“ Hora, hora, hora, o que temos aqui? Você me parece muito corajosa…”

“O senhor está alucinando…” Cecília balbuciou.

“ Não estou não criança, também é muito ambiciosa.”

“Só o senhor acha isso, e eu nem estou brincando…”, ótimo, Cecília está ficando louca, não tinha expressão.

“Tão inteligente e criativa!”

“Não sei quem está mais pirado” pensou Cecília.

“Você, que está falando com um chapéu. Porém é tão gentil e leal!”

Cecília piscou várias vezes, e sentiu o chapéu abrir o rasgo outra vez.

“Lufa-Lufa!””

 

— Cecília? Cecília. Cecília?!

A garota piscou diversas vezes até notar que a mãe a chamava. Ela segurava um desenho seu de Amélia, ao lado de uma serpente e um texugo.

— Oi!

Ela viu a mãe resmungar alguma coisa, mas não alto o suficiente.

— Eu e seu pai precisamos ter uma conversa com você, agora…

E então a mãe saiu do quarto, e Cecília pode ouvir os saltos ecoando a cada degrau que a mãe descia.

 



Cecília estava sentada em uma das pontas da mesa, brincando com seu elástico de cabelo. Os pais estavam sentados na outra ponta, e por mais que aquela família tivesse passado por muitos momentos com o clima pesado, o daquele momento estava tão pesado que estava prestes a cair sobre cada um deles.

— E então, o que vocês queriam conversar..?- Ceci quebrou o silêncio.

A mãe pigarreou.

— Bom, minha filha, gostaríamos de te perguntar, te perguntar…- O pai gaguejou.- Se você gostaria e aceitaria se tornar, se tornar… se tornar uma Comensal…

Ceci engasgou com a própria saliva, seus olhos se arregalaram , qualé? Que brincadeira de mal gosto! Pensou ela.

É o que?!— Sua voz saiu quase como um grito, fino e agudo.

O pai suspirou.

— Querida, bem, Lord Voldemort tem particular interesse em ter você como sua, ann, aliada…

Aliada? “Particular interesse”?

Cecília estava prestes a ter uma crise. Que a crise esperasse, ela precisa discutir primeiro, prioridades!

— Querida, você é jovem, inteligente, engraçada, gente boa, seria de muito valor, seria perfeita para…

Por Morgana, pai, PARA!

— Cecília, nos entendemos, certo? Te conhecemos mas, tem muita coisa atrás disso e…

— Se entendem, por que estão me perguntando isso?

O pai suspirou e a mãe respondeu.

— Acha mesmo que queremos que você se torne uma Comensal Cecília, por Deus, pense. Mas não temos escolha, não temos alternativa…

Sempre temos uma alternativa, uma outra escolha!- ela agora gritava a plenos pulmões.

— Temos alternativa, mas nenhum delas não coloca a vida de alguém dessa família em risco.

Cecília se levantou e bateu com as duas mãos na mesa de mogno. Seu coração batia mais rápido e mais forte do que era possível.

Meu Deus! Quem está em risco mãe?

— Suas irmãs, obviamente. Se você não se tornar uma de nós, elas é que estão em perigo, Cecília!

Ceci suspirou e fechou os punhos.

— O que você..?

— Cecília eles são assim, ou você está com eles ou está contra eles! Eles são vingativos, e se vingariam por meio de suas irmãs, sua tola.

— Mas elas são as filhas de vocês, eles fariam algo a elas…

— É claro que fariam, tola. E você já deixou essa família na mão muitas vezes, você não colocaria elas duas em risco, colocaria?

— Claro que não mãe! E quando exatamente eu deixei essa família na mão?

— Todas às vezes em que preferiu ficar com sua tia, com sua prima, você nunca viu, nunca teve ideia de como aquelas duas choraram por não te ver aqui com elas, você deve isso a elas!

Ceci começou a chorar, as lágrimas caiam em uma sequência interminável e rápida sobre seu rosto.

— Cecília, se for para escolher entre você ou elas… serão elas, sempre. Não deixe suas irmãs na mão, por favor. Você sabe se virar, de um jeito ou de outro, elas não.

Cecília limpou o rosto com a manga, mesmo o ato sendo completamente inútil.

— Por que eu?

— Por que você é linda e boa, e ele precisa de alguém que parece amável como você, ele precisa de espiões, Cecília, e se não for você, o melhor que ele fará a essa família é matar suas irmãs, porque se não fizer isso, ele obrigará uma delas, Clarisse ou Camille a ser, elas ao crianças, Cecília.

Cecília assentiu e se obrigou a ir até o quarto, chorar em um lugar onde não seria vista nem perturbada.

Se tornar Comensal seria perder uma parte sua. Uma parte que ela não queria perder.

Mas não se tornar seria perder outra parte sua. A melhor parte, a da suas irmãs. Mais que grande merda!

 



— Não acha que exagerou com ela..? Não foi o que combinamos no plano…

O marido encarou a esposa.

— Não foi exagerado, de toda a forma o plano não daria certo, só fiz o que tinha que fazer, assim ninguém dessa família morre, não hoje, não amanhã. Fiz o que tinha que fazer, por essa família que está quase no buraco, e esse nome que está quase na lama.- Ela respondeu seca.

— Enganou ela, forçou ela, não fez o que tinha que fazer, fez pior.- Ele suspirou.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? ♥



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