Incompréhensible escrita por Sky


Capítulo 13
Celui de Départ


Notas iniciais do capítulo

*Engolindo a vergonha de ter sumido* Perdões por estar demorando tanto para atualizar, não estou atingindo minhas próprias “metas”, não metas, o que eu mesma gostaria. Eu quero escrever, mas não estava conseguindo passar nada para o papel… E aí fiquei sem internet por um tempo, Obrigada internet lenta, você me ajuda tanto! *Sinta a ironia*. Mas ela, linda e plena voltou, e então, era o aniversário da minha mãe, e um monte de coisas aconteceram…. Então, me desculpa. ♥
Gente, nove acompanhamentos ♥ eu amo vocês, obrigada! Dedico todos esses capítulos a minha mãe, linda e maravilhosa, Sandra, a Lazuli, minha leitora mais linda, e a LuckyLady, nova aqui na estória, que comentou e me alegrou muito, acho que ela não está nesse capítulo ainda, mas já agradeço. Os comentários de vocês me animam demais, não tem ideia. Acho que é só.
Beijinhos, boa leitura!
P.S: Eu postei essa fanfic também no Wattpad. Tudo hoje. Se quiser falar comigo pode ser por lá, ou por aqui também, eu sou um amor, podem conversar comigo, me chamar, comentar e etc.
Fiquem com as lindas das minhas irmãs, e a Evangeline, meu anjinho, que espero que se torne o anjinho de vocês, a Amy, e...



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Celui de Départ.

Evangeline Torner; 16 anos.

  Uma semana depois.

Cecília havia esquecido da movimentação na Estação King Cross, e seu costumeiro cheiro de café feito na hora, das balinhas vendidas escondidas perto das colunas de sustentação. Havia esquecido que a maior parte dos passageiros ou tinha a mesma cara de tédio, e suas maletas gastas, ou as várias checadas nos relógios de pulso, ou o sorriso casual e as roupas estranhas dos estrangeiros ou dos que retornavam a terra natal.

As irmãs andavam rápidas puxando a mais velha pelas plataformas, empurrando seus carrinhos com suas grandes malas. Era engraçado como as pessoas eram tão distraídas com seus próprios pensamentos, não notando algum garoto idiota que derrubara as bolsas, ou um velhinho resmungão, ou até três garotas atravessando uma parede de tijolos vermelhos.

A fumaça que saia da locomotiva vermelha, o Expresso de Hogwarts, cobria todo o lugar, como uma grande nuvem baixa sobre uma cidade. Dezenas de alunos se amontoavam na entrada do trem e alguns outros se despediam de sua família.

— Bom, acho que é agora que…- Cecília sorriu para as irmãs que viraram para encará-la.- Vou sentir saudades… - sussurrou enquanto beijava o topo da cabeça de Lisse e abraçava Millie.- Se cuidem e me mandem cartas!

— Queria não ter que voltar…- Clarissa olhava para o monte de alunos perto do grandalhão vermelho. Cecília a abraçou outra vez.

— Não se preocupe, okay?

— Okay.- suspirou.

— Oi!- uma garota apareceu sorrindo, seus cabelos loiros caiam em uma cascata de cachos nas costas da garota, ela tinha um óculos estranhos e coloridos.- Clary!

— Oh, oi Luna!- Lisse limpou uma lágrima solitária.- Luna, essa é minha irmã mais velha, Cecília, Ceci, essa é a Luna, minha colega de casa, cama e turma…- ambas sorriram, e a mais velha poderia jurar que o sorriso da outra iluminava o lugar.- Essa é a Millie, mas ela você conhece…

— É um prazer…- Cecília disse, antes de ter sua atenção focada em um cabelo ruivo que se aproximou, a menina procurava algo em uma bolsa pequena, seu cabelo tampando o rosto.

— Luna, o que você…- ela levantou os olhos para as outras três.- Cecília!- a ruiva abraçou a outra apertado.- Oh, desculpe, herdei o abraço de urso da minha mãe…- a menina sorriu desajeitada.

— Sem problemas…

— Vocês se conhecem?- fora Luna quem perguntara. Antes de alguma delas responder, um apito soou de dentro da locomotiva indicando a última chamada antes de partirem, Ceci abraçou as irmãs mais uma vez antes de entrarem, acenando para as outras duas garotas que entraram logo atrás delas.



oOo

Clarisse apertou as alças da mochila no corpo enquanto ziguezagueava pelos alunos amontoados no corredor ou os outros que entravam em suas cabines, numa rápida olhada para trás ela pode ver Millie empurrando Levi pela multidão, as outras duas garotas, Luna e Ginny do seu ano, haviam desaparecido em algum dos vagões anteriores.

Perto do final do trem, ela encontrou uma cabine vazia, quando entrou fechou as cortinas e sentou-se próxima a janela. Tirou o livro gasto da bolsa, as páginas estavam amareladas e tinha um cheiro estranho, mal sabia dizer a quanto tempo tinha aquele livro. Abriu na primeira página, passando os dedos sobre a tinta fraca sobre as folhas. “Dedico a Lottie, minha querida amiga, que nunca me deixou desistir, dedico a todos que tem alguém como ela.” A frase estava pequena no canto da folha, escrita a mão pela própria autora, Miranda Marrow.

Havia se passado horas, mas para ela meros minutos, cada palavra era uma benção para a garota, sua válvula de escape, para toda e qualquer situação ruim.

— Olha só quem eu encontrei…- Lisse suspirou e fechou os olhos ao ouvir a voz de Nate, da porta do vagão.

— Eu mereço…- resmungou baixo.

— Não está feliz em me ver Lissinha?- ele sentou-se ao seu lado encurralando-a no canto do assento.

— Nem um pouco.- murmurou para si mesma.

— Uma pena…- Nate passou o braço sobre o ombro. Um calafrio passou pelo seu corpo, e a fez saltar do banco.

— Dá para sair daqui de uma vez?!- ele levantou-se e cresceu para cima dela.

— Se não o que?

— Eu tô cansada de ser boazinha, então sai logo.- ele deu outro passo para frente, Clary num puxão pegou sua varinha e a encostou na garganta dele, o fazendo cambalear para trás.

— Finalmente alguém que enfrente esse idiota.- uma voz soou da entrada do cubículo. A garota sorriu balançando a cabeça lentamente, os cachos sobre os ombros, o pequeno cordão que pendia em seu pescoço subia e descia com a respiração, seu olhos percorriam o rosto dos dois adolescentes.

— Cala boca, que isso não é assunto seu.- Nate semicerrou os olhos na direção da outra.

— Não calo não, idiota.- ela passou por ele e colocou o braço sobre os ombros da outra, que dessa vez não rejeitou o contato.- Você por outro lado, deveria é pular do trem, eu sairia avisando a todos sua “dolorosa perda”, utilidade pública, entende?- sua voz saiu carregada de deboche.- E se não percebeu, ninguém quer sua abominável presença nessa cabine, Nataniel.

— Não acabou…- ele disse saindo e se virando para Lisse.

— Pro seu bem, é melhor ter acabado.- sua expressão, assim como sua voz, cortaram o ar ameaçadoras.

— Preciso de mais pessoas para enfrentarem o Nate.- a garota revirou os olhos deitando-se na banco vago.- Você é…?

— Clarisse…- esticou o braço para a outra, que o chacoalhou no movimento de cumprimento.

— Evangeline…- sorriu.- Ou Evan, ou Line…

— Certo.- sentou-se desconfortável.

— Não precisa ter medo, não sou como o idiota do meu primo, Srta. Clarisse.- reprimiu uma careta.

— Não é isso… É… nada demais.- respondeu baixo escondendo as mãos na manga da blusa, impedindo a outra de ver as pequenas correntes púrpuras que brilhavam sob sua pele, medo. Ela teve medo.



oOo

 

Camille entrou no primeiro vagão vazio que encontrou, puxando Levi consigo.

— Você tá brincando, não é?- a garota jogou sua mala no banco enquanto se virava descrente para o outro.

— Não, você não estava lá, está bem!

— Não, eu não estava. Sabe onde eu estava? Do seu lado quando ela partiu seu coração, e quando você decidiu voltar outra vez, e ela te destriu outra vez, eu não acredito que vai dar a décima chance!- suspirou passando os dedos pelo cabelo embaraçado.- Levi, eu sou sua melhor amiga, e sei que merece coisa melhor que Sophia Carbii… Ela é legal e incrível, sei que é, mas não te faz feliz.

— Cami…- ele balbuciou.- Eu sei me cuidar…

— Estamos atrapalhando a briga das cumadres?- Louise perguntou quase rindo pelo nariz. Os fios rubros caindo numa cascata através do vestido roxo que a menina usava.

— Cala a boca, Maria Louise.- Millie bufou.

— Ui, tá nervosa ela, eu ein…- Elisa reprimiu uma careta de deboche, revirando os olhos castanhos e sorrindo, sentado do lado da garota.

— Fiquem quietas, estou dando conselhos a esse retardo!- avançou no amigo, mas retrocedeu.

— Ihhh, o que aconteceu?- a ruiva olhou de um para o outro.

— Ela está dando pit porque eu vou dar outra chance a Sophia…

Oi?— Lisa encarou o garoto estreitando os olhos.- Mas você…

— Eu sei, e já disse isso para ele!

— Ei!- elas se assustaram com a voz elevada dele.- E daí que eu vou voltar com ela, eu sempre apoiei as três, só me dem apoio também…- Levi suspirou antes de sair da cabine, e desaparecer pelo corredor.

— Ótimo.- Cami se virou para a janela enquanto cruzava os braços sobre o peito.- Nem quando tento ajudar ajudo, incrível.

 

oOo

 

Cecília bebericava o chocolate enquanto esperava Amy, que apareceu tropeçando, quase correndo, pela ladeira da ruinha do Beco Diagonal.

— Eu tenho uma novidade!- disse enquanto tirava o casaco, esbaforida e suada.

— Fala!- a garota ajeitou-se na cadeira.

— E consegui! A vaga, a vaga para ser interna no St. Mungus! Eu consegui!- ela sorriu radiante.

— Oh, por Morgana, isso é incrível!- disse se levantando e abraçando a outra.- Seu sonho!

— É…. Eu nunca mais vou ter que ficar preocupada com a minha avó, você …

— Eu sei, eu sei seus motivos. Estou tão feliz por você…- apertou a mão da amiga sobre a mesa.

— E sua especialização? Alguma notícia?- seu rosto apagou um pouco.

—Ainda não, mas eu não posso fazer nada além de esperar…- forçou um falso sorriso.

— Sei que vai conseguir, não a magizoologista melhor que você, Cecília Morgenstein!- pulou da cadeira recolhendo suas coisas.- Eu vou contar para minha vó…- Ceci assentiu abraçando a amiga outra vez.

— Você é incrível, e tenho muito orgulho de você, sei que seus pais também, onde quer que estejam…- Amélia apertou o abraço, afrouxando para limpar as lágrimas que escaparam.- Não duvide disso.

— Eu te amo, amiga, obrigada.

E então desapareceu, aparatou, deixando a outra sozinha com seu café.

Cecília colocou dois sicles sobre o guardanapo, pegando seu copo de chocolate quente, que já começara a esfriar, e começou a andar pela rua pouco iluminada, contendo somente alguns postes de iluminação.

Ficou alguns minutos pensando além, até que ouviu som de várias risadas, parou se virando e procurando a origem do barulho.

Soltou um suspiro de alívio ao ver dos garotos idênticos junto com outro rapaz e duas garotas.

Continuou andando aproximando um pouco mais o copo.

Fredelícia?- perguntou quando o grupo chegou perto o suficiente.

— Ah, oi!- sorriu sem jeito coçando a nuca. O irmão riu do outro acompanhado pelo outros três.- É…

— Cecília.- disse tirando a mão do bolso do casaco.

— Cecília, certo.- ele se virou para os outros.- Minha cópia mal feita, Jorge, e a namorada dele, Angelina. Nosso amigo Lee, e a Theodora…- Ceci sorriu para eles.

— Bom, foi um prazer, mas acho melhor eu ir indo…- ela sorriu para os próprios pés, antes de levantar o rosto e desfazer uma careta estranha.

— Bom, por que não vem com a gente?- Fred perguntou, logo visivelmente se arrependendo.

— Ir onde?- ela perguntou escondendo a graça que viu na cara do outro.

— Nada não… Deixa pra lá…- ele ia se virar para andar, quando o irmão passou o braço sobre seu pescoço, o fazendo se virar novamente para a garota.

— Ele gostaria de saber se quer ir com a gente ao Três Vassouras. Você quer?- Jorge sorriu olhando de um para o outro.

— Ah…. Não tenho muita coisa para fazer mesmo, então, porque não.- ela dizia cada palavra olhando a expressão do garoto, que se alternou entre surpresa e… Algo não identificado.

Eles começaram a andar inundados no silêncio, “Por que eu fui aceitar, droga! Devo ter sido aliada de Grindelwald em outra vida, não é possível. Era só dizer, ‘ obrigada, mas não posso’. Merda!” ela pensou apertando a manga entre os dedos.


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Notas finais do capítulo

E então??? O próximo vai ser dessa saída desse sexteto ♥



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