Preto|Branco escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 12
Invasão na BioCorp


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo.



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A BioCorp é a maior empresa científica da costa leste dos Estados Unidos. Perde apenas para os laboratórios sofisticados do Vale do Silício. A estrutura do prédio lembra uma cúpula gigante no meio de uma vasta região verde. Uma cerca de quinze metros separava o lugar da floresta ao redor. Longe das cidades grandes, só podia ser acessada por uma única estrada ou de helicóptero.

Um ônibus escolar dobrou a curva para entrar na estrada da empresa. Eles pararam em frente ao portão principal. O motorista desceu do veículo para se identificar ao segurança. Um dos oito passageiros pegou um fuzil, saiu pela porta traseira e atirou de surpresa. Os demais pegaram as suas armas de guerra e iniciaram a invasão, matando quaisquer pessoas que entrassem no caminho. Eles colocaram bombas de pedreira nas extremidades do portão, detonaram e entraram no complexo científico no ônibus.

BIOCORP - ÁREA DE SEGURANÇA

O chefe da segurança viu pelas câmeras os cadáveres no chão, o portão aberto e acionou o alarme.

— O que está acontecendo neste lugar? — indagou Strannix.

— Huhuhuhu. Achou mesmo que eu chegaria aqui, fizesse a troca e deixaria vossa excelência continuar como está? — Sasha deu um pulo para trás, sentando no sofá do escritório. Remexeu no bolso do casato a fim de tirar um cigarro, pegou um isqueiro e acendeu. — Meus homens acabaram de chegar e colocarão um fim nisso.

Aquelas palavras do moreno deixaram James aborrecido e surpreso. Achou o jovem burro o suficiente para ter feito o que fez.

— Toda a polícia vai chegar aqui e, quanto menos esperar, será preso ou morto. E vou achar bem feito, porque o idiota em vez de levar o dinheiro calmamente, decidiu mexer no vespeiro.

— Suas ameaças não me atingem, Jimmy. Sem esse pessoal todo, você não passa de um velho fracote.

Os seguranças pretendiam puxar as armas, mas os dois capangas viram e ameaçaram atirar na criança. Strannix ordenou que eles abaixassem suas pistolas. Eles foram mortos a tiros. Louis levou um susto e começou a chorar.

— Maldição — murmurou o cientista.

A troca de tiros causou um rastro de morte e destruição. Os seguranças da BioCorp, no máximo, portavam submetralhadoras. Competir com fuzis era uma grande desvantagem. Os minions de Beringer destruíram os vidros da entrada da recepção onde havia uma ponte sobre um lago artificial. Os trabalhadores correram a fim de se esconderem dos tiros.

— Tira a bandana da cara do moleque — ordenou Sasha.

— Papai! Papai! — Louis abraçou o homem sentado no sofá. Para a sua surpresa ele levou um soco no rosto e ficou deitado com a sola do sapato do vilão no rosto.

— Papai uma porra, moleque imundo! Eu não sou o seu pai! Coloque isso na sua cabeça de uma vez por todas.

— Não faça isso, Sasha. Você acabou de socar o rosto de um menino de sete anos — o cientista puxou Louis para perto de si. Segurou-o no braço.

— Não vai me dizer que resolveu virar bom moço, Strannix? Desista disso, não combina nada com você. Esqueceu que foi o senhor que estragou a vida do pai do moleque?

Ao ouvir aquilo, o menino pediu para largá-lo. Ficou sentado no canto da parede, chorando, com a cabeça entre os joelhos.

 

Enquanto isso, Zach subiu a parede externa da mansão, chegou no teto. Ao andar pela estrutura inclinada, perdeu um pouco de equilíbrio, escorregou e teve que segurar de novo na corda.

Um segurança foi verificar a parte de trás da mansão e viu os dois pseudo-carpinteiros.

— Pensei que estivessem trabalhando — logo acima Zach brigava para se manter firme.

Brittany viu pela janela o segurança passar e saiu imediatamente. Ordenou que o homem voltasse para a guarita e que os carpinteiros estavam descansando dez minutos.

Zach subiu o telhado mais uma vez, caminhou para a chaminé da sala de chá, jogou uma corda dentro do buraco e a fincou ao redor da própria chaminé. Começou a descer, percebendo que era escuro e mais apertado do que imaginava.

— Pronto, você chegou ao local exato. Está atrás da parede de gesso — afirmou o agente que olhava pelo notebook.

Acendendo a lanterna do capacete, o loiro pegou as ferramentas da bolsa que trouxe consigo. Retirou uma furadeira com função de serrar.

— Faça um quadrado de 20x20.

A máquina perfurou a parede. Logo o barulho de metal soou. O gesso foi tirado na forma de um quadrado, caiu na base da chaminé. A parte de trás do cofre era visível.

— Consegui — respondeu ele pelo microfone acoplado na orelha.

— Ótimo. Agora vem a parte difícil. A estrutura de aço nesse ponto não é tão grossa quanto na frente ou nas laterais, mas ainda vai demorar um pouco para fazer a abertura.

— Está um forno aqui dentro — murmurou.

Do lado de fora, os dois agentes acompanhavam a operação. Doris era informada pelo áudio do agente que estava no notebook. Notou que Seth procurava por algo.

— Que foi, chefe?

— A salsicha do meu pão. Acho que perdi.

Ela caiu dentro da van estupefata com o chefe.

— O senhor acabou de comer!

— A tá.

Dez minutos perfurando o fundo do cofre. A máquina furadeira tinha agora um equipamento em forma circular que funcionava para abrir buracos redondos perfeitos em qualquer superfície. Por fim, Thomas tirou o pedaço circular do cofre.

— Consegui abrir um buraco — ele puxou qualquer objeto dentro, exceto nos maços de dinheiro.

— Certifique-se de que tudo que não sejam joias ou dinheiro seja pego.

Uma pasta azul grossa era impossível de passar, por isso, com apenas uma mão, ele abriu a pasta e retirou todos os papéis nela. Tateou mais um pouco e sentiu um pen drive, também o pegou.

— Acho que foi tudo.

— Coloque o pedaço de volta e desça por baixo.

Sujo de carvão e suado, Zach saiu da chaminé com os papéis e o pen drive. A porta da sala estava trancada, mas Brittany abriu na sequência.

— Conseguimos. Agora vamos saber se isto pode comprometer Strannix.

O mais velho folheou todo o documento. Eram mais de trezentas páginas sobre o transplante de consciência em humanos. De fato aquilo já era suficiente para incriminar James. Dentro do pen drive havia arquivos de vídeos com as experiências com Zach e Sasha.

— Eureka! Eles filmaram tudo. Vamos avisar ao chefe... — o celular do agente tocou. — Chefe?

— Você, que eu esqueci o nome, passa para o Zinco ou pra Britta.

— Fala.

— Zinco, eu recebi uma informação que houve uma invasão na BioCorp. Parece que nosso amigo Zunisha invadiu lá e tá fazendo todos de reféns.

— E o meu filho?

— Senhora Britta, essa informação eu não tenho. Retornem para a van. Mas o Zachary e a Brittany vão no mesmo carro... opa, errei o nome de vocês.

— ERROU NADA! — gritou Doris.

Os três agentes saíram da mansão e entraram na van. Brittany e Zach entraram no carro. Os dois veículos foram embora.

— O caminho para o laboratório não fica muito longe de Boston, mas não vai ser uma ida rápida — contou a mulher.

Thomas olhou para a esposa dirigindo e sorriu. Ela perguntou se motivo para a alegria dele era o fato de conseguir os documentos que provavam os crimes de James. Ele negou ao dizer que sentiu ser beijado por ela na casa do lago.

— Ué? Não posso mais beijar o meu marido?

— Não é isso... é que você não se importou em beijar a boca do Sasha.

— Não interessa a casca, mas quem tá dentro. E eu já até me acostumei com você nessa forma.

Eles saíram da cidade e foram pela periferia até o local onde ficava o portão da empresa. Chegaram e viram tudo destruído.

Um dos agentes pegou todos os documentos, entrou no carro particular e foi embora entregar ao juiz federal. Os demais continuaram na estrada da BioCorp.

O celular de Brittany tocou.

— Cadê o meu filho?!

— Que mulher histérica. A melhor coisa foi a gente ter se separado. Agora ouça: estou com o pivete na mira da minha arma. Se Zachary não vier para a BioCorp em vinte minutos, eu o matarei.

Strannix ficou refém junto com secretária na sua própria sala. Viu a sua mesa e pediu para ficar sentado na sua cadeira.

— Sabe qual o meu plano? Vou matar vocês dois e fugir para bem longe. Esse é o plano. Inclusive, antes de matar aquele bastardo, vou despachar o amiguinho dele. Aí quando ele vier, darei a notícia.

...

Nova Iorque

Mais de uma semana no hospital e Adolf teve uma recuperação rápida e estável. Apesar de ainda estar todo enfaixado, conseguia movimentar melhor os braços e a tomar sopa.

O enfermeiro entrou mais uma vez no quarto.

— E minha múmia favorita? Como está? — disse enquanto trocava os soros.

— Carlos, por que está sendo tão legal comigo? Eu já te disse que odiava hispânicos. Não mereço todo esse apreço.

— Você mesmo disse que se arrependeu, não foi? Eu acredito.

— Acho que você tem é segundas intenções comigo. Não é ruim, pois te acho bonito.

— Um paciente gay e um enfermeiro também gay. Parece que o destino nos colocou juntos. Agora descansa — beijou a testa do paciente e saiu do quarto.

Uma auxiliar de enfermagem esperou Carlos sair do quarto, entrou vagarosamente e viu Adolf dormindo tranquilo. Pegou uma seringa a fim de injetar um líquido no soro. Carlos entrou de uma vez.

— Esqueci minha... prancheta? O que está fazendo aqui? Você não tem autorização para entrar neste quarto.

— Com licença.

Felizmente a mulher não conseguiu injetar o veneno na corrente sanguínea de Willard. Carlos pediu para ela entregar o objeto, ela relutou. Na segunda tentativa, a mulher tentou furar o enfermeiro, mas ele deu um golpe de autodefesa nela e pondo seus braços para trás.

— Você está me machucando! Isso é agressão contra mulher.

— Agressão contra uma víbora peçonhenta, isso sim! Você vai pro xilindró.

Ele chamou a polícia e relatou o acontecido. O médico informou que sequer conhecia a mulher que tentou matar Adolf.

— Você está bem?

— Sim — os olhos de Adolf estavam marejados. Carlos, achando o loiro fofo, se segurou para não pular em cima dele. — Você... você...

— Fala logo.

— Pode ser meu amigo?

— Posso — aproximou-se bem perto de Adolf. — Também posso ser além do que um simples amigo.

O paciente ficou vermelho.

...

Doris abriu uma maleta com armas. Entregou para os dois agentes, para si, para Seth e Zach. A única que ficou desarmada foi Brittany.

— É o seguinte: não trouxemos coletes. Então é matar ou morrer.

Eles entraram pelo portão principal, passaram pelos cadáveres dos seguranças e caminharam pelo campo verde.

— Senhor, recebi a informação que seis pessoas acabaram de entrar na propriedade — informou um dos policiais para Sasha. O moreno havia tirado o dinheiro das malas para contar.

— Venha comigo. Você cuide do velho e da criança. Olha meu dinheiro.

— Sim, senhor.

Eles foram para o andar inferior onde ficava a sala da segurança. Nos corredores, os homens com fuzis mantinham os trabalhadores de reféns.

— Pensei que viriam apenas ela e ele. Esses quatro eu não conheço. Não importa, matem todos menos Zach. Aquele eu mesmo matarei.

— Sim, chefe.

Ainda na sala do último andar, James observou o capanga durante todo o tempo. Aproveitou que ele ficou de costas para pegar um revólver na gaveta e atirar contra ele.

— Louis, presta atenção. Saia daqui e se esconda.

— Sai. Você também é mau.

— Não importa. Esconda-se — Strannix saiu da sua sala.

O rapazinho não obedeceu ao conselho do homem, voltou para a sala na tentativa de procurar algum esconderijo. Viu um isqueiro em cima do sofá.

Zach e Brittany ficaram juntos quando pegaram o elevador. Assim que a porta abriu eles se abaixaram e foram agachados até chegarem num corredo. Eles entraram num dos laboratórios e usaram uma mesa de aço como escudo de volta ao corredor. Um minion fazia a patrulha quando foi abatido pelo loiro.

— Você fica aqui. A partir de agora as coisas ficam mais perigosas.

Vários tiros foram dados. Sasha acabava de sair da escada e encontrou os dois naquele corredor.

— Que sorte. Nosso terceiro encontro, hein, policial? 

— Fica aqui, amor. Não sai de trás da mesa.

Ele atirou com sua arma às cegas. Sasha estava em vantagem com duas pistolas.

— Sabe, eu tenho a vantagem de querer ficar no seu corpo. Assim eu posso te matar sem me importar com meu corpo, e você não vai me matar porque seu desejo é trocar comigo.

— Se for para o bem do meu filho que eu te mate, eu te matarei sem me importar com mais nada.

O policial que havia sequestrado Louis conseguiu ter o privilégio de chegar por trás dos dois e apontar a arma. Seth, porém, chegou a tempo para abater o bandido.

Sasha se assustou com a chegada de mais uma pessoa e voltou para a escada.

— Fica com o senhor Hoffman.

Ele perseguiu Sasha pela escada. O vilão retirou o casaco preto e continuou a subir até o andar da sala de Strannix. Entrou no corredor, sentiu cheiro de fumaça. Ao entrar, viu o dinheiro todo ardendo em chamas.

— MEUS DEZ MILHÕES!!! Maldito Strannix, vou desossá-lo. Maldito! Maldito! Meu dinheiro!

Ele voltou para o corredor e viu Louis com o isqueiro na mão. Associou aquilo com o fato do dinheiro queimar. Puxou as duas pistolas para atirar no garoto, mas foi surpreendido com os tiros de Zach. Ele voltou para a sala.

— Fuja, Louis! — falou para o seu filho. O menino correu com tudo.

Beringer jamais deixaria barato o que Louis fez com o dinheiro. Atirou várias vezes na direção da porta da escada onde estava Zach e correu. O herói não teve sorte pois a fumaça e o fogo haviam se espalhado, impedindo de prosseguir.

Louis ficou sem saída. Viu uma entrada de ar no chão, ao lado de uma mesinha, e entrou. Engatinhou facilmente, haja vista era criança. Sasha já não tinha mais munição, por isso pegou a faca que havia trazido, colocou-a entre os dentes e entrou na tubulação.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

O último sai amanhã ou quinta. No mais tardar na sexta.

Só pra deixar uma resenha. Se você gosta de história que envolve pessoas meio humanas e meio animais então precisa ler Younnan. É a história de um homem lobo que se apaixona por uma estrangeira. É ação

https://fanfiction.com.br/historia/768117/Younnan/

Terminada a leitura, a continuação que é um hentai furry. Pois é, a Fiona só gosta do ticuticunofubá com ele na forma híbrido.

https://fanfiction.com.br/historia/771342/Filho_no_Luar/



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