Preto|Branco escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 11
Cofre


Notas iniciais do capítulo

Antepenúltimo capítulo.

E a odisséia do nosso querido Zach está chegando ao fim. Ainda faltam 2 capítulos, mas parece que estou me despedindo antecipado.

Quero agradecer a querida teffy-chan pela linda recomendação. Eu disse que quando resolvo fazer história, é história boa. As ruins eu simplesmente cancelo.

O título é referente ao objeto que James guarda a coisa mais valiosa que pode derrubá-lo.

Ainda neste capítulo teremos 2 personagens novos. Um deles é o senhor que gosta de falar nomes errados e meio lerdo. Eu tava só aguardando ele aparecer ahuahaua



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— Eles já chegaram.

— Ótimo. Não os perca de vista — disse James.

Ela levou Louis para a casa de Bárbara O'Neal no Brooklyn.

— Você veio mesmo, filha.

— Fui convidada para o velório do senhor e senhora Broward.

A sua mãe mostrou o obituário no jornal. O local e a hora foram especificados. Cemitério Metropolitano.

O carro do espião parou uns trinta metros da casa da senhora O'Neal. Um homem calvo e de paletó bateu três vezes no vidro.

— Estou ocupado, senhor.

— Por favor, é só uma informação.

O espião abaixou o vidro. O cidadão pegou uma arma de choque e eletrocutou-o na altura do pescoço. Desmaiado, o espião foi alvo fácil desse homem, sendo colocado no porta-malas.

Brittany saiu da casa da mãe para ir ao hospital ver Adolf e depois ao cemitério. O homem aguardou vinte minutos dentro do carro do espião, saiu, ajeitou a gravata e tocou a campainha. Bárbara atendeu.

— Polícia de Nova Iorque. Posso entrar? — mostrou o distintivo sem dar outra opção para a mulher.

— Claro que sim. — Abriu caminho para ele entrar.

Ele entrou na residência. O senhor O'Neal, a irmã de Brittany e o avô dela estavam reunidos na sala. Louis brincava no quarto. O policial agarrou Bárbara por trás e fez todos de reféns.

— Vem cá, moleque!

Ele falhou em sequestrar Emily Beringer, mas com Louis Thomas a coisa seria mais interessante. Aguardou por muito tempo, talvez horas para assim fazer a ligação.

— Você vai atender ao telefonema, entendeu, menino?

— Mamãe! Mamãe!

— Louis!

 

Cemitério Metropolitano

— A minha vontade é de meter uma bala na sua cabeça por mais que eu nunca mais volte ao meu corpo. Foi um erro ter sequestrado o meu filho.

Samantha ficou confusa com toda aquela conversa. Sasha insistia que era ele o verdadeiro, mas ela continuava a acreditar que Zach era o Sasha. E assim todos se mantinham sob as miras das armas.

— Cale-se. Você está tentando nos matar. Eu vi vocês atirando na minha casa. Agora vem falar que é o Sasha? Não estou aqui para brincadeiras.

A ligação caiu, deixando Brittany trêmula de medo pela vida do filho.

— Você vem comigo — falou Zach para Sasha. — Precisamos destrocar nossos corpos quer você queira ou não. Será uma questão de tempo para Strannix cair.

— De maneira nenhuma, meu amigo. Onde essa ideia de destroca estiver apontando, vou para o outro lado. Depois de matá-lo, fugirei para o México com minha grana.

A tensão naquele recinto ficou maior. A qualquer momento alguém puxaria o primeiro o gatilho.

Um helicóptero da polícia sobrevoou pelo cemitério, sobretudo na capela. A voz do alto falante assustou a todos ali. Sasha correu para trás de uma mesa e a usou de escudo enquanto atirava. Os dois policiais morreram baleados por Zach.

— Cadê ele? — indagou Zachary, atordoado depois dos tiros.

Ele viu um corpo feminino deitado no chão. Samantha havia sido baleada no peito pelo algoz. Zach a segurou, mas era tarde demais.

— Cuida da nossa filha... por favor.

— Eu não sou o Sasha — ele falou com muita tristeza.

— Eu sei... por isso me apaixonei... seja lá quem você for.

Ela pediu um beijo. Zach atendeu e a beijou brevemente na boca. Depois morreu em seus braços. Naquele momento ele sentiu tanto ódio que não queria saber se mataria seu próprio corpo.

Sasha correu entre os bancos da capela. Zach viu a fuga e atirou contra ele, mas o moreno havia fugido.

— Sai daqui. Vai logo! — exclamou Brittany a fim de evitar sua prisão.

No campo do cemitério, Sasha corria para um dos carros estacionados. Viu o inimigo seguindo, atirou. Porém, havia sido baleado de raspão no abdome e estava sangrando.

— Droga — descansou um pouco atrás de uma lápide e continuou a fuga.

Uma senhora de idade dirigia vagarosamente seu carro quando viu um homem de jaqueta rolar sobre seu capô e apontar uma arma para a sua cabeça.

— SAI! — gritou ele.

— Por favor, não atira.

Ele empurrou a idosa e entrou no carro. Os vidros despedaçaram com os tiros, mas conseguiu fugir. Zach correu tudo o que podia para alcançá-lo, mas era tarde demais.

— Parado! Largue sua arma agora!

— Calma, chefe. Pegou o homem errado.

O policial ordenou mais uma vez que Zach largasse a arma, pedindo para ele pôr as mãos na cabeça e se ajoelhasse. Ele foi preso e conduzido numa viatura da polícia.

Minutos depois de fugir, Sasha encontrou um celular no carro e ligou para Jimmy Strannix. O celular estava desligado, por isso tentou o telefone fixo.

— Como assim falhou? — a voz de James era aborrecida.

— A polícia chegou do nada. Antes de eu fazer qualquer coisa, já estavam perto. 

— Idiota! Você falhou em matar aquele policialzinho. E agora, hã? Vai se virar, seu lixo imundo. Não terá mais a minha ajuda — desligou.

— Alô? Velho maldito! Se pensa que vai me tratar assim, está muito enganado.

Dirigiu para o hotel em Manhattan que havia alugado. Subiu ao terceiro andar, mas policiais estavam tentando arrombar a porta do seu quarto. Sangrando, transpirando e sem muitas opções, voltou para o carro. Outros policiais estavam no carro por causa da denúncia da idosa.

— Merda — saiu caminhando com a mão sobre a ferida. Pegou um táxi.

A situação de Sasha não estava das melhores. Voltou para o seu antigo apartamento na periferia da cidade, tirou a jaqueta, a camisa e viu um rasgo na altura das costelas. Passou água e tomou analgésico. Pegou linha, agulha e costurou a própria carne. A dor só era menor que o ódio que sentia.

O seu telefone tocou.

— E como vai o moleque?

— Conseguimos chegar no cativeiro.

— Ótimo. Chego aí em um ou dois dias. Preciso me recuperar — abriu a gaveta da cômoda, pegou um pacotinho de cocaína e cheirou enquanto bebia cerveja.

 

A visão de Zachary foi tampada por um pano preto durante todo o trajeto que o carro da polícia fez. Como era policial, sabia que esse tipo de condução era contra a lei para policiais comuns. O guarda saiu do carro, tirou o pano da cabeça de Zach, tirou as suas algemas e o levou para dentro de uma casa na beira de um lago. Parecia uma casa de veraneio, um grande chalé. Um Cadillac Eldorado 1957 era visto estacionado ao lado do imóvel.

— Entra. O meu chefe está esperando.

Ele subiu os degraus, abriu a porta e entrou. A sala era aconchegante, toda feita em madeira. Havia uma escada que dava para o andar superior e uma lareira.

— Olá?

Um barulho de descarga. Logo um homem com mais ou menos quarenta anos, cabelos grisalhos e vestindo um terno amarrotado apareceu. Ele tinha um pão na boca e um prato de sopa nas mãos.

— Quem é você? Que lugar é este?

O sujeito estranho foi para uma mesa da sala de jantar, colocou o prato e começou a comer a sopa. Zach estranhou aquele momento pacato.

— Que foi, rapaz? Não vai sentar? Vou pegar um prato com sopa pra ti. Quer?

Ele dispensou a refeição, mas sentou à mesa. Ficou parado, olhando o grisalho terminar de tomar a sopa com pão.

— Ah! Que delícia. Não sabe o que perdeu — bateu na barriga como se estivesse cheio.

— Onde estou?

— Calma, tenha paciência, deixa pelo menos a comida descer primeiro — pegou um guardanapo e se limpou. — Você não está na delegacia, muito menos sob custódia da polícia comum.

— Pensei que ia me prender. Afinal, sou Sasha Beringer.

— Não, filho. Você não é ele. Surpreso? Pois bem, eu sou agente Seth Hoffman do FBI. Já sei que você é o verdadeiro Zaquarias...

— Como? E quem é Zaquarias?

O agente ficou procurando algo debaixo da mesa.

— Posso ajudar?

— Hein? Não, era só um pão que acho que eu perdi — Zach ficou confuso pois o sujeito havia acabado de comê-lo com a sopa.

— Ah... pode me dizer o que há aqui?

— Estou numa investigação sigilosa contra Jango, Jâmis... sei lá, acho que é um velho cabuloso de sobrenome Matrix... há poucos anos. A queda do senador amigo dele e a confissão do médico Rodriguez reabriu o caso. Eu peguei e fiz algumas investigações sobre você e o Xuxa. Vocês foram a segunda dupla de experiência humana. O mendigo e o pastor foram os primeiros — ele falava todos os nomes errados, deixando Zach com cara de bobo.

— Peraí, pensei que Victor havia matado os dois. Oi? Tá se sentindo bem? — Hoffman ficou olhando para o chão por trinta segundos.

— Pera, tô me refazendo... Ah! Tenha santa paciência, cidadão. Você é burro ou  tá pagando pra ser no crediário? Ele trabalhava para Skripix. Todo aquele julgamento fez parte da farsa. Desde lá monitoramos o doutor vilão, mas para uma acusação formal precisamos de provas materiais.

Zach se levantou indignado com a atuação dos federais. Eles poderiam ter evitado muita coisa, mas preferiram deixar as águas rolarem. Seth pediu para ele ficar calmo e colaborar com a investigação.

— Meu filho foi sequestrado! Uma amiga morreu e outro foi espancado. Acho que vou surtar.

Seth pediu para o outro federal trazer Brittany do quarto de cima. A mulher desceu a escada e viu Zach com o agente Hoffman. Os dois se abraçaram, porém Zach não quis beijá-la.

— Os dois me ouçam. Seu filho não terá algum mal enquanto for valioso para Beringela. Ele quer algo do doutor fodástico e vai usá-lo como moeda de troca. Acredito que seja dinheiro, será mais fácil para nós.

— Será que aquele cientista maluco vai se importar com a vida dele?

— O James não sabe que sei a verdade. Ele tenta se aproximar de Louis, portanto vai pagar qualquer resgate — respondeu Brittany.

— Exato.

— Ainda penso na Emily. A filha da Sam ficou órfã e só tem a mim. Pra ela sou o pai dela.

— Ela está segura, assim como a sua família, senhora Brittney. Infelizmente a Jamantha Kong não aguentou os ferimentos. Sinto muito. Entretanto, se querem suas vidas de volta, terão de ajudar o FBI a partir de hoje.

— Quem é Brittney? — perguntou Brittany.

— Jamantha Kong hehehe — o outro policial rachava de rir.

Seth se espreguiçou e foi descalço para o seu Cadillac. Os dois permaneceram dentro do chalé, observando pela varanda a vista exuberante do lago. Segundo Hoffman, eles estavam no interior de Nova Iorque, longe de qualquer centro urbano.

— Quando tudo isso acabar, juro que vamos passar muitas noites juntos. Quebrar a cama...

— Assanhadinho — ela escorou-se nele. — Deve ser ruim ficar em outro corpo. Não posso imaginar seu sofrimento.

Ela ficou contando sobre os dias maravilhosos quando eram casados. Muito tempo depois percebeu que Zach estava dormindo. Ela olhou para ele e viu aquele homem diferente, caucasiano, mas que por dentro era o seu Zach. Aproximou-se dele e o beijou na boca, porém não considerou traição. E se a destroca não desse certo?

...

1 Semana depois.

James, trabalhando no seu escritório, foi interrompido pela governanta Myrtle. Mandou transferir a ligação para a sua sala.

— Pensou na minha proposta?

— Claro. Só que houve uma mudança de plano.

— Qual?

— Vou levar o garoto para dentro da BioCorp e quero ficar cara a cara contigo. É isso ou mato o menino.

Strannix não teve outra alternativa a não ser concordar com a proposta. Há uma semana vinha tentando agradar Brittany, no entanto, apenas falhou.

Subiu uma escada espiral atrás da sua mesa, foi até um cofre forte entre as prateleiras dos livros. O objeto de última geração só podia ser aberto com senha e sensor biométrico do seu dedo. Colocou documentos confidenciais. A partir daí, James entrou no seu Porsche e foi para o seu encontro com Sasha.

 

Chalé do Lago

Chegou o dia para colocar em prática a operação que poderá derrubar James. Seth instruiu todos os passos que Zach e Brittany terão de dar. Uma mulher baixinha e com uma trança apareceu para terminar as instruções.

— Precisamos abrir o cofre do escritório do seu noivo para pegarmos os documentos. Alguma dúvida?

— Agente Doris, se eu encontrar esses documentos confidenciais sobre a BioCorp, o que acontece?

— Senhora Thomas, o juiz federal vai determinar a prisão do seu noivo e a considerar fato o transplante de consciência. Isso quer dizer que por mais que Sasha Beringer tenha matado muita gente no corpo de Zach, será o Sasha o responsabilizado. Entenderam?

Entraram numa van e partiram para o aeroporto. De lá pegaram um avião fretado pela polícia federal, desembarcaram em Boston e pegaram um carro — Brittany e Zach — e outra van — Seth, Doris e outros policiais.

— Zico, Britta, conto com vocês. A Bóris vai dar ótimas instruções pela escuta — falou no rádio.

— É Doris!

— Espera! Para o carro.

— Que foi, chefe?

Ele desceu e foi comprar um cachorro-quente num carrinho e retornou para a missão. A van parou vinte metros da mansão. O carro particular buzinou na frente da entrada. O segurança viu a senhora Strannix e deixou passar. Ela conduziu o veículo para perto da garagem.

— Pronto?

— Ainda não. O jardineiro veio trabalhar hoje. Espera aí — falou pelo celular.

Brittany passou dez minutos para conversar com os empregados e dispensar todos. Voltou ao carro, abriu o porta-malas e permitiu Zachary sair.

— Quase morro ali dentro — resmungou, retirando a gravata por causa do calor.

— Vamos pelo lado de trás da mansão.

A porta dos fundos era onde ficava a piscina e o jardim. Ela abriu e permitiu o rapaz entrar.

— Que casa massa.

— Nem vale tanto à pena assim. Venha, por aqui.

Destrancou a porta dupla do escritório. O ambiente era todo em madeira mogno, possuía tapeçarias, vasos e quadros caros. A mesa de madeira do século XIX ficava bem na frente da porta. Atrás da mesa havia uma vasta prateleira de dois andares com livros. Subiram uma pequena escada espiral e foram para as prateleiras de cima. Entre uma prateleira ou outra havia um espaço que mostrava a parede e bem no meio o cofre. Zach tirou uma foto e mandou para Doris.

— Esse cofre... não temos na agência?

— Bela percepção, agente Norris. Esse é um modelo avançado. Não vai dar para utilizar os meios fáceis como impressão digital falsa. 

Ele ligou para Zach.

— Machaby, ouça com atenção. Esse cofre é de última geração. Há os números para digitar que é uma combinação de até doze dígitos e a biometria do homem.

— Estou com as digitais dele — disse Brittany.

— Esse tipo de placa reconhece a superfície da pele humana. Se colocarmos um plástico com as digitais e enganarmos, o sensor vai reconhecer a fraude e soará o alarme — falou Doris. — E nem tentem abrir à força, porque as dobradiças devem ser ligadas ao alarme. Perfurar também pode ser arriscado, pois esse modelo deve ter uma segunda camada, mais ou menos de dez centímetros de espessura somente com liga de cobalto. Levaríamos horas e a qualquer momento o senhor Strannix poderá chegar.

— Tá. Não vai ser fácil arrombar esse cofre. Sabemos que o plano A será descartado. Vamos para o plano B — disse Zach.

— Claro. Precisamos usar os nossos garotos e também a perspicácia da senhora Thomas — afirmou Doris.

Brittany foi ao lado de fora da mansão e disse aos seguranças que esperava por alguns carpinteiros contratados para reformarem algumas portas e assoalhos. Eles questionaram se o patrão sabia disso, ela, fingindo estar ofendida, afirmou aos seguranças que sim.

Três agentes saíram da van com bolsas e pedaços de madeira. Ela guiou o trio para dentro do imóvel.

O mais velho dos três pegou a planta da mansão que havia conseguido na prefeitura e mostrou o local exato do cofre.

— A única maneira será arrombar o cofre por trás, porque ele é mais fino nessa parte e não tem sensor de alarme.

— Então temos um problema. Não há a mínima possibilidade de perfurarmos a parede por trás. Há concreto muito espesso — avisou Brittany.

— Espera. Existe algum cômodo do outro lado? — perguntou o outro agente.

— A sala de chá. É pouco usada pelo James.

— Parece que tem uma lareira entre esta sala e a sala de chá. Se alguém entrar pela lareira e perfurar a parede fina, vai conseguir alcançar a parte de trás do cofre — informou o terceiro.

— Quem vai se arriscar a subir o telhado desta mansão e entrar em uma das lareiras? — indagou o mais velho.

Zach respirou fundo e se voluntariou para fazer a missão.

— Tem certeza?

— Sim, amor. Parece que esse é o último passo para conseguir a liberdade. Estou pronto.

Os três homens saíram pela área da piscina e atiraram um gancho na direção do telhado. Foram quase dez tentativas até a corda fincar numa telha.

— Boa sorte, guerreiro.

— Uma vez eu subi rapel no shopping. O treinamento na academia militar me possibilitou ter um bom condicionamento físico.

Ele subiu a parede da mansão. Todo o cuidado era pouco já que uma queda poderia machucar Zach ou os seguranças do outro lado poderiam vê-lo no telhado.

Brittany e o outro agente ficaram observando pelo notebook a imagem da câmera no capacete dele. Ela se afastou um pouco para perto da prateleira de livros. Num rápido movimento com os olhos ela viu um livro que chamou a atenção, haja vista era parecido com um diário da capa dourada. Retirou o objeto e folheou.

— Ele tá conseguindo.

— Só um momento, moço. Preciso ver isso aqui.

Havia colagens de jornais com as fotos antigas de James com a falecida esposa Candance. Além disso manuscritos feitos por ele próprio. Numa das páginas havia uma foto colada da ex-mulher morta, dentro de um bloco de gelo.

— Meu Deus. Ele congelou a própria mulher dele.

Leu um trecho onde dizia que Candance morreu por colocar a moral à frente da ciência. A desculpa da morte por leucemia veio a calhar, mas, segundo o diário, Strannix vinha envenenando a mulher aos poucos depois que ela pediu para ele desistir do projeto T.C em humanos.

...

BioCorp

A câmara criogênica mais uma vez estava ocupada com James observando Candance congelada. Passou a mão sobre a superfície lisa do gelo. Ninguém sabia da existência daquele esquife, nem mesmo os que trabalhavam no laboratório. Ele saiu do ambiente gélido, voltou a trancar a câmara e foi para o escritório.

— Parece que você está decidido mesmo, hein?

Sasha se virou para cumprimentar James. O moreno havia pintado o pouco cabelo de loiro. Radicalizou com um alargador em forma de cruz na orelha esquerda. Sua roupa era militar, camisa sem mangas que evidenciava suas tatuagens, calça militar, coturnos e o casaco preto por cima.

— Eu nasci decidido — estalou os dedos e dois policiais trouxeram Louis com um faixa no rosto. — Dez milhões em cash agora ou estouro o miolo do moleque.

Strannix pediu para que os seguranças entrassem em sua sala com quatro malas com 2,5 milhões de dólares cada.

— Dez milhões e uma passagem para a Polinésia. Nunca mais quero ver essa sua cara que não é a sua verdadeira cara.

— Veremos.

Um ônibus escolar parou em frente ao portão automático do laboratório. Uns sete ou oito homens apareceram armados de fuzis.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Faltam mais 2. Parece até um ente querido indo embora. T.T



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