Cidade Universitária 1998.

Algumas pessoas estão reunidas no laguinho da Federal para celebrar um casamento, Wanderson de regata e bermuda branca e Inês de vestido branco.

Otávia foi informada e pegou o carro, quando Inês estava atravessando, ela se chocou com o veiculo em alta velocidade.

No hospital Inês não perdeu só o bebé, mas também o útero, eles não poderiam ser pais.

—a gente dá um jeito, eu te amo Inês.

—mozi!

Espinheiro 2018.

   Antonio está comendo miojo com o peixe dele, quando Arlette liga.

— oi Antonio!

ele engasga.

—tudo bem?

—acho que sim.

—topa ver o filme do Mujica no São Luiz?

—claro que sim.

— Antonio? ...

—eu... Eu pago a pipoca.

—é isso mesmo?

— manda a Barbie Facistinha pro inferno, eu te amo!

—wow!

      Michelle e Sidney estavam transando, quando Antonio bate na porta.

— quem é?

—Antonio!

— vai atender ele?

—eu não vomitei R$ 14,00 reais em comida pra Antonio me interromper.

      Em uma quente noite de Recife, Antonio e Arlette se encostavam no cinema, Hadassa fazia seu primeiro rolê na Rua da Moeda, Alison bebia em uma mesa, eles se olham e caminham juntos por Recife e se beijam.

     Olavo compra flores pra Arlette que taca fogo nelas.

—bebê acabou, Olavo!

—Arlettte...

—eu fui fiel a você por 20 anos, porra!

—foi... foi um erro.

—(risada irónica) é incrível tu viva com ciúme de Wanderson e olha quem traiu essa relação foi você.

—desculpa!

—com uma sequestradora de crianças...

—Arlette!

—não dá mais, fala pra Melissa que tem comida na geladeira.

—o que é isso aqui?

— calma Melissa.

— calma é o caralho, Amelie!

—sua mãe tá indo embora.

—fala até o fim, Olavo.

—eu trai a sua mãe.

— seu escroto do caralho!

       Olavo dá um tapa rosto de Melissa.

—sua doente mental! Você e essa outra aí ficam propagando devassidão homossexual.

—eu vou morar com a minha mãe.

—meu baby de mainha, vem cá, mainha te aceita do jeito que você é porque eu te amo muito.

—eu te amo mainha.

         Em uma outra tarde Saul e Leah vão ambos tomar chá com Otáva de frente pra Cidade Alta de Olinda.

—vai ser hoje, a pecadora vai morrer.

—descrição é alma desse negócio.

— oi senhora Otávia.

— oi Leah!

— quem é esse?

—esse é Saul, um amigo da igreja evangélica, já diz a igreja que devemos ter diálogo inter religioso. 

— sim, a senhora é um exemplo.

—obrigada!

      Inês encontra os registros médico do parto de Erica que confirmava que a menina nasceu viva, os arquivos foram trocados e só havia uma pessoa por trás disso: Ketny!

      Ketny estava arrumando um táxi, quando Arlette com toda força, puxa ela pelos cabelos e a comprime na calçada.

—chama a viatura! Te peguei desgraça!

—nunca você vai achar a Erica.

        Mag desce as escadas da portaria e vê Ketny sendo presa.

—o que aconteceu?

—aconteceu que a tua parenta vai acertar as contas delas com a justiça.

             Leah dá uma carona a Saul que estava muito nervoso no carro.

—quer conversar?

—não! Aquela desgraçada...

—não fique assim...

        Mais tarde, Hadassa estava radiante, aproveitando aquele fim de tarde na Rua do Imperador, foi para a parada de onibûs, quando viu Saul, teve o impulso de gritar , mas se conteve.

—sua pecadora miserável!

           Saul esfaqueia Hadassa que cai no chão sangrando, ele foge correndo, Wanderson que passava no local vai ao socorro de Hadassa.

—Hadassa?!

          Ele vê nela um sinal de família enquanto a colocava no carro para prestar socorro, Arlette sente um forte arrepio.

—Melissa, abaixa o ar.

—mainha, eu nem liguei o ar.

—oxente! E o que foi isso?