Olinda 2018.

Era uma manhã quente de novembro, os gemidos de Wanderson e Inês invadiam o apartamento, Otávia estava muito irritada com a situação.

— droga! Wanderson e impulsos sexuais...

— bom dia mamãe!

— aff!

— feliz aniversário, mozi.

— oh mozi!

— eu comprei um presente.

— obrigada Inês, vai ter festa viu Otávia.

— Wanderson, sem me consumir.

         Naquele domingo Alison vê Leah na praia e vai falar com ela.

— oi Leah.

— aff Alison vaza, a gente terminou, eu tô pegando um Americano.

— beleza.

         Olavo pesquisa psicólogos para Melissa no livro do plano, enquanto elx estava fumando e beijando Amelie na varanda do apartamento.

—tais doente Olavo?

— é pra Melissa, isso não é normal.

— tá falando da Amelie?

— sim, nada faz sentido, Alison terminou com Leah e a minha filha gosta de meninas.

— e daí? Melissa é um ser pleno, é disso que você teria de se orgulhar.

— isso é culpa sua, colocando essas coisas na cabeça dela.

         Michelle estava dormindo ao lado de Sidney, eles se pegavam fazia 2 meses, ela era independente, plena, tal qual Arlette, mas com a sua própria maneira de ser.

— Namora comigo Mih?

— Sidney, eu aceito.

— eu vou comer um puerão, quer?

— sim.

         Hadassa voltava da padaria quando foi parada por Irmã Naomi e Saul.

— oi Irmã Hadassa, paz do senhor.

— Irmã Naomi, eu sai da igreja.

— vimos seu nome no disciplinado...

— problema do pastor!

— o que aconteceu com seu cabelo?

— Saul, eu doei para crianças que precisavam mais dele do que eu.

— volta pra igreja, você pode prender o cabelo, comprar uma peruca...

— eu não vou voltar Saul, eu estou feliz sem tantas proibições.

— oi Hadassa.

— Wanderson? O Uber?

— sim! Visitas?

— não.

— quer o que com ela?

— eu falo com quem eu quiser, Saul.

— hoje é meu aniversário, vai ter bolo, chega lá em casa.

— beleza.

— hey boy, deixa a boyzinha poh, ela num quer mais.

         No domingo à tarde, Inês comprou um bolo de doce de leite do Bom Preço, Arlette, Olavo, Alison e Melissa foram pro rolê, coloca aí meia dúzia de PIBIC´s ouvindo the Beatles, Hadassa usava seu primeiro vestido vermelho.

— veio comer bolo?

— como você descobriu?

— num sei, talvez vendo você de vermelho, parece um ser humano, um belo ser humano.

— Alison... ainda não.

         Pablerkson olha Arlette e Olavo, enquanto Isolda paquera uma orientanda de Wanderson, Olavo vestindo uma camisa “meu partido é o Brasil” e Arlette com um vestido azul escuro com estampa de pelicano.

— tu num detestava gente de Direita né? Que qui a Barbie Facistinha faz aí?

—  Pablerkson quando você tiver consciência de classe a gente conversa, tu num é elite? Por quê tá trabalhando no domingo?

— oi Demônia!

— vai pro inferno Otávia!

— olá adorável senhora cristã, sou Olavo, esposo da Arlettte, tenho muita pena da senhora, o Wanderson...

         Otávia gela quando vê Hadassa bebendo cerveja, aquela cena estava acontecendo, com Arlette e Wanderson naquele lugar, ela tinha que dar um jeito.

— oi Hadassa, eu sou Otávia, a genitora do Wanderson.

—oi.

— corre que é embuste, Hadassa! A linha idoso Melody fica bem fake em você, Otávia.

— aprendiz de Demônia!

— tu mora aqui perto né?

— no prédio ao lado, antes eu morava em Dois Unidos.

— Inês, esposa do Wanderson.

         Após o parabéns Olavo vê que o bolo foi comprado no Bom Preço, além de olhar com estranheza as ervas que Wanderson cultivava: Erva Doce para controlar o intestino e Cidreira para acalmar.

— eu não vim de Boa Viagem para comer Bolo do Bom Preço.

— aff Olavo, parece uma idosa de 90 anos.

— um bando de maconheiro de humanas, igual ao Wanderson.

— ciúme?

— Arlette, eu não posso ter ciúme, eu te trai com a minha ex.

— Isolda mãos de tesoura? Ação humanitária hein?

— foi com a Ketny.

— você viu a Ketny? E não me disse nada?

— desculpa!

— vai de ônibus pra casa, Olavo!

— pelo amor de Deus! Roteia 3g pra mim, não me faz ir de ônibus.

         Alison e Melissa, estão olhando as boyzinhas na rua e não dão atenção na briga dos pais.