Um pouco de História: Sérgio Buarque de Holanda quando escreveu Raízes do Brasil, falava que o homem cordial que expressava sua impulsividade era um entrave para o desenvolvimento do Brasil, ele não conhecia Otávia que estava envolvida em uma briga de vizinhos que acabou em tiroteio.

         Naquela manhã Wanderson estava separando livros para vender, quando o telefone toca.

—oi.

—senhor Wanderson Iturbide Sandoval.

—Iturbide é erro do cartório.

—a senhora Otávia Iturbide foi hospitalizada porque se envolveu em uma briga de vizinhos.

         Era dia do funcionário público, Arlette estava em casa comendo macarrão com mortadela, Olavo estava trabalhando, Alison foi buscar Leah no aeroporto, Melissa foi pra casa da namorada.

— briga de vizinhos acaba em tiroteio no bairro de Casa Forte.

— ô loco mano! A mainha do Wanderson.

         Arlette pega o telefone envia um What´s pra Mih, que riu horrores da cara de Otávia, também para Clóvis Dickens que estava em um ménage com 2 boys, recebeu o what´s enquanto gozava.

         Olavo foi comprar pizza no supermercado, quando dá de cara com Ketny comprando iorgute laxante.

—Ketny!

—Olavo, como vai você?

—bem, você voltou?

—toma, meu telefone, a gente marca.

—beleza.

         Olavo estava muito próximo de descobrir algo sobre Erica, mas não ia unir Arlette com Wanderson.

         Wanderson não podia chamar Inês, ligou para Arlette, ela atendeu, topou ir pro hospital com ele, precisavam falar sobre Erica, resolver tudo o que não foi resolvido.

         Arlette estava com sua camisa de tecido orgânico e uma calça jeans, Wanderson estava com uma roupa padrão.

—oi.

—oi Arlette.

—cadê a Inês? Como ela tá?

—foi ver os pais, tá bem, ela não quer ver a minha mãe, ela atropelou a Inês e depois ela não pode ter filhos por conta disso.

— a Erica não morreu, no lugar dela tinha um bebê mongol.

— a Inês investiga a Ketny por conta das irregularidades dela, ela sumiu com prontuários de adoção de 1995 a 1998.

—Erica nasceu em 1995.

—minha mãe me sequestrou... Tá aqui pra mim é foda.

—entendo.

—eu te amei muito.

—eu também te amei.

         Naquele feriado Hadassa estava decidida a romper com Saul, Alison era apenas uma ideia doce, ela não se encontrava mais naqueles costumes, pensava no que Arlette lhe falou.

—sozinha...

—não mamãe.

—Hadassa o que está havendo?

—eu não sei, eu estou mudando, a senhora Arlette me ensina coisas boas.

—essa mulher não tem Deus!

—não mamãe!

—Saul está aí.

—tá ok.

         Hadassa saiu do quarto disposta a acabar uma relação que não lhe satisfazia mais, ela nunca amou Saul, ela queria romper com a opressão “rebele-se” gritava Hadassa que não sabia que era Erica.

—oi Hadassa.

—Saul eu quero romper.

—o quê? Por quê Hadassa?

— eu amo outra pessoa.

         Saul dá um tapa no rosto de Hadassa que corre de volta pro quarto.

— eu vou colocar seu nome no disciplinado!

—eu não me importo!

—o que aconteceu Hadassa?

—o Saul me bateu.

— o que você fez? Hadassa não estou te reconhecendo.

— eu rompi com ele.

—Hadassa! Você não é a filha que eu criei!

—eu não posso continuar aqui.

— você está no disciplinado?

—tô.

— meu Deus! Minha filha no mural da vergonha.

—mamãe não posso mais...

— eu não sou a sua mãe Hadassa, nunca fui.