Hadassa é hospitalizada, mas perdeu muito sangue; Wanderson liga pra Arlette que estava abrindo a geladeira.

—oi Wanderson.

—Hadassa foi esfaqueada tá no hospital, ela tem uma marca de família, eu peguei um fio de cabelo dela, ela pode ser a Erica.

—oi?

   Olavo vai visitar Ketny, com uma camisa da seleção e um óculos de sol original.

—oi Ketny.

—Olavo me tira daqui! Eu levei dedada dessas pessoas aqui.

—eu não posso te tirar daqui, mas eu venho no dia da visita intima, tô com saudade.

—tudo isso é culpa de Arlette!

— eu não acho que ela seja culpada, eu odeio o maconheiro do Wanderson, mas você não devia ter sumido com a Erica.

— a pirralha dos infernos, já deve ter cantado pra subir.

—oi?

—Otávia junto com Saul queriam a morte da Hadassa.

—Jesus!

—vai voltar pra esposa? Olavo.

—eu fui um merda!

    Wanderson e Arlette abrem o envelope que tem um resultado que eles leem.

— o que diz aí Wanderson?

—a Hadassa é a Erica.

—achamos a Erica!

—vai com Calma, ela pensa que a mãe dela é a Suzanna.

— a nossa Erica.

           Hadassa estava dormindo por conta dos analgínicos e outras medicações, Arlette entra para vê-la.

—mainha tá tão feliz porque você chegou, Erica.

—painho também, ela é a minha cara.

—nunca visse, Wanderson, ela é minha cara.

   o médico vem falar com Wanderson e fala sobre uma transfusão de sangue, mas a doadora é Arlette, os dias vão passando e Hadassa vai acordando lentamente, Olavo vai pros E.U.A. Alison visita Hadassa.

—oi Alison.

—se sente melhor?

—Por que veio me ver?

—porque eu te amo.

—oi?

—Hadassa...

—você foi escroto comigo, várias vezes.

—oi? Você gostava de mim.

— você esqueceu do toco na frente da livraria?

1998- Halloween.

       Arlette vê Wanderson e Inês se beijando, ela sai correndo, Olavo briga com Ketny no meio da rua.

—eu vou embora Olavo, acabou!

—oi? Ketny eu te amava.

—verbo no passado.

           Olavo arranca com o carro atrás de Ketny e atropela Arlette.

—Droga! Você tá bem?

—hum...

     Dois dias depois, ela acorda no hospital, ao lado de uma enfermeira.

—como você se chama?

—Arlette, estudo História.

—você se lembra de algo?

         Arlette se lembrou do ex beijando outra menina, ela não queria dizer isso.

—tô cansada!

      Michelle vem visitar a amiga com um cupcake de chocolate e sua blusa croped da Frida com uma saia xadrez.

—Mih, ele tá com outra menina.

—amiga... Pensa que o Wanderson e a mãe psicopata dele não vão mais te incomodar.

—e como vão as coisas?

—na mesma, quem te atropelou?

—não sei.

        Olavo estava chegando ao hospital com um buquê de flores e vestido com um calção azul e uma camiseta com estampa de bandeira dos Estados Unidos, enquanto ele vestia um terno cinza.

—olá Senhorita Arlette.

—oi, quem é você?

—meu pai atropelou a senhora, e não quer pagar o seguro.

—para de usar o seu filho, isso é ridículo.

—senhorita...

—eu tô perplexa! Fui atropelada por um coxinha.

—isso é preconceito.

—oprimiu alguém hoje?

—qui é ô guerrilheira, estou tentando um acordo.

—isso inclui usar a criança?

—você é uma comunista sebosa!

—qui é ô animador de festa do Bush, valeu aê tô no hospital privado, talvez seja até assim se o seu presidente continuar privatizando tudo.

—oi?

—enfermeira! tô exausta!

     Olavo sai do quarto de Arlette, levando Alison pelo braço enquanto o menino gritava.

—Burguês safado!

     Arlette gostou do pirralho sincero que destetava o pai coxinha, ela pensava em Erica, desiludida com Wanderson, ela estava decida a não ligar mais pra ele.