The Fear You Won't Fall escrita por WellDoneBeca


Capítulo 7
VII




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Jorge tentou parecer casual caminhando em direção à biblioteca, segurando o presente de forma apertada em suas mãos. O Natal havia sido apenas alguns dias atrás – tempo o bastante para Molly ter encontrado lá cinza levemente prateada e verde escura, e tricotar um cachecol que Cassiopeia podia usar com seu uniforme e fora da escola. Era única diferente o bastante pra não parecer pertencer à escola, mas nada que se destacaria demais.

Ele realmente queria que ela gostasse do presente, especialmente depois de presenteá-lo com tantas coisas. Ele queria muito retribuir o quê ele havia recebido.

Me encontre na biblioteca”, ele havia enviado o bilhete pela manhã, se  sentindo completamente nervoso e torcendo para que ninguém os encontrasse.

— Ei. — Ele sorriu ao encontrá-la escondida numa das sessões. — Oi.

Com Madame Pomfrey concentrada em cuidar dos alunos no torneio, Cassiopeia havia decidido não pedir nenhuma de suas poções para ajudar com os machucados que Aleksandar havia causado em seu rosto. A história que corria por aí é que ela havia se defendido sozinha, e era fácil usar as marcas em seu rosto como um distintivo de honra. Sua bochech, que estava só vermelha alguns dias antes, tinha um distinto circulo roxo que devia ser bem doloroso ao toque e só o deixou com mais raiva. 

— Olá. — Ela retribuiu o sorriso, corando quando seus olhos se encontraram. — Aconteceu alguma coisa? O bilhete pareceu urgente.

Os olhos dele se arregalaram e Jorge chacoalhou a cabeça de forma negativa.

— Não! Quer dizer… Sim. — Ele se corrigiu. — Mas foi algo bom. McGonagall me chamou e disse que ganhei 150 pontos para a Grifinória por causa do quê aconteceu no baile. Disse que eu fui bem corajoso.

Cassiopeia confirmou com a cabeça e abaixou os olhos para o presente nas mãos dele, o quê fez o rapaz movê-lo para a frente de seu peito.

— Aqui. – ele o ofereceu a ela. – É o seu presente de Natal, desculpe por ser um pouco atrasado.

Ela mordeu o lábio, liberando-o com uma expresão de dor antes de franzir as sobrancelhas de curiosidade enquanto abria o pacote macio.

— Minha mãe que fez. — Ele afirmou quando ela puxou o cachecol. – Não se preocupe, eu não disse quem você era, eu só contei o quê aconteceu e disse que era… Uma amiga da Sonserina?

Ela ergueu a cabeça tão rápido que Jorge quase achou que ela quebraria o pescoço.

— Você acha que somos amigos? – A loira indagou, incapaz de se conter, e os olhos castanhos dele se arregalaram.

O coração de Jorge se acelerou. Ela não queria que eles fosse amigos? Talvez ele estivesse levando as coisas a sério demais. Merda, o quê ele faria com o cachecol agora, ele não podia simplesmente mandar de volta pra casa. Ele já estava se preparando para as milhares de perguntas que Molly tinha pra ele assim que o eram chegasse.

— É… — Ele murmurou devagar. – Eu… Acho? Nós somos?

Cassiopeia o encarou em silêncio por um longo momento.

— Eu… Eu não… Eu não sei? — Ela gaguejou. — Você quer ser meu amigo? Quer dizer, você é da Grifinória e o seu pai...

— Nós não somos nossos pais. — Ele a interrompeu. — E, cá entre nós, o seu pai…

A Malfoy ergueu uma única sobrancelha para o rapaz de olhos castanhos, que interrompeu as próprias palavras.

— Enfim, não importa. O quê importa é que nós somos amigos. Quer dizer… Se você quiser ser minha amiga nós somos amigos. Eu quero ser seu amigo.

Ela abriu um sorriso pequeno e Jorge amassou o papel de presente, nervoso, finalmente respirando quando ela pôs o cachecol no pescoço, estilizando-o antes de olhar de volta para o ruivo e sorrir de verdade. O coração do grifinório disparou. Ela tinha uma um sorriso maravilhoso.

— Linda. – Ele exclamou sem se controlar e se corrigiu rapidamente. – Quer dizer… Lindo. Está lindo em você.

Ela moveu uma das mãos para o cachecol, sentido o tecido macio nos dedos

— Obrigada. É muito bonito e bem quente. – Ela o assegurou. – É bem aconchegante.

Os dois ficaram em silêncio por um longo momento, um encarando um ao outro.

— É melhor eu ir. — Cassiopeia finalmente disse. — Draco está provavelmente procurando por mim. Ele anda um pouco paranóico esses dias. 

— É. — Ele coçou a própria nuca. — Claro. Eu também tenho que ir. Tchau?

Ela confirmou com um murmúrio.

— Tchau.

Mas nenhum dos dois se moveu.

— Eu vou primeiro. — Ele sugeriu. — E aí você…. Você vai.

— Certo. — Cassiopeia concordou. — Tchau.

— Tchau.


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