The Fear You Won't Fall escrita por WellDoneBeca


Capítulo 5
V




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Quando o baile foi anunciado oficialmente, os dois Malfoys foram os primeiros a mostrar a outros sonserinos como dançar. Era fácil, eles estavam acostumados a ir a bailes de gala com os pais e dançar. 

A noite de inverno estava linda, e Cassiopeia havia posto o vestido que Narcissa havia cuidadosamente encomendado meses antes, completamente em tecido prateado com detalhes verdes em veludo. Seu cabelo estava  parcialmente preso e coberto por pequenos cristais que haviam sido posicionados para combinar com os discretos brincos e anel de diamante que seu pai havia lhe dado de presente em seu aniversário anterior.

Draco estava vestido de preto, completamente elegante, e abriu um grande sorriso quando viu a irmã pronta pela primeira vez.

— Uma verdadeira rainha. — Ele beijou as costas da mão da irmã. Ao seu lado, Crabbe e Goyle se limitaram a observá-la boquiabertos.

— Vamos? — ela incentivou.

Assim que o grupo passou das masmorras ela pôde ver Aleksandar os aguardando, e os olhos do rapaz analisaram Cassiopeia dos pés à cabeça.

— Linda.

Ela sorriu, tomando o braço que ele havia oferecido e sorrindo por todo o caminho até o salão principal. Os campeões foram os primeiros a entrar: Diggory havia tomado Cho Chang – uma Corvinal do 5º ano – como acompanhante, e Fleur Delacour havia escolhido um rapaz da mesma casa. Potter, por sua vez, estava com uma das gêmeas Patil – do mesmo ano que Draco – e Krum, para a surpresa de todos, estava acompanhado de ninguém menos que Hermione Granger que, sem o uniforme da escola e após se esforçar um pouco, parecia até… Bonita.

O jantar fora delicioso, embora Aleksandar houvesse guiado toda a conversa e não dado nenhum espaço para Cassiopeia falar, o quê não era muito confortável para ela. Era quase como se ele não tivesse o mínimo interesse em conhecê-la e só quisesse alguém para exibir ao seu lado.

Quando era hora de partir, ele a guiou pelo salão assim que os campeões guiaram os outros. Pela primeira vez na noite ela não se decepcionou: Ele era um ótimo dançarino, e só a deixou quando Draco pediu por uma dança com a irmã, e voltou logo depois para continuar dançando. 

Todos ainda estavam no salão quando o rapaz mais velho apertou a mão da loira na sua, puxando-a para longe da multidão dançante e movendo os lábios para sua orelha.

— Porque não me mostra Hogwarts?

Ela hesitou um pouco, sem saber muito o que responder, mas acabou aceitando.

Foi assim que os dois acabaram nos corredores, com ela mostrando a ele lugares que já estava acostumada a ver todos os dias desde os 11, porém mantendo-se a uma distância curta do resto das pessoas. Sempre que ela pensava em ficar completamente sozinha com Aleksandar, uma sensação ruim preenchia o peito de Cassiopeia e ela preferia não se arriscar.

Eles estavam no jardim de rosas quando ela sentiu a mão dele em volta de seu pulso, puxando-a, e em um segundo suas costas colidiram com o tronco duro da árvore mais próxima aos dois. Quando os lábios dele cobriram os dela, a moça de olhos cinzas o empurrou, completamente chocada.

— O quê você acha que está fazendo? - ela exclamou.

Aleksandar, porém, mal parecia ser sido afetado, só oferecendo um sorriso malicioso.

— Não precisa se fazer de difícil. - ele enlaçou a cintura dela. - Nós estamos sozinhos.

— Eu não estou me fazendo de difícil. - ela tentou se libertar das mãos dele. - Eu não… Tire as mãos de mim! Quem você pensa que é?

Ele a encarou numa mistura de curiosidade com raiva.

— Eu passei tempo com você. — Ele praticamente cuspiu as palavras. — Eu guardei seu lugar na primeira tarefa, te convidei para o baile e até dancei com você! O mínimo que você pode fazer é compensar o quê me deve.

Ele pressionou os lábios contra os dela de novo, dessa vez usando uma das mãos para segurar as duas dela longe de si, e Cassiopeia esperneou para sair de seu aperto. Em resposta, a mão livre de Aleksandar se moveu rapidamente para o cabelo dela, puxando as mechas quase brancas de uma forma tão violenta que todo seu escalpo doeu.

No momento em que ele se distanciou de sua boca, Cassiopeia gritou o mais alto que pôde antes que Aleksandar a calasse com um soco seguido de um tapa que cobriu sua boca e a faz sentir gosto de sangue, e a loira se repreendeu por não ter trazido a varinha consigo. Ela estava completamente indefesa.

— Eu acho que a donzela disse pra você soltar ela. - Weasley disse em alto e bom som atrás do rapaz com a mão e a varinha erguida de forma defensiva.

Nunca em sua vida a garota havia estado mais feliz em ver um grifinório.

— Vá cuidar da sua própria vida. — O búlgaro rosnou.

Mas Weasley não ficou muito impressionado.

— Não me faça te enfeitiçar…

Cassiopeia usou a distração para se soltar de Aleksandar, deixando um leve gemido ao sentir o próprio cabelo e vários cristais serem arrancados de sua cabeça no processo, ainda assim ignorando a sensação ao correr para trás de Jorge e usá-lo como um escudo apenas alguns segundos antes de Snape e Karkaroff aparecessem em seu caminho.

— O quê está acontecendo aqui? — Seu professor questionou, se colocando entre seus alunos e o estrangeiro.

Ela apertou os robes de Jorge em suas mãos com força, respirando com dificuldade, mas o soltou assim que percebeu o que estava fazendo. 

— Malfoy estava gritando, eu sou vim ajudar. — Weasley se defendeu. — Ele estava… Tentando fazer coisas sem ela querer.

Todos os olhos caíram nela e Cassiopeia só podia imaginar o quão desesperada ela parecia naquele momento, claramente machucada e ofegante.

— Senhorita Malfoy. — Snape se virou para ela. — Isto é verdade?

Ela confirmou com a cabeça.

— O quê aconteceu? — ele questionou, e a menina olhou para Aleksandar com o canto dos olhos.

Quando Snape percebeu seu desconforto, ele apontou uma direção, dando aos dois um pouco de privacidade para que ela pudesse contar com detalhes o quê havia acontecido, mostrando os locais onde ela a havia machucado e as marcas que já estavam se se formando ali. Assim que ela terminou a história, o professor a dispensou com Weasley, solicitando que ela o visitasse no dia seguinte.

Ela partiu, e não precisou dar muitos passos antes que o ruivo a seguisse de perto.

— Você está bem? — Ele questionou, parecendo preocupado. — Ele te machucou muito? Você quer que eu chame o seu irmão? Nós podemos ir para a Ala Hospitalar.

Ah, sim. Draco ainda estava no baile.

Ela balançou a cabeça negativamente, e mais alguns cristais caíram em seus ombros. Sua cabeça inteira, o lado esquerdo do seu rosto e seu pescoço estavam doendo e ela só queria se deitar.

— Eu vou ficar bem. — Ela afirmou. — Não precisa se preocupar comigo, eu vou pra cama. Obrigada.

Mas ele não foi embora, e apenas parou em frente a ela.

— Será que eu posso pelo menos te acompanhar? — O ruivo ofereceu, pondo as mãos em seus bolsos num sinal de timidez. — Sã e salva?

Ela hesitou. Ele não estava se comportando normalmente, estava sendo gentil demais, mas ela sabia que Weasley não faria nada de ruim com ela, ele era uma boa pessoa. Todos de sua família tinham uma boa reputação. 

— Tudo bem.

Eles caminharam em silêncio numa distância segura e, quando estavam perto o bastante do salão comunal da Sonserina, Cassiopeia parou para olhá-lo.

— É aqui que você vai embora. — Ela falou de uma forma suave. — É uma entrada secreta.

Weasley sorriu pra ela, tímido e constrangido.

— Claro. Então… Boa noite.

— Boa noite.

Ele se virou e Cassiopeia fez o mesmo, indo em direção à entrada das masmorras, mas parando no meio do caminho.

— Weasley. — Ela chamou, e ele parou para olhá-la. — Qual é o seu nome?

— Jorge. — Ele sorriu. — Jorge Weasley.

A loira sorriu em reflexo.

— Obrigada por me ajudar, Jorge Weasley.


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