The Fear You Won't Fall escrita por WellDoneBeca


Capítulo 46
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

EI, OLHA AQUI RAPIDIN: Tem aviso no fim do capítulo, tá?



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Cassiopeia sentou-se sozinha e silenciosamente na cabine do trem. A última vez que Draco esteve perto dela foi quando ela estava na ala hospitalar, ficando lá durante a noite para ter certeza de que ela estava bem e saindo logo quando ela abriu os olhos.

Sirius estava morto, sua tia o havia matado e seu pai fora preso com os outros Comensais da Morte. Cassiopeia não podia ir para casa, mas ela também não tinha a Mansão Black. Ela, que sempre teve um caminho estável na vida e um futuro seguro assegurado na frente dela, agora não tinha uma única ideia do que faria ou para aonde iria.

— Ei. — Ela ouviu na porta e afastou os olhos da janela.

Do lado de fora da cabine, Granger, Longbottom, Potter, Lovegood e os dois Weasleys mais jovens estavam em silêncio, tendo acabado de trocar de uniformes para roupas cotidianas.

— Podemos nos sentar com você? — Lovegood questionou.

A garota ficou surpresa por um momento, mas assentiu, descruzando as mãos sobre as longas pernas cruzadas e tentando não parecer defensiva.

Potter fechou a porta atrás deles antes de se sentar depois de todo mundo. Eles encararam os olhos um do outro em silêncio, a tensa quietude enchendo o pequeno lugar.

— Você parece bem. — Granger tentou soar doce.

— Obrigada. — A adolescente loira respondeu, tentando o seu melhor para não parecer dura. — Madame Pomfrey é muito boa em prevenir cicatrizes. É como se nada tivesse acontecido.

Ela apenas balançou a cabeça e voltou para o silêncio desconfortável de antes, mas os outros logo engajaram em uma conversa pouco demais. Eles tentaram incluir a garota Sonserina, mas conseguiram tirar apenas algumas palavras de seus lábios.

— Como você vai passar o verão? — Lovegood questionou olhando para ela, e a Malfoy se mexeu um pouco.

— Não tenho certeza. — Cassiopeia olhou para ela. — Eu…

Ela hesitou antes de responder, respirando com dificuldade.

— Eu realmente não faço a menor ideia.

Algo pareceu clicar em Granger quando ela olhou para Cassiopeia, franzindo a testa em uma expressão que ela não conseguia reconhecer.

— Cassiopeia. — ela disse seu nome lentamente, quase testando-o em sua língua. — Você tem para onde ir, certo?

A jovem loira forçou um sorriso no rosto, nem mesmo hesitando em mentir para se certificar de que ela ainda parecia forte e calma diante deles. Ela não deixaria que as pessoas achassem que ela estava perdida, não suportaria a pena de ninguém. Não é que ela não tivesse confiança neles — arriscar sua vida ao lado de alguém faz de qualquer laço quase inquebrável — mas tudo tem um limite.

— Claro que sim. — Ela mentiu. — Você não acha que eu arriscaria tudo sem um plano b, não é?

Ginerva se virou para a namorada de seu irmão, claramente acreditando em sua mentira.

— Você pensa antes de pular. — Ela repetiu o que ela disse a ela no outro dia.

A loira assentiu.

— Exatamente, Ginerva.

A ruiva fez uma careta.

— Você é namorada do meu irmão. — Ela lembrou. — Você deveria me chamar de Gina.

Cassiopeia levantou as sobrancelhas em surpresa, mas logo recuperou sua postura.

— Claro. — Ela concordou. — Gina.

Cassiopeia esperou que todos saíssem do trem antes de fazê-lo, mas isso não ajudou muito, já que os alunos estavam quase todos na plataforma quando ela saiu.

— Cas! — Ela ouviu seu nome, e só teve tempo de se virar antes de George a agarrá-la num abraço e pôr seus lábios sobre os dela logo depois.

Todos pararam para assistir os dois, mas pela primeira vez, Cassiopeia não se importou. Ele era o namorado dela e ninguém tinha nada a ver com aquilo, e, além disso, seu pai não estava mais lá para assustá-la.

— Eu senti tanto a sua falta. — Ele exclamou quando os dois se afastaram para recuperar o fôlego.

— Eu também senti sua falta. — Disse a menina com uma voz suave, segurando as mãos dele.

O som de alguém limpando a garganta atrás dela a fez congelar. Não era uma pessoa aleatória, ela conseguia reconhecer a mãe em qualquer lugar, mesmo apenas a ouvindo.

Cassiopeia virou-se em silêncio, protegendo o namorado com o corpo. Ela estava pronta para qualquer reação de Narcisa, exceto o que aconteceu. A mulher olhou para a filha por um longo e silencioso momento e pôs uma mala entre as duas no chão.

— Adeus. — Essa foi a única palavra que sua mãe disse antes de se virar e sair com Draco.

Nenhuma pergunta. Ela só partiu sem olhar para trás. Ela tinha acabado de ser… deserdada de sua família? Por que ela não disse uma palavra além de adeus?

— Vem. — George tomou a mala, ignorando como todos os olhos estavam sobre os dois. — Vamos sair daqui.

Cassiopeia o seguiu para fora da plataforma e ela sentiu suas bochechas quentes e vermelhas quando a mãe do namorado envolveu seu corpo em um abraço caloroso.

— Cassiopeia! — Exclamou ela. — Faz tanto tempo! Olhe para você, você é mais alta do que eu me lembro, você nunca para de crescer, está quase mais alta que o George. Você está convidada para jantar conosco, eu não aceito um não como resposta.

A Sonserina quase congelou em seu lugar, confusa com o quão rápido a mulher falava, e só percebeu que não tinha muita escolha quando o namorado passou o braço pela sua cintura e aparatou na toca.

A mente de Cas, no entanto, ainda estava com a mãe. Por que ela não havia dito nada? O que estava na mala que ela lhe dera? O que seu pai havia lhe dito?

— Vamos lá. — George puxou sua namorada com ele para o seu quarto. — Eu te preciso mostrar nossos produtos. A loja está abrindo na próxima semana e precisamos te ensinar o básico antes de começar.

Cas assentiu, quase confusa, enquanto ele continuava a falar.

— Colocamos você no comando das poções, porque, sinceramente, você é a melhor curadora de poções que nós conhecemos e conhecemos muita gente.

A loira abriu um pequeno sorriso, lisonjeada, quando ele abriu a porta do quarto para ela. Lá, escrevendo algo em um papel, estava Fred.

— E aí, loira? — Ele sorriu. — Ei, você é boa com dinheiro?

Ela encolheu os ombros.

— Eu não sei. Eu nunca tive um problema com dinheiro.

Bem, não antes de agora, ela lembrou a si mesma.

Os gêmeos trocaram olhares e encolheram os ombros.

— Ok, sente-se. — George instruiu. — Vamos passar por tudo.

Os três sentaram-se através dos detalhes das Gemialidades Weasley, dos produtos à criação e ao sistema de reabastecimento. Quando a Sra. Weasley os chamou para jantar, tudo já estava organizado e a jovem loira se sentia preparada para seu primeiro emprego.

Ela estava saindo do quarto quando o namorado a segurou pelo cotovelo.

— Ei… — Ele respirou fundo. — Você... Você tem um plano, certo? Você tem onde ficar. 

Cassiopeia se mexeu, desconfortável.

— Porque se não, você pode ficar aqui. — Ele ofereceu. — Nós temos uma cama onde você pode dormir e vai ser como o seu último aniversário, mas por um pouco mais de tempo.

Ela deu seu namorado um pequeno sorriso.

— Eu te disse, eu vou ficar bem. — Ela mentiu.

Ela havia elaborado um plano, mas não foi era exatamente o melhor de todos. Ela arrumaria um quarto no Caldeirão Furado, pagando com o dinheiro que tinha em mãos desde Hogwarts, vendendo o que podia para se manter lá e pagando a pousada com o salário da loja quando começasse a trabalhar. Não seria uma grande vida e Cas precisaria ficar de olho nos próprios gastos, mas tudo bem. Ela ficaria bem, certo?

Jorge estendeu a mão e segurou o rosto da namorada.

— Você prometeu não mentir para mim, lembra? — Ele sussurrou.

Ela sentiu as bochechas quentes e lágrimas se formando em seus olhos, mas tentou disfarçar.

— Desde quando você sabe quando estou mentindo?

Ele encolheu os ombros.

— Eu não sei, não muito. — Ele confessou. — Mas eu sei como você fica quando está com medo, e é exatamente o que eu vejo nos seus olhos agora.

Cassiopeia mordeu o lábio.

— Eu tenho um plano, George. — Ela insistiu. — Não é o melhor plano, mas é um que funciona.

Ele suspirou, mas beijou seus lábios suavemente.

— Tudo bem, então. — Ele acariciou sua pele. — Eu confio em você.

Ela o seguiu escada abaixo em silêncio, segurando a mão dele e tentando manter um rosto neutro enquanto caminhava. No entanto, ela parou em seus rastros, surpresa, quando seus olhos captaram a visão da Sra. Weasley conversando com uma moça de cabelo rosa muito familiar.

— Tonks. — Ela foi até a moça. — Ei, eu não sabia que você viria para o jantar também.

Era bom ver a prima dela. A última vez que as duas estiveram no mesmo lugar foi durante a batalha em que ela bateu a cabeça, mas Cassiopeia e Tonks haviam trocados várias cartas desde então.

— Tonks aqui estava apenas me dizendo que ela veio te buscar. — Explicou Molly, e a jovem franziu as sobrancelhas em resposta.

— Me buscar?

Sua prima abriu um sorriso que era uma mistura de travesso e divertido.

— Porquê você está tão surpresa? Você vai morar comigo.


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Notas finais do capítulo

AVISO: Não, a história não acabou de verdade. Como ela está ficando super longa e tem uma certa distância de tempo entre esse epílogo e próximo capítulo, eu decidi quebrar em dois pedaços e continuar de lá. Você pode dar uma olhadinha no meu perfil e vai encontrar "Home", essa vai ser a continuação,
Até lá, gente bonita.



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