The Fear You Won't Fall escrita por WellDoneBeca


Capítulo 45
XLV




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O fato de ela ter voado em um Thestral — um animal que ela nem podia ver — era provavelmente a parte mais estranha do dia de Cassiopeia, mas no final, a garota acabou não pensando muito nisso. De acordo com Luna Lovegood, eles só poderiam ser vistos por aqueles que viram a morte de perto e a compreenderam de verdade, algo que ela nunca experimentou em sua vida. Cassiopeia nunca havia se agarrado a algo tão fortemente quanto aos animais invisíveis. Eles foram rápidos, voando sobre o castelo e para o país em questão de minutos.

Seu grupo aterrissou em Londres, e mesmo que a garota pudesse escondê-lo, suas pernas estavam mostrando o medo ainda em suas veias, tremendo como se fossem feitas de gelatina. Merlin, ela nunca mais voaria naquelas coisas em sua vida. Nunca.

Os adolescentes se espremeram em uma cabine telefônica para entrar no Ministério, prendendo a respiração para tentar encaixar todo mundo. Ronald pressionou os números e Potter anunciou suas intenções apenas para eles receberem crachás de identificação com seus nomes sobre "Missão de Resgate".

Eles o seguiram silenciosamente. Enquanto ele havia protestado sobre trazer os amigos na jornada para resgatar Sirius, o menino não se atreveu a dizer uma palavra sobre Cassiopeia ir junto. Ela fazia parte da família de seu padrinho, um dos poucos parentes de sangue que ele ainda tinha, e ele respeitava aquilo.

Dentro do Departamento de Mistérios, as coisas estavam tão silenciosas quanto na entrada do Ministério. Não havia uma única alma vivente lá. Talvez Potter estivesse errado. Talvez Sirius estivesse seguro.

Eles andaram e andaram, procurando por algo que pudesse ajudar.

— Talvez ele não esteja aqui. — Cassiopeia finalmente expressou suas preocupações, e Potter apenas olhou para ela.

— Ele está aqui. Eu sei que está.

— Harry. — Chamou Ronald, e todos os adolescentes se voltaram para ele.

Eles estavam dentro de uma sala cheia de prateleiras, e ele aparentemente tinha parado o que estava fazendo para bisbilhotar e ver o quê havia nelas.

— Venha ver isso. Tem seu nome nele.

A menina loira observou em silêncio enquanto ele caminhava para o lado de seu amigo, finalmente identificando um orbe de vidro. Uma vez que Potter a agarrou, no entanto, uma voz atrás do grupo fez todos os pelos do corpo de Cassiopeia se erguerem em um tremor quase doloroso.

— Muito bem, Potter. Agora, vire-se e dê para mim.

A garota conhecia as sombras bem o suficiente para reconhecer rapidamente o que estava acontecendo.

— Merda. — Ela sussurrou.

O homem atrás dela estava usando uma máscara, mas se anos de vida com ele não lhe dessem conhecimento suficiente para reconhecer sua voz, postura e até mesmo padrões de fala e respiração, ela não podia se chamar de filha dele.

A menina da Sonserina não tinha se virado completamente, com muito medo de fazer isso. Talvez ele não a houvesse reconhecido. Se ela fosse embora muito silenciosamente, ele não a veria e tudo ficaria bem.

— Dê pra mim, Potter. — Ele repetiu. — E Cassiopeia?

A garota sentiu as pernas tremendo. No entanto, ela manteve o rosto frio e virou-se para olhar na direção de seu pai.

— Eu quero saber exatamente o que você está fazendo aqui com eles.

Ela olhou para a figura magra atrás dele, reconhecendo sua tia Bella, e segurou a varinha com força em sua mão.

— Eu quero saber onde Sirius está. — Disse Potter, ignorando o problema familiar que estava se formando entre Lúcio e a filha.

Eu quero saber onde Sirius está. — A tia da menina o imitou de uma maneira infantil.

Aquilo não era bom. Aquilo não era nada bom.

O grupo de Comensais da Morte era grande o bastante para fazer um círculo em volta do grupo de adolescentes se quisessem.

— Me entregue a profecia, Potter. — Lucius insistiu. — Ou vamos começar uma verdadeira luta aqui.

— Comece, então.

Sem escolha, Cassiopeia levantou sua varinha e sua tia tirou sua própria varinha, descobrindo sua cabeça. Seu rosto não poderia estar pior.

— Eu sempre soube que você era esquisita. — Bellatrix notou, olhando para o rosto da sobrinha. — Lúcio, você nunca disciplina sua filha?

Cassiopeia não precisava ver seu rosto para saber que os lábios de seu pai haviam se contorcido em irritação.

A garota sentiu a mão de Ginerva em seu cotovelo, afastando a atenção do pai.

— Reducto. — A ruiva sussurrou. — Espere pelo sinal.

Então Cassiopeia esperou. Os olhos de seu pai estavam se movendo entre ela e Potter enquanto ele conversava com o menino, e sua filha sentiu como se estivesse prestes a vomitar. Quando Cas havia pensando no momento em que ia confrontar seus pais, aquilo não era o que ela tinha em mente.

— Agora! — Potter gritou.

Cada um dos adolescentes gritou o feitiço, lançando-os em lados aleatórios da sala e assistindo várias profecias caindo e se quebrando no chão. Os seis correram e lutaram, tentando se proteger dos ataques dos Comensais enquanto tentavam atacá-los sem muito sucesso.

Cassiopeia acabou se escondendo debaixo de uma escrivaninha, tentando não ter um ataque de pânico e sentindo o sangue pingar de algum lugar de seu corpo quando a ideia finalmente ocorreu a ela.

Apertando sua varinha firmemente em sua mão, ela fechou os olhos.

A garota loira tentou se lembrar de tudo de bom que havia vivido recentemente. As ações de Jorge, a maneira como ele se importava com ela e a fazia se sentir a única garota no mundo…

Eu te amo, Cassiopeia Black Malfoy.” Foram suas palavras, então ela as repetiu em sua mente. De novo e de novo e de novo.

— Expecto Patronum.

O Husky Siberiano que havia emergido da varinha do jovem Malfoy era provavelmente a coisa mais linda em que ela já havia colocado seus olhos. Ela o mandou embora para contatar a ordem, para ajudar e salvar todos eles.

Foi Nott quem a encontrou, provavelmente após ver o Patrono, e depois de muita luta, a arrastou até seu pai. Cassiopeia estava com dor e ferida. Ela havia sido atingida por mais feitiços do que podia contar, caído e batido a cabeça mais de uma vez vezes e podia sentir o sangue escorrendo por sua testa, encharcando seus cabelos loiros e seu rosto pálido enquanto ele a entregava a seu pai.

— Quando terminarmos aqui, nós dois ter uma longa conversa. Nada de viagens, nada de namorado, você está me ouvindo? — Ele disse entredentes. — Eu não te dei limites quando deveria e não vou cometer esse erro duas vezes.

Assim que ele terminou de falar, a garota viu figuras aparecerem na frente dos dois. Sirius, Lupin, Olho-Tonto Moody, Tonks e Kingsley. Antes que seu pai pudesse levantar sua varinha, Tonks o atingiu com um feitiço, e a loira ouviu Potter chamá-la.

— O Rony precisa de ajuda. — Ele gritou, e Cassiopeia se arrastou até onde sabia que o irmão de seu namorado estava.

Ela não conseguiu, no entanto, alcançá-lo, sendo atingida no meio do caminho com algo que não conseguiu identificar, batendo a cabeça contra o chão pela terceira vez.

Desta vez, no entanto, a escuridão a tomou por completo.


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