The Fear You Won't Fall escrita por WellDoneBeca


Capítulo 40
XL




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O coração de Cassiopeia estava batendo rápido dentro de seu peito enquanto ela caminhava pelos corredores, ignorando como os alunos ao seu redor abriram um grande espaço para ela passar e segurando o Profeta Diário em suas mãos tão apertado que o papel já estava completamente amassado. 

Ela encontrou Draco andando no que parecia ser a direção do Grande Salão, e não perdeu tempo antes de puxá-lo para o lado onde havia um tronco de árvore.

— O que…

Ela continuou a guiá-lo até que eles estivessem sozinhos, e jogou o jornal em seu colo antes de olhar em volta, assegurando-se de que ninguém os estava observando.

— Leia a lista. — Ela tentou manter o tom calmo. — A última pessoa.

Draco obedeceu, e só precisou de um curto olhar para baixo antes de olhar para a irmã novamente.

As lembranças e fotos que tinham da tia Bella mostravam uma mulher muito mais bonita do que o que o Profeta Diário lhes dava, mas ela ainda era a mesma pessoa.

Belatriz Lestrange, condenada pela tortura e incapacidade permanente de Alice e Frank Longbottom.

A irmã de sua mãe e outros nove Comensais da Morte haviam escapado de Azkaban em uma fuga em massa.

— Nós devemos fazer alguma coisa? — Seu irmão sussurrou. — Devemos dizer alguma coisa?

Ela suspirou.

— Somos adolescentes, Draco. — Ela lembrou, revirando os olhos. — Nós só podemos esperar e ver o que vai acontecer.

Sirius estava certo. Cassiopeia não podia simplesmente ir para casa depois de Hogwarts. Sua tia Bella adorava o Lorde das Trevas acima de qualquer coisa e de qualquer pessoa em sua vida, até mais do que sua própria vida, e todos que não se alinhavam com ela eram considerados inimigos, independentemente de serem família ou não.

Draco bateu o pé nervosamente.

— Você acha que ela está indo para a nossa casa? — Ele questionou, alto o suficiente apenas para ela o ouvir. 

Ela se mexeu, mudando o peso do corpo de um pé para o outro, cruzando os braços e soltando uma respiração profundo. A ideia não parecia absurda. 

— Você iria para minha casa se você fugisse de Azkaban?

Ele franziu a testa, dando uma olhada na irmã.

— Contanto que não tenha sido você que me colocou lá, sim. Eu não acho que há mais alguém para quem eu possa recorrer.

Cassiopeia estendeu a mão e apertou a de seu irmão, um pouco tocada por suas palavras, mas também se sentindo culpada. Ela iria embora, mas não poderia deixar Draco segui-la, não enquanto ele ainda estivesse em Hogwarts e não enquanto ela estivesse sob a proteção de outra pessoa.

A garota tinha um plano. Jorge e Fred haviam lhe chamado para trabalhar com eles assim que abrissem sua loja, e ela conseguiria pagar uma casa com seu salário. Ela só precisava de dois quartos, um para ela e outro para o irmão, e se todos os Weasleys conseguiam dividir um único banheiro, os dois também podiam fazer o mesmo com muito menos transtornos. A sala de estar e a cozinha não precisavam ser separadas, e ela podia colocar uma mesa e duas cadeiras em algum lugar para que pudessem comer lá. Não seria tão espaçoso quanto a Mansão Malfoy, mas seria temporário. Ela encontraria uma maneira de obter o conforto que ambos estavam acostumados em pouco tempo, uma vez que a loja progredisse.

— Você se lembra do que eu te disse na noite em que voltamos pra escola? — A garota questionou, aproximando-se dele devagar até que ela estivesse de pé bem um pouco acima dele.

Draco assentiu devagar.

— Lembro.

— E o que foi? — Cass questionou.

Ele abriu um pequeno sorriso.

— Que você sempre sabe o que está fazendo.

A garota assentiu, espelhando seu sorriso.

— Eu sempre sei o que estou fazendo. — Ela repetiu. — Você confia em mim, irmãozinho?

Draco assentiu novamente.

— Confia?

— Eu confio em você. — Ele insistiu. — Porque você está me perguntando isso?

— Vou precisar que você se lembre disso. — Ela sussurrou, acariciando o cabelo dele. — De tudo que eu te disse. Tudo bem?

Ele olhou nos olhos da irmã, cinza encarando cinza, provavelmente procurando entender o que quer que ela estivesse escondendo, mas finalmente confirmou.

— Tudo bem.


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