The Fear You Won't Fall escrita por WellDoneBeca


Capítulo 39
XXXIX




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Cassiopeia fechou os olhos quando Jorge acariciou sua bochecha e, e se inclinou para beijar seus lábios delicadamente. 

— Eu vou sentir falta de estar perto de você. — Ele sussurrou, ignorando todos olhando para eles. — Eu sei que vou te ver nos corredores, mas não é a mesma coisa.

Ela assentiu com a cabeça suavemente e seu namorado se afastou dela.

— Eu tenho que ir agora. — A loira olhou para o grupo. — Eu não posso ir com vocês.

Ainda um pouco desajeitada e envergonhada, ela caminhou até Sirius e deu-lhe um pequeno abraço, que o tio retribuiu rapidamente, e fez o mesmo com Tonks logo depois.

— Obrigada por me receber. — Ela disse para o homem mais velho, se virando para o resto do grupo com quem havia passado as férias. — E obrigado pelo Natal.

— De nada, querida. — A Sra. Weasley deu à menina um sorriso gentil. — Tenha cuidado ao voltar.

— Sim, senhora.

A loira puxou a varinha do bolso, aparatando em um beco perto da estação King's Cross com sua bagagem, e certificando-se de escondê-la antes de pegar suas malas e entrar na estação.

Cas só chegou perto de rever Jorge e os outros quando todos já estavam sentados e comendo, enquanto tentava ao máximo dar a Eleanor detalhes de sua suposta viagem ao sul da França.

— O céu estava muito azul de manhã e estava muito ensolarado. — Ela mentiu. — E alguns dias eram quentes, mas outros poderiam ser muito frios, então nossas atividades eram muito variáveis.

Sua amiga suspirou.

— Eu gostaria de ter alguém para me convidar para o sul da França. — Disse ela, um pouco triste. — Em vez disso, eu tenho Roger Davis me perseguindo pra me chamar pra sair.

A garota loira franziu a testa, virando-se para sua melhor amiga com um olhar confuso, e a Rosier pareceu perceber que ela havia deixado algo fora da conversa, sorrindo abertamente de excitação.

— Oh, nós vamos para Hogsmeade no dia dos namorados! Não é legal?

Ela assentiu um pouco, mas não sorriu de volta para ela.

— Bem, eu espero que você se divirta.

Eleanor franziu as sobrancelhas.

— E você não vai? — Ela pareceu confusa. — É Dia dos Namorados!

A garota de olhos cinza suspirou.

— Exatamente. O que você quer que faça em Hogsmead? Passar o Dia dos Namorados sozinha quando você não tem um namorado ou namorada é completamente diferente de passar sozinho porque você e seu namorado não podem ficar juntos.

Seu rosto mudou de surpresa e confusão para empatia e tristeza, e a morena do lado do Malfoy apoiou o cotovelo na mesa.

— Desculpa. Eu esqueci isso. — Ela murmurou. — Deve ser uma droga para você que ele esteja tão longe.

Cassiopeia suspirou, tentando não olhar para onde ela sabia que seu namorado estava.

— É. Não é legal.

Quando Cassiopeia se virou para Draco, seu irmão parecia estar lhe olhando em silêncio pelo que parecia ser mais do que um curto período de tempo.

— Você quer dar uma volta ou algo assim? — Ele ofereceu. — Nós não tivemos tempo para conversar.

A garota olhou ao redor, mas ele já estava em pé, e ela não teve escolha senão segui-lo. Quando Cas se aproximou do irmão, ele ofereceu-lhe o braço e a guiou para fora do Grande Salão.

Os Malfoy andaram em silêncio por um tempo, até que Draco parou e se virou para olhar para o rosto de sua irmã.

— Eu vou te fazer uma pergunta e eu quero que você pense sobre o que você vai responder. — Ele disse lentamente, não em um tom acusatório, mas de nervosismo.

— Tudo bem.

— Por que você está escondendo seu namorado de nós?

A garota loira respirou fundo.

— Draco… — Ela respirou fundo. — Eu…

— Eu sei que ele é de Hogwarts, — Ele continuou. — Eu sei que você não foi para a França desde a última vez que visitamos o país, e eu sei que você se esgueira por Hogwarts à noite para ver quem quer que seja esse cara, e eu sei que existe alguma razão pela qual você não quer que nós o conheçamos.

Ela sentiu o corpo tenso e passou a mão sobre o próprio rosto, tentando encontrar palavras.

— Ele não é exatamente o que mamãe e papai gostariam pra mim. — Cassiopeia cruzou os braços.

Os lábios do rapaz se pressionaram em uma linha fina enquanto ela tentava encontrar uma maneira de dar o mínimo de informação possível sobre Jorge.

— Ele maltrata você? Está te pressionando pra alguma…

— Não. — A moça chacoalhou a cabeça. — Nunca. Ele é uma pessoa incrível. Ele me trata como uma princesa! — Cassiopeia abriu um sorriso, mas o fechou logo em seguida. — Mas ele não é…

— Um Sonserino. — Draco terminou a frase.

Ela assentiu.

Jorge não era um Sonserino, nem vinha de uma família rica, nem era alguém que acreditava na supremacia do sangue. Ele era tudo porque sua família repudiava e, pior que isso, ele era um Weasley.

— Eu não quero desapontá-los. — Cassiopeia murmurou.

Desta vez, suas palavras eram verdadeiras. Ela estava se preparando para o momento em que precisaria dar as costas para seus pais e Draco, e sabia que ele chegaria eventualmente.

Ou você.

Draco apenas olhou para o rosto dela e respirou fundo, tentando não manter a calma.

— Draco, ele é a única pessoa na minha vida que eu sei que não está envolvido… — Cassiopeia interrompeu a si mesma, procurando por palavras. — Ele é o único lugar que posso olhar e que eu sei que não vou ter a sombra de Você-Sabe-Quem sobre o meu ombro.

Com isso, Draco engoliu em seco.

— E quanto a mim?

Ela balançou a cabeça.

— Eu não posso te arrastar para isso comigo. — A menina loira apontou. — E eu não posso deixar ninguém pensar que eu preciso de você lá para tomar a minha decisão final, eu quero você fora disso, você está me ouvindo?

Draco franziu a testa.

— Eu posso falar com o nosso pai, eu posso tentar…

— Draco, você ouviu o quê eu te disse? — Ela o interrompeu. — Eu quero você fora disso.

Os dois caíram em silêncio até ele finalmente quebrar o espaço entre os dois e envolver os braços ao redor da irmã mais velha. Ele era mais alto que ela agora, e ela sabia que ele seria tão alto quanto seu pai bem rápido.

— Você sabe o que está fazendo? — Ele questionou, um pouco tenso.

Não, ela não sabia. Se havia uma coisa que Cassiopeia definitivamente não sabia era o que ela estava fazendo, mas ela não podia dizer isso a ele. Então, a garota se afastou dele e sorriu, tocando sua bochecha.

— Eu sempre sei o que estou fazendo, irmãozinho.


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