The Fear You Won't Fall escrita por WellDoneBeca


Capítulo 35
XXXV




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Cassiopeia grunhiu contra o travesseiro quando uma forte batida na porta a acordou. A menina passara a noite inteira conversando com Tonks e só adormecera às quatro ou cinco da manhã.

— Hora de acordar. — Ela ouviu do lado de fora. — É Natal!

— Também é cedo demais. — Ela gemeu. — Vá embora.

Em vez de obedecer, a pessoa só entrou no cômodo, e a bruxa instintivamente chutou em sua direção quando duas mãos começaram a fazer cócegas em sua pele.

— Puta que pariu! — Jorge xingou alto, gemendo de dor e a loira sentou-se rapidamente, reconhecendo o rosto do namorado por trás de suas mãos. — Eu não sabia que você sabia brigar.

Cas se levantou rapidamente, pegando seus pulsos.

— Jorge! Merlin, você está bem? — Disse ela, afastando as mãos do rosto dele e vendo seu nariz vermelho e sangrando. — Você enlouqueceu? Quer me matar de susto?

Ele gemeu.

— Eu só queria te surpreender!

— Você conseguiu! — A adolescente puxou sua varinha debaixo do travesseiro, arrumando o nariz dele rapidamente e buscando o pano mais próximo para limpar o sangue de seu rosto. — Não faça isso de novo!

O casal ouviu uma risada e virou a cabeça na direção de onde ela vinha, encontrando Tonks casualmente vestindo uma jaqueta sobre o próprio pijama.

— Bom dia, lutadora. Feliz Natal.

Cassiopeia olhou para o pé de sua cama e se sentiu confusa. Ela só esperava que o presente de Jorge estivesse esperando por ela, mas a pilha claramente tinha seis presentes.

— Pra quem é isso? — Ela questionou o namorado.

— Uh… eu acho que eles são para você. Mas é só um palpite.

Cassiopeia o olhou de lado e se aproximou da pilha com hesitação, pronta para ela explodir em seu rosto.

No topo, ela podia ver o nome de Jorge e levantou as sobrancelhas para ele.

— Vá em frente. — Ele lhe deu um sorriso tímido. — Abra.

— Não é um Mini Puffe, não é? — Perguntou a menina de cabelo loiro sem abri-lo. — Jorge, nós dois sabemos…

— Que você não tem tempo para cuidar de um Mini Puffe. — Ele interrompeu. — E, vamos ser honestos, eu não gosto de dividir você.

Ela riu, finalmente abrindo o presente e sorrindo um pouco quando reconheceu os fogos de artifício mágicos cor de rosa.

— Então? — Ela olhou para ele.

— Nós vamos acender isso depois. — Ele prometeu.

— OK.

O presente seguinte foi o de Fred, com um cartão de Natal que a fez sorrir, seguido por um livro de Granger e um par de meias recém-feitas da Sra. Weasley — que a garota imaginava ter vindo de tanto ela reclamar para o namorado que sempre esquecia de comprar meias mais grossas pro inverno.

A garota parou quando chegou ao penúltimo presente.

— Algum problema? — Jorge questionou.

— Uh… é dos Tonks. Toda a família.

Ele fez silêncio por um momento, e os dois apenas olharam um para o outro por um momento antes que a loira abrisse o presente. Foi um frasco de perfume.

— É bom. — O namorado dela mencionou quando ela pôs um pouco no pulso. — O cheiro é bom.

— É. — Cas murmurou em seu lugar. — É legal.

Mas ele sabia melhor que isso.

— O que é? — Jorge perguntou.

— Eles me deram um presente. — A menina cruzou os braços, esfregando a própria pele e tentando se consolar. — Quer dizer, eu nunca vi dois dos três na minha vida e eles ainda me deram um presente?

Jorge caminhou até a namorada, colocando as mãos nos lados da cintura dela.

— Eu acho que isso significa que eles querem algo com você. — Ele afirmou. — A mãe de Tonks é sua tia, afinal de contas, e a Tonks é sua prima. Isso é uma ponte, certo? Eles estão tentando se aproximar de você.

Cas assentiu um pouco.

— Ainda é estranho. — Ela sussurrou.

Jorge riu.

— Você precisa se acostumar com as pessoas sendo legais com você. — Ele apontou. — Afeto não é ruim.

A loira mordeu o inferior lábio em resposta, envergonhada, e ele beijou sua bochecha nem um segundo depois.

— Escreva uma carta pra eles. — Ele sugeriu. — Tenho certeza de que eles ficarão felizes.

Cassiopeia assentiu mais uma vez, e Jorge se aproximou para lhe dar um beijo em seus lábios rosados, o que a fez lembrar de um único detalhe que ela parecia ter esquecido depois de se levantar.

A garota cobriu a boca com as duas mãos.

— Eu não escovei os dentes!

Em resposta, o namorado dela apenas riu.

— Fique à vontade.

Cassiopeia quase voou para o banheiro, certificando-se de que seu hálito estava fresco seu cabelo arrumado antes de voltar para o quarto, e Jorge puxou sua mão antes que ela pudesse colocar um segundo pé no cômodo, beijando a namorada apaixonadamente enquanto a abraçava com um único braço.

Quando ele recuou, os olhos cinza dela estavam arregalados e a menina podia sentir o próprio rosto queimando profundamente.

— Feliz Natal! — Ele sorriu.

— Feliz Natal. — Ela conseguiu dizer. — Vamos tomar café da manhã, eu estou morrendo de fome.

Ele estava prestes a sair do quarto, mas ambos pararam quando ela segurou seu cotovelo, notando o último presente no pé da cama.

— Tem um sobrando. — Cas apontou.

Ele parou para esperar por ela, e a garota se ajoelhou para levantar a grande caixa verde com o nome de Sirius no topo e desembrulhou o papel gentilmente. Dentro dela, havia outra caixa verde, dessa vez feita de veludo, e isso fez a Sonserina se arrepiar.

Por que Sirius lhe daria algo que veio vinha numa caixa grande de veludo a ela?

Cassiopeia a abriu cuidadosamente depois de olhar para Jorge e quase deixou cair quando viu o que estava diante dela.

— Merlin!

Dentro da caixa, havia um conjunto composto de um circlet e brincos feitos de safiras e cravejados de diamantes.

Aquilo definitivamente não era algo que ela estava esperando de um presente.

— Eu preciso falar com o Sirius.


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