The Fear You Won't Fall escrita por WellDoneBeca


Capítulo 33
XXXIII




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Quando Cassiopeia entrou, sua prima de cabelo cor-de-rosa, Olho-Tonto Moody, Professor Lupin e outras pessoas que ela não conhecia estavam sentados em volta da mesa de jantar, olhando diretamente para ela de um jeito que a fazia estremecer completamente.

— Senhorita Malfoy. — Seu antigo professor, o que realmente havia ensinado em Hogwarts , disse lentamente.

Cassiopeia tentou manter a cabeça erguida e esconder como estava desconfortável com toda a situação.

— Professor.

A porta se fechou atrás dela, e Sirius entrou, sentando-se com eles assim que a Sra. Weasley se pôs de pé ao lado da namorada do filho.

— Isso é realmente necessário? — Ela questionou, descansando a mão nas costas da garota. — Alastor, ela é apenas uma criança!

— Ela tem idade suficiente, Molly. — Moody afirmou. — Sente-se, Malfoy.

Mantendo o rosto limpo e neutro, a garota obedeceu.

‘Tonks’ colocou um copo na frente dela silenciosamente, mas a menina não moveu os olhos do grupo.

— Beba. Nós temos algumas perguntas.

Cassiopeia não protestou, engolindo o conteúdo em segundos. Era suco, mas ela sabia que havia algo mais.

Não demorou mais do que alguns segundos para que eles começassem a bombardeá-la com perguntas.

— Qual é o seu nome? — Tonks foi a primeira a perguntar.

— Cassiopeia Black Malfoy

— Se seu nome não fosse Cassiopeia, qual seria?

— Vega. — Ela afirmou, lembrando de uma conversa que havia tido com com sua mãe uma vez, anos antes, quando ela lhe contou as ideias de nomes que ela tinha pros filhos. Seus olhos se moveram para seu primo-tio. — Ou Libra. Minha mãe queria que tivesse o nome de alguma constelação, é de família.

— Quando é o seu aniversário? — Sirius questionou.

— 13 de agosto.

Algo dentro de Cassiopeia estava errado e era óbvio. Ela não estava pensando, ela não conseguia segurar suas próprias palavras ou filtrá-las.

— Quais são os nomes de seus pais?

— Lucius e Narcissa Malfoy. O que há de errado comigo?

Moody olhou em seus olhos, encontrando as íris cinzentas movendo-se de um lado para os olhos rapidamente, praticamente tremendo.

— Isso é o que uma poção da verdade faz com você. Por que você disse a Jorge Weasley que seu pai tentou recrutar você?

Cas tentou conter a resposta honesta, mas não funcionou, e as palavras saíram de seus lábios sem permissão.

— Porque eu confio nele e nós compartilhamos nossos segredos, e eu tive medo do que aquilo significava. Eu ainda estou com medo.

Todos fizeram silêncio e a loira se sentiu quando a Sra. Weasley caminhou atrás dela.

— Acho que já é o bastante.

— Por que você está aqui? — Perguntou Lupin.

— Porque uma vez que eu diga um “não” ao meu pai de novo, não haverá lugar para mim no mundo. — E adolescente sentiu as lágrimas de humilhação. — E Jorge disse que faria qualquer coisa para me proteger, e se isso quer dizer vir aqui e pedir sua ajuda, então que seja.

Cassiopeia estava respirando tão rápido que ela mal conseguia absorver oxigênio, e seu rosto estava frio como o suor misturado com suas lágrimas. Ela estava tentando lutar. Eles estavam invadindo seu espaço, eles estavam tentando quebrá-la. Ela simplesmente não podia deixar isso acontecer.

— E a Ordem? — Tonks bateu os dedos levemente na mesa, chamando a atenção dela para si.

Mas Cassiopeia apenas sentiu confusão, olhando para sua prima.

— Que ordem?

Todos ficaram no silêncio, e a Sra. Weasley incentivou a garota a ficar de pé.

— Já é o suficiente. — Ela segurou a menina e o adolescente sentiu como se estivesse prestes a vomitar. — Vamos, querida. Você parece ter visto seu próprio fantasma.

— Por que você não se juntou aos Comensais da Morte? — Sirius Black perguntou antes que sua jovem prima pudesse sair da sala.

Ela virou a cabeça para ele com o olhar mais frio já havia dado a alguém.

— Sirius! — Molly disse em um tom de desaprovação.

— Qualquer um que pregue a morte do seu próprio povo tem problemas terríveis, Sirius Black. Eu amo os meus pais, e eu os amo o suficiente para entender e aceitar que eles não são perfeitos e podem estar errados. E eles estão errados. — Ela disse francamente. — Eu posso ser fria, ambiciosa, e por a minha vida acima de qualquer sacrifício, e todas as coisas que você vê como erradas em um Sonserino, mas me fazem sentir orgulho, mas eu tenho princípios. A maioria de nós tem.

— Vamos lá. — A mulher puxou a namorada do filho com ela. — Interrogando uma criança… Que reação exagerada! Pobre garota!

Os dois saíram juntos da sala, e antes que a Sra. Weasley pudesse sentá-la no sofá, Jorge apareceu no lado da namorada.

— Você está bem?

— Eu vou vomitar. — Ela respondeu, sem ar, tentando manter a respiração estável.

— Isso é normal? — O ruivo indagou, confuso e preocupado, enquanto puxava a própria varinha. — Accio, lata.

Uma lata de lixo vazia chegou à sua mão, e ele foi rápido colocando-a na frente de sua namorada, movendo uma mecha loira para atrás de sua orelha.

— É uma reação emocional. — Alguém disse atrás dele e Cassiopeia poderia identificar a voz de Granger. — Mais ou menos.

A menina de olhos cinzentos olhou para ela e a bruxa mais nova cruzou os braços, desconfortável.

— A poção causa muito estresse e ela está claramente lutando contra isso. É assim que o corpo da Malfoy está reagindo a tudo isso.

Jorge se virou para ela e depois para a namorada novamente.

— Então, nós só temos que fazê-la se acalmar? — Ele pareceu menos preocupado.

— Essencialmente.

Ele sentou ao lado de Cassiopeia, segurando a mão dela, e a garota logo sentiu o puxão em seu corpo antes de aparatar em outro quarto.

Havia duas camas feitas lá, e a menina rapidamente notou suas coisas mais perto de uma delas. Ele a colocou nela, inclinando-se e ajudando a namorada a tirar os sapatos enquanto ela tirava o próprio casaco, ainda sentindo o próprio estômago de cabeça pra baixo.

— Você sabe quanto tempo a poção funciona? — Ele questionou timidamente.

— Mais algumas horas se eles as compararam de alguém decente. — A menina gemeu de desconforto antes de perder o que ainda restava de seu café da manhã na lata em suas mãos.

Ele hesitou, mordendo os próprios lábios e coçando a parte de trás da nuca por um momento.

— Posso te fazer uma pergunta?

— Espero que não seja a combinação do meu cofre ou como foi meu primeiro beijo.

Jorge riu.

— Nada disso. — Ele revirou os olhos. — É que, uh… Por que eu?

Ela apenas olhou para ele em confusão.

— Porque você gosta de mim? — Ele insistiu. — Por que você namora comigo? Nós somos tão diferentes e, ainda assim, estamos juntos! Por que você me escolheu?

— Mas eu nunca escolhi você. — Cassiopeia olhou em seus olhos. — Você me escolheu.

O rosto do namorado dela se contorceu em confusão.

— Eu?

Ela assentiu gentilmente.

— Você sorriu para mim primeiro, você me segurou primeiro, você salvou minha vida… Você estava lá antes mesmo que eu soubesse que você estava lá, você me escolheu antes que eu percebesse.

Ele continuou a encará-la.

— Mesmo?

Cassiopeia assentiu silenciosamente.

— Você poderia ter dito não, se quisesse.

— Por que eu diria? — A garota questionou de forma franca. — Você foi o primeiro cara que me fez rir, e você nunca espera nada de mim. Eu posso ser eu mesma e você nunca vai ficar desapontado comigo. Mesmo se eu estiver errada ou não souber o quê estou fazendo, você está aqui para me ensinar como ser uma pessoa melhor com empatia e um bom coração.

Com isso, Jorge abriu um grande sorriso, corando por todo o rosto e pescoço.

— E eu gosto de quando você faz isso. — Ela apontou timidamente. — Você fica absolutamente adorável quando está com vergonha e quando está fazendo algo que ama ou até mesmo falando dela, os seus olhos começam a brilhar como duas grandes estrelas. Eu nunca gostei de ninguém como eu gosto de você.

Jorge corou ainda mais e sua namorada estendeu a mão para acariciar sua bochecha com a mão, sentindo o quão quente sua pele era em comparação com a dela.

— E o seu cabelo é incrível. A cor, a textura, o jeito que cai no seu rosto…

Ele balançou a cabeça, sorrindo mais e beijando a palma da mão.

— OK. Eu entendi. 

Jorge levantou-se em silêncio, sentado do outro lado da cama, e os dois deitaram no colchão, hesitantes. Quando ambas as cabeças estavam descansadas no travesseiro, ele moveu a mão para baixo e segurou a dela, entrelaçando seus dedos.

O coração de Cassiopeia — que havia começado a se acalmar enquanto os dois conversavam — voltou a correr de novo enquanto os dois permaneciam em silêncio lado a lado. Eles nunca estiveram tão perto fisicamente, especialmente deitados em uma cama. O colchão de solteiro não tinha espaço suficiente para ela e Jorge relaxaram confortavelmente, e os dois estavam completamente em contato um com outro, mas ninguém pensou em se mexer.

— Você teria me dito tudo isso se não tivesse tomado a poção? — Ele sussurrou.

— Não. — Cas disse sem pensar, embora soubesse que suas palavras verdadeiras não vinham da poção, mas a maneira como elas haviam saído sim. — Não de uma vez só, pelo menos.

Em resposta, o rapaz respirou fundo.

— Ok.


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