— Cas? Cassiopeia? — Ela ouviu, virando-se para Jorge silenciosamente e descobrindo que namorado olhando em sua direção.

— Sim?

— Eu estava falando com você. — Ele explicou.

— Desculpe. — A menina olhou para suas próprias mãos por um momento, tentando se concentrar. — Eu me perdi por um momento. Você acha que Eleanor sabe alguma coisa?

Ele se virou para ela, parecendo preocupado.

— O que você quer dizer?

Cassiopeia respirou fundo.

— Havia algo em seus olhos. — Ela enterrou o rosto mãos. — Eu não sei. Eu não sei. Mas eles estão pressionando ela. Quanto tempo vai levar pra me pressionarem também. 

O garoto de cabelos vermelhos não respondeu, e ela respirou fundo.

— E se meu pai ouviu algo sobre nós? —Ela sussurrou. — Talvez… eu não sei. — Cassiopeia esfregou as têmporas. — Merlin, eu odeio não saber as coisas.

Jorge cruzou os braços, quase se abraçando.

—Eu sei. — Ele murmurou. — Mas você se lembra do que me disse quando melhorou de quando estava doente?

Ela se virou para ele, confusa, e ele caminhou até a namorada.

— Se seu pai descobrisse sobre nós dois, ele te levaria embora pro lugar mais longe de mim que ele encontrasse. Eu nunca, jamais, conseguiria te ver de novo.

Seus ombros relaxaram. Talvez ele estivesse certo, ela podia estar exagerando.

— Vem cá. — Jorge sussurrou, puxando namorada para mais perto e acariciando seu rosto com os polegares, da mesma forma que a menina de olhos cinza fazia com ele sempre que ele estava estressado com alguma coisa. — Você vai ficar bem.

Cassiopeia não pôde deixar de relaxar com o gesto e suas palavras.

— Como você tem tanta certeza?

Ele olhou nos olhos dela por um momento e encolheu os ombros com um pequeno sorriso.

— Veja bem, eu tenho essa namorada superinteligente, uma garota Sonserina muito legal. E eu faria qualquer coisa para protegê-la.

A garota riu e ele lambeu os próprios lábios por um momento.

— Eu posso te beijar? — Ele sussurrou, e Cas acenou com um pequeno sorriso.

O Grifinório deu um beijo na ponta do nariz da namorada, depois em seu queixo e depois em seus lábios antes de se afastar e olhar nos olhos dela mais uma vez.

— Relaxa. Vai ficar tudo bem.

. . .

— Você está bem? — Cassiopeia ouviu ao seu lado e se virou para olhar na direção de Draco.

Era hora do almoço, e enquanto todo mundo estava conversando e interagindo, ela estava comendo em silêncio.

— Uh? — A garota se virou para ele. — Sim. Eu só estava distraída.

— Tem certeza? — Ele questionou, parecendo preocupado. — Desculpa dizer, mas você parece bem mal.

A garota soltou um riso, chacoalhando a cabeça.

—São os N.I.E.M.s. — Cassiopeia explicou, não mentindo, mas ainda assim escondendo a maior parte da verdade. — Feitiços, poções, resumos… É informação demais.

O irmão o abriu apenas um pequeno sorriso.

— Eu posso te ajudar em alguma coisa? — Ele ofereceu.

Draco.

— Infelizmente, eu acho que não. — Ela suspirou. — É são coisas que eu tenho que fazer sozinha.

Ele ficou silêncio novamente, e Cassiopeia brincou com sua sopa com uma colher, notando que agora ela estava fria demais para consumo.

— Você vai para casa no Natal? — Ela mudou de assunto.

— Sim. E você?

A loira negou com a cabeça.

— Eu estou indo para a França. — Ela mentiu. — A mamãe disse que eu podia.

— É uma boa oportunidade, então. — Ele notou. — Você precisa de alguma coisa de casa?

—Ela me enviou algumas roupas e outras coisas que eu precisava levar pra lá, mas eu vou deixar você saber se eu precisar de alguma coisa. — Ela abriu um curto sorriso para o irmão. — Ela ou o papai falaram alguma coisa com você? Algo importante?

O Sonserino franziu as sobrancelhas para a irmã.

— Como assim?

Cassiopeia se mexeu na cadeira.

— Qualquer coisa fora do comum.

Mas Draco apenas balançou a cabeça.

— Por quê? Aconteceu alguma coisa?

Ela negou rapidamente.

— Não, não. Eu só estava perguntando.