The Fear You Won't Fall escrita por WellDoneBeca
Cassiopeia congelou em seu lugar quando fez uma curva na biblioteca, praticamente se batendo de cara com Potter.
— O que você está fazendo aqui? — Ele questionou rapidamente, quase tirando as palavras diretamente de seus lábios rosados.
— O que... — ela começou, mas foi rapidamente interrompida.
— Tudo bem. — Ronald se levantou. — Harry, essa é a namorada de Jorge. Não precisa se preocupar com ela.
Os olhos do adolescente de olhos verdes se arregalaram.
— Namora- Como?
Quando a garota olhou para trás de Potter, ela rapidamente reconheceu o irmão mais novo de seu namorado e sua melhor amiga, e a menina lhe deu um aceno educado.
— É uma longa história. — Ela decidiu. — Seus amigos podem explicar melhor do que eu.
Ele apenas continuou olhando para Cassiopeia, espantado, e a garota segurou seus livros mais perto de seu corpo.
Sua mesa estava a apenas duas prateleiras de distância, e ela não podia deixar de se sentir desconfortável com as pessoas à espreita em volta dela.
— Jorge está sentado lá esperando por você. — Continuou Ronald. —Acho que ele precisa de ajuda com Transfiguração.
Cassiopeia assentiu, ainda sentindo-se rígida.
— Com licença.
Ela seguiu seu caminho, rapidamente encontrando o namorado lendo o livro da matéria com a testa e as sobrancelhas franzidas, mas seu rosto se iluminou assim que ele ergueu os olhos e a viu.
— Cas! — Ele sorriu. — Você veio.
— Eu sempre venho. — Ela se sentou ao seu lado. — E você está sempre surpreso quando isso acontece..
Ele corou, coçando a nuca.
— Eu acho que ainda não consigo acreditar que eu tenho você como namorada. — Ele sorriu. — Então, conseguiu finalizar aquele feitiço? Porque eu estou perdido e o Fred não ajuda em nada.
Os dois passaram a hora seguinte daquela forma, terminando o dever de casa do dia, e Jorge virou-se para ela com um olhar curioso e um meio sorriso no rosto.
— É verdade que você saiu no meio da aula de manhã? — Ele perguntou. — E sem perder nenhum ponto pra Sonserina?
— Sim. — Cassiopeia assentiu. — Quer dizer, eu só fazia Defesa Contra as Artes das Trevas porque era uma aula interessante e ficar lendo um livro estúpido todo santo dia não seria tão interessante assim. E eu não gosto dela, então por que insistir?
Seu rosto se iluminou com um sorriso surpreso.
— A minha namorada é tão foda que ela sai de uma aula sem nenhum dano. — Ele disse ele com orgulho. — Cara, eu tenho muita sorte.
— Jorge! — Cassiopeia exclamou.
— Desculpe. — Ele riu um pouco. — Mas é verdade.
— Bobo.— Ela revirou os olhos e ele se inclinou em sua direção.
— Mas você gosta de mim, certo?
Cassiopeia faz o mesmo, olhando direto nos olhos dele.
— Gosto. — Ela sussurrou e pressionou um beijo rápido em seus lábios.
— Mais que do seu namorado francês? — Ele perguntou com um sorrisinho.
Ela soltou uma risada curta. Bem, aparentemente ele havia ouvido a história.
— Muito mais que do meu namorado francês.
Ele beijou seus lábios novamente e mudou de posição em seu assento.
— Cas… — Ele disse devagar, parecendo muito menos relaxado. — Você sabe que nós não julgamos um ao outro, certo? — Ele questionou em um sussurro.
A garota assentiu.
— E eu sei que mantemos algumas coisas longe do nosso relacionamento.
— Sim.
O ruivo a olhou em seus olhos por um momento antes de desviar o olhar.
— O Harry está certo? — Ele murmurou. — Você-Sabe-Quem de volta mesmo?
Ela se distanciou dele por um momento, levantando-se e caminhando até uma prateleira.
— Desculpa. — Jorge rapidamente se levantou. — Eu sinto muito, eu não vou incomodar você com isso de novo. Foi estupidez da minha parte trazer o assunto só porque as pessoas falam que a sua família…
— Sim. — Ela o interrompeu, virando na direção do namorado.
Jorge parou em seu lugar por um momento, mas logo correu para o lado dela.
— Há uma razão pra qual minha mãe me queria fora de casa durante o verão. As pessoas na minha casa não são amigos.
Ele olhou para Cassiopeia, seu rosto uma mistura de tristeza e medo.
— Honestamente, a única razão pela qual eu não estou pirando agora é porque eu estou em Hogwarts, mas eu não sei o que vou fazer depois que o ano letivo terminar. Eu não quero voltar para lá.
A boca do Jorge se abriu e fechou por um momento.
— Mas você só tem que ficar longe deles quando voltar para casa. — Ele disse como se fosse óbvio. — É simples.
Cassiopeia sacudiu a cabeça.
— Não é. Eles estão tentando me atrair, tentando fazer com que eu me junte a eles.
Os olhos castanhos dele se arregalaram quando o ruivo correu em sua direção, e logo as mãos de Jorge a seguravam pelos cotovelos.
— Você não pode fazer isso. — Ele exclamou. — Você não pode!
— Eu sei. Estou com medo. Estou mais do que com medo, estou apavorada.
Cassiopeia sentiu os braços dele ao redor de seu corpo e Jorge beijou sua testa protetivamente. Seu abraço acabou de repente, e ele olhou para ela com o rosto de alguém que havia acabado de ter a ideia mais brilhante de todas.
— Venha para casa comigo para o Natal.
Ela franziu a testa.
— O que?
— Por favor. — Ele insistiu. — Eu tenho que falar com meus pais, mas eu tenho uma ideia.
A garota mordeu o lábio.
— Jorge, eu não sei…
— Por favor. — Ele insistiu. — Confie em mim. Apenas confie em mim.
A loira olhou para o rosto dele, ainda insegura, mas suspirou.
— Ok. Eu vou com você.
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