— E você deve ser Cassiopeia. — Ela ouviu uma voz excessivamente doce e fina a apenas alguns passos de distância, rapidamente erguendo a cabeça do livro de poções em suas mãos.

Faltava poucos dias pra Cassiopeia e Draco começar a escola e tudo estava pronto para quando eles o fizessem, de suas vestes a qualquer outra coisa que eles fossem precisar para o resto do ano.

De pé ao lado da porta, uma mulher baixa e inchada vestida de rosa estava olhando em sua direção, parecendo muito interessada e sorrindo demais para o conforto da garota.

— Sim?

Cassiopeia levantou-se assim que o pai entrou atrás dela e a mulher caminhou em sua direção.

— Cassiopeia, esta é Dolores Umbridge. — Ele apresentou as duas. — Ela trabalha no ministério e estará trabalhando em Hogwarts como Inquisidora pelo próximo ano.

Um pouco confusa, a adolescente apenas levantou as sobrancelhas.

— Oh?

— O ministério está muito preocupado com a direção para a qual o diretor está levando Hogwarts. Você certamente entende, Cassiopeia. — Umbridge explicou. — Ele tem espalhado mentiras terríveis por aí e isso está assustando algumas pessoas. Temos medo de que essas mentiras possam ser estendidas aos estudantes e ele possa causar algum fenômeno indesejado.

Ela apenas confirmou com a cabeça lentamente.

— Claro, senhora.

Com a morte de Cedric Diggory, Harry Potter jurou sob sua vida ao fato de que Você-Sabe-Quem estava de volta, algo que Dumbledore havia apoiado sem dúvida, mas ninguém mais fez, e os dois tinham sido desacreditados de todas as maneiras possíveis o Ministério da Magia e os meios de comunicação. Honestamente, se Cassiopeia não soubesse a verdade vinda dos próprios pais, ela também não acreditaria neles, vendo quantas provas haviam sido inventadas para mostrar que eles estavam errados.

— Eu ouvi ótimas coisas sobre você, Cassiopeia. — Ela disse de uma maneira excessivamente doce, e a garota loira não pôde deixar de se sentir desconfortável com a forma como pronunciou seu nome. — Será um grande prazer ter uma jovem tão inteligente e bonita como você presente quando eu precisar de um lembrete do que estou fazendo em Hogwarts.

A garota de olhos acinzentados forçou um sorriso falso, cruzando as mãos um pouco na frente de seu corpo, tentando colocar alguma distância entre si e a mulher discretamente.

— Tenho certeza que será um prazer, senhora. — A menina afirmou. — Estou ansiosa para isso.

Ela acenou para a garota e um elfo entrou antes que a conversa se tornasse ainda mais estranha.

— Senhor, senhoras. — Ela disse de forma submissa. — O chá está servido.

. . .

Cassiopeia mexeu na saia enquanto ouvia as palavras de Umbridge, incapaz de mover os olhos de sua figura.

Ela havia contado a Jorge sobre o encontro entre as duas e, até onde a garota sabia, ele já havia passado a notícia para os amigos antes que a mulher aparecesse, e Granger estava legitimamente preocupada.

Com Umbridge em uma posição de tamanho poder em Hogwarts, as coisas estavam prestes a ficar muito complicadas.

Se os Malfoys não gostavam de trouxas e nascidos trouxas, Umbridge não apenas desgostava deles ou desprezava eles, ela pregava a morte deles!

De acordo com algumas fofocas que Cassiopeia ouvira, ela era solteira porque ninguém conseguia ficar ao lado dela por mais de algumas horas; tudo sobre ela era totalmente irritante de sua voz para sua personalidade.

— Você não vai comer? — Eleanor questionou, e a menina loira balançou a cabeça para tentar limpar a mente quando percebeu que ainda estava olhando para a mesa dos professores. 

— Vou. — Ela moveu a mão para pegar um garfo, olhando para o novo membro sentado com os professores por um momento antes de se mover para se servir.

— Está tudo bem? — Sarah, uma menina do sétimo ano, questionou. — Você está estranha desde que chegou.

Cassiopeia virou-se para ela por um momento, um pouco confusa, mas logo encontrou uma resposta em sua cabeça.

— Estou cansada. — Ela decidiu mentir. — Eu não dormi bem esta semana.

— Ela tem um namorado francês agora. — A prima dela pulou para a conversa. — E agora que ela está aqui, eles não poderão se ver até o Natal.

— Eleanor! — Cassiopeia repreendeu a prima.

— O quê? — A morena franziu a testa. — É a verdade.

— Ela passou a aniversário com ele e sua família. — Draco disse despreocupado, voltando-se para sua irmã. — E voltou para casa sorrindo pra lá e pra cá que nem uma boba.

A irmã mais velha apenas levantou as sobrancelhas para ele. Ela nem sabia que ele sabia sobre a história do menino, ela só havia contado a história para a mãe e Eleanor.

— A mãe dele me convidou. — A garota Malfoy afirmou antes que alguém pudesse começar com suposições. — Não é nada demais.

Draco se virou completamente para sua irmã.

— Nada demais? A nossa mãe estava olhando vestidos de noiva para você e lugares onde vocês poderiam se casar, e se eles estarão ou não livres em três anos.

Ela olhou para o irmão com os olhos acinzentados e os lábios rosados ​ligeiramente abertos.

— Espera, o quê?!

O quê, pelas barbas de Merlin, ele estava falando?

— Bem, se vocês estão oficialmente juntos agora, e geralmente leva cerca de 12 a 18 meses para um cara que realmente quer se casar com você te pedir em noivado, então ela só terá de 12 a 18 meses para planejar seu casamento se ela esperar. — Concordou Eleanor. — Você precisa ter o lugar reservado por, pelo menos, dois anos. Ela está fazendo a coisa mais lógica.

Cassiopeia inclinou a cabeça para o lado, ainda incapaz de processar completamente suas palavras. Finalmente, ela balançou a cabeça negativamente.

— Você estão loucos. — A garota loira decidiu. — E eu não sei se vou passar o Natal com a família dele. Ele não me convidou.

— Ele vai. — A Rosier cortou um pedaço de torta pra si. — Confie em mim. Ele definitivamente vai.