The Fear You Won't Fall escrita por WellDoneBeca


Capítulo 16
XVI




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Cassiopeia olhou para Jorge do outro lado da plataforma, acenando discretamente em sua direção antes de entrar no trem. Ela não havia tido muitas oportunidades de ficar sozinha com ele desde o fim do Torneio Tribruxo, e os diários provaram ser os objetos perfeitos para a comunicação.

Ele estava tão preocupado quanto ela depois do que acontecera e o sentimento pesado de perda e medo era compartilhado por todos os outros alunos. Potter dizia que ele estava de volta, Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. 

— Será que podemos nos sentar juntos hoje? — Ela questionou Draco em um sussurro, parando bem na porta da cabine do irmão.

Ele olhou para Cassiopeia por um momento, surpreso, mas confirmou rapidamente.

— Claro. — Ele se moveu, dando espaço para a irmã se sentar ao lado da janela.

A primeira coisa que ela fez depois de se sentar foi agarrar-se a ele, apoiando a cabeça no ombro do rapaz. Eles haviam recebido uma carta de seus pais, algo cheio de palavras vagas, mas com significados e ameaças ocultas.

Havia convidados importantes na Mansão Malfoy, amigos da família que visitavam e queriam uma experiência pacífica e tranquila. Os dois seriam apanhados por Narcisa na estação, e ela estava com um humor terrível desde que acordara pela manhã, e não queria conversar com ninguém. 

Não faça perguntas ou fale com ninguém sobre isso.

— Você está bem? — Draco sussurrou.

— Eu vou ficar bem. — Ela afirmou. — Não se preocupe comigo.

. . .

Cassiopeia entrou cuidadosamente em seu quarto, surpresa com a forma como ela não tinha visto ninguém na chegada, mas ainda tão tensa quanto no momento em que saíram da escola.

Um dos elfos domésticos já estava organizando suas coisas e soltou um som meio surpreso e meio assustado quando ela pegou o cachecol que Jorge lhe dera de suas mãos.

— Tenha cuidado com isso. Vale mais do que qualquer outra coisa na minha bagagem. — A garota avisou.

— Por quê? — Ela ouviu atrás de si e puxou sua varinha rapidamente, apontando-a para quem quer que fosse.

Runcorn.

Ele lhe dirigiu um sorriso perverso.

— Senhorita Malfoy. Cassiopeia — Ele pareceu satisfeito. — Ótimos reflexos.

— Obrigada. — Ela a abaixou lentamente, embora seu coração ainda estivesse acelerado em seu peito.

Ele era, supostamente, amigo do pai dela. Os dois trabalhavam juntos no ministério e Runcorn havia visitado a família uma ou duas vezes enquanto estava lá, e ela nunca se sentira à vontade perto dele. A própria Narcisa sempre mantivera os dois filhos longe dele e pessoas como ele, Macnair e Avery.

— O que é tão importante sobre o lenço? Parece muito comum para mim.

Cassiopeia tentou pensar depressa.

— Foi tricotado na floresta amazônica sem magia. — Ela mentiu. — A lã também foi pintada de uma maneira diferente, você não entenderia.

Ele riu.

— Claro. Mulheres e moda, certo?

— Sim, Sr. Runcorn.

A menina loira apenas esperou em silêncio para ele sair e quando isso não aconteceu, ela mudou o peso de um pé para o outro.

O que ele ainda fazia no quarto dela?

— Por que você não a coloca? — Ele se aproximou. — Eu tenho certeza que você fica linda com ela.

Os olhos dela se arregalaram com o movimento do homem, e os dois pularam quando outra voz se elevou atrás dele.

— Runcorn. — Lucius disse seu nome lentamente. — Eu acho que você bateu na porta errada.

O homem se virou para encará-lo, e Cassiopeia pôde ver um sorriso astuto se formando em seu rosto, transbordando de más intenções.

— Eu estava apenas admirando a sua filha… Ela é incrivelmente b-... 

— O quarto da minha filha não está aberto para convidados. — Ele o interrompeu antes que o homem pudesse terminar sua justificativa. — Acredito que deixei isso bem claro.

O sorriso do convidado morreu e ele olhou para a garota de olhos cinza antes de concordar.

— É claro. — Ele balançou a cabeça e virou-se completamente para ela pela última vez. — Foi um prazer, senhorita Malfoy.

Ela não respondeu e seu pai esperou até que seu amigo saísse para direcionar os olhos para ela, pousando-os na mão da menina. Só então ela percebeu que ainda estava apertando a varinha com força em seus dedos.

— Eu suponho que você teve uma viagem agradável de volta?

— Poderia ser melhor. — Ela finalmente a deixou de lado — Presumo que serei encorajada a passar a maior parte do dia em atividades externas com tanta gente na nossa casa.

Ele olhou para ela com alguma solenidade no rosto.

— Você sabe que sua mãe e eu sempre encorajamos você a aproveitar o verão.

Lucius andou até a filha lentamente e deu um beijo suave em sua testa, movendo uma mecha de cabelo loiro-branco para trás de sua orelha.

— É bom ter você de volta.

Cassiopeia não era cega nem burra.

Nos últimos 15 anos, os dois Malfoy estavam esperando o momento em que o lorde das trevas se levantaria novamente. Lucius era um Comensal da Morte — a maioria de seus amigos também era — e ele se sua esposa ensinaram a ela muitas coisas que a menina acabou por questionar quando mais velha ao entender suas as implicações.

Em resposta ao carinho, ela envolveu seus braços ao redor dele em um abraço apertado. Ela agora podia colocar a cabeça bem embaixo do queixo do pai, alta o suficiente para que ele tivesse que levantá-lo um pouco para poder manter o abraço. Com pais tão altos quanto Narcissa e Lucius, não era surpresa que ela fosse tão alta quanto Draco agora.

Quando ela soltou ele, Lucious olhou para o rosto dela.

— Ele está de volta, não é? — Ela questionou. — O Lorde das Trevas. É por isso que todo mundo está aqui.

Ele assentiu.

— Sim, Cassiopeia. — Ele confirmou. — Se você quiser, podemos providenciar...

— Eu não quero me juntar a vocês. — Ela o interrompeu antes que ele pudesse sugerir a ideia. — Obrigada pela oferta.

Ele apenas deu outro aceno de cabeça.

— Eu vou me certificar de que ninguém venha a esta área da mansão de novo. —Ele assegurou a ela.

— Obrigada, pai.


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