The Fear You Won't Fall escrita por WellDoneBeca


Capítulo 11
XI




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Cassiopeia cobriu a boca com a mão, tentando conter uma risada alta enquanto Jorge a observava com um sorriso bobo no rosto.

— Como é que ninguém me contou isso?! — Ela questionou numa exclamação.

Ele havia acabado de lhe contar como, ao lado de Fred, ele havia tentando colocar seu nome no Cálice de Fogo, e como os dois havia acabado barbudos e nem um dia mais velhos.

— Muita gente fez isso. — Ele deu de ombros. — Não é como se nós tivéssemos sido os únicos.

A Malfoy apenas chacoalhou a cabeça, chocada.

— Foi a pior decisão que vocês poderiam ter tomado. — Ela afirmou. — Bastante estúpida.

— Valeu a tentativa. — George se defendeu. — Sabe, só mais alguns meses e nós teríamos competido.

Ela o olhou com curiosidade.

— Você já tem 17 anos?

George negou com a cabeça.

— Vou completar em abril, dia primeiro.

O rosto dela mudou em surpresa.

— Primeiro de Abril? No dia da mentira?

O ruivo abriu um grande sorriso.

— Exato.

— Que coincidência.

Mas ele negou com a cabeça.

— Não é coincidência. Eu chamo isso de destino.

Cassiopeia riu novamente antes de deitar a cabeça no travesseiro e puxar o lençol para cima, com frio.

— Você já ouviu falar dos nossos truques, não é? — Ele se inclinou em direção à cama.

A loira confirmou silenciosamente. Não havia uma pessoa na escola que não conhecia a fama dos dois.

— Nós fizemos um Creme de Canário recentemente. — Ele sorriu, quase maldoso. — Ele transforma qualquer um que coma é um…

— Canário? — Ela terminou sua frase.

George confirmou enfaticamente.

— Parecem um creme normal, então dá pra enganar muita gente. — Ele explicou. — Sabe, você poderia levar alguns para os seus colegas da Sonserina… Seria divertido.

Os dois trocaram olhares e riram juntos.

— Não me dê ideias. — A moça de olhos cinzas apontou na direção do ruivo. — Se bem… A amiguinha do Draco merece alguma coisa que faça ela calar a boca, a voz dela me irrita mesmo com um corredor de distância.

Ele a encarou com o cenho franzido.

— Quem? Parkinson?

— Quem mais seria? — Cassiopeia revirou os olhos. — Ela é um verdadeiro inferno.

George pareceu ainda mais surpreso, embora estivesse sorrido.

— Vamos lá, eu achava que você era uma chata pelos últimos seis anos.

O queixo dela caiu de surpresa instantaneamente e Cassiopeia se virou para encará-lo.

— Eu nunca fiz nada contra você! — Ela exclamou. — Sempre fui educada.

Ele riu alto, mas sabia que ela estava certa. Cassiopeia nunca havia chegado perto de se comportar rudemente com ele ou nada do tipo. Ela era sempre educada com ele e qualquer outra pessoa ao seu redor.

— Tudo bem, senhorita Malfoy. — Ele cruzou os braços. — Eu estava errado, mas você é tão… Você!

Cassiopeia o encarou, completamente atônita.

— Como assim?

— Você já se viu no espelho? — Ele apontou para ela. — Você é… Essa menina bonita, rica, sempre sentando certinha e andando com o queixo pra cima. O seu cabelo nunca está fora do lugar, eu podia sempre te cheirar do outro lado do corredor e o seu cheiro sempre foi tão bom. Parece que eu estou andando em um jardim de rosas. 

Ela apenas o encarou de queixo caído.

— Obrigada. — Ela murmurou.

— Não por isso. — Ele abaixou a cabeça, encarando as próprias mãos enquanto fazia desenhos com o indicador no lençol à sua frente. — Bem… Você sempre foi perfeita. Eu sempre pensei que você seria metidinha.

— Você ainda acha isso? — Ela questionou suavemente.

— Que você é metidinha? — George levantou a cabeça para olhá-la. — Claro que não! Quer dizer, você ainda é Sonserina, mas dá pra ver que isso não é a pior coisa do mundo agora que eu te conheço. Você é meio certinha demais, mesmo sendo da sua casa, mas isso até que é bom. É uma boa influência. A professora McGonagall ficou até surpresa quando nós entregamos nossas atividades em todas as classes nas últimas três ou quatro vezes, eu e Fred. Ela disse que nem se lembrava quando foi a última vez que isso aconteceu.

Cassiopeia riu baixinho, fechando os olhos e chacoalhando a cabeça por um momento. Fred e George não estava estudando mais que antes, eles só copiavam e modificavam o que quer que ela havia feito no dever de casa pra parecer original.

A menina loira recostou na cama, mordendo uma das unhas nervosamente quando uma pergunta cruzou sua mente.

— Jorge, você ainda acha aquilo de mim?

Ele se virou para ela, sem entender.

— Metida? Cassiopeia…

— Não. — Ela o interrompeu. — Bonita e perfeita e… As outras coisas que você disse.

A boca do ruivo se abriu e fechou seguidamente por um longo momento até que Madame Pomfrey apareceu.

— Vamos lá, senhor Weasley. — Ela andou até eles. — É hora de ir. A senhorita Malfoy precisa tomar suas poções e descansar, e você precisa ir para a sua aula. Vamos, vamos.

Ele ficou de pé quase como um idiota, meio mole e meio confuso enquanto a matrona o empurrava para fora.

— Espera. — Ele finalmente parou, quase na porta.

— Senhor Weasley! — A senhora exclamou.

— Eu nunca parei de pensar isso. — Ele encarou Cassiopeia. — Eu nunca deixei de pensar que você é linda e perfeita.

E com isso ele partiu.


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Notas finais do capítulo

Feliz Natal para todos os que o celebram, pessoinhas.



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