A Bela e as Bestas escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 8
Querido diário




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P.O.V. Rebekah.

A híbrida duplicata vadia tem um diário. E eu o roubei.

—Agora vamos ver os segredos da mocréia.

—Quem seria esta tal pessoa que você tanto despreza?

Comecei a ler, talvez assim ele soubesse o quanto ela era ruim pra ele.

Nove de novembro de dois mil e dezoito.

Querido diário, estamos de volta á América. Nos mudamos de Forks, para Mystic Falls. Estamos morando na antiga casa da prima da minha mãe.

Precisou de algumas reformas já que ela foi incendiada, mas nada que a tia Alice não resolvesse. Ela insistiu em reconstruir a casa exatamente como era antes, por fora pelo menos.

Vou voltar a estudar, no Instituto e na escola normal.

—Chato. Cadê as partes interessantes?

—Rebekah, você roubou o diário de alguém. E o está lendo.

—Ai, Elijah, não seja hipócrita. Aqui!

A minha cabeça está uma zona. É possível amar mais de um cara ao mesmo tempo? Mas, e se nenhum desses dois caras forem bons pra mim? Confiar ou não? O histórico deles com garotas... não é bom. Todas elas morreram, pelas mãos deles ou por causa deles.

—Diz ai o nome dos rapazes?

—De repente, se interessou foi?

Mas, então... aquilo me pegou de surpresa.

Querida Rebekah, sei que está lendo meu diário nesse exato momento. Que feio! Sei que o Elijah está na sala, não vou dizer se ele é um dos caras ou não. Basta dizer que eu sou uma louca masoquista e isso provavelmente é hereditário. E se quer mesmo saber, você não tem amigas, porque trai todo mundo e é egoísta demais pra deixar o seu próprio irmão ser feliz. E está lendo o diário de outra pessoa invadindo sua privacidade.

Boa noite Diário. E boa noite Rebekah, durmam bem.

P.O.V. Renesmee.

Como se eu não vigiasse as decisões deles. Não sou trouxa.

O problema é que... amanhã, vamos sair na porrada lá na escola.

Acordei, me vesti, me arrumei e levei uma roupa extra na mala. Um dia na escola local, um no Instituto.

Estava na sala quando ela entrou distribuindo convites para uma festa.

—Você não vai partir o coração dele vadia.

Ela tentou enfiar um lápis em mim, mas...

—O que?

O lápis quebrou, eu peguei a ponta que sobrou e meti na garganta dela.

—Eu sou de mármore, você... no entanto, é de carne.

Sai e fui até o banheiro.

P.O.V. Rebekah.

Encontrei a vadia no banheiro e mandei uma surprezinha pra ela.

—Heather? 

—Vim ver se você está bem.

—Estou bem. 

—Só que eu não.

—Eu sei.

Passei a mão no ferimento da jugular da garota e depois passei a mão ensanguentada na cara da duplicata e ela mostrou sua face real.

—Não somos tão diferentes afinal.

—Eu sou tudo o que você não é!

Começou a chover estilhaços, cacos de vidro pretos. E os cacos de vidro viraram um exército.

—O que?!

Ela fez um feitiço na menina, curando-a e quebrando parte da minha compulsão.

—É só entre você e eu agora. Venha. Venha e seja como o seu irmão Klaus... que nunca foi amado e foi fraco demais para admitir até ter destruído tudo á sua volta.

Eu avancei encima dela, mas ela facilmente me deteve. Me jogou longe.

Eu fui surrada. Ela bateu com a minha cabeça no chão, quebrou a minha mão.

—Você viveu muitas vidas! Destruiu reinos inteiros só por capricho! Nunca vai parar. Nunca. Vai continuar se auto-destruindo e achando alguém pra levar a culpa quando sabe que no fundo a culpa de não ter um namorado ou mesmo um amigo é sua e só sua. 

—Não é verdade!

—Alguém te obrigou a morder a Heather? A afogar o Matt? Aqueles que te tratam com gentileza e bondade são logo sacrificados, se quer ter amigas devia parar de tratar as pessoas como sacos de sangue ambulante.

Ela se lavou, deixando o sangue escorrer pelo ralo. Quando passou por mim disse:

—Por você e sua família, Rebekah... eu não sinto nada além de pena. Porque de espancados se tornaram espancadores.

Então saiu.

Não sou espancadora.

P.O.V. Renesmee.

Ouvi ela vindo atrás de mim.

—Não sou espancadora.

—E eu não sou uma híbrida, ah, espera... eu sou. Olha só, o primeiro passo para se resolver um problema, é admitir que há um problema.

—Quem é você para me julgar?

—Não estou te julgando. Estou te analisando. Você acha que está protegendo sua família, mas só está piorando a situação. Quanto mais sangue derramar, mais inimigos você terá e mais solitária será. É um ciclo vicioso de sangue e ódio.

Ela trocou de roupa na minha frente. Colocou uma blusa básica, com renda, sobreposição e um jeans skinny. Ankle Boot cheia de spikes.

—Sua mãe os fez vampiros, mas não os fez monstros. Foram vocês que fizeram isso. Eu poderia ter sucumbido á sede de sangue e atacado a Heather, poderia ter matado vocês duas em minutos, mas o que isso provaria?

—Matou os Mestres e suas proles.

—Matei. E me arrependo, não de ter matado os Mestres, mas de ter condenado aqueles que eram inocentes. Todos são inocentes até que se prove o contrário.

Eu não tinha uma resposta para aquilo. Mas, eu fiquei com a cabeça cheia de perguntas.

—Por favor, devolva o meu diário.

—Por que eu faria isso?

—Quer ter amigas? Amizade, estágio um me mostre que é digna de confiança. Amizade, estágio dois, fez errado... peça desculpas e não faça novamente. Errar é humano, insistir no erro... é burrice.


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