A Bela e as Bestas escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 5
Hope Mikaelson




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P.O.V. Hope.

Eu quase esqueço que a minha mãe já não está mais entre nós.

—Eu sinto muito.

—O que?

—Pela sua mãe.

Fiquei meio sem reação.

—Você... acaba de...

—Desculpe. Tem muita gente aqui, não quis invadir a sua mente.

—Invadiu minha mente sem querer?

—Foi.

—Pode ler os pensamentos das pessoas?

—O tempo todo.

—Legal.

—Não. Não é não. Ser bombardeada com a verdade nua e crua, ver coisas que ninguém deveria... não é legal.

—Esses vampiros são esquisitos e medonhos.

—Você se acostuma aos olhos vermelhos. A primeira vez que eu vi a minha mãe... ela era um esqueleto vivo, fria e moribunda. Nunca vou esquecer aquele dia. Meu primeiro dia fora do útero. O gosto do sangue dela, o rosto cadavérico, o rosto do meu pai, seus braços frios em volta de mim.

—Seu primeiro dia no mundo? Você tá falando do seu nascimento? Ninguém se lembra do próprio nascimento.

—Eu lembro. Lembro como era o útero da minha mãe, do gosto do líquido amniótico. De quando comecei a ouvir e a reconhecer as vozes dos meus pais e dos meus parentes.

—Que louco.

De repente, começaram a atacar os convidados. Ela não reagiu, ela não se apavorou. Ficou parada.

Eu ia reagir e lutar, mas ela segurou o meu pulso.

—Fica quieta. Não quero que ninguém seja pego nesse fogo. Só algumas pessoas. 

Senti a magia dela.

—Você é uma bruxa.

—Assim como você.

Então, formou-se um círculo de chamas azuis em volta dos agressores. As chamas os consumiram em milésimos de segundos.

Ela soltou o meu braço e me lançou um olhar de... fique fora disso. Olhou para os anfitriões do baile.

—Avisei o que aconteceria se tentasse me trair. Se tentasse ferir a minha família. Lembra?

—Não pode achar que eu tive algo a ver com isto. Foi uma fatalidade.

—Silência!

A garota usou um silêncio para calar o vampiro.

—Eu já to cansada de ouvir as suas mentiras! É só o que sabe fazer. Mentir!

Ela pegou sua bolsa preta e tirou uma seringa de lá de dentro. Injetou o conteúdo no vampiro loiro.

—Sabe o que acontece com um vampiro... que é mordido por um lobisomem, Caius? Pois vai descobrir. E não vai ser agradável. Você vai levar todo e qualquer vampiro que você já gerou para o túmulo com você. Eu vou matar todos os membros do Clã Volturi exatamente como eu prometi.

O vampiro Caius começou a sofrer os efeitos do veneno e outros vários vampiros com ele.

Ela começou a matar os guardas, fazendo-os queimar de dentro pra fora. Quanto mais eles vinham pra cima dela, mais morriam. Ela matava um e os outros morriam em sequência como um efeito dominó.

P.O.V. Rebekah.

As únicas vezes em que eu vi vampiros morrerem desse jeito... foi quando Finn e Elijah morreram. As linhagens deles morreram com eles.

O Mestre ficou desesperado. Ele não sabia o que fazer.

—Pare! Pare!

—Você procurou isso Aro. E procurou com muito afinco.

Quando o loiro finalmente morreu, toda a sua linhagem morreu com ele. O meu irmão Nik gritava e rolava no chão de agonia.

—Klaus! Meu Deus, o que tá acontecendo?

Caroline estava ajoelhada no chão do lado dele, tentando em vão ajudá-lo de alguma forma.

A garota quebrou as pernas de Aro e consequentemente de todos os vampiros que ele gerou. Deu-lhe um severo aneurisma.

—As linhagens. Ela ligou os mestres á suas linhagens!

Disse Davina. E a garota continuou a sua chacina.

—Por eras sem fim, vocês se alimentaram do sangue dos inocentes... porque não se afogam com ele?

Ela estava realmente furiosa. Quando o último Mestre finalmente voltou á consciência, ela agarrou em seu cabelo e segurou uma lâmina brilhante perto de seu pescoço.

—Agora, finalmente... eu terei justiça. Por mim, pela minha tia, pelos meus pais e o mundo será um lugar melhor. Porque vocês não estarão mais nele.

—Pare! Pelo amor de Deus querida. Pare!

Uma vampira de olhos dourados a segurou.

—Não! Porque você me parou, mãe?!

—Porque a gente não é assim. Ness... isso não pode ser a gente. 

—Mas, se eu não pará-los, vão continuar matando e torturando e machucando as pessoas. Eles não estão mais vivos mãe. Não tem respeito por mais nada! Á não ser o gosto de sangue. De mortais e imortais.

—Isso não é para nós decidirmos. Além do mais, se matá-los... acabará com o sofrimento deles. Querida, você não vê? Essa existência deles é sofrimento e dor. Mas, se matá-los tudo o que eles sofrem ou sofreram será insignificante, entretanto se deixá-los viver...

—Ficaram presos aqui. Pra sempre.

—E não há vitória nisso.

Ela guardou a faca na bolsa.

—Meus parabéns Aro. Você vai viver. Não, vai existir pra sempre. Seus irmãos se foram e as crias deles com eles, as esposas deles. Só sobrou você.

—Porque você fez isso?

—Esses bastardos mataram a minha tia. E muitas outras tias e tios e primas e irmãos. Tortura da forma mais hedionda, assassinato. Caçam pessoas como animais mesmo sabendo que há uma alternativa. Acusam Clãs de crimes que eles não cometeram e matam-nos. Tiram pessoas de suas famílias só por Poder e cobiça e ganancia. Eles não ligam para a espécie vampira. Se isso lhe concedesse mais Poder... Aro revelaria o segredo sem pensar duas vezes. Não importando quantos teriam que morrer por isso.

—Irina deu falso testemunho.

—Ela fez o que achou que era certo! Além do mais, não é todo dia que se vê uma criança parte vampira parte bruxa ou é? Ela se enganou. E admitiu que se enganou. Assumiu total responsabilidade pelo seu erro. Errar é humano, perdoar é divino.

—Nós não somos tão diferentes assim.

—Eu sou tudo o que você não é! Eu me importo! Você fala de paz e mata porque acha graça. Tudo em você é falso, em nenhum momento desde que nos encontramos na clareira você foi verdadeiro. Nem comigo, nem com ninguém. Nem com você mesmo. Eu disse que mataria o seu clã se ferisse quem eu amo. E foi o que eu fiz. Mantive minha palavra.

—Ainda estou vivo.

—Não. Não está não. Você é uma casca vazia, um fantasma.


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