A Bela e as Bestas escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 3
Os gêmeos aprendem um pouco de história




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P.O.V. Alec.

Ela começou a contar.

—Existe um Coven de bruxas em Nova Orleans. Elas trabalham com magia ancestral. A magia delas está diretamente ligada ao solo daquela cidade e aos ossos dos seus ancestrais. E nossa história começa mil anos antes da cidade ser fundada. Duas tribos rivais decidiram combinar seu poder. Eles acharam que se unindo em paz, entrariam numa nova era de harmonia. Então, um casamento foi arranjado. Dois bruxos poderosos se unindo para criar um Coven unificado. Um casamento cerimonial.

—E? Deixa eu ver se eu adivinho, algo deu errado.

—Sim. Muito errado. Este casamento gerou uma criança.

—Uma criança?

—Sim. Uma criança. E por nove meses, os anciões da tribo visitaram a mãe, usando sua magia para conceder a criança, grande poder na esperança de que o recém nascido se tornasse um símbolo de paz e prosperidade. Mas, eles não faziam a menor ideia do que estavam trazendo para o mundo.

—Bebê de Rosemary?

—Pior. Ela foi chamada de Inadu e logo ficou mais que claro que ela era mais forte do que qualquer um poderia ter imaginado e que ela tinha uma terrível fome por mais poder ainda assim. E foi assim que a Hollow nasceu.

—Hollow?

—Sim.

—É isso?

—Calma, ainda tem mais. Ela é tão poderosa que ela não pode morrer. 

—Não pode morrer?

—Isso.

—Mas, foi a tribo dela que a transformou nesta coisa. Eles deviam tê-la detido!

—Você acha que eles não tentaram? Tudo o que eles queriam era desfazer o que sua magia havia feito, porém este foi o princípio do fim.  Com o passar do tempo, Inadu cresceu e ansiava por mais poder. Ela costumava canalizar a vida em todas as suas formas. Sua fome... era insaciável.

—Canalizar a vida?

—Sim. Canalizar na linguagem das bruxas, é tirar poder de outras coisas. Como chamas, água ou terra. Porém, o que Inadu fazia era algo tão terrível que as bruxas nem chamam de magia. Chamam de expressão. Canalizar o poder de sacrifício humano e ou sobrenatural invoca uma escuridão tão profunda que não pode existir neste plano sem engolir tudo! Ela amava o medo que inspirava nos outros. E o seu povo a conhecia como cruel, implacável, insensível, vazia. Lembra-lhe alguém?

—Está nos comparando a essa coisa?

—Estou. Entretanto, vocês não teriam chance contra ela. Cruel, implacável, insensível, vazia. E logo esta se tornou sua principal qualidade. E o povo começou a se referir a ela por este único traço. The Hollow. Oca.

—Oca. Ela matou todos eles.

—Matou. E não porque eles a feriram ou não foram gentis... ela fez por diversão. E ela só tem uma fraqueza.

—O que?

—A família.

—A família?

—Tudo se resume á linhagem sanguínea! Foi a única coisa que funcionou contra ela.

—E que família seria essa?

—Quando sua maldade ultrapassou todos os limites do tolerável, as tribos se uniram para derrotá-la. Os anciões conseguiram capturá-la, usando ligações e nós místicos. Porém, mesmo com todo aquele poder, Inadu era muito forte. A morte pareceu ser a única solução. Quatro dos anciões mais poderosos imbuíram parte de sua magia... num machado poderoso. E quando a arma ficou pronta eles confiaram á mãe dela... aquela que lhe deu a vida, para ser aquela que lhe tiraria a vida.

—Mas, ela não era imortal?

—Calma filho. Mas, antes que ela pudesse matar a filha... Inadu lançou um feitiço final. Um empoderado pela energia de sua própria morte. Uma maldição que recaiu sob todos aqueles que estavam presentes naquela noite.

—Que maldição?

—Ela atou-a a lua cheia. Assim, uma vez por mês eles seriam forçados a se transformar na mesma besta que usaram para caçá-la.

—Estamos falando de lobisomens? Filhos da lua?

Ela assentiu com a cabeça.

—Inadu carregava a marca dos crescentes, assim como a mãe dela que se tornou a primeira dos lobisomens. Os outros fugiram se tornando os seis outros clãs de lobisomens que existem hoje.

—Filhos da lua ainda existem?

—Existem. Mas, foi a linhagem Labonaire que começou tudo e os Laboneire apenas ainda possuem algum tipo de poder sob a Hollow. A Hollow os teme. Ela os quer mortos. Os está caçando a gerações.

—Mas, ainda existem Labonaires?

—Sim. O sangue Labonaire é a fraqueza dela. Depois que a tribo matou Inadu, mataram apenas a casca e sem uma casca para contê-la seu espírito se tornou mais poderoso, ela os assombrava. Então, queimaram seus restos na vã tentativa de expulsar o espírito. Porém nem todos os ossos puderam ser destruídos. E enquanto esses ossos indestrutíveis estavam juntos, o poder da Hollow crescia e ela se fortalecia. Portanto, eles foram divididos. A mandíbula inferior, o fêmur, a bacia e um osso do dedo da mão. Eles foram divididos entre quatro famílias, assim eles jamais voltariam a ficar juntos.

—Impressionante.

—Ela já saiu, se enfiou numa casca, reuniu os ossos, ressuscitou, possuiu corpos e foi derrotada novamente. E vocês... nem... notaram.

—Nós realmente não notamos.

—Como eu disse.

—Aro quer ver você.

—Tudo bem então.

P.O.V. Caius.

Maldito o dia em que a deixamos viver. Quero esfolá-la viva.

—Também quero te esfolar vivo, Caius.

—Meus queridos, não vamos brigar.

—Não me chame de querida. Então, o que você quer?

Ela foi direto ao ponto.

—Um baile. Para tentar apaziguar os ânimos.

—Vocês assassinaram a minha tia... e acha que um baile vai resolver?! Oh, se não pode contra ela... junte-se a ela. É um belo raciocínio.

—Então, aceita minha oferta de paz?

—Vou poder convidar meus amigos e minha família?

—É claro.

—Eles estarão seguros?

—Tem minha palavra.

—Vou te dar uma chance, mas se pensar em me trair ou armar pra cima de mim... filho, eu vou matar todos os membros do seu Clã e te forçar a assistir. E ai eu mato você.

—Corajosa.

—Sempre.

—De acordo.

—Então, também to de acordo.

—Vou convidar uns amigos meus.

—Tanto faz. Contanto que a minha família e meus amigos estejam a salvo, pode convidar quem bem entender. E eu vou sair pra fazer compras. Tchau.

P.O.V. Aro.

Como ela é tola.

P.O.V. Renesmee.

Eu sei que ele tá tramando alguma coisa. Mas, eu tenho uma carta na manga.

Comprei um belo vestido dourado, com luvas e um xale preto. E agora estou pronta pra batalha. Ele me deu tudo o que eu precisava sem nem perceber.

Besta.

P.O.V. Alec.

É impressionante como ela consegue ser genuinamente gentil, bondosa, amorosa e caridosa e ao mesmo tempo, cruel e violenta e intimidante.

—Nem parece que acaba de nos ameaçar. 

—Eu não quero briga. Eu queria justiça pela morte da minha tia e a obtive. Acabou. Podem continuar com as suas vidas e eu continuo com a minha. Sem ressentimentos.

—Você nos ameaçou.

—Ameacei e falei sério. Se o seu Mestre machucar aqueles que eu amo, ele estará assinando a sua sentença de morte. Sua, da sua irmã, do Félix, Demitre. Enfim... a de todos os membros do Clã Volturi. Não vai ficar uma capa preta pra contar história.


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