A Bela e as Bestas escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 15
Sempre tenha uma vantagem




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P.O.V. Simon.

Os Shadowhunters tem a Clary como prisioneira. Que babacas.

Mas, ela me contou uma coisa. E eu vou usar.

Fui até o restaurante chinês e no segundo em que falei que a Clary precisava de ajuda eles se levantaram.

—Os Shadowhunters pegaram a Clary e a tem como refém no Instituto. E nós vamos libertá-la, nem que tenhamos que quebrar aquele lugar inteiro!

Eles não exitaram em me ajudar.

—Aquele Jace... ele é meu.

Sempre fui muito bom em ciências, sou o Nerd da escola. E sou muito criativo, eu adoro improvisar e meu apelido na escola era MacGuyver.

—Eu vou sozinho primeiro. Eles não vão desconfiar de um mundano.

—Temos que salvar a Clary.

—Eu sei. Mas, precisamos duma vantagem a mais. Vantagem nunca é demais. Eu quero salvar a Clary tanto quanto vocês, talvez mais.

Enchi as malas com coisas que podia usar e não eram ilegais. E fui para o Instituto.

—O que tá fazendo aqui, Mundano?

—Trouxe umas coisas pra Clary. Ela tem que comer sabia?

—Tá.

Você vai ver só... Shadowhunter.

Dei um jeito de colocar os explosivos por todo o prédio. Em lugares estratégicos.

—Pronto. Agora pode ir Mundano.

—Não tão rápido... Shadowhunter.

Acenei pela janela e os híbridos começaram a aparecer.

—Lobisomens?

—Você não a conhece como eu. E você também não me conhece.

—Pra te conhecer eu teria que me importar.

Eu mostrei o detonador.

—Se importa agora?

—Um botão.

—Um detonador. Simon! O que você fez?

—Coloquei explosivos no prédio todo.

—E espera que eu acredite nisso?

—O meu apelido na escola era... MacGyver.

—E espera que eu...

Não esperei ele terminar, apertei o botão e uma ala inteira foi parar no chão.

—Houve uma explosão...

—Esse é o detonador mestre. Eu conectei todas as outras bombas. Se eu apertar.... bye bye Shadowhunters. Todo o seu Instituto vai pro chão!

—Para com isso.

—Não! Eles te tem como refém. Eles te temem Clary. Você é mais poderosa que eles, as pessoas te amam. Elas te admiram Clary, te adoram. Mundanos, submundanos e até mesmo Shadowhunters. Você é uma ameaça real ao Poder deles.

 -Você não sabe de nada.

—Não sei? A Clary é a prova viva de que submundanos e shadowhunters são a mesma coisa!

—Está certo. Simon, você tá certo. Vocês não se importam comigo, ou com os outros sobrenaturais. Vocês olharam nos meus olhos e mentiram na minha cara!

Então, ela empurrou uma caixa que estava sob o caderno e a caixa foi parar dentro do caderno.

—Ai Meu Deus! Sei onde está. Simon eu sei onde está. Bom, Shadowhunters... eu sei onde o Cálice está. Que pena que não estarão por perto para encontrá-lo.

—Clary, se sabe onde está... tem que me contar.

—Pra que? Pra você vir aqui fofocar para esses idiotas que estão sempre com a humanidade desligada?! E se esse cálice faz tudo o que me disseram que ele faz... vocês nunca vão pegá-lo. Nem vocês e nem o Valentim.

—E o que te disseram que ele faz?

—Cria novos Shadowhunters. Talvez eu deva usar. Eu já criei os híbridos mesmo.

—O que? Que híbridos?

—Meus híbridos!

Os lobisomens deram um passo á frente. E os olhos deles mudaram de cor. Íris de lobo.

P.O.V. Maryse.

Eu nunca vi nada igual a isso.

—Pelo Anjo.

—É. Agradeça ao anjo por isso mesmo. Meu padrinho arrasa!

—Tchau Shadowhunter.

Disse o mundano em tom de deboche para Jace.

—Vamos.

—Eu acho que não.

Os híbridos cercaram-na de forma protetora.

—Eu acho que sim.

Eles saíram e muitos dos nossos morreram. Assassinados, por mais que enfiassem as lâminas serafim nos híbridos eles cicatrizavam e matavam mais. Se alimentando dos guerreiros.

—Clary, eu prometo que vou te ajudar. Estou do seu lado, mas por favor me diga onde está o Cálice.

Ela pensou e então... respondeu:

—Tudo bem. Eu preciso achar as cartas de tarô.

—Estou com elas.

—Ótimo. Então vamos.

—Estão na minha mesa, na delegacia. Quando a Clary desapareceu peguei tudo o que sobrou lá no apartamento para o Valentim não conseguir rastreá-la.

—Deve ser fácil.

—Foi o que o General Custer falou.

—Magnus.

—Magnus está certo. Valentim tem espiões em todos os lugares. Até na polícia.

—Eu acho que tive uma ideia. Um plano. 

—Vamos de manhã. Quando os homens se curam. Nada que algumas horas de sono não consertem.

—Por mim tá beleza.

—Se quer mesmo me ajudar, prove. Eu acredito em você Jace, confio em você. Você não é como eles é... diferente. Eles são intolerantes e bitolados. A lei é absoluta. Os deixa cegos e surdos e mudos. Sei porque não pararam o Valentim. Por causa da sua lei. Vocês já não sabem se são parte da cura ou da doença.

—Ela tá certa.

—Alec!

—Ela tá certa! O Valentim e a intolerância dele não saíram do nada. Foi a Clave que o criou.

Na manhã seguinte Jace, Clary e Luke foram para a delegacia.

P.O.V. Jace.

Luke mandou a gente esperar enquanto ele pegava as cartas. Mas, tá demorando demais.

—Eu to com mau pressentimento. Tá demorando muito.

—Concordo. Ele falou sobre não chamar a atenção e pelo jeito está fracassando.

—Membros do Ciclo?

Usei minha runa de visão.

—Não. Membros da Corregedoria.

—E como você sabe?

—Li os distintivos deles.

—De tão longe?

Mostrei a runa pra ela.

—Melhor do que binóculos.

Encontramos o Luke na sala de interrogatório, depois dele nos falar onde estavam as cartas, mencionou:

—Não podem se encantar. Não sou o único submundano aqui e não sabemos quem trabalha pro Valentim.

Clary e eu nos escondemos num armário. Eu me desencantei rápido, mas ela...

—Precisa de ajuda com isso?

—Eu sei me desencantalizar sozinha.

—É desencantar.

—Porque num armário?

—É parte do plano.

—Tem um plano?

—Tenho.

—Duvido que a gente consiga sair deste armário sem chamar a atenção.

—Mas, eu quero chamar a atenção. Parte do plano.

—Um plano bom?

—Noventa por cento. E peço desculpas adiantadas.

—Pelo o que?

—Os outros dez por cento.

Nós saímos do armário e então...

—Seu desgraçado!

Senti a mão dela na minha cara.

—Ai!

—Eu não acredito que você me traiu! Pare de me seguir!

—Ai, acha que isso é descrição.

—Me solta!

Os policiais mundanos vieram.

—Não acredito que você me traiu!

Ai eu entendi. Era uma cena e ela estava na mesa do Luke.

—Você nunca mais vai me ver naquele apartamento de novo!

—Aquela garota não significa nada pra mim.

—Não significa nada? Fizemos tatuagens combinando!

Ela estava pegando as cartas.

—Esse é o namorado de quem tanto ouvi falar.

—Não. Não é mais. Eu to chutando ele. Cadê as coisas do Luke?

—A corregedoria levou. O que tá procurando?

—Eu perdi a minha chave de casa e o Luke sempre tem uma cópia.

—Não pode pegar nada. Não até que esteja liberado.

—Liberado de que?

—Vamos dar um jeito.

—Amor, só aconteceu algumas vezes. Aquela garota não significa nada pra mim

—Cala a boca!

—Olha, você não pode chamá-la de amor, não pode chamá-la de nada. Clary terminou com você, entendeu? Tirem esse elemento daqui.

Tive que deixar os policiais mundanos me arrastarem.

—Ai eu tenho meus direitos!

P.O.V. Clary.

A Capitã Vargas me falou onde estavam as coisas do Luke e eu nem precisei usar o controle mental. No cofre lá encima.

—Obrigado.

Jace e eu saímos.

—Vou trazer o Alec da próxima vez, ele nunca me deu um tapa na cara.

—Eu pedi desculpas adiantadas. E eu improvisei. Improvisação é coisa do Simon. 

—Você bateu no Jace?

—Bem no meio da cara.

Disse dando risada. Encontramos com Alec e Isabelle na frente da delegacia.

—Bom, acho que merece uma recompensa.

Eu dei um beijo na bochecha dele. A mesma que eu estapeei.

P.O.V. Jace.

Ela me olhou com aqueles olhinhos verdes tão brilhantes e cheios de ternura. E então, ela me deu um beijo. Um beijo na bochecha, mas aquele beijo me quebrou.

Clary é tão... sensível. Ela é caridosa, amorosa e genuinamente meiga. Porém ela pode ser feroz e é uma lutadora. Ela luta com o coração.

—Você é uma destrambelhada. Tu não faz nada direito!

—Como não faço direito? Eu descobri onde está o Cálice!

—Tu não luta direito, não controla o seu poder direito! É uma anta!

—Alec!

—E você é um fantasma. Não tem mais alma.

—Um fantasma é uma alma!

—Você nem faz ideia do que estou te falando, mas aquele carro tem mais vida que você. E eu posso dizer se você quer saber, uma tragédia lhe aconteceu. Você até que tá bem trabalhando aqui, com tantos demônios pra você matar, com lâminas brilhantes e runas cintilantes o que você poderia querer? Além do mais você não tem alma.

—Quer parar de cantar!

—Filho você tá morto. Mais morto que o meu pai.

No fim conseguimos pegar o Cálice. E apesar dos percalços o tínhamos.

Clary me beijou e então.

—Pronto.Tai.

—Uma carta?!

—O Cálice está dentro da carta. Você disse que queria o Cálice e ai está. Você não pretende usá-lo mesmo. Então, pra que tirá-lo dai? Afinal, vocês querem proteger a humanidade e impedir o Valentim de criar um exército ou será que me enganei? 

—Não.

—Será? Porque não parece muito feliz em ter recuperado o Cálice.

Clary saiu.

P.O.V. Maryse.

Jace começou a reportar.

—Subimos pelo poço do elevador, mas a Clary não precisou da runa Nix. Ela enxerga no escuro. Também não precisa da runa de velocidade ou da de força, ela tem a força e a velocidade sobrenaturais que herdou dos pais dela.

—Ela matou membros do Ciclo como se não fosse nada.

—Verdade.

—Pelo jeito você conseguiu retirar o cálice da carta.

—Consegui. Aqueles demônios horrorosos me encurralaram, mas eu consegui tirar o Cálice da carta e usei pra mandar eles se afastarem.

—E os híbridos?

—Não vou falar nada sobre os híbridos. Para todos os efeitos eu não sei nada sobre eles.

—Mas, eu sei.

—Lucian.

—Luke?

—Não importa o que façam a eles, eles não vão falar nada sobre como ela os transformou em híbridos.

—Porque não?

—É por causa do elo. Os híbridos estão ligados á Clary, é uma lealdade incondicional, é como a ligação parabatai só que... mais forte.

—E como sabe tudo isso?

—Eu sou um submundano. Sou o líder alfa da alcateia de Nova York, mas ainda assim...

—Os híbridos respondem á mim antes de responder á você. Porque eles são a minha prole.

—Pois é.

—Eu sinto muito. Eles estavam com a gente de refém, eu não tinha o cálice, mas eu tinha a habilidade de transformar eles em híbridos. Fiz isso pra eles soltarem a gente. Eu e o Simon.

P.O.V. Jace.

Ela fazia qualquer coisa por quem ela amava. E isso era admirável. Porém, isso a tornava muito perigosa e vulnerável ao mesmo tempo.

P.O.V. Alec.

Desde que eles se beijaram, eles ainda estão agarrados. Abraçados.

—Estou cansada. Quero ir pra casa.

—Eu te levo. Vai precisar de uma escolta.

—Muito engraçado.

—Vamos, Simon.

—Uau! Ele disse o meu nome.

—Vocês vão começar a tratar os outros sobrenaturais com respeito? Vão dar a eles o devido valor?

—Claro.

—Ah, Robert... você mente muito mal.


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