A Bela e as Bestas escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 14
Um pouquinho diabólica


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/46rUBCewhxY-Clary canta.



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P.O.V. Maryse.

Ela sumiu. E só o Anjo sabe o que vai fazer.

—Precisamos que o feiticeiro refaça as alas.

—Vou falar com o Magnus.

P.O.V. Magnus.

O que ela falava fazia sentido. Os Shadowhunters sempre nos trataram como inferiores.

—Eles não compreendem que precisam de nós tanto quanto precisamos deles! Acreditam que é nosso dever servi-los, mas eu não sou serva de ninguém. E vocês?!

—Não!

—Está querendo incitar uma rebelião?

—Não. Uma greve. Nenhum sobrenatural vai ajudar os Shadowhunters. Nenhum sobrenatural vai ajudar a Clave! Não até eles nos darem o devido valor! Por que, meus amigos.... Nós importamos!

—É!

—Bom, com uma greve... eu concordo. Desse dia em diante, os feiticeiros do Brooklyn estão em greve. Ninguém vai ajudar a Clave ou Shadowhunters que servem a Clave.

—Então tá decidido.

Ela saiu.

P.O.V. Clary.

Depois dos feiticeiros vim falar com os lobisomens e eles concordaram.

—Tudo bem Clary, estamos com você nessa. Os Shadowhunters acham mesmo que nós somos insignificantes. Veremos.

—Ótimo Luke.

Depois vampiros e Rafael disse sim logo de primeira.

—Sem ataques físicos. Vamos seguir as regras, nós vamos apenas parar de ajudar os Shadowhunters. Para mostrar nosso valor.

—Certo.

—Que bom.

Agora, veremos como os Shadowhunters se viram sem os submundanos.

P.O.V. Alec.

Fui até a casa do Magnus e  eu pedi:

—Preciso que refaça as alas de proteção do Instituto.

—Não posso. Sinto muito.

—Então, envie outro feiticeiro.

—Estamos de greve Alexander.

—Greve?

—Isso. Greve. Nenhum feiticeiro vai ajudar os Shadowhunters por tempo indeterminado.

—Porque?

—Porque eu não sou o único que sente que os Shadowhunters nos estão explorando, não nos dando o devido valor.

—O que?

—Ela tinha razão. Vocês acham mesmo que nascemos para servi-los.

P.O.V. Izzi.

Cheguei no Raphael para pedir uma informação, mas ele me informou:

—Sinto muito Isabelle, os vampiros estão de greve. Não vamos ajudar os Shadowhunters por tempo indeterminado.

Eu voltei para o Instituto.

—Vocês não vão acreditar no que acabou de acontecer!

—O que?

—Raphael se recusou a me ajudar. Disse que os vampiros estavam...

—De greve?

—Isso. Como você sabia?

—Os feiticeiros também. Magnus não vem refazer as alas.

—Porque essa greve agora?

Um lobisomem entrou no Instituto e respondeu a pergunta.

—Vocês Shadowhunters se acham melhores do que nós. Vocês que estão se matando por pequenas discordâncias. Alguém sabe qual é a diferença entre o Ciclo e a Clave? Porque eu não vejo nenhuma. Vocês parecem o mesmo pra mim. Eu entendo a pureza de ser um lobo, a nobreza. Mas, vocês falam de paz e matam porque acham graça. Vocês esperam que nós obedeçamos ordens que vocês mesmos não seguem. E francamente, estamos cansados disso. Adeus Shadowhunters. E boa sorte tentando se defender sem as alas. Os outros vão acabar com vocês.

—Isso é uma ameaça?

—Não. Mas, imagino que quando os capangas do Valentim descobrirem que vocês estão aqui desprotegidos, o seu precioso sangue de anjo vai jorrar.

—E de quem foi a ideia dessa greve?

—Da única pessoa que consegue ver o que vocês não enxergam, a única pessoa que realmente merece o sangue que tem.

—Clary.

—Isso. A prima dela ajudou. Sabe, essas crianças híbridas são do barulho!

Ele saiu.

—Crianças? Tem mais de uma?!

—Eu vou falar com ela.

—Vou com você Jace.

P.O.V. Clary.

Estava sentada no sofá tomando sorvete e assistindo a novela quando tocam a campainha.

Minha mãe e eu falamos ao mesmo tempo:

—Pai!

—Elijah!

—Maldita seja essa novela.

Eu abri a porta e dois desconhecidos estavam lá.

P.O.V. Izzi.

O homem de camisa gola V e calça jeans escura nos encarava com franca curiosidade.

—Nós estamos procurando a Clary.

—Elas estão assistindo a novela. A essa hora, não é uma boa hora.

—Porque não?

—Estão assistindo a novela.

—Falem baixo! Eu não to conseguindo ouvir a TV!

O homem saiu.

—Porque estão atrás da minha filha?

—Você é o pai da Clary? Mas, estamos no meio do dia! Outro diurno?

—Existem muitos vampiros diurnos. Eu e meus irmãos somos os primeiros. Os primeiros vampiros da nossa raça e os primeiros diurnos da nossa raça.

—É porque a sua filha incitou uma... greve e...

—Vocês precisam dos outros sobrenaturais. Ela é igual a mãe dela. Eu era como vocês. Me achava superior por ser um Original, me achava inalcançável, inatingível. E como eu não posso ser morto... usava isso como vantagem, porém foi a minha soberba que me tirou a oportunidade de criar a minha filha. Foi cada inimigo que eu fiz a cada dia da minha vida miserável. Foi por eu ter tratado os outros como meus inferiores que fiquei séculos sozinho. Cada brecha que encontrei em cada promessa que fiz, eu tomei chumbo grosso e não posso culpar ninguém além de mim mesmo por isso.

Então, Clary saiu.

—Incitou uma greve?

—Devia ficar feliz. Eu podia ter incitado uma rebelião e vocês merecem uma.

Ela começou a cantar e o olhar dela era realmente wicked. Perverso.

No one calls you honey, when you're sitting on a throne, no one calls you honey, when you're sitting on a throne.

Ela estalava os dedos num ritmo específico. Criando o ritmo da canção.

One of this days a comin' gonna take that woman's crown. There's a serpent in these still waters lying deep down.

To that Queen I will bow, at least for now

One of this days a comin' gonna take that woman's crown.

Estava claro que ela estava se referindo á minha mãe e á Clave.

—Minha mãe não tem uma coroa.

—Bom, ela acha que tem. E uma bem grande.

—Porque está fazendo isso Clary? Porque incitar esta greve?

Cause I am, I am a little wicked. Yes, I am a little wicked.

Hands Red, Hands red. Just like he said I am, I am a little wicked.

—Talvez assim aprendam a ter um pouco mais de humildade, um pouco mais de gratidão. Pelo o que eu ouvi, os outros sobrenaturais não estão muito contentes com vocês. Eles não exitaram em fazer a greve. E o voto foi unanime em todos os clãs. Eles podem não ter sangue de anjo, mas são... humanos também.

Então, ela fechou a porta na nossa cara.

—Ai.

—É.

Voltamos para o Instituto. E contamos para a mamãe.

—Ela arquitetou uma Greve?!

—Ela deu a ideia e os submundanos aceitaram.

—Clarissa Mikaelson já causou muita confusão. É por isso que não nos misturamos com submundanos!

—Você sabe que isso é mentira.

—Outro submundano no Instituto.

—Quando meu irmão alimentou o primeiro Shadowhunter ele não sabia o erro que estava cometendo. E depois me culpam por tudo.

—Seu irmão? Um submundano que acha que conhece a história de Raziel.

—Raziel era um intrometido. Criar o cálice, o espelho e a espada eu até entendo, mas alimentar um mortal com seu sangue? Humanidade, encontra divindade e dá nisso! O último humano que encontrou a divindade... morreu. Ele roubou as minhas asas.

—As suas asas?

Disse minha mãe rindo. Então, o homem criou asas! Asas! Brancas como de um cisne, só que elas tinham um brilho.

—Minhas asas! Porque eu sou Lúcifer Morningstar! O diabo em pessoa!

Os olhos dele, as íris vermelhas. Era uma coisa impressionante.

Ele era um anjo, mas um anjo... encolerizado.

—Pelo Anjo!

—É. Você dobra sua língua pra falar comigo. Sua mortal nojenta! Mal posso esperar para nos encontrarmos de novo. Qual será que é o seu pior pesadelo?

Então, ele pareceu ter ouvido alguma coisa e começou a gritar.

—Como você fez isso mãe?

—Não é ela! Ela não teria chance contra mim! Ai!

Ele rolava no chão de dor.

—O que é isso?

—É a Clary. Está sofrendo. Está sendo torturada.

—Como você sabe?

—Valentim. Valentim, desgraçado. 

—Valentim pegou a Clary?

P.O.V. Clary. 

Tá doendo. Esse homem é louco.

—Para! Para!

—Um ser que é submundano e shadowhunter ao mesmo tempo. É uma abominação.

—Por favor, me deixe ir. Eu não conto pra ninguém, prometo. Não sei onde esse cálice está.

P.O.V. Valentim.

Ai, submundana nojenta. Chora lágrimas de crocodilo.

—Talvez isso te ajude a se lembrar.

—O que é isso?

—Sangue de seelie.

—Não. Não por favor! Eu não sei onde está. Não sei.

P.O.V. Alec.

Então, o anjo Lúcifer levantou e saiu voando. Ele quebrou o teto do Instituto.

—Nós vimos um anjo. Meu Deus ele era lindo e apavorante.

Do nada, apareceram um monte de pessoas. Do nada. Do meio do ar.

—Não está mais aqui. Ele não está ferido.

—E o que Lúcifer viria fazer aqui? Ele despreza noventa e nove por cento da população humana e cem por cento dos Shadowhunters. Mais ainda agora que aquele homem do leilão clandestino roubou e empalhou as asas dele.

—Mas, as asas estavam no lugar quando ele esteve aqui.

—Pai. Devolveu as asas dele, mas porque?

—Eu não sei. Ele casou com a Chloe e criou alguma coisa.

—Que coisa?

—Ele não disse. Mas, estava tão orgulhoso. Ficou tão contente de ter criado alguma coisa sem a interferência do mala do seu pai.

—Mazekiine!

—Espera, para um pouco. Com todo o respeito, mas acho que sei o que o seu irmão criou.

—O que?

—Clary.

—A Clary?

—Pensa bem, Alec. O pai dela é um vampiro, a mãe é uma híbrida bruxa, doppelgganger. Nenhum dos pais dela é Shadowhunter e ainda assim, ela tem a visão e sobreviveu á receber as runas. Ela não virou uma esquecida.

—Então, a Clary tem puro sangue de anjo.

—Sim.

P.O.V. Clary.

Eu consegui fugir dos malucos do Ciclo e do Valentim, só pra ser sequestrada de novo. Pelo parceiro do Luke.

—Se não nos disser onde o Cálice está... vamos apresentar a Gretel para o seu amigo mundano, o Simon.

—Eu não tenho o cálice, mas tenho algo melhor.

—O que pode ser melhor do que o Cálice Mortal?

—Posso transformar todos vocês em híbridos. Posso fazer vocês serem meio vampiros, meio lobisomem porém mais fortes que os dois.

—Impossível!

—Hello! Eu sou Clary Mikaelson! Meu tio é o Klaus Mikaelson.

—Ele é um híbrido.

—Posso te transformar em um híbrido. Se... nos deixar em paz.

—Prove que pode criar um híbrido e ai, se funcionar... eu deixo vocês irem.

—Muito bem. Quem vai ser a minha cobaia?

—Eu.

—Só tem um pequeno detalhe.

—Qual é?

—Para se transformar, terá que morrer.

—Morrer?

—Vai dar pra trás, Gretel?

—Não.

Me mordi e ofereci.

—Beba.

—Porque?

—É parte do processo. Beba antes que cicatrize.

A loba bebeu e então... por favor esteja certa voz da minha cabeça. Porque eu quebrei o pescoço dela.

Demorou um pouco, mas ela acordou.

—Meu Deus!

—Vai ter que se alimentar de mim de novo, se quiser sobreviver. Beba.

P.O.V. Elijah.

Como eu fiquei anos longe, a relação entre Alec e Renesmee se estreitou.

Eles estão juntos.

Que droga.

P.O.V. Clary.

Sei que não devia ter transformado eles em híbridos, mas eu fiz o que eu tinha que fazer para manter á mim mesma e o Simon seguros.

—Deixa a gente ir agora.

—O seu amigo pode ir, mas você... você é a galinha dos ovos de ouro de todos.

Ele avançou encima de mim, mas os híbridos se colocaram entre eu e ele.

—Se afasta dela.

—O que? Eu sou o Alfa!

—Esqueci de mencionar um detalhe. Todos os híbridos, estão ligados á mim. Gretel, ele vai me matar, e vai matar vocês também, ele acha que híbridos são muito perigosos para viver e você... precisa impedi-lo. 

Gretel avançou sob o Alfa.

—Vem Simon!

O alfa morreu, mas não foi a Gretel que matou.

—Luke?

—Oi Clary.

—Vocês não vão contar pra ninguém sobre como eu transformei vocês. Podem até dizer que fui eu, mas não vão contar como nem sob a mais hedionda das torturas.

P.O.V. Izzi.

Os meus dois pais estão aqui. Ótimo.

—Clary Mikaelson. Vocês tem que trazê-la pra cá. O quanto antes. Ela já causou muita confusão e todo o submundo está procurando por ela.

—Nossa! Não sabia que eu era essa coca cola toda. Mas, depois do que eu tive que fazer hoje pra escapar dos lobisomens do restaurante chinês... a sua Clave vai ficar apavorada!

—Somos Shadowhunters. Não nos apavoramos.

—Mas, a última coisa que a sua Clave quer é os submundanos como vocês chamam obtendo mais poder e mais liberdade. O Luke é um lobisomem e agora ele é o Alfa.

—Lucian Garroway é o alfa?

—É.

—Porque?

—Ele desafiou o outro Alfa e venceu e agora ele é o alfa.

—Mas, porque ele desafiaria o outro alfa?

—Pra me proteger. Luke é da família. Ele disse que prometeu pra minha mãe que ia me proteger.


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