A Bela e as Bestas escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 10
Festa beneficente




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P.O.V. Caroline.

Ai tava lotado graças á Deus! As meninas estavam se divertindo, o povo estava doando dinheiro e tudo estava bem.

Não podia estar mais satisfeita. Os objetos em exposição foram emprestados por várias famílias inclusive os Mikaelsons.

Nos estandes atrás das vitrines haviam várias relíquias de família. Cada sessão para uma família diferente.

Garçons circulando com bandejas cheias de taças de champanhe, no bar o atendente servia batidas, uísque, entre outros coquetéis.

P.O.V. Renesmee.

Eu caminhei pelos estandes olhando os itens em exposição. Cheguei no estande dos Salvatore e lá estava o anel do Stefan, seus diários. Caminhando mais um pouco, o estande da família Bennett. O grimório da Bonnie, o pingente da Qetsyiah, o cristal de âmbar de Emily.

Então finalmente cheguei ao estande da minha família. Atrás duma vitrine estavam o anel da luz do dia de Elena, o camafeu de Katherine, seu colar com uma pedra azul, o anel do caçador do Jeremy. A bíblia Petrova.

—Aproveitando a festa?

—É. É uma boa festa.

—Você quase não bebeu e não parece feliz.

—Não bebo muito. Eu conheci todas essas pessoas e agora elas morreram. Bom, uma hora todos devem partir.

Estava falando com o Elijah quando o Alec apareceu.

—Eu queria muito poder ficar bêbado.

—Você meio que pode.

—O nosso tipo de vampiro não fica bêbado Cullen.

—Na verdade é possível.

—Como?

—Eu vou e já volto.

P.O.V. Alec.

Senti o cheiro á quilômetros de distância. Ela voltou carregando galões de plástico que fediam á posto de gasolina.

—O que é isso ai?

—Eu tenho um amigo, ele é vampiro do mesmo tipo que você. Só que ele é completamente porra louca e gosta de testar se é mesmo imortal. Ele acidentalmente descobriu como ficar bêbado.

—Não respondeu minha pergunta.

—Etanol.

—Etanol?! Álcool de posto de gasolina?!

—Isso.

—E funciona?

—Funciona.

—Que se dane, eu sou imortal.

E eu senti o efeito. Meu Deus!

P.O.V. Elijah.

Vendo ela dançar com aquele outro vampiro fez o meu sangue ferver de raiva. Faziam passos dos anos oitenta e acrobacias.

Aquilo com certeza animou a festa. Entretanto, não ficarei aqui parado olhando ele me roubar a garota.

—Me permite?

—Tá bem.

Nós dançamos juntos, ela estava linda com aquele vestido florido.

—Obrigado, você também está lindo nesse terno.

—Está lendo minha mente?

—Foi sem querer. Tem muita gente aqui. Quanto mais mentes, mais difícil de bloquear.

Se eu soubesse o que teria acontecido, jamais teria bebido aquela coisa. Ou teria? É difícil dizer.

P.O.V. Renesmee.

Eu perdi a minha virgindade! Para um Mikaelson. 

Mas, foi muito bom. Ele... foi gentil comigo.

Talvez eu esteja me iludindo e ele não esteja nem ai. E Rebekah me devolveu meu diário.

É estranho ver um vampiro dormindo. Me levantei, coloquei o meu vestido de volta e comecei a examinar o quarto.

Era com certeza um quarto masculino. Os móveis de madeira escura, antigos, entalhados, envernizados.

O lençol com o qual ele estava coberto era liso, verde escuro, as cores do quarto em geral eram escuras lhe concediam um ar de sobriedade e tristeza.

Mil anos. Imagine as coisas que ele deve ter visto... e feito.

Fui até o armário dele. Haviam ternos demais para contar, gravatas azuis, vermelhas e pretas, então eu vi blusas básicas, com gola V, gola redonda, pretas, verde militar, camisas sociais, calças jeans de lavagem escura. 

—Você é mesmo uma pessoa triste.

Disse passando a mão numa das camisas que exalava o perfume masculino.

—E sabe isso só de olhar o meu guarda roupa?

Eu dei um pulo. Meu coração veio parar na boca.

—Me desculpe. Mas, eu olhei o quarto também. Combina com você. Sobriedade e uma tristeza mais profunda que um poço sem fundo.

P.O.V. Elijah.

Eu ouvi a pena na voz dela.

—Você é muito perspicaz.

—É a empatia. Posso sentir tudo o que está sentindo. E você carrega toda essa mágoa dentro de você, toda essa culpa.

—Como sabe que a mágoa e a culpa são minhas e não suas?

—Com o tempo e treino, o meu tio me ensinou a separar as minhas emoções, das emoções alheias. Meu pai, me ensinou a separar os meus pensamentos, dos pensamentos alheios. Me ensinou a bloquear. Tia Alice me ensinou a fazer as visões virem a mim por vontade própria.

—Você tem todos os poderes de todos os membros da sua família?

—Sim. E a magia da minha mãe.

—É bastante poder.

—É. Água de bruxa, vento de bruxa, fogo de bruxa. É poder demais para uma pessoa só. Eu vou pra casa.

—Mas, já? Não vai ficar para o café da manhã?

Perguntei abraçando-a, envolvendo meus braços em sua cintura, colando seu corpo ao meu e então,  beijei-lhe o meu pescoço.

—Ainda me pergunto se fiz a coisa certa te dando a minha virgindade. Eu queria fazer, mas talvez não devesse ter feito.

—E porque não?

—Porque apesar de me sentir segura ao seu lado, ainda fico com a pulga atrás da orelha. Como se você fosse uma serpente que a qualquer momento pode me engolir inteira.

Aquilo doeu. Mas, eu sabia que ela tinha inúmeros motivos para desconfiar de mim.

—Sinto muito se magoei você, mas eu prefiro ser honesta. Eu quero confiar em você Elijah, quero mesmo. Mas... não sei se consigo.

—Creio que você foi a primeira pessoa em muito tempo a ser tão honesta comigo.

—Isso é triste.

—Mas, vai ficar para o café?

—Claro! Vai ser interessante ver um vampiro comendo comida humana.

—Então, sou sua cobaia?

—Você é voluntário para ser minha cobaia?

—Sou.

—Então... é minha cobaia.

Á quanto tempo, eu não me divertia assim? Não fazia uma piada?

—Vamos comer ou não? Estou com fome.

Ela fez ovos mexidos, leite com chocolate, torradas com manteiga e frutas.

—Nada de bacon?

—Bacon me dá náuseas.

—Porque?

—Eu não sei. O cheiro me dá náuseas.

Ela serviu num prato para mim e um para ela.

—Você quer café?

—Quero.

—Vai tomar mais de uma xícara?

—Não.

Colocou a cafeteira para funcionar. E se sentou dando uma garfada nos ovos enquanto olhava em volta.

P.O.V. Renesmee.

Fogão e geladeira de aço inox, sendo que esta segunda tinha um dispenser de água e gelo, bancada de mármore escuro, piso frio. A fruteira cheia com bananas, laranjas, maçãs.

Era parecida com a cozinha da casa da minha avó, só que mais escura.

—Essa casa é só sua?

—É. Venho aqui para pensar.

—Legal. Ainda não acredito que vim para a casa de um cara depois duma festa e perdi a minha virgindade.

Eu ri.

—Eu tenho feito muitas coisas erradas ultimamente. Acho que eu sou um pouco perversa.

—Ninguém é perfeito. Mas, me fale mais de você. Coisas boas.

—Bom, eu não posso tomar café, mas sou viciada em chocolate e todo o tipo de porcaria. Gosto de assistir novelas, especialmente as novelas mexicanas. Todo aquele drama é cômico. Odeio lugares lotados, gosto de dançar.

—E que tipo de música você ouve?

—Linkin Park, músicas brasileiras, rock, pop e até um pouco de música clássica. Meu pai me ensinou a tocar piano. Indie Rock, reggae, música mexicana. Eu falo espanhol, português, inglês obviamente e um pouco de francês. E italiano. Acabei aprendendo de tanto ouvir os Volturi falando.

—Impressionante.

—Mas, eles não sabem que eu falo italiano então...

Ela colocou a mão sob os lábios.

—Seu segredo está á salvo comigo.


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