Memento Mori escrita por EsterNW


Capítulo 12
10.0 - Relieve me


Notas iniciais do capítulo

Hallo hallo, povo! Prontos pra mais um capítulo? Antes de começarem a ler, vou deixar algumas informações para poderem entender melhor.

Primeiro, eu sei que o nome Clara não era um nome usado no Egito, mas, como desconheço qualquer adaptação do nome para a cultura, peço que me concedam esse momento de licença poética -q Mas se alguém conhecer uma versão egípcia para o nome Clara, diga nos comentários porque gostaria muito de saber xD

Algumas noções sobre mitologia egípcia, pra ninguém ficar perdido:
Amon/Amon-Rá/Rá = deus sol e principal divindade egípcia. Segundo algumas versões do mito, todas as formas de vida teriam sido criadas por ele.
Osíris = deus associado à vegetação e à vida pós-morte. Responsável pelo julgamento das almas dos mortos na "Sala das Duas Verdades".
Anúbis = deus da morte, da mumificação e do submundo. Uma de suas funções era proteger as tumbas e guiar as almas dos mortos no além.
Duat = também conhecido como Tuat, é o reino de Osíris e residência de alguns deuses e seres sobrenaturais, além de ser a região onde acreditavam que Rá viajava de leste a oeste durante a noite, além de também ser o local por onde as almas dos mortos passavam até os salões de julgamento.
Ao chegar à Sala das Duas Verdades, os egípcios acreditavam que a alma da pessoa era posta em julgamento em uma balança, ficando de um lado o coração da pessoa e do outro a pena da verdade. Caso o coração fosse mais leve do que a pena, era concedido vida eterna à pessoa, caso não, seu coração era devorado pelo demônio Ammit.

As informações históricas estão nas notas finais. Boa leitura ;)



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E agora o tempo não pode voltar atrás,

Posso ouvir o ranger das portas negras das terras eternas

Porque Anúbis está à minha espera

Para pesar a minha alma.”

— Duat, Myrath

 

Tebas, Alto Egito, 1089 A.C.

— E no reinado de... — Donkor permanecia explicando para o estrangeiro, tendo sua voz calma e professoral a tomar conta do recinto, enquanto o homem de roupas estranhas ouvia-o aparentemente interessado, apoiado na lateral da mesa, mantendo as mãos nos bolsos da casaca enorme, da qual Clara sequer sabia o nome da peça.

A jovem apenas sorriu de canto, observando Donkor transcorrer em sua fala sobre as últimas linhagens faraônicas e acontecimentos no reino. Coisa que ela já sabia de cor, afinal, não cansava de ouvir a voz do escriba sempre que tinha uma folga de suas obrigações como cantora de Amon, o que acontecia várias vezes ao dia, tendo finalizado sua parte em algum dos rituais diários, caso não houvesse nenhuma procissão festiva nos complexos do templo de Karnak.

— Tenho certeza que escrevi sobre isso anteriormente em algum lugar... — o escriba comentou, coçando o queixo liso e sem barba, virando-se em seguida em busca de algum rolo de papiro com qualquer que fosse a informação que o estrangeiro perguntou. Clara até tinha perdido o rumo da conversa, mais absorta em seus próprios pensamentos.

Desviando seus olhos do escriba, ela voltou-os para aquele que se denominava como Doutor, que ajustava os óculos — Clara tinha certeza de que era assim que ele nomeara o objeto — em seu rosto, aproximando a face do papiro.

— Ah, Ramsés II... Ele era um grande homem, sabe? Uma pena que tinha certa obsessão por guerra e escravidão. — O estrangeiro ergueu-se em um único movimento, enfiando as mãos nos bolsos da calça.

Clara arqueou a sobrancelha, estranhando o estrangeiro comentar sobre um de seus antigos faraós como se o conhecesse em pessoa. A cantora voltou seus olhos novamente para Donkor, porém ele estava mais interessado em dividir sua atenção entre os inúmeros papiros, pelos quais seus dedos rápidos e esguios percorriam com facilidade, e o monólogo do Doutor sobre os inúmeros Ramsés que governaram o Alto e Baixo Egito antes de seu soberano atual, Ramsés XI, o Grande Hórus Vivo. Clara sempre se esquecia do título completo, o que a maioria das pessoas, e seu pai principalmente, consideravam como uma certa heresia.

— Clara! — A voz arfante e profunda de Radamés, um dos mais importantes sacerdotes de Amon-Rá, e pai de Clara, invadiu o recinto, interrompendo qualquer monólogo que o senhor do tempo pretendia dar continuidade. O sacerdote suspirou, parecendo um pouco aliviado, contudo, a rapidez de seus movimentos retornou em um segundo. — Vamos, precisamos conversar com urgência.

O homem, no alto de seus quarenta anos, segurou o braço da filha com autoridade, tentando retirá-la da saleta do escriba a todo custo, em um estado de agitação tão intenso, que sequer tinha se dado conta de que não estavam sozinhos no recinto.

— Pai... — Clara chamou-o, tentando trazer os sentidos do outro de volta para a situação presente.

Radamés piscou algumas vezes ao visualizar o estrangeiro encarando-o de volta com seus olhos castanhos por trás das lentes, estudando curioso o sacerdote, estranhando sua agitação. Donkor parou logo ao lado, tendo os braços cheios de rolos de papiro, parecendo não saber o que dizer ao ter a figura imponente do sacerdote em sua sala sem aviso prévio. Apesar de exercer sua função havia cerca de um ano, o escriba não deixava de ter certo receio quando se tratava dos sacerdotes de Amon e, principalmente, do alto sacerdote, tratando as figuras com certo receio e até mesmo medo, sabendo, através de Clara, das intenções e do poder daqueles homens sobre o reino.

— Quem é este? — o sacerdote virou-se para a filha e logo em seguida para o escriba atrapalhado, em busca de respostas. Entretanto, a réplica para seus questionamentos veio do próprio estrangeiro, que se colocou à frente com um sorriso torto e uma das mãos ainda nos bolsos, enquanto esticava a outra para um cumprimento.

— Eu sou o Doutor... — Ele recolheu a mão, ao ver que o outro não iria apertá-la, usando-a para buscar algo perdido nas profundezas dos bolsos de seu sobretudo. — Inspeção de templos. — Apresentou uma carteira na cara do sacerdote, fazendo-o estreitar os olhos para ler o que quer que constasse ali. Rapidamente, guardou o objeto de volta no bolso. — Sabe como o faraó é meticuloso com essas coisas...

— Clara! — o sacerdote recobrou de seu momentâneo torpor, voltando a segurar o braço da cantora e retirá-la da sala. Nenhum dos outros dois homens os seguiram. — Eles devem estar mais perto do que temíamos... Até mesmo seus batedores estão entre nós — murmurou para si mesmo, tendo uma impressão errada sobre o Doutor, todavia, mais preocupado em procurar algo com avidez nas dobras de suas vestes alvas.

— Pai, o que o aflige? O que aconteceu para que o senhor ficasse nesse estado? — Clara segurou as mãos grandes do pai com delicadeza, interrompendo a procura incessante do outro pelas próprias roupas. Ao olhar nos olhos escuros de Radamés, da mesma cor dos seus próprios, ela segurou a fala na garganta, ao ver presente ali o que parecia ser medo. Ela tinha certeza absoluta que era medo refletido naqueles olhos castanhos que ela conhecia tão bem.

— Eles descobriram tudo, criança. O faraó sabe de nossos planos — ele anunciou, trazendo um novo peso àquela conversa. A reação da cantora foi de apenas soltar as mãos do mais velho e levar as próprias em direção aos lábios, tentando ocultar a surpresa.

Figura importante entre os sacerdotes do templo de Karnak, era óbvio que Radamés sabia e fazia parte dos planos ambiciosos de Amen-hotep, o alto sacerdote de Amon-Rá, afinal de contas, quase todos os sacerdotes estavam envolvidos na trama. Havia tantos anos que possuíam alto controle sobre a importante cidade de Tebas, e até um pouco além pelo Alto Egito, então por que não pensar um pouco mais alto e tomar o controle sobre as duas terras à beira do Nilo? Havia mais de uma geração que a força do faraó sobre o reino já não era mais a mesma, dividindo os poderes, mesmo que de forma velada, com os representantes religiosos. Por que não se aproveitar do império se enfraquecendo ainda mais com os recentes e recorrentes saques e invasões, e reverter os infortúnios ao seu próprio favor? A população sequer iria contra, acreditando que tudo não passava da vontade dos deuses, anunciada através dos sacerdotes.

Clara não negava que sonhava com as promessas que seu pai lhe oferecia com o suceder do golpe: poder, joias, roupas dos mais finos tecidos, e quem sabe o que mais ela sairia ganhando com tudo isso. Porém, seus sonhos ambiciosos se desfizeram ao ver o desespero verdadeiro nos olhos do pai.

— Pegue. — Ele forçou o cabo de um punhal nas mãos da filha, mais preocupado com a segurança dela do que com a própria. — Fuja o mais rápido que puder e não olhe para trás. O exército núbio está a meio caminho de Karnak, devemos ser invadidos antes que Rá alcance o horizonte.

— Mas, pai...

Clara não terminou seus protestos e nem prosseguiu a conversa. Os corredores em um silêncio religioso do templo de Karnak foram perfurados pelos gritos e o cortar de espadas. Era tarde demais. Talvez tarde demais para fugir. Os núbios chegaram cedo demais. Mas Radamés não deixaria que a única filha fosse levada por Anúbis para o encontro com Osíris devido os erros que ele mesmo cometera.

— Fuja, Clara, fuja! Alcance a saída através do santuário. Fuja e não olhe para trás. — Ele segurou a cantora pelos ombros e a empurrou para longe de si, tendo como última visão os olhos nublados de lágrimas da filha, destacados ainda mais graças ao kohl que os adornava.

Clara apenas seguiu a ordem de seu pai, segurando a adaga como se sua vida dependesse disso e correndo pelos corredores de paredes esculpidas em pedra e rodeados por colunas que chegavam até o teto, sustentando-o. Ela não olhou para trás, perdendo a visão do Doutor e de Donkor aturdidos à porta da sala do escriba.

Clara corria por entre a confusão de colunas, desviando-se delas com rapidez, sendo somente observada pelas figuras esculpidas em relevo nas paredes e no teto, tendo o ecoar de seus passos rápidos abafados pelos gritos, de desespero e de guerra, cada vez mais alto em seus ouvidos. Ela queria erguer as mãos para tampá-los e proteger-se de tamanho tormento, contudo, a arma em suas mãos era mais importante que seus temores.

Os gritos tornavam-se ainda mais altos conforme ela se aproximava do santuário, finalmente adentrando o ambiente à meia luz, somente iluminado pelas piras penduradas pelo enorme salão. A egípcia parou, vendo, graças às sombras do fogo, dois soldados aproximarem-se das portas do local sagrado. Sabendo que veriam-na caso tentasse escapar para a saída aos fundos, ela pensou rápido, usando a enorme estátua de Amon-rá como seu esconderijo. A cantora rezava aos deuses para que nenhum dos soldados ousasse saquear o santuário e suas oferendas naquele momento.

Clara apertou as mãos nos pés da estátua, procurando por uma proteção em Rá e tentando visualizar o que acontecia fora de seu esconderijo. Ela esperou por breves instantes, que eram marcados através de gritos, não somente das dezenas de presentes no templo, como a de soldados núbios a bradar, e pelo cortar de espadas, que parecia diminuir aos poucos, com suas vítimas tombando sem vida ao chão.

Os dois soldados finalmente retiraram-se do santuário, correndo duramente na mesma direção pela qual vieram anteriormente. Clara murmurou uma prece em agradecimento, emendando a outra, pela proteção de seu pai e de Donkor. Contudo, a cantora não precisou esperar quase nada pela sua resposta, pois não era novamente a única a estar presente no santuário.

— Deixe-me, Doutor, deixe-me morrer — Radamés murmurava fracamente, usando a outra parte de suas forças restantes para apoiar-se no senhor do tempo e caminhar em direção à saída do templo.

A dupla parou no meio do salão, com o sacerdote a arfar, tendo a mão indo de encontro à região da barriga, de onde o sangue manchava suas vestes alvas de escarlate, bem como sua mão que pressionava a ferida.

— Nope, eu não vou deixar você morrer. Estamos quase lá, Radamés — o Doutor devolveu para o sacerdote em uma tentativa de incentivo, usando ainda mais o próprio ombro para apoiar o homem, que empalidecia cada vez mais, com a vida deixando seu corpo aos poucos.

— Pai! — Clara pulou de trás de seu esconderijo aos pés da estátua, correndo até os dois homens. — O que aconteceu? — Ela segurou o rosto do pai entre as mãos, com as lágrimas finalmente vertendo de seus olhos, não suportando a ideia de que seu pai estava quase às portas do Duat.

— Donkor, ele sacrificou sua vida por mim — anunciou rouco, sentindo em anunciar a morte do outro para a filha, sabendo de como a jovem gostava do escriba. A boca de Clara escancarou-se em choque e ele desviou o olhar dos olhos castanhos, não querendo ver a dor e as lágrimas marcadas neles. — Porém ainda assim fui ferido.

— Sinto muito em interrompê-los, mas temos que ir — o Doutor relembrou-os firme, tentando soar cuidadoso com as palavras, mesmo em um ambiente desprovido de toda e qualquer sensibilidade.

O senhor do tempo estava certo em apressá-los a fugir, pois os mesmos soldados de antes tomavam o mesmo caminho em direção ao santuário, e, dessa vez, não seria apenas uma única dupla a cometer a heresia de adentrar o ambiente considerado tão sagrado para a sociedade egípcia.

— Leve Clara com você, Doutor, por favor. Eu... Eu não irei sobreviver. Serei apenas um peso durante a fuga.

O Doutor voltou os olhos para o sacerdote ao sentir o peso do outro sair de seu ombro. Radamés aproximou-se dos pés da estátua de Amon-Rá, usando-a como apoio enquanto suas últimas forças ainda mantinham-no de pé, mesmo que vacilante.

— Pai. — Clara correu para amparar o pai, pressionando sua mão junto da dele no ferimento. Contudo, retirou-a assim que sentiu o tanto de sangue que vertia da ferida aberta, tendo toda a sua palma manchada de carmim vivo. — A saída é próxima ao incensário, Doutor. A porta escura e estreita — orientou ao senhor do tempo, abaixando-se para segurar o sacerdote, que finalmente cedia e tinha seus joelhos indo de encontro ao chão de pedra.

O Doutor dirigiu um olhar melancólico para a dupla. Ele nada podia evitar, sabendo que estava presente em mais um ponto fixo da história. Mas se pudesse salvar alguém, apenas uma pessoa que fosse... Seus corações doíam ao lembrar-se das palavras que Donna gritou-lhe em Pompéia. Contudo, dessa vez, ele não poderia cumprir o pedido da amiga. O senhor do tempo apenas agradecia que ela não estivesse mais ali. Donna não merecia sentir a dor ao ver suas mãos atadas frente tanta morte.

Clara ergueu o rosto, tendo a face visível apenas pela meia luz que provinha das chamas que iluminavam o santuário. Apesar da penumbra, o Doutor conseguiu ler com precisão aqueles olhos castanhos, tendo um forte dejá-vu despontando em sua mente. Ele conhecia aquele rosto, tinha quase certeza disso. Mas onde vira aqueles olhos anteriormente? Talvez fossem apenas suas memórias pregando-lhe peças.

— Salve-se, Doutor. Nós não temos mais saída, nós somos os culpados por tudo o que está acontecendo — Clara pedia com o rosto banhando em lágrimas, firmando o olhar no rosto cada vez mais sem vida de Radamés. — Salve-se e não olhe para trás.

Os núbios diminuíam os passos de distância do santuário com extrema rapidez. Clara sabia qual era seu destino e aceitava-o mesmo assim, tendo certeza que sofreria as consequências na balança. Graças aos seus atos ainda com vida, ela temia ter que sentir o fechar da mandíbula de Ammit em seu coração quando alcançasse os salões de Osíris.

Com seus olhos, fez um último gesto para aliviar seu coração, pedindo mais uma vez para o estrangeiro se salvar.

O Doutor trocou mais um olhar com aqueles olhos familiares, que, mais uma vez, começavam a se perder no turbilhão de suas memórias, e finalmente fugiu, atravessando o salão com enorme rapidez graças a suas passadas rápidas, acostumado a correr. Logo, alcançou a saída, exatamente onde Clara disse que estaria, parcialmente escondida, oculta à vista da maioria das pessoas que passasse por ali sem atenção aos detalhes.

Assim que o senhor do tempo fechou a porta atrás de si, Clara sentiu o ecoar dos passos pela pedra, junto da vida que deixava o corpo de seu pai. Anúbis não teria apenas uma alma para buscar naquele santuário.

Firmando o aperto sobre o cabo da adaga que estava o tempo todo ao seu alcance, Clara ergueu-a, mirando novamente o rosto de seu pai, não podendo ver por uma última vez a vida naqueles olhos castanhos.

Os núbios não a levariam. Ela não seria escrava de ninguém, se recusava. Ela nunca se sujeitaria a eles. Portanto, eles não a tomariam com vida.

Olhando para a imagem de Rá, pedindo por uma intercessão por seu coração quando chegasse a hora da balança, Clara cravou a adaga com força em seu peito. No mesmo instante, suas vestes alvas foram manchadas do carmim de seu sangue. Lentamente, seus olhos se fechavam para aquela vida, enquanto seu corpo tombava para trás, com seu Ba se esvaindo junto de seu sangue.

Naquela tarde, Radamés, Clara, os inocentes no templo e todos aqueles conspiradores, ocultos pela figura de sacerdotes, tomavam uma viagem apenas de ida para o Duat.

Mesmo como uma maneira de aliviar seu coração quando alcançasse as terras de Osíris, Clara, mais uma vez, cumpria seu destino. Mais uma vez, Clara mostrava ao Doutor que havia uma saída.




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Notas finais do capítulo

Duat, Myrath: https://youtu.be/ERkB1WSiDLo

* No décimo ano do reinado de Ramsés XI, houve uma tentativa de golpe de Estado, encabeçada por Amen-hotep, sumo sacerdote de Amon, na intenção de destronar o faraó e assumir o controle das duas terras do Egito, já que havia mais de uma geração que os faraós não tinham a mesma força e soberania, ao contrário dos sacerdotes, que iam ganhando cada vez mais influência sobre o império.
A revolta foi sufocada através do acordo entre o faraó e tropas mercenárias junto do exército do rei da Núbia, liderados por Panehsi, vice rei da Núbia. Após a derrota dos sacerdotes, alguns homens do exército núbio, como Herihor, adquiriram grande importância no Alto Egito, substituindo Amen-hotep.
Ramsés XI foi o último faraó da dinastia egípcia, sendo substituído pelo vizir Smendes após sua morte, dividindo poderes com Herihor e partindo novamente o Egito em Alto e Baixo Egito, cada qual controlado por um dos dois,
finalizando assim o período do Novo Império e dando início ao Terceiro Período Intermediário. #fictbmécultura.

Eu sei que esse capítulo foi um dos mais dramáticos até aqui, espero que estejam todos bem após ele -q
Então, gostaram dessa aventura no Antigo Egito? Curiosa pelas opiniões de vocês :D
Até semana que vem, povo o/